sexta-feira, junho 02, 2006

Malai Azul fora de Díli durante 72 horas

Sempre que encontrarmos uma ligação à Internet voltamos aqui.

Segunda-feira estamos de volta.

Um grande "Benvindos!" à GNR por nós...

Até já.

146 comentários:

Anónimo disse...

Lá vamos nós te que aguentar a Lusa...

Anónimo disse...

Acho piada a este blog e a muitos dos que passam por aqui. estão sempre a criticar a Lusa mas a maioria da informação que aqui vai sendo distribuída é daquela agência. Vocês estão como os timorenses! Deve ser do clima! Curem-se e dexei de ser os habituais venenosos.

Anónimo disse...

Nós os Portugueses temos o horror aos trabalhos complementares ou de grupo, tresmalhados ou sermos os primeiros é que dá gosto.
Depois queixamo-nos... é o normal da gente.
Eu sou da opinião que este site é complementar da Lusa, pois dá o calor de quem vive ou intervem ... no terreno, a Lusa prima pela regularidade e pela continuidade...este site pelo instante e pelo momento...fecha e muito bem para tomar um cafésinho no Hotel Timor ... ou para um interregno em Bali, ou para um retiro em Dare, já que a Pousada de Maubessi está ocupada.
Contudo, é no dar as mãos que está a virtude... eu dou os maiores elogios e aplausos à ideia do Mali Azul e sugiro se ficar amarelo vá à casinha...não mude de cor.
Bom fim de semana Malai. Tudo diak!...que bem merece.

Anónimo disse...

Neste momento já se encontram no aeroporto professores prontos para regressar a Portugal.

Anónimo disse...

Malai Azul,

Não haverá ninguém que possa apoiar o seu trabalho neste blog enquanto está fora de Dili?

Anónimo disse...

A diferenca esta no facto da LUSA nao ir de ferias nem se ausentar do pais!!! Mas nao facamos disso uma guerra, pois o Malai Azul nao e profissional da comunicacao (como e obvio) e nao tem qualquer obrigatoriedade de ficar ca. Ate segunda!!!

Anónimo disse...

Que estes dias de descanso sirvam para pensar se quer manter o facciosismo que vem sendo apanágio neste blog ou se quer passar a ser um instrumento de informação onde são também publicadas opiniões não alinhadas com a sua/vossa.

Este é um blog que foi uma referência no inicio desta crise e que agora só serve para criar a confusão e fazer propaganda politica.

Pense no que quer para este Blog e no serviço que está a prestar. Pense e assuma-se pois alguns mais distraídos podem ainda não ter percebido...

Anónimo disse...

Pergunta: Os professoras que vão regressar são de Dili? ou vão regressar professores de todos os distritos? ou serão professores da Escola Portuguesa? Quem souber, responda por favor.

Anónimo disse...

Timor-Leste: Partida da GNR pode ser adiada porque faltam autorizações de voo (ACTUALIZADA)


To Lisboa, 02 Jun (Lusa) - A partida dos 120 militares da GNR para Timor-Leste prevista para hoje de manhã poderá ser adiada porque está dependente das autorizações de sobrevoo por parte de alguns países, disse à Lusa fonte da Guarda.

Em declarações hoje à agência Lusa, o porta-voz da GNR, tenente-coronel Costa Cabral, disse que o voo poderá ser adiado para a tarde de hoje ou mesmo para sábado, dependendo das autorizações de voo.

Os militares estavam às 9:00 a aguardar chamada no regimento de Infantaria em Lisboa, referiu a mesma fonte, adiantando que se encontram já no aeroporto militar de Figo Maduro alguns familiares.

Na quarta-feira, o mesmo responsável tinha referido que os militares deveriam partir hoje de manhã de forma a chegarem a Díli de dia porque o aeroporto da capital timorense não tem capacidade para receber voos nocturnos.

Inicialmente foi admitida a hipótese de os militares da GNR partirem na quinta-feira à noite.

Hoje, Costa Cabral afirmou à Lusa que os militares poderão partir da parte da tarde e fazer a gestão do voo, através de paragens mais ou menos prolongadas, de forma a desembarcarem na capital timorense durante o dia.

"O voo militar, que será num avião comercial normal de longo curso, pode ter várias configurações" de forma a chegar durante o dia, explicitou o tenente-coronel Costa Cabral.

O sub agrupamento bravo da GNR vai acompanhado por uma equipa do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) composta por um médico, um enfermeiro e um técnico de emergência.

Em declarações hoje à Rádio Renascença, o presidente do INEM, Luís Manuel Cunha Ribeiro, adiantou que a equipa do Instituto vai "dar apoio médico em todas as situações que possam acontecer e que envolvam as forças portuguesas".

Apesar de ter como primeiro objectivo assistir os militares do sub-agrupamento Bravo da GNR, a equipa do INEM também estará pronta a prestar cuidados a todos os portugueses no território.

De acordo com o porta-voz da GNR, entre 60 a 80 por cento dos elementos que compõem o sub-agrupamento têm experiência em missões no estrangeiro, nomeadamente no Iraque.

A missão, que não integra mulheres por questões de alojamento, será comandada pelo capitão Carvalho, que já chefiou missões da GNR no Iraque e em Timor-Leste.

Actualmente já se encontram no território timorense elementos do Grupo de Operações Especiais (GOE) da PSP, que asseguram a segurança da embaixada portuguesa, pessoal diplomático e de todos os portugueses no território, bem como do chefe da missão da ONU em Timor- Leste.

Timor-Leste, em particular Díli, vive uma situação de violência desde o final de Abril, depois de cerca de 600 soldados terem sido desmobilizados das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), após protestos contra alegados actos de discriminação étnica por parte dos superiores hierárquicos.

A crise agravou-se com a deserção de efectivos das F- FDTL e da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) e após confrontos entre elementos das duas forças e grupos de civis armados, que provocaram vários mortos, as autoridades timorenses solicitaram a ajuda militar e policial à Austrália, Nova Zelândia, Malásia e Portugal para repor a ordem.

A Austrália foi o primeiro país a responder ao pedido, tendo já enviado 1.800 soldados para Timor-Leste, onde se encontram também entre 200 e 250 efectivos da Malásia.

SB.

Lusa/Fim

Anónimo disse...

Timor-Leste: Crise também é culpa de interesses estrangeiros, Mari Alkatiri


Lisboa, 02 Jun (Lusa) - O primeiro-ministro timorense, Mari Alkatiri, considerou hoje que os "interesses estrangeiros" também têm culpa na crise que Timor-Leste atravessa e admite demitir-se se for essa a vontade do seu partido (FRETINLIN).

Numa entrevista hoje publicada no jornal "Público", Mari Alkatiri diz que ainda é "muito cedo" para explicar a que interesses estrangeiros se refere, mas acrescenta não ter dúvidas de que são um factor para a actual crise.

"Nem todos os países do Mundo gostam que os países pequenos sejam soberanos", afirmou.

Sem comentar a actuação da Igreja neste período, negando que haja uma divisão étnica no país ("há é grupos que a estão a explorar"), o primeiro-ministro disse também acreditar que, com a chegada da GNR, "as pessoas «reganharão» a confiança".

"Não digo que as forças que aqui estão não sejam eficientes. Mas não são adequadas para este tipo de violência", lê-se na entrevista.

Mari Alkatiri reconheceu também que a actual crise vai afectar a imagem do país no exterior, "ainda não sei quantos anos recuámos", e admitiu deixar o governo se for essa a vontade do seu partido, FRETILIN (largamente maioritário nas últimas eleições legislativas).

Ainda assim o primeiro-ministro duvida que a sua demissão fosse salvar o país, acrescentando crer que, pelo contrário, uma demissão sem ser a pedido do partido "iria complicar todo o problema".

Revelando que chegou a andar, nos últimos dias, com seguranças desarmados, Alkartiri conta ainda que todos os seguranças que ficaram com ele têm hoje as casas queimadas.

Timor-Leste vive os seus piores momentos de tensão, instabilidade e violência desde que se tornou independente, há quatro anos, na sequência da eclosão, há mais de um mês, de uma crise político-militar que tem sido marcada por divisões no seio das Forças Armadas e da Polícia Nacional, e pelo mau estar entre o Presidente da República, Xanana Gusmão, e o chefe do governo, Mari Alkatiri.

Perante a situação, as autoridades timorenses tiveram de apelar à ajuda militar da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal para o restabelecimento da ordem.

De Portugal parte hoje uma companhia de 120 efectivos da GNR, com a missão de ajudar à manutenção da ordem pública, depois do seu restabelecimento, e de dar formação às forças de segurança de Timor- Leste.

FP.

Lusa/Fim

Anónimo disse...

