sexta-feira, junho 16, 2006

Entrega armas não vai ser feita a Xanana mas sim aos australianos

Díli, 16 Jun (Lusa) - A entrega de armas pelos militares rebeldes timor enses vai afinal ser feita directamente aos militares australianos e não a Xanan a Gusmão, ao contrário do que tinha sido referido à Lusa por fonte do gabinete d o Presidente da República.

A alteração de planos foi comunicada à Lusa pelo porta-voz do President e, Agio Pereira, que acrescentou que Xanana Gusmão enviou uma carta aos rebeldes para que entregassem as armas aos militares australianos.

A primeira informação de que Xanana Gusmão se deslocaria a Maubisse for a comunicada à Lusa por fonte do gabinete do chefe de Estado.

Entretanto, hoje de manhã (hora local), o comandante das forças austral ianas, brigadeiro Mick Slater, confirmou à imprensa que a entrega de armas começ aria em Maubisse, a cerca de 60 quilómetros da capital timorense.

"Esperamos receber entre 40 a 50 armas", acrescentou o brigadeiro Slate r.

O militar australiano disse ainda não saber ao certo o número de armas em poder dos militares rebeldes, distribuídos por bases em Gleno e Maubisse.

"Acredito que nem ao longo da minha vida todas as armas que existem em Timor-Leste, possam alguma vez vir a serem recolhidas. Mas confio na boa fé das pessoas", vincou.

O início da entrega das armas tinha sido anunciado quinta-feira por Mar cos Tilman, outro oficial rebelde, e confirmado pelo comandante das forças austr alianas.

O anúncio foi feito cerca de 24 horas depois do Presidente Xanana Gusmã o ter proclamado, em mensagem ao Parlamento, que tinha chegado a hora de se pass ar à segunda fase da presença das forças militares internacionais no país, com o seu desdobramento para o interior do país.

Este movimento representa a ampliação da missão de manutenção da ordem pública pelos efectivos da GNR, por enquanto circunscritos ao bairro de Comoro.

Efectivos militares e policiais da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal, num total de cerca de 2 mil, começaram a chegar no passado dia 25 de M aio a Timor-Leste, correspondendo a um pedido das autoridades timorenses para aj udarem a restabelecer a lei e ordem públicas, face à desintegração da Polícia Na cional e às divisões no seio das forças armadas timorenses.

Quanto ao ex-tenente Gastão Salsinha, porta-voz dos cerca de 600 indiví duos que subscreveram uma petição a denunciar alegadas práticas discriminatórias no seio das forças armadas timorenses, o major Marcos Tilman asseverou que "ele s não têm armas nenhumas".

"Eles não têm armas. Quem as tem somos nós, eu, major Tara e os nossos homens e o grupo do major Alfredo Reinado", acrescentou.

EL/JPA.

1 comentário:

Anónimo disse...

"Eles não têm armas. Quem as tem somos nós, eu, major Tara e os nossos homens e o grupo do major Alfredo Reinado"...

Esta deve ser para rir!!!

Que eu saiba no dia 28 de Abril elas existiam e eram bem visíveis....

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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