terça-feira, junho 20, 2006

Apelo nao oficial

Apelo da RENETIL (não oficial):

DESPARTIDIRIZAÇÃO IMEDIATA DE TODAS AS FORÇAS DESESTABILIZADORAS EM TIMOR-LESTE!UNIDADE NACIONAL IMEDIATA! (não partidária)

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5 comentários:

Anónimo disse...

enquanto a RENETIL vai fazendo tais apelos, vai tambem criando documentos falsos a atacar o actual chefe do governo... e sao esses que vem com exigencias???

Anónimo disse...

Ministros Rui Araujo, Arsenio Bano e vice ministra Odete Victor antigamente eram membros efectivos da RENETIL

Anónimo disse...

Lembro só que uma das primeiras acções que se seguem a um golpe de Estado reaccionário é ilegalizar os partidos políticos, caçar os seus militantes à bala e incendiar as suas sedes. E essa mesmíssima reivindicação (de despartidarização) é geralmente uma das que o precedem. Lembram-se do Chili? Lembram-se da Indonésia? Lembram-se da Argentina? Lembram-se do 28 de Maio em Portugal? E lembram-se do terror, da miséria, das injustiças, dos ódios, do sangue que todos estes golpes causaram? É bom que tenhamos memória, para tudo fazer que esses golpes não se repitam.

Anónimo disse...

Cara Margarida, não parece que seja essa a ideia adjacente à palavra despartidarizar no contexto que foi escrita. Concordo perfeitamente com o que disse da sua despartidarização citando a história mas aquela mensagem não contempla a defesa que tomou.

A questão é mesmo outra.

Soa a que era mais no sentido que foi usado na montanha... despartidarizar... se é que agora entende. E desculpe o abuso, é retórica, mas a prova dessa despartidirização até se pode ver no "abuso" que é ver-se afinal um partido que até tinha maioria de delegados ter tido a necessidade - em plena crise - de ter dentro da própria casa usado de método de votação nada mas mesmo nada democrático.

Certamente que não concorda como não concordarão todos aqueles que defendem exactamente o procedimento usado mas sinceramente, com tal acto, não acha que deixaram a porta aberta para, aí sim, aparecer a dúvida sobre a dimensão democrática dos seus intervenientes? Confesse que também aí não houve tacto político. Ou saberia a FRETILIN que adoptando tal atitude iria ter mais vantagem?

Se a teve, perguntava (embora claro isso não seja possível por nenhuma Constituição o permitir): e pedindo a um povo para votar quem quer eleger de braço no ar?

Não é possível claro. Baralharam tudo.

Quanto ao "para tudo fazer que esses golpes não se repitam.", veja lá bem como lidou a classe política com as questões internas de uma estrutura do Estado de extrema importância e como continua ela a lidar perante as vergonhosas versões e desenvolvimentos, fazendo o Governo passar a mensagem de que tudo não passa de golpistas a tentar derrubá-lo. A única coisa que se ouviu foi os "golpitas" dizerem que querem a saída do sr. Mari Alkatiri.

Ele já disse que não sairia! E agora? Haverá certamente uma solução. Impressiona é que se tenha chegado aqui... é lamentável e espera-se que se apurem responsabilidades no quadro da Constituição e os culpados devem responder através da Lei.

Não vejo, nem quero ver que a coisa seja de outro modo.

Não se esqueça é que a responsabilidade é política ao mais alto nível e aí veremos que lições se aprendem...

Anónimo disse...

Anónimo das 12:01 AM: Eu mando na minha casa e nunca admitia que fossem os de fora a mandar nela. Considero a Fretilin a casa dos seus militantes, entendo que só a eles e rigorosamente a mais ninguém compete decidir em todos os assuntos que lhe dizem respeito.

Quanto à escolha de deputados aí já é diferente. Havendo vários partidos – vários representantes de partes da sociedade, com os interesses particulares de cada uma dessas partes – ter-se-ia que ir para a votação na urna. Mas, nos partidos, ambos os métodos, na minha opinião, são admissíveis, o Congresso é soberano para decidir e o Congresso da Fretilin decidiu como bem entendeu e está decidido.

Quanto ao que o PM disse, o que eu li, e por mais de uma vez, é que ele só se demitia se a Fretilin lhe pedisse, mas que enquanto tiver a confiança da Fretilin não a defraudaria. Ora, tendo-o eleito por 97% no Congresso e tendo o Comité Central da Fretilin votado por unanimidade a confiança no seu desempenho no governo, ele será em 2007, novamente, o candidato da Fretilin para PM. E se a Fretilin tiver a maioria da confiança popular ele será novamente PM.

Em democracia é assim: é o voto quem mais ordena. E se o Mari Alkatiri conseguiu esses resultados é porque os militantes do seu partido vêem com bons olhos o seu desempenho à frente do Governo, e se a Fretilin obtiver novamente a maioria é porque também a maioria dos eleitores acha a Fretilin mais credível que as alternativas.

Porque nestas questões há sempre duas coisas que jogam: a credibilidade duns e a falta de credibilidade dos outros.

E o que tenho lido do que as oposições por aí têm dito e feito é de arrepiar.

Às vezes nem sabem distinguir casos de polícia de casos de política. Espero que por um lado a polícia aja quando é a lei e a ordem que estão em causa, mas também espero que os políticos da oposição comecem a agir enquanto políticos, pois é coisa que não se tem visto.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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