SUGESTÃO:
Como o nosso amado Malai Azul está temporáriamente indisponível, sugiro que os caros Bloggers ponhanm em comentário todas as informações que obtiverem ou souberem que sejam relevantes...para este processo interactivo Timor Online
Malai X

Anónimo disse...

Uma ida a Tutuala? Que tal uma visita ao Reinaldo em Maubisse? deve haver Karau na brasa e VB fresquinha.
Não façam críticas à Lusa, pelo menos as despropositadas. Sejamos construtivos, sobretudo neste momento que se atravessa de dificuldade, e aprendamos de uma vez por todas a estar unidos. Os aussies, amaricanos e bifes em geral bem o sabem fazer. Os da língua portuguesa andam sempre a comer-se em críticas e bota-abaixo, depois queixam-se! Abram os olhos!
AF

Anónimo disse...

Eh pa, e acho que já era tempo de chamar o homem pelo nome correcto que é reinaldo e e não reinado.
AF

Anónimo disse...

É precisamente por estarmos de olhos abertos é que acho que estamos feitos!!!

Lá vamos ter como único orgão informativo a Lusa....

Anónimo disse...

Sorry Mr. AF mas o nome do homem é efectivamente Reinado.

Anónimo disse...

Timor-Leste: Troca de avião leva a atraso na partida da GNR - António Costa


Luxemburgo, 02 Jun (Lusa) - A partida dos 120 militares da GNR para Tim or-Leste irá realizar-se ainda hoje de manhã, depois de um atraso motivado pela substituição do avião, segundo o ministro da Administração Interna.

"Neste momento o avião está no aeroporto [de Figo Maduro, Lisboa] a ser carregado, houve necessidade, por razões técnicas, de substituir o avião", diss e António Costa, no Luxemburgo, à margem de uma reunião da União Europeia.

O ministro acrescentou estarem a decorrer os "processos normais" de ped idos de autorização aos diversos países que têm de ser sobrevoados, mas que "est á prevista partida para hoje de manhã".

"A indicação que tive do Comandante Geral da GNR é que poderá haver atr aso de algumas horas, mas pouco mais do que isso", concluiu António Costa.

Os militares da GNR vão para Timor-Leste em resposta a um pedido das au toridades timorenses para ajudar a manter a ordem em Díli, palco nas últimas sem anas de confrontos entre facções rivais que provocaram duas dezenas de mortos e mais de 100.000 desalojados.

FPB.

Lusa/Fim

Anónimo disse...

O Cristiano Reinado esta em Maubisse????

Anónimo disse...

Ao Malai que dá por AF (que é o mesmo que anómimo...)está-lhe a fazer mal o vento quente do Sará ... já vê letras a mais... é miragem malai -deve ler-se REINADO de REI ou LIURAI de MAUBISSE por pouco tempo esperamos!...
Diak`la ...malai

Anónimo disse...

Olha lá, que os timorenses "modificam" assim para fala uns tantos nomes, e ainda hoje de manhã (aí)falei com um ao telefone aí em Díli, que fala bem português, e lá me corrigiu para Reinaldo quando eu disse Reinado. Mas admito que seja Reinado...
Um abraço a todos de bom fim-de-semana. Um abraço aos amigos de Timor-Leste, independentemente da divergência de opiniões.
AF

Manuel Leiria de Almeida disse...

Não vale a pena fazer grandes discussões sobre se é "Reinado" ou "Reinaldo"... O mai sprovável é que o escriturário do registo civil se tenha enganado... Sei de um "Vasconcelos" que "virou" "Vasconselos"!... Não, não é o José V. = Matan Ruak...
E já agora: os aviões que vão partir daqui (1 com o pessoal da GNR e outro com o equipamento) vão para Baucau pois o aeroporto de Dili não tem possibilidade de receber aviões tão grandes.
Mas como o avião de carga só vai dentro de 2-3 dias, será que eles vão ficar em Bacau à espera do material?
Ou vão uns quantos para Dili e outros ficam à espera da "lancheira"? Provavelmente.

Anónimo disse...

Ouvi dizer que ha carros tugas a organizar uma ida a Baucau para os trazer para Dili.

Anónimo disse...

Os professores que partiram e partem já estão em Díli são de Díli, Ermera, Maliana, Aileu, Same e Manatuto.

Anónimo disse...

As caravelas do Colombo chegavam a Timor mais depressa... mesmo que o percurso implicasse a passagem pelo Estreito de Magalhães.

Anónimo disse...

Reinado, as belas montanhas de Maubisse e os soldados australianos II
Vistas com mais atenção, as fotos de Alfredo Reinado com os soldados australianos revelam outro propósito importante: a vontade clara do ex-oficial das F-FDTL em mostrar que as tropas australianas estão com ele em Maubisse. Repare-se que os soldados estão de costas para as fotos, numa posição forçada e escondendo a sua identidade, enquanto Reinado, sorridente, se passeia entre eles. Porquê? Para mostrar que as forças australianas estão do seu lado e que por elas está protegido? São tantas as dúvidas sem resposta que a crise em Timor levanta!
Luciano Alvarez Quinta-feira, Junho 01, 2006

Anónimo disse...

As declarações de Kirsty Sword-Gusmão
Como são lidas pelos timorenses as declarações de Kirsty Sword-Gusmão ao diário "The Australian", referidas na edição de hoje do PÚBLICO?
Num país europeu seriam vistas como uma ingerência inadmissível na esfera governativa, um factor de perturbação numa situação complexa a pedir ponderação. Este tipo de intervenção é frequente (em Portugal penso ser a segunda vez que algo do género é noticiado)? É visto como normal? Kirsty Sword-Gusmão é vista como representando o pensamento do presidente Xanana Gusmão?
José Vítor Malheiros Quarta-feira, Maio 31, 2006

Anónimo disse...

O que se põe em causa não é a "Lusa" mas os jornalistas que para ela trabalham em Timor.
Mesmo nas instituições de prestigio há maus profissionais ou será que são todos bons só porque são da Lusa?
E as noticias dos elementos da Lusa em Timor estão longe de poderem ser "qualificadas" de qualidade.

Anónimo disse...

EFEITO GNR! Já.


A população timorense, em particular a de Díli, está desassossegada, intranquila, com medo e sob fortíssima pressão.

Necessita urgentemente de um tranquilizante. Não de dose industriais de Xanax (que resulta e é muito bom) mas, sim, da chegada urgente da GNR.

Só vendo se acredita! A população tem pela GNR uma carinho e confiança como poucos portugueses têm por aquela Instituição, em Portugal.

Chamemo-lhe EFEITO GNR!

Vamos todos fazer um apelo (através deste blogue*) para que a GNR, no dia em que chegar a Díli, se mostre à população.

A pé, de carro, nas microletes, em angunas, da forma que quiserem e poderem, que a GNR, no seu conjunto, se faça ver pela população que está refugiada, acampada e deslocada.

Que a GNR passe pela marginal, Bairro Pité, Audian, Lahane, Comoro, Bidau, Lecidere, Balide e tantos outros locais de Díli.

Esta acção teria um efeito tranquilizador imediato. De certeza que as populações se sentirão mais confiantes, passarão a considerar o regresso às suas casas de forma mais segura e sem medo.

Outra vantagem desta ronda pela cidade: Os “nossos amigos” australianos aprendiam porque é que há uma relação tão forte entre Timor-Leste e Portugal.


Exige-se da GNR que aplique o EFEITO GNR!

Sugere-se que se envie mensagens como comentário ao, actual e último “post” - "Malai Azul fora de Díli durante 72 horas" – que conta no momento desta inserção 26 Comentários.

Assim, é relativamente fácil fazer-se alguma contabilização dos apelos. Agradece-se que o faça assinando, ao invés de escolher a opção “Anónimo”.

Timor-Leste em geral, as Embaixadas, os serviços de inteligência, as forças internacionais estão ligadas ao blogue, todos darão conta do apelo ao EFEITO GNR!


*POR FAVOR NÂO UTILIZAR a forma de correio electrónico, fax ou telefone da Embaixada de Portugal em Díli, para que não condicionemos os meios de comunicação da Embaixada, que de certo serão necessárias para outros fins, dada a situação actual.

Anónimo disse...

Boa ideia Miguel Costa!


EFEITO GNR! Já!


Gonçalo Santana

Anónimo disse...

EFEITO GNR! Já!

João Paulo Santos

Anónimo disse...

Malai Azul,

Diriga-se rapidamente à internet. Dê mais visibilidade a esta brilhante ideia.
EFEITO GNR! Já!
EFEITO GNR! Já!
EFEITO GNR! Já!

Muito obrigado, Um abraço do tamanho da distância que nos une!

Maria Fernanda de Castro e Silva

EFEITO GNR! Já!
EFEITO GNR! Já!
EFEITO GNR! Já!

