quarta-feira, junho 21, 2006

Entrevista CM Ministra Ana Pessoa

CM
21.06.2006
"HÁ FORÇAS QUE NÃO QUEREM QUE O PAÍS SEJA SOBERANO" (ANA PESSOA, MINISTRA TIMORENSE DE ESTADO E ADMNISTRAÇÃO ESTATAL)

Correio da Manhã – Qual é o objectivo da missão da CPLP?

Ana Pessoa – A missão vai fazer a avaliação da situação em Timor--Leste e aferir das necessidades do país no que toca à assistência para a estabilidade e para o desenvolvimento. A missão surge numa altura oportuna porque está em discussão ao nível das Nações Unidas o envio de uma nova missão da ONU. A CPLP poderá integrar essa missão da ONU, sendo que a sua deslocação antecipada a Díli poderá contribuir com informações para a futura missão da ONU. A missão da CPLP comporta a vertente política, defesa, segurança, eleitoral e administração pública.

– Que papel cabe à GNR?

– Tem havido alguma especulação sobre o papel da GNR e das forças militares. Está acordado que a GNR vai restabelecer a lei e a ordem e formar a Polícia. A GNR está actuar numa determinada área de Díli e vai avançar gradualmente para outras zonas da capital. Queremos a GNR com comando próprio porque assim foi acordado e porque tem uma boa imagem. As forças internacionais devem ficar no país até às eleições de 2007.

– Porquê da divisão na Polícia?

– Porque a nossa Polícia teve na sua génese formadores de mais de 40 países. Isto fez com que não haja uma filosofia própria, criando problemas na instituição. Queremos agora Portugal na formação das forças policiais e de segurança e Angola nas Forças Armadas. Este processo de construção do Estado e de Nação não é fácil num país pós-conflito.

– Quem comanda os rebeldes?

– Há forças na região que não estão interessadas que Timor-Leste seja um país soberano e independente e ainda mais agora com a exploração do petróleo. Sabemos que os interessados na instabilidade não vão desarmar à primeira. Cabe-nos trabalhar para garantir a paz e progresso.

GNR ACTUA EM TODA A CAPITAL

Os 127 efectivos da GNR já estão preparados, em termos de coordenação com as forças militares internacionais, para actuar em toda a cidade de Díli, disse ontem o seu comandante operacional. Segundo o capitão Gonçalo Carvalho, “a operacionalidade da GNR tem agora um mandato alargado a toda a capital do país para manutenção da ordem pública”. A GNR tem feito exercícios conjuntos com os militares da Austrália, Malásia e Nova Zelândia, para testar a sua capacidade de reacção e de contenção. Os exercício não estão relacionados com os rumores de novas manifestações previstas para o Palácio do Governo contra o primeiro-ministro Mari Alkatiri.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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