quinta-feira, maio 18, 2006

Ninguém dorme nesta terra?...

Notícia colocada na Lusa às 2 da manhã:

LUSA - Timor-Leste:Alkatiri atacado por envolver Forças Armadas nos confrontos de Abril

"O primeiro-ministro timorense ordenou directament e às Forças Armadas para substituírem a polícia nos confrontos em Díli, em finais de Abril, sem dar conhecimento ao Presidente da República, acusou hoje o major Reinado, denunciando a "inconstitucionalidade da decisão."

...

Não se coloca a constitucionalidade de uma decisão política. Um acto de decisão política (ao contrário de um decreto, decreto-lei, etc) não está sujeita aos controlos da mesma. Assim sendo um problema de inconstitucionalidade.

Houve muitos erros que levaram a esta situação. Um deles é o facto do Conselho de Defesa e Segurança não sido ter convocado preventivamente no início da manifestação. É para situações destas que existe.

Se o PR foi consultado e transmitiu ao PM que estava de acordo com a decisão, apesar de qualquer irregularidade poderá evocar-se o carácter excepcional e urgente da situação, assim como as extremas dificuldades de comunicação naquele dia entre o Presidente, o Primeiro-Ministro e o Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas.

De qualquer forma, se houve irregularidades deverá ser realizado um inquérito de forma a não permitir que situações destas voltem a acontecer.

Aguarda-se declaraçóes do PR e do PM.

8 comentários:

Anónimo disse...

Malai Azul: consegues arranjar-me o artigo da Helen Hill no Timor Post, sobre as razões de os australianos não querem o M. Alkatiri como 1º ministro?
Gostava imenso de ler, aqui em Portugal não tenho como..
Obrigada,
Fátima

Anónimo disse...

Nos países democráticos, actos inconstitucionais dos membros dos orgãos do Estado, correspondem a demissão do cargo. Em Timor-Leste, actos desses, e ainda que resultem em crimes, camufla-se com interpretações da Constituição.
Mary, onde está a tua responsabilidade como homem do Estado?

Anónimo disse...

Incontitucional ou não, um facto é que se as Forças Armadas não tivessem sido convocadas, não sabemos bem o que teria sucedido no dia 28. É evidente para todos os que presenciaram os acontecimentos que a polícia se encontrava totalmente inoperante, poder-se-á mesmo falar de boicote

Anónimo disse...

O mais engraçado das declarações do Major Alfredo Reinado é quando diz:"Tudo foi ordenado por Mari Alkatiri, o próprio primeiro-ministro, e eu fui testemunha ocular do processo" e logo a seguir diz também "Mari Alkatiri deu as ordens ao coronel Lere, e foi o coronel Lere, Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, quem mo disse,", testemunha ocular!!... só se estivesse de óculos.

Anónimo disse...

O mais engraçado é não distinguir entre testemunho de "processo" e testemunho de "acto". As declarações do Major foram confirmadas pelas do Coronel.
Quanto ao sentido de estado do bloguista - "nihil nil diu occultum"...

Malai Azul 2 disse...

Artigo da Helen Hill: http://www.unotil.org/UNMISETWebSite.nsf/cce478c23e97627349256f0a003ee127/3ffbbde7331f0f33492571700035fa6a?OpenDocument

Anónimo disse...

Este MALAI AZUL ta completamente OUT!!! OH MENINO... INFORME-SE!!!

Anónimo disse...

Obrigada pelo artigo. E, já agora, pelo blog...
F

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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