Anónimo disse...

ESTA CONVERSADA TODA JA PARECE MAIS O "LAVAR DA ROUPA SUJA".
MEUS AMIGOS:
DEIXEM-SE DE PAN.....CES!
NESTE MOMENTO TIMOR LESTE PRECISA DE TODOS.GREGOS E TROIANOS.LUSA E NAO LUSA.MALAI AZUL, VERDE, VERMELHO, AZUL AS RISCAS, COR DE BURRO QUANDO FOGE ETC..E JA AGORA TAMBEM PRECISA DOS INDONESIOS. E QUE O PRECO DOS PRODUTOS DESDE A ZARGOLINA ATE AOS NOODLES E BASTANTE EM CONTA. SE VIEREM DE BORLA AINDA MELHOR. DOS AUSTRALIANOS TAMBEM. A VB E TAO BOA COMO A SAGRES. BEBAM COM MODERACAO. QUANDO PRECISAREM DE FERIAS TIREM 72HRS DE VEZ.VIVA TIMOR/PORTUGAL/AUSTRALIA/INDONESIA(EXCEPTO MILITARES)
UM ABRACO
MAU DICK

Anónimo disse...

De facto às vezes tenho a impressão de que aqui se foge ao essencial. O povo timorense está mais uma vez a sofrer. O povo timorense está mais uma vez com medo! E as pessoas perdem-se com assuntos demasiado fáceis... é triste estarmos agora deste lado de cá, e saber por timorenses que todo o trabalho que aí desenvolvemos, ardeu, ou foi saqueado... e por cá o país irmão continua a nadar entre falta autorização, falta avião, falta...falta...de uma vez por todas é importante mobilizarmo-nos em Timor e em Portugal a ajudar aquele povo tão especial, que quem lá esteve sabe, tem tão pouco e precisa de tão pouco para sorrir!!!

Anónimo disse...

Notícia TSF

TIMOR-LESTE
Governo confirma posse de ministros
O Governo timorense confirmou a posse de três ministros para sábado, depois de ter questionado a necessidade desta cerimónia. O dia de sexta-feira em Díli ficou marcado pela pilhagem do armazém do Governo na capital timorense.

( 12:48 / 02 de Junho 06 )




O governo de Timor-Leste confirmou, esta sexta-feira, a cerimónia de posse de três ministros para sábado, conforme o agendamento feito pela Presidência da República.

Em declarações à agência Lusa, Miguel Sarmento, assessor do primeiro-ministro Mari Alkatiri afirmou que a posse de José Ramos-Horta (Defesa), de Alcino Baris (Interior) e de Arcanjo da Silva (Desenvolvimento) será feita no sábado às 13:00 locais.

Antes, este mesmo assessor tinha indicado que Mari Alkatiri não considerava necessária a existência de uma cerimónia de posse, «porque os ministros vão assumir as novas áreas de governação a título interino».

José Ramos-Horta rende Roque Rodrigues, ao passo que Alcino Baris substitui Rogério Lobato, enquanto que Arcanjo da Silva, até aqui vice-ministro do Desenvolvimento, vai para o lugar de Abel Ximenes, que pediu a demissão a 8 de Maio, por discordância com as orientações políticas do governo de Mari Alkatiri.

Com a posse de José Ramos-Horta e de Alcino Baris ficam reunidas as condições para que se realize a reunião do Conselho Superior de Defesa e Segurança, que deverá ser feita logo a seguir à cerimónia de posse dos três ministros.

Entretanto, o dia ficou marcado pela pilhagem de dos armazéns do governo em Díli, que continha computadores, cadeiras, partes de automóveis e até instrumentos musicais, um acto feito cerca de um milhar de pessoas.

O saque foi feito durante a manhã desta sexta-feira (hora local), perante a ausência das tropas da força multinacional e só terminaram com a chegada das forças australianas.

Também esta sexta-feira o enviado especial das Nações Unidas reuniu-se com Taur Matan Ruak, o comandante das Falintil - Forças de Defesa de Timor-Leste.

A missão de Ian Martin, que surgiu acompanhado de Tamrat Samuel, do Departamento de Asuntos Políticos da ONU, é avaliar a situação política no país e facilitar o diálogo entre as instituições timorenses.

Anónimo disse...

Entrevista de Ramos Horta ao DN, publicada hoje sexta-feira.

O chefe da diplomacia timorense afirmou ter aceitado a contragosto a pasta da Defesa, garantindo ao DN apenas tê-lo feito devido ao argumento de que é a pessoa com maior capacidade para fomentar o diálogo entre as várias facções. O ministro explicou não haver um comando unificado das forças internacionais, cuja função seria a de estabelecer as zonas de intervenção de cada um dos países envolvidos.

A vinda da GNR chegou a estar comprometida por causa do acordo com os australianos apesar de existir um acordo bilateral com Portugal. Como se ultrapassou a situação e quais vão ser as competências de australianos e portugueses?

Primeiro, é opinião sua e de outros jornalistas e observadores que a vinda da GNR tenha chegado a estar comprometida, não é a minha opinião. Nunca vi qualquer problema no acordo assinado com a Austrália e no que assinámos com Portugal. A parte australiana não vê quaisquer problemas após ter-lhes sido explicado o acordo com Portugal. Para eles, este obedece praticamente às mesmas condições que estão a ser observadas pela Nova Zelândia e pela Malásia. Estes dois países também têm um comando com toda a autonomia para operar em Timor-Leste. No caso de Portugal, há duas cláusulas importantes: a III e a IV. Na III, a GNR está na dependência directa do Presidente de Timor-Leste [entretanto, uma adenda colocou essa força igualmente na dependência do primeiro--ministro] e na IV o comando operacional está totalmente nas mãos da GNR. O que ficou por esclarecer foram apenas as zonas de intervenção quando é necessária a coordenação das várias forças. Há neste momento três forças em Díli; com a GNR serão quatro e se houver uma quinta e uma sexta é necessário um comando de coordenação conjunto para estabelecer as respectivas zonas de intervenção. A GNR poderá intervir em Díli, mas há zonas, por exemplo, que não são prioritárias por serem mais calmas, mais seguras e há outras onde a GNR, tendo em conta a sua especialização, pode ter um papel determinante na eliminação dos problemas.

Não há comando unificado?

Não, há apenas uma coordenação entre Austrália e Malásia e um comando unificado entre Austrália e a Nova Zelândia, porque esta se integrou logo na força australiana. A Malásia, com muito sentido prático, decidiu coordenar tudo com os australianos e estão a trabalhar bem. E veja que são dois países muito distintos: a Malásia, país asiático de maioria muçulmana, a Austrália, um país ocidental de maioria cristã. São nações que no passado eram rivais, pelo menos a nível político, com muitos conflitos e, no entanto, estão a trabalhar em perfeita coordenação.

O seu nome foi mencionado há dias para a pasta da Defesa. Pouco depois veio dizer que só aceitaria se fosse num governo de unidade nacional, mas eis que vai mesmo acumular a Defesa. O que é que mudou?

Tive um apelo veemente da parte de quase todos os membros do Governo. As F-FDTL, através do general Taur Matan Ruak, manifes- taram total lealdade e confiança na minha pessoa. E, perante os argumentos apresentados no Conselho de Ministros de que sou a pessoa que pode ter maior facilidade de diálogo com as várias forças, incluindo as internacionais, decidi, muito a contragosto, aceitar. Mas ressalvando que estes são só os primeiros passos para a resolução do conflito. Nos próximos dias, terá de haver decisões no plano político, com vista a um diálogo nacional. É preciso estabelecer um calendário político para chegarmos a uma solução definitiva. O Presidente está neste momento a trabalhar num programa detalhado para a pacificação e consolidação da situação no plano da segurança. Eu tenho dito sempre que vamos com muita prudência resolver os problemas mais urgentes, neste caso, as questões da violência e dos assaltos em Díli. Estes problemas estão mais controlados mas ainda não estão completamente resolvidos. Talvez com a chegada da GNR possamos solucionar este problema em definitivo. Mas a solução tem de ser política, consensual para toda a nossa sociedade.

O general Matan Ruak depositou toda a confiança em si como ministro da Defesa. Vai depositar a sua confiança no general Matan Ruak?

Sem dúvida. É um general com grande sentido de Estado, com grande sentido de disciplina. Jurou obediência ao poder civil. Nunca ocorreu às F-FDTL intervir numa situação de ordem interna e só vieram a Díli porque foram chamadas por um poder civil, tendo sofrido as consequências disso. Quando lhes foi dito que era altura de regressar às casernas, regressaram. Portanto, apesar do conflito que surgiu com a saída dos peticionários, há uma cadeia de comando nas F-FDTL. É uma força disciplinada que acatou as decisões do Governo. Eu tenho confiança no general Taur Matan Ruak e ele tem a confiança dos seus homens e a confiança do Presidente Xanana.

