quinta-feira, junho 01, 2006

The Australian Government and media have demonised East Timor's PM without knowing all the facts, writes Helen Hill.


"Ever since the August 2001 elections for the Constituent Assembly in East Timor - when the longest-standing party of resistance, Fretilin, won a convincing 57 per cent of the vote against 14 other parties - I have observed among Australian embassy employees in Dili, and most Australian journalists who write about Timor, a readiness to criticise Mari Alkatiri, East Timor's Prime Minister, on grounds that show they barely know anything about him.

The Bulletin and The Australian regularly recommend his overthrow. The week before the Fretilin congress in Dili, the ABC joined them as regular Alkatiri critics. Jim Middleton on the ABC's evening news wondered "what would happen if Alkatiri decides to resist" calls for his resignation, and uncritically put to air claims from a sacked Fretilin central committee member alleging that 80 per cent of the central committee was against the Prime Minister.

A week later, after further violent episodes in Dili, we saw Maxine McKew on Lateline trying to put words into the mouths of MPs Malcolm Turnbull and Peter Garrett: "Wouldn't you say there's not much support for Alkatiri?" How could they possibly know, if all they saw were the Australian media?

Who is Mari Alkatiri and why does he arouse such hostility from Australian politicians and media presenters?

While Alkatiri was being told by Australians he should resign, he was also taking phone calls from the Portuguese and other prime ministers, wishing him well and urging him not to.

With Jose Ramos Horta, Alkatiri helped found Fretilin when, back in the early 1970s, it took the form of a clandestine group of young people meeting under the nose of the Portuguese colonialists in front of the building where he now has his office.

On the eve of the full-scale Indonesian invasion, Alkatiri, who had already graduated as a surveyor in Angola, was sent with Ramos Horta and Rogerio Lobato to put Timor's case at the United Nations.

His exile lasted 24 years, but it was productively used; he studied law and economics at Eduardo Mondlane University in Mozambique, with South African exiles and others struggling for freedom.

Mozambique had offered scholarships to any Timorese students who could qualify for admission, and it was this group, who worked in many professions on graduating and gained a great deal of experience in economic development, who now form the backbone of the public service.

In Mozambique, Alkatiri learnt a great deal about international organisations and how to avoid falling into some of the traps Mozambique had encountered.

His negotiating skills that the Australian Government finds so fearsome were gained during this period."

5 comentários:

Anónimo disse...

VIVA O RAMOS HORTA

Anónimo disse...

Tomei a liberdade de traduzir:

O governo e os media Australianos têm demonizado o PM de Timor-Leste sem conhecerem todos os factos, escreve Helen Hill.

"Desde as eleições de Agosto de 2001 para a Assrmbleia Constituinte em Timor-Leste - quando o mais antigo partido da resistência, a Fretilin, ganhou uns convincentes 57 por cento dos votos contra outros 14 partidos – observei entre os empregados da embaixada Australiana em Dili, e a maioria dos jornalistas Australianos que escrevem sobre Timor, uma prontidão para criticar Mari Alkatiri, o PM de Timor-Leste, em matérias que mostram que eles quase nada sabem acerca dele.

O Bulletin e o The Australian recomendam regularmente a sua queda. Na semana antes do congresso da Fretilin em Dili, o ABC juntou-se a eles com as habituais críticas a Alkatiri. Jim Middleton no notíciário da noite da ABC especulava "o que é que acontecerá se Alkatiri decidir resistir" apelava à sua demissão, e sem contraditório pôs no ar queixas de um membro saneado do comité central da Fretilin que alegava que 80 por cento do comité central estava contra o Primeiro-Ministro.

Uma semana depois, depois de mais episódios violentos em Dili, vimos Maxine McKew em Lateline a tentar pôr palavras na boca dos deputados Malcolm Turnbull e Peter Garrett: "Não está de acordo que não há muito apoio a Alkatiri?" Como é que eles poderiam saber se tudo o que eles viram foram os media Australianos?

Quem é Mari Alkatiri e porque é que ele levanta tal hostilidade dos políticos Australianos e dos apresentadores dos media?

Ao mesmo tempo que estava a ser dito pelos Australianos a Alkatiri que ele devia demitir-se, ele estava a receber chamadas telefónicas do PM Português e outros, a desejar-lhe êxitos e a pedir-lhe para não o fazer.

Com Jose Ramos Horta, Alkatiri ajudou a fundar a Fretilin quando, nos primórdios de 1970, ele tomou a forma de um grupo clandestino de jovens que se encontravam debaixo do nariz dos colonialistas Portugueses em frente do edifício onde agora ele tem o seu escritório.

Na véspera da invasão Indonesia, Alkatiri, que se tinha já graduado como agrimensor em Angola, foi mandado com Ramos Horta e Rogerio Lobato para pôr o caso de Timor nas Nações Unidas.

O seu exílio durou 24 anos, mas foi usado produtivamente; estudou direito e economia na Universidade Eduardo Mondlane em Moçambique, com exilados da África do Sul e outros que lutavam pela liberdade.

Moçambique oferecia bolsas de estudo a qualquer estudante Timorense capaz de se qualificar para ser admitido, e foi este grupo, que trabalhou em muitas profissões enquanto se graduava e que ganhou uma grande experiência em desenvolvimento económico, que agora constitui o esqueleto do serviço público.

Em Moçambique, Alkatiri aprendeu bastante acerca de organizações internacionais e como evitar cair nalgumas das ratoeiras que Moçambique tinha encontrado.

A sua perícia negocial que o governo Australiano tanto receia foi ganha neste período."

Anónimo disse...

Obrigado, Margarida, pela tradução.
Para aqueles que, como eu, desde o liceu abomina o inglês, foi muito útil e esclarecedora a tua tradução.
Obrigado.

Anónimo disse...

Comentarista das 5:35: Nao faca vivas a toa sem primeiro conhecer quem e' quem. Nao venda o pais...

Anónimo disse...

HELEN HILL? Deus tenha piedade dos timorenses. sera que timor so atrai os piores alunos da turma.
O verdadeiro sonho dela seria gozar da mesma atencao que lhe dao em timor no seu seu proprio pais.
Vi uma rarissima entrevista dela numa cadeia televisa australiana que, entre muitos disparates e sob a pretensao de ser perita em assuntos de timor, defendia que a causa das dificuldades de relacionamento entre os lideres timorenses nomeadamente Xanana e Mari foi a imposicao da ONU em timor de um sistema democratico multipartidario. Obrigando ou abrindo a possibilidade a ambos ingressarem em partidos politicos diferentes.
Que queria ela dizer com isto? Defende um sistema de partido unico para timor como era o caso na constituicao de timor em 1975 apos a declaracao unilateral de independencia?
E' tao "esperta" (maneira como alguns timorenses adoptaram a palavra inglesa "expert" ou seja perita) nos assuntos sobre timor que desconhece ser esse, entre muitos principios, resultado do congresso da CNRT em peniche. Nao sou nenhum "esperto" mas tenho obrigacao de o saber.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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