Anónimo disse...

Notícia Publico, de hoje sexta-feira:

Agendada para amanhã, às 13h00
Timor-Leste: Governo questionou necessidade de cerimónia de posse dos novos ministros
02.06.2006 - 11h53 Lusa, PUBLICO.PT



O Governo de Timor-Leste confirmou hoje que a cerimónia de posse de três ministros se realizará amanhã, conforme agendamento feito pela Presidência da República. Pouco antes, o Executivo de Mari Alkatiri questionou a necessidade da realização desta cerimónia protocolar.

Segundo disse à Lusa Miguel Sarmento, assessor de imprensa do primeiro-ministro Mari Alkatiri, a posse dos ministros da Defesa (José Ramos-Horta), do Interior (Alcino Baris) e do Desenvolvimento (Arcanjo da Silva) decorrerá às 13h00, no Palácio das Cinzas (Presidência da República), seguindo-se, meia hora mais tarde, a reunião do Conselho Superior de Defesa e Segurança (CSDS).

A posse dos três ministros esteve inicialmente agendada para hoje à tarde (hora local), mas a presidência anunciou o adiamento para amanhã, sem adiantar qualquer explicação.

Posteriormente, o gabinete do primeiro-ministro, através de Miguel Sarmento, explicou à Lusa que Mari Alkatiri considerava "não ser necessário proceder-se a qualquer cerimónia de posse, porque os ministros vão assumir as novas áreas de governação a título interino".

Questionado agora pela Lusa sobre a mudança de posição do primeiro-ministro, o assessor de Mari Alkatiri escusou-se a adiantar qualquer explicação.

Arcanjo da Silva, que era vice-ministro do Desenvolvimento, subiu interinamente a ministro após a demissão do anterior titular da pasta, Abel Ximenes, a 8 de Maio, por discordância com as orientações políticas do Governo liderado por Mari Alkatiri.

José Ramos-Horta e Alcino Baris substituem, respectivamente, Roque Rodrigues e Rogério Lobato, que apresentaram ontem a demissão durante uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros.

A demissão dos ministros da Defesa e do Interior foi comunicada pelo primeiro-ministro ao Presidente da República, Xanana Gusmão, que a pediu terça-feira por considerar que aqueles ministérios deviam ter "novas caras" para lidar com a crise no país.

Com a posse dos novos ministros da Defesa e do Interior ficam criadas as condições para que se realize a reunião do Conselho Superior de Defesa e Segurança (CSDS), órgão consultivo do chefe de Estado.

O CSDS chegou a estar marcado para segunda-feira, mas foi adiado para o dia seguinte devido ao prolongamento da reunião do Conselho de Estado, outro órgão consultivo do Presidente, voltando a ser remarcada.

No final da reunião de dois dias do Conselho de Estado, Xanana Gusmão, em comunicação ao país, anunciou ter assumido a "responsabilidade" pelas áreas de Defesa e Segurança, bem como "medidas de emergência" para pôr termo à violência no país.

Na mesma comunicação, Xanana Gusmão não afastou a hipótese de decretar o estado de sítio se a situação o exigisse.

Segundo o porta-voz do Presidente da República, Xanana Gusmão vai apresentar na reunião do CSDS "o plano de acção para executar as medidas de emergência, de acordo com a declaração lida pelo Presidente a 30 de Maio, para corresponder adequadamente às necessidades da população e da crise em geral".

Entre as medidas de emergência anunciadas por Xanana Gusmão, que vão vigorar por 30 dias, está incluída a apreensão de armas, munições e explosivos.

Timor-Leste vive os seus piores momentos de tensão, instabilidade e violência desde que se tornou independente, há quatro anos, na sequência da eclosão, há mais de um mês, de uma crise político-militar que tem sido marcada por divisões no seio das Forças Armadas e da Polícia Nacional, e pelo mal-estar entre o Presidente da República e o primeiro-ministro.

Perante a situação, as autoridades timorenses tiveram de pedir a ajuda militar e policial da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal para o restabelecimento da ordem.

De Portugal parte hoje uma companhia de 120 efectivos da GNR, com a missão de ajudar à manutenção da ordem pública, depois do seu restabelecimento, e de dar formação às forças de segurança de Timor-Leste.

Anónimo disse...

Notícia LUSA

Timor-Leste: Violência está a ser coordenada, diz comandante australiano


Díli, 02 Jun (Lusa) - O comandante das forças australianas em Timor-Les te afirmou hoje que há indícios de que alguma da violência em Díli "está a ser c oordenada nos bastidores", sem contudo referir quem está a fazer essa coordenaçã o.

"Houve um elemento de violência oportunista, mas também há indícios cla ros de que algumas dessas acções foram coordenadas nos bastidores", disse o brig adeiro Mick Slater à imprensa.

O comandante das forças australianas escusou-se a identificar quaisquer responsáveis por essa coordenação.

Slater defendeu, por outro lado, que as condições no terreno ainda não são favoráveis à realização de negociações de paz entre as duas partes em confli to, as autoridades políticas e militares e os mais de 600 militares que abandona ram as forças armadas.

O comandante australiano reuniu-se hoje, em Maubisse, a sul da Díli, co m o major Alfredo Reinado, líder dos militares revoltosos, que quinta-feira reit erou a exigência da demissão do primeiro-ministro, Mari Alkatiri.

Em declarações à Agência Lusa, Reinado disse que Mick Slater conversou com ele sobre a situação em Díli, que está "mais calma", e negou quaisquer discu ssões relativas a uma rendição dos seus homens aos militares australianos.

"Nem eu nem os meus homens vamos entregar as armas, como muitos querem fazer crer. Porque é que deveria entregar as armas, sou algum criminoso? Eu sou militar e as armas não são minhas, pertencem ao povo de Timor-Leste", disse o ma jor Reinado.

Timor-Leste vive os seus piores momentos de tensão, instabilidade e vio lência desde que se tornou independente, há quatro anos, na sequência da eclosão , há mais de um mês, de uma crise político-militar que tem sido marcada por divi sões no seio das Forças Armadas e da Polícia Nacional, e pelo mal-estar entre o Presidente da República e o primeiro-ministro.

Perante a situação, as autoridades timorenses tiveram de pedir ajuda mi litar e policial da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal para o restabel ecimento da ordem.

Uma força de 120 homens da GNR parte hoje para Timor-Leste.

Desde o final de Abril, o Hospital Nacional de Timor-Leste registou a o corrência de 21 mortos e 122 feridos, de acordo com dados divulgados hoje à Lusa pelo respectivo director, António Caleres.

Além destes números, pelo menos um membro da polícia morreu no hospital de Baucau (Leste) e o major Reinado indicou que três dos seus homens foram mort os em confrontos com as forças armadas.

A ONU calcula que a onda de violência em Díli provocou mais de 100 mil deslocados, a maioria dos quais está em campos de acolhimento ou em instituições da Igreja Católica.

MDR/RBV.

Lusa/Fim

Anónimo disse...

Notícia LUSA

Timor-Leste: Hospital Nacional registou até agora 21 mortos e 122 feridos


Díli, 02 Jun (Lusa) - O Hospital Nacional de Timor-Leste contabilizou 2 1 mortos e 122 feridos nas últimas semanas em Díli, disse hoje o respectivo dire ctor, que alertou para o risco de caos naquela unidade se a crise se prolongar.

Em declarações à Lusa, António Caleres indicou que, de acordo com os re gistos do hospital, "até 31 de Maio, incluindo já os [cinco] mortos registados n o final de Abril, deram entrada 20 mortos e 113 feridos. Relativamente ao primei ro dia de Junho, recebemos mais um morto e nove feridos".

Além destes números registados pelo hospital de Díli, pelo menos um mem bro da polícia morreu no hospital de Baucau (Leste) e o major Reinado, líder dos militares revoltosos, indicou que três dos seus homens foram mortos em confront os com as forças armadas.

O director do Hospital Nacional de Timor-Leste disse ainda à Lusa que d os 113 feridos que deram entrada até 31 de Maio, nove foram transferidos para a cidade australiana de Darwin, devido à gravidade dos ferimentos.

Relativamente às vítimas mortais, António Caleres referiu que seis fora m entregues às respectivas famílias para as cerimónias fúnebres e que ainda não foram identificados três dos mortos que estão na morgue do hospital.

António Caleres manifestou-se ainda preocupado com a situação que se vi ve no hospital de Díli, nomeadamente ai nível de pessoal e de material.

"Se a crise se prolongar entramos no caos, e por isso já fiz uma requis ição de diverso material médico-cirúrgico ao Ministério da Saúde", disse António Caleres.

O problema é a falta de ligaduras, gaze, luvas e adesivos, porque quant o à reserva de sangue, "o hospital está ainda bem servido", adiantou.

"Neste momento, temos reservas que dão para entre 15 dias e um mês, mas se isto se prolonga, pode ser o caos", repetiu.

"Outro problema que temos é a falta de pessoal, porque muitos estão pra ticamente de serviço desde o dia 28 de Abril", referiu, aludindo a uma manifesta ção em Díli degenerou em confrontos violentos.

"São precisos mais efectivos para rodar", alertou.

Timor-Leste vive os seus piores momentos de tensão, instabilidade e vio lência desde que se tornou independente, há quatro anos, na sequência da eclosão , há mais de um mês, de uma crise político-militar que tem sido marcada por divi sões no seio das Forças Armadas e da Polícia Nacional, e pelo mal-estar entre o Presidente da República e o primeiro-ministro.

Perante a situação, as autoridades timorenses tiveram de pedir a ajuda militar e policial da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal para o restab elecimento da ordem.

De Portugal parte hoje uma companhia de 120 efectivos da GNR, com a mis são de ajudar à manutenção da ordem pública, depois do seu restabelecimento, e d e dar formação às forças de segurança de Timor- Leste.

EL/PNG.

Lusa/Fim

Anónimo disse...

Notícia SIC, sexta-feira

GNR à espera

Contingente para Timor não partirá antes das 22h00






Os militares da GNR que vão para Timor não deverão partir de Lisboa antes das 22h00 de hoje. De acordo com o ministro da Administração Interna, o atraso deve-se à falta de autorização de sobrevoo de um país árabe.







"Estamos a fazer tudo para que a partida seja hoje, não será com certeza antes das 22h00 ou 23h00 horas de hoje", disse o ministro António Costa aos jornalistas, no Luxemburgo, à margem de uma reunião da União Europeia.

O titular da pasta da Administração Interna explicou que o facto de nos países Árabes a sexta-feira ser dia de descanso semanal tem dificultado a obtenção das autorizações de passagem do voo. Segundo uma fonte diplomática citada pela Lusa, o país Árabe em causa é o Bahrein.

O avião com o contingente da GNR deveria ter partido ao início da manhã, do Aeroporto Militar de Figo Maduro, em Lisboa. Segundo as primeiras explicações avançadas para o atraso, o aparelho teve que ser substituído depois de uma avaria detectada ontem.

Durante a manhã, vários familiares estiveram no aeroporto, para se despedirem dos 123 homens que entretanto foram transportados para o Regimento de Infantaria, onde aguardam a hora de partida.

Anónimo disse...

A LUSA no seu melhor.

Reparem lá na legenda da "fotos do dia". Vê-se Xanana Gusmão a dar uma Conferência de Imprensa no Palácio das Cinzas.

A legenda porém identifica-o como Major Alfredo Reinado.

EXCELENTE!

Anónimo disse...

ÚLTIMA HORA: 14,33 de Lisboa

GNR parte às 23 horas de Lisboa. Autorizações de voo desbloqueadas.

Anónimo disse...

Que coisa mais impressionante. Uma das forças que provocará seguramente acalmia e dará segurança ao povo timorense, e, assim se espera, consigam devolver a normalidade, não consegue agora autorização para sobrevoar o Barhein?! Isto não é de facto nada normal. Contornem o Barhein e peçam autorizações a outros. Adoptem outra rota, esta foi mal escolhida. Num caso destes a coisa não é absolutamente prioritária? Sinceramente, tanscende! Aliás, transcende desde o princípio sabendo-se do efeito GNR que se fala. Já lá deveriam estar! Se fosse um teatro de operações para invadir o Iraque já lá estava o Exército, a GNR e o que mais fosse preciso. Caso partam em definitivo para Timor-Leste, seria bom que lá deixassem o material todo que levam agora. Assim ao Estado português bastaria comprar as passagens aéreas nos voos civis. Não será mais simples? Mais vale prevenir que remediar.

Anónimo disse...

Meus caros, relativamente ao deixar lá o material, diria que é naturalíssimo que assim aconteça. Não sei se viram, mas o Governo Português vai agora alienar aviões que comprou e nunca utilizou.
E perguntam V. Exas.: então porque razão os compraram... Pois não sei...
Malai cor-de-burro-quando-foge

Ângelo Ferreira disse...

O Malai AF não é anónimo e já escreveu outras onde aparece o link do seu blog: http://pantalassa.blogspot.com/
depende apenas dos sítios onde acede e se dá ou não para perder tempo a fazer login.
Ita boot diak ka lae?

Anónimo disse...

Notícia LUSA

Timor-Leste: Voo da GNR já tem todas autorizações necessárias para partida


Luxemburgo, 02 Jun (Lusa) - O Bahrein, único país árabe que não tinha ainda autorizado o sobrevoo do avião que levará o contingente da GNR para Timor-Leste, já autorizou o respectivo plano de voo, disse hoje à agência Lusa fonte diplomática.

Lisboa viu assim levantado o último obstáculo à partida dos 122 militares da GNR, prevista para as 22:00 de hoje.

O ministro da Administração Interna português, António Costa, tinha dito anteriormente, no Luxemburgo, que o contingente de GNR que vai para Timor-Leste não partiria antes das 22:00 de hoje porque faltava obter uma autorização de sobrevoo de um país árabe.

"Estamos a fazer tudo para que a partida seja hoje, não será com certeza antes das 22:00 ou 23:00 horas de hoje", disse António Costa aos jornalistas à margem de uma reunião da União Europeia.

O ministro explicou que o facto de nos países Árabes a sexta- feira ser dia de descanso semanal tem dificultado a obtenção das autorizações de passagem do voo.

Fonte diplomática disse entretanto à Lusa que o país Árabe em causa era o Bahrein.

Os 122 militares da GNR deviam ter partido hoje, às 10:00, para Timor-Leste, mas dificuldades na obtenção das autorizações de passagem do voo impediram a partida do avião.

Inicialmente foi admitida a hipótese de os militares da GNR partirem na quinta-feira à noite, mas o voo ficou agendado para hoje de manhã, com destino ao aeroporto de Baucau.

Entretanto, devido à falta de autorização de passagem do voo, o porta-voz da GNR, tenente-coronel Costa Cabral, já havia admitido à Lusa que os militares poderiam partir só hoje à tarde.

Na quinta-feira à noite foi ainda necessário substituir o avião comercial que deveria transportar os militares por outro semelhante devido a problemas técnicos.

O ministro António Costa aclarou hoje que o atraso na partida do contingente da GNR foi devido à "mudança de um transitário (empresa de transportes intermediária) por incumprimento das obrigações contratuais que tinha assumido", o que implicou uma alteração do plano de voo e pedido de novas autorizações.

"Estas operações com um voo para chegar à outra ponta do Mundo estão sujeitas a dificuldades técnicas que estão a ser resolvidas", disse António Costa.

Segundo o ministro, também se pretende que o avião saia a tempo de chegar ao princípio da manhã ao aeroporto de Baucau, sem especificar o dia da chegada.

"O pessoal [da GNR] está todo pronto e preparado, aproveita para ter mais umas horas de contacto com a família com quem estiveram a almoçar no regimento [de Infantaria da GNR de Lisboa], e assim que for possível partirão", concluiu.

De acordo com o porta-voz da GNR, entre 60 a 80 por cento dos elementos que compõem o sub-agrupamento têm experiência em missões no estrangeiro, nomeadamente no Iraque.

A missão, que não integra mulheres por questões de alojamento, será comandada pelo capitão Carvalho, que já chefiou missões da GNR no Iraque e em Timor-Leste.

Actualmente já se encontram no território timorense elementos do Grupo de Operações Especiais (GOE) da PSP, que asseguram a segurança da embaixada portuguesa, pessoal diplomático e de todos os portugueses no território, bem como do chefe da missão da ONU em Timor- Leste.

Timor-Leste, em particular Díli, vive uma situação de violência desde o final de Abril, depois de cerca de 600 soldados terem sido desmobilizados das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), após protestos contra alegados actos de discriminação étnica por parte dos superiores hierárquicos.

A crise agravou-se com a deserção de efectivos das F- FDTL e da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) e após confrontos entre elementos das duas forças e grupos de civis armados, que provocaram vários mortos, as autoridades timorenses solicitaram a ajuda militar e policial à Austrália, Nova Zelândia, Malásia e Portugal para repor a ordem.

A Austrália foi o primeiro país a responder ao pedido, tendo já enviado 1.800 soldados para Timor-Leste, onde se encontram também entre 200 e 250 efectivos da Malásia.

FPB/EJ/MCL/SB.

Lusa/Fim

Anónimo disse...

Notícia LUSA

Timor-Leste: Pelo menos um morto, ainda não confirmado, nos confrontos de hoje


Díli, 02 Jun (Lusa) - Pelo menos uma pessoa foi morta, a golpes de catana, em confrontos que opuseram hoje grupos rivais em Comoro, de acordo com testemunhos de residentes no local.

A agência Lusa contactou o Hospital Nacional Guido Valadares, mas não há registo de entrada de qualquer cadáver.

Ao princípio da noite, no bairro Pité, em direcção a Manleuana, junto à ribeira de Comoro, confrontos também entre grupos rivais terão resultado no incêndio de duas casas, enquanto no bairro de Bebonuk, foi igualmente incendiada uma casa, o que levou à intervenção dos militares australianos e malaios.

A casa incendiada em Bebonuk pertencia a uma pessoa das relações do ex-ministro do Interior Rogério Lobato, indicaram residentes à Lusa.

Outro local onde esta tarde (hora local) se verificaram incidentes foi o mercado antigo, em que também uma casa foi incendiada, mas sem vítimas a registar.

Fonte militar internacional disse que muitos casos de fogo posto, sobretudo nos bairros de Manleuana, Comoro e Pité, são da responsabilidade de grupos que se misturam entre os milhares de deslocados que se encontram refugiados nas proximidades do aeroporto internacional Nicolau Lobato, em Comoro.

"Depois de atearem o fogo, põem-se em fuga, em direcção ao aeroporto, e misturam-se entre os timorenses que ali se encontram", disse a fonte, que solicitou o anonimato.

As tropas australianas têm a responsabilidade da segurança em redor do aeroporto, mas controlam sobretudo os acessos rodoviários, deixando caminho livre, por entre o matagal em redor, para os bandos actuarem com total impunidade.

EL.

Lusa/Fim

Anónimo disse...

Notícia LUSA

Timor-Leste: Ramos-Horta convicto de que pode sanar feridas das forças armadas


Díli, 02 Jun (Lusa) - O ministro dos Negócios Estrangeiros timorense, José Ramos Horta, afirmou hoje que é o único que talvez possa "sanar as feridas das forças armadas", afirmando que essa será a sua prioridade após tomar posse também na pasta da Defesa.

"Sou o único que pode talvez sanar as feridas das forças armadas, entre as forças armadas e a polícia e entre as forças armadas e os civis envolvidos nos acontecimentos", disse o chefe da diplomacia timorense, em declarações à rádio australiana ABC.

Ramos Horta afirmou que tem "o maior respeito pelas forças armadas" e realçou que a maioria dos militares "provêm de uma longa luta pela independência".

O ministro, que a partir de sábado passa a acumular as pastas dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, referiu que a prioridade é a estabilização do país e manifestou-se cauteloso quando questionado sobre a reiterada exigência dos militares contestatários da demissão do primeiro-ministro, Mari Alkatiri.

"É opinião de muitas pessoas no país que o primeiro-ministro deve demitir-se. No entanto, devemos dar um passo de cada vez", disse Ramos Horta, reiterando que é preciso primeiro estabilizar o país, antes de se iniciarem possíveis negociações políticas.

O chefe da diplomacia acrescentou que a situação da segurança está a melhorar, embora lentamente, devido à presença das forças internacionais no país.

Sobre eventuais negociações, o ministro afirmou que participarão todos os líderes militares, incluindo Alfredo Reinado, líder dos militares que abandonaram a cadeia de comando da polícia timorense, que mantém a exigência da demissão de Alkatiri, defendendo que essa é a solução para a crise no país.

Ramos Horta toma posse sábado em substituição de Roque Rodrigues, juntamente com os ministros do Interior, Alcino Baris, que sucede no cargo a Rogério Lobato, e do Desenvolvimento, Arcanjo da Silva, dado que o anterior titular, Abel Ximenes, demitiu-se a 08 de Maio, por motivos pessoais.

Há mais de um mês que Timor-Leste vive os seus piores momentos de tensão, instabilidade e violência desde da independência há quatro anos, na sequência de uma crise político-militar marcada por divisões no seio das Forças Armadas e da Polícia Nacional e pelo mal-estar entre o Presidente da República e o primeiro-ministro.

Perante a situação, as autoridades timorenses tiveram de pedir a ajuda militar e policial da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal para o restabelecimento da ordem.

De Portugal parte hoje uma companhia de 120 efectivos da GNR, com a missão de ajudar à manutenção da ordem pública, depois do seu restabelecimento, e de dar formação às forças de segurança de Timor- Leste.

VM.

Lusa/Fim

Anónimo disse...

Porque é que quando algém apelou à mobilização, ninguém disse nada????

Anónimo disse...

Notícia TVI

(...)

Para Timor, os militares da GNR levam cerca de 70 toneladas de equipamento. Metralhadoras pesadas, equipamento de combate e prevenção de motins e 20 veículos capazes de enfrentar as mais diversas situações.

As viaturas blindadas estão equipadas com pneus que podem ser perfurados e, mesmo assim, continuarem a rodar e um sistema que apaga chamas na estrutura exterior provocadas por ataques com bombas incendiárias.

Vão ser transportadas seis carrinhas de transporte, quatro jeeps, três pick-ups, seis viaturas blindadas e ainda um atrelado capaz de transportar mil litros de água. Os blindados e os todo-o-terreno já deram provas de eficácia e fiabilidade noutras missões no Iraque.

Seguem ainda para Timor armas, munições, material de transmissões, informática e de saúde. Com os militares, vai também o equipamento e fardamento preparado para situações graves de desordem pública e combate urbano.

Anónimo disse...

E arroz... alguém leva?

Anónimo disse...

Expresso On-line. Comentário à foto do dia- sexta-feira (Efeito GNR)

O capitão Gonçalo Carvalho, da GNR, é calorosamente recebido pelos polícias timorenses que garantem a segurança pessoal de Xanana Gusmão, na sede da presidência da república, no bairro de Raikotu, a menos de 24 horas da chegada do contingente de 120 militares portugueses ao aeroporto de Baucau.

Gonçalo Carvalho está em Díli desde domingo passado, juntamente com o tenente-coronel Rodrigues e o major Paulo Soares. Hoje, sexta-feira, foram recebidos pela primeira vez por Xanana Gusmão, que os quis cumprimentar pessoalmente e agradecer-lhes a sua presença em Timor. A GNR vai estar provisoriamente instalada no Hotel Díli 2001 e terá como missão o patrulhamento da capital timorense.

Anónimo disse...

Notícia Diário Digital

Timor: Ramos-Horta na Defesa é «passo em frente», diz Reinado

O líder dos militares que exigem a demissão do Governo timorense, Alfredo Reinado, afirmou esta sexta-feira que a nomeação de José Ramos Horta para ministro da Defesa torna mais fácil criar o inquérito sobre as mortes de finais de Abril.
«Em minha opinião, a nomeação de José Ramos Horta como ministro da Defesa é mais um passo para a constituição de uma comissão internacional de inquérito para investigar quem ordenou a entrada das Forças Armadas e o disparo contra os manifestantes» a 28/29 de Abril, disse em entrevista à Agência Lusa o major Alfredo Reinado, que na quinta-feira tinha considerado que a remodelação governamental «não resolvia nada».

«A nomeação de Ramos Horta é um passo para mais perto, mas estamos ainda muito longe. Só acredito nessa comissão internacional de inquérito quando a sua constituição ficar decidida, quando começar a trabalhar e iniciar as investigações», adiantou o major Alfredo Reinado na sua base na Pousada de Maubisse, cidade nas montanhas a cerca de 80 quilómetros a sul de Díli.

José Ramos Horta, até agora ministro dos Negócios Estrangeiros, é o novo responsável pela pasta da Defesa após a demissão do ministro Roque Rodrigues.

Ramos Horta serviu de mediador entre o Governo e os militares contestatários desde que estes abandonaram a cadeia de comando das Falintil-Forças Armadas de Timor-Leste (F-FDTL) e partiram para as montanhas timorenses, no início de Maio.

Em meados de Maio, Ramos Horta propôs aos militares contestatários a criação de uma comissão de inquérito internacional, com membros das Nações Unidas, para investigar as mortes dos confrontos violentos de 28 e 29 de Abril em Díli, quando as F-FDTL dispararam sobre cerca de 600 militares que protestavam contra o seu afastamento do Exército.

Os confrontos provocaram, segundo o Governo, cinco mortos e dezenas de feridos, mas os contestatários falam de pelo menos 60 mortos.

O major Reinado, que exige a demissão do primeiro-ministro, Mari Alkatiri, por considerar que foi este quem mandou disparar sobre os manifestantes, impõe como condição essencial para voltar à cadeia de comando das F-FDTL a instauração de um inquérito sobre os incidentes de 28 e 29 de Maio.

Alfredo Reinado, que disse hoje ter assumido o comando dos cerca de 650 militares contestatários, que correspondem a cerca de 40% do total de efectivos das F-FDTL, encontrou-se hoje também com o comandante no terreno das forças militares australianas enviadas para Timor-leste para assegurar a paz no país.

«Mick Slater veio cá dar-me informações sobre o que se passa em Díli e disse-me que as coisas estão mais calmas», disse o major Reinado, que negou quaisquer discussões com o responsável militar australiano relativas à entrega de armas por parte do grupo de Maubisse.

«Nem eu nem os meus homens vamos entregar as armas, como muitos querem fazer crer. Porque é que eu deveria entregar as armas, sou algum criminoso? Eu sou militar e as armas não são minhas, pertencem ao povo de Timor-Leste», acrescentou.

Reinado lembrou ainda os três homens que perdeu desde o início dos confrontos entre o seu grupo e os elementos das F-FDTL afectos ao Governo de Mari Alkatiri, afirmando que eles «morreram por Timor- Leste».

«Tenho saudades deles e sofro (com) a sua perda e a dor das suas famílias. Mas eles morreram em defesa da dignidade da nação de Timor-Leste e da unidade de todos os timorenses», sublinhou.

Diário Digital / Lusa

Anónimo disse...

Eh pá sacar noticias e pôr aqui todos nós conseguimos fazer. não era mais util falar-se?

Anónimo disse...

GNR parte às 23 daqui e deve chegar a Baucau às 11 da noite de sábado. Dili... Domingo de manhã?

Anónimo disse...

Ainda vão a missa! Vão ter é que andar em viaturas emprestadas, parece que o resto do material só irá uns dias depois. Nem que andem a pé...

Anónimo disse...

Quando ao Reinado, o rapaz é mesmo uma reinação. Estalagem de 1ª, oculos Ray Ban, falar de alto... Só faltava é que em vez de ir para a choldra, o paleio dele pegasse e ainda lhe fossem pedir desculpa e dar uma medalhinhas. E porque não uma reforma dourada como general. Aquele pessoal da Policia Militar devem ser os privilegiados lá do sítio. É só olhar para os bons cortes de cabelo e ar bronzeado. Não sei porquê, mas o Reinado faz-me lembrar a arrogância do Guterres das Milícias (parece que ainda está na choldra na Indonésia, acho que é mesmo o único)...

Anónimo disse...

Contudo, posso acrescentar-vos que em reunião realizada hoje de manhã neste Ministério, com uma missão australiana enviada para o efeito, ficou bem esclarecida a nossa posição, que não é de modo nenhum contra a Austrália, pois seria a mesmo com qualquer outro país", disse Freitas do Amaral.

A razão, explicou, é uma questão de soberania: "Portugal tem mais de oito séculos e meio de independência nacional e não aceita que forças militares suas sejam comandadas por militares estrangeiros", a menos que se trate da "situação única" de uma força formada e assumida como força da ONU.

Segundo explicou, a missão australiana, composta por um general e por um segundo elemento, foi enviada a Lisboa para esclarecimentos de Lisboa sobre a adenda ao acordo entre Portugal e Timor-Leste, assinada quinta-feira, estipulando que a GNR tem um comando próprio, independentemente de quaisquer outros acordos celebrados com países terceiros.

"O pretexto da reunião era discutir aspectos técnicos de coordenação das forças no terreno, mas rapidamente se percebeu que o problema era de facto uma tentativa de nos convencer a aceitar o comando unificado nas mãos do general australiano", disse.

Participaram nessa reunião, do lado português, a directora- geral dos Assuntos Multilaterais do MNE, embaixadora Margarida Figueiredo, e oficiais da GNR.

Questionado sobre se o envio da GNR esteve alguma vez em causa, Freitas do Amaral afirmou que não.

"Enquanto esperávamos (pela assinatura da adenda) ponderámos todas as hipóteses", explicou, referindo nomeadamente a possibilidade de "demorar o envio da GNR", "enviar a força portuguesa para uma localidade próxima e aguardar" ou "mantê-la acantonada até à resolução" do problema.

Todavia, segundo o ministro, chegou-se à conclusão, ainda antes da assinatura da adenda, que politicamente não era adequado, nem perante a opinião pública portuguesa, nem sobretudo, perante o povo timorense, que aguarda ansiosamente a chegada da GNR (Ó), adiar ou suspender o envio da GNR e a chegada da GNR a território timorense".

MDR.

Anónimo disse...

Será coincidência o facto de o Ramos Horta ter sido nomeado para a pasta de Defesa deixe felizes em unissono o Reinado e o PM australiano???

Anónimo disse...

Dirá o PM australiano:
Estava tudo tão bem encaminhado... que chatice tinham agora que vir os tais dos GNR para nos estragarem tudo!
Estão fora do nosso controle e o pior é se começam abrir a boca, como os gaijos que já lá estão, e contam o que lá se passa?!
Temos que partir para o plano B.
Chamem a Kirsty!
Estabeleçam-me ligação urgente com o Horta, o gaijo não está a fazer nada!

Anónimo disse...

Desculpem lá, mas o Hotel Díli 2001 não é um com uma frequência algo exótica????
É que não me parece aceitável instalar lá os nossos homens. Se eu fosse um deles preferia francamente dormir na praia...
Malai cor-de-burro-quando-foge

Anónimo disse...

Cenários e conspirações
Armando Rafael

É certo que em Timor-Leste, nem tudo o que parece é. Mas a nomeação de Ramos-Horta para a pasta da Defesa parece dar razão àqueles que defendem que esta crise acabou por servir apenas a quem pretendia subverter o equilíbrio institucional vigente, impondo uma revisão da Constituição, em que o Presidente visse os seus poderes reforçados, em detrimento do primeiro-ministro.

Segundo essa tese, tudo se resumiria, assim, a um golpe de Estado constitucional, falhadas que foram as sucessivas tentativas para substituir Mari Alkatiri. Um "golpe" que ainda estaria em curso, por via das medidas que levaram o Presidente a assumir esta semana a tutela da Defesa e da Segurança, retirando-as das competências normais do Governo.

Pode ser. Mas isso implicaria um acordo muito especial, em que o primeiro-ministro conservasse o seu lugar e o Presidente se recandidatasse.

Anónimo disse...

GNR em Figo Maduro, no ar dentro de 2 horas, chegam a Timor (Bacau) às 11 da noite (estou a vê-los na TVI)

Manuel Leiria de Almeida disse...

Correcção: chegam a Baucau no domingo de manhã. Não há condições para aterrarem de noite.

Anónimo disse...

Atenção Timor: GNR já deve estar no ar. Paragens no Bahrein e em Singapura, aterram em Baucau. Domingo devem entrar em Dili (não sei quem os vai buscar a Baucau, já que as carrinhas só vão depois)

Anónimo disse...

Timor-Leste: Ambiente emocionado na despedida dos 120 militares da GNR


Lisboa, 02 Jun (Lusa) - Os militares que partem hoje para Timor-Leste começaram a despedir-se das famílias às 22:20 num ambiente marcado pela emoção na sala de embarque em Figo Maduro, com muitas lágrimas misturadas com sorrisos ansiosos.

Os 120 militares mostravam boa disposição e ânimo procurando consolar a tristeza de pais, mulheres, filhos e outros familiares.

Os cachecóis da selecção de futebol e bandeiras portuguesas decoravam as mochilas de alguns dos militares que partem para Timor- Leste a pensar nas famílias, mas também no desempenho de Portugal no Campeonato Mundial de Futebol 2006.

Para António Valério e para a mulher, de olhos chorosos, a apreensão pelo que possa acontecer ao filho destacado pela primeira vez no estrangeiro sobrepõem-se a tudo e apenas conseguem dizer que "é difícil ver passar o filho pela porta de embarque".

No entanto, Carla Rodrigues, que foi ao aeroporto de Figo Maduro despedir-se do marido, consegue mostrar-se calma e até bem disposta junto de outros familiares, justificando que já é a segunda missão do marido, que também já esteve no Iraque.

"Uma pessoa aprende a defender-se uma vez que estas coisas já não são novas e é melhor assim. Tenho também a ideia que Timor-Leste não tem um risco tão grande como o Iraque", afirmou à agência Lusa adiantando que o seu marido vai estar encarregue das relações exteriores do contingente da GNR com outras forças militares a actuar no país.

Dois autocarros transportaram os 120 militares até ao avião fretado para o transporte onde uma fila de individualidades, entre as quais o ministro da Administração Interna, António Costa, o secretario de Estado Adjunto e da Administração Interna, José Magalhães, e o comandante geral da GNR, Mourato Nunes, apertaram a mão a cada um dos elementos que estão de partida.

O embarque começou a fazer-se às 22:30 e à entrada do aparelho houve ainda ocasião para uma entusiasmada despedida segurando a bandeira nacional por alguns dos militares.

Para os familiares que entretanto dispersaram o último aceno foi através das grades que delimitam o acesso à área de embarque antes de se irem embora.

Anónimo disse...

Ó D. Basílio, (em entrevista na televisão) ouça o que lhe digo e tenha juízo. Não prejudique o seu papel fundamental de líder espiritual que Vª Exª têm, em jogadas de maquievelismo político, que sem olhar a meios (alimentar uma crise grave no seu país, com todo o seu sofrimento que lhe está associado) para atingir fins (o afastamento do Alkatiri)

Anónimo disse...

Partida confirmada!

Anónimo disse...

Agora mesa redonda na SIC NOtícias com a Ana Gomes, Nuno Antunes, Clara Pinto e outro jornalista sobre Timor. Um país viável; conflicto de personalidades entre Xanana e Alkatiri que só prejudica Timor e facilita a vida áqueles que se querem aproveitar de Timor; uma economia com tendência para um rapidissimo crescimento ( só o dinheiro do petróleo por ano é duas vezes mais o do orçamento actual); a questão da igreja e as dificuldades do Alkatiri em comunicar; os problemas de imagem do Alkatiri e a sua dificuldade em dialogar; ... (continua)...

Anónimo disse...

Mari não faças ondas e continua a governar (diz aqui a Ana Gomes a solução da crise passa pelo entendimento da entre Políticos, Igreja, e Fretilin)

Anónimo disse...

A questão das desiguladades sociais na origem de algumas pilhagens

Anónimo disse...

A Ana Gomes também acha que o Reinado têm que ir à vida, e aqui questiona-se porque não se prende o gajo...

Anónimo disse...

...e uma boa questão fundamental levantada pelo jornalista Luciano Alvarez, na SIC-Notícias: porque é que deixam o golpista do Reinada andar pela cidade, de xanatas, calções e T-Shirt de cavas, a dar entrevistas à CNN e não o PRENDEM? E porque é que as tropas aussies fazem de guarda-costas a um fulano que está a minar um Estado de Direito, liderando um golpe contra esse mesmo Estado?

Manuel Leiria de Almeida disse...

Alguém que esteja em Timor sabe se está assegurada (por quem?) a segurança do aeroporto de Baucau e do percurso Baucau - Dili. Os polícias que digam como pode ser perigoso...
O diabo seja cego, surdo e mudo mas aí tudo é possível... Incluindo os aussies marimbarem-se para isto!

Anónimo disse...

GNR, GNR, GNR (quem havia de dizer que eu ainda havia de andar a gritar - favoravelmente - pelos «choques»?) GNR

Anónimo disse...

E trocar as bandeiras de Portugal das janelas pela de Timor?
-É necessário Portugal fazer-se ouvir, para que o bem de Timor se faça ouvir e para que os Australianos não pensem que ninguém liga...
Então uma ida do Cavaco lá... essa é que era...

Unknown disse...

(na sequência de textos anteriores sobre a História de Timor aqui vai uma longa análise da actual crise)3º capítulo de uma série de 3 (é só pedirem que mando todos)



Parece difícil atribuir os incidentes de Abril 2006 a conflitos tribais,
dado que eles parecem ter-se esgotado em Junho 1959, sem qualquer registo
posterior de lutas intertribais. O poderio dos régulos e liurais esmoreceu e
já em 1975 era pouco mais do que simbólico. A divisão administrativa
colonial portuguesa fizera esbater esta tradicional divisão dos povos de
Timor, e, posteriormente, com a ocupação indonésia parece ter-se esfumado de
vez. O que não desapareceu porém foi a animosidade ancestral entre o oeste e
o leste, tanto mais que agora surge enriquecida pela dicotomia de
resistência activa contra a Indonésia representada pela Falintil e pelos
povos de leste contra os povos de oeste, associados ao colaboracionismo com
o invasor. Desde a proclamação da independência que se ouvem queixas dos
antigos guerrilheiros e aqui cremos que o Estado falhou totalmente por
menorizar estas queixas e deixá-las latentes nos milhares de soldados
guerrilheiros compulsivamente passados a uma reforma sem benefícios fiscais
ou económicos e sem ocupação ou treino para ocuparem a sua posição dentro da
nova sociedade democrática timorense. A má divisão da atribuição dos postos
de comando e chefia militares a pessoas Loromonu em detrimento dos Lorosae
tem ab initio um certo fundamento nas queixas que motivaram os incidentes
que levaram em Fevereiro à saída de mais de 500 militares, prontamente
demitidos por abandono do cargo. Cremos que o governo subestimou a real
dimensão do problema e se serviu duma legitimação legalista para a levar a
cabo sem se aperceber da caixa de Pandora que poderia estar a abrir. Houve
inacção e incúria e até uma certa forma sobranceira de tratar o problema. O
Presidente Xanana depois de ouvir os descontentes mostrou que estava a favor
doutro tipo de solução, mas o governo permaneceu mudo e firme na sua decisão
de não os reintegrar. Até aqui verificaram-se dois factos apenas:
descontentamento por origem étnica e por motivos de privilégio aos Loromonu.



Não havia ainda de facto nenhuma tentativa de golpe de estado. Só quando os
autoproclamados lideres militares rebeldes (ou meramente desertores?)
intensificam as suas exigências, após a criação duma Comissão de Inquérito,
e pedem a cabeça do governo ou a demissão do mesmo, obviamente com o apoio
de forças externas como foi dito por Mari Alkatiri, se pode começar a falar
de tentativa de golpe de estado. O plano B certamente apoiado pelos EUA,
Austrália e outros confiava que a candidatura do embaixador José Luís
Guterres tivesse um amplo apoio das bases da Fretilin, o que não aconteceu.
Foi um fracasso total e veio reforçar ainda mais a liderança do
primeiro-ministro (sempre tão odiado pela Austrália que jamais lhe perdoa as
duras negociações para a exploração do petróleo e a sua firmeza em não
abdicar duma linha de crescimento económico lenta mas segura). Nesta altura
já as tropas australianas estavam em fase adiantada de preparativos para uma
"invasão pacífica" de Timor a pedido deste jovem país. Não se contesta que
as coisas chegaram a um ponto em que era forçoso pedir a ajuda do exterior
para terminar com os conflitos entre exército e polícia, ao longo das mesmas
margens de divisão que atrás se mencionaram. A rapidez da chegada das tropas
australianas só veio comprovar que o seu estado de alerta para intervir se
tinha precipitado com a vitória esmagadora de Mari Alkatiri no Congresso da
Fretilin.



Nesta ocasião esperava-se muito mais do sábio Xanana que se limitou a uma ou
outra pálida intervenção e preferiu manter-se na sombra, em vez de vir a
terreiro clarificar as águas. Sei que muitos em Portugal atribuem a Xanana
qualidades mais próprias dum santo do que dum ex-guerrilheiro mas decerto a
maioria não estava preparada para o ver apenas como um home como ele veio a
demonstrar ao longo desta fase do conflito.



Por seu turno, quem não perdera tempo a demarcar-se e a criticar o governo
foi Ramos Horta, esse sempre ambicioso líder timorense para quem o cargo de
Secretário-Geral da ONU é o mínimo a que se acha com direito. Manobrando os
bastidores, e, posteriormente avistando-se com os militares revoltosos e
traidores ao seu juramento perante o Estado veio a conseguir preencher o
vácuo de Xanana e a intransigência do governo.



Nessa altura já toda a máquina da desinformação da comunicação social
australiana cujo interesse no petróleo não pode ser descurado, aliados à sua
velha antipatia por Mari Alkatiri, estava pronta a levar a tentativa de
golpe de estado a uma fase mais avançada. E aqui entra o elemento indonésio
até então silencioso: os jovens armados de catanas e armas ligeiras a
repetirem as façanhas de 1999, pegando fogo a casas, roubando documentos das
repartições (sabendo bem o que queriam como por exemplo as provas que
implicavam o general Wiranto nas atrocidades de então) e criando o pânico em
vários bairros da cidade de Díli.



A história do petróleo e a prisão de Eurico Guterres podem ter mais a ver
com isto do que a mera antipatia que todos parecem agora sentir contra Mari
Alkatiri.

Depois, temos de juntar os interesses geoestratégicos que já estiveram no
cerne da invasão de 7 Dezembro de 1975, e o petróleo. Houve 21,5% de
apoiantes da integração na Indonésia e esses estão insatisfeitos com a
independência, com a política de Alkatiri que (eles nunca viram como seu, já
o não viam como seu em 1973...) apesar desta ser elogiada por Paul Wolfowitz
(que não é nenhum santo...embora também não seja como Kissinger ou Ford em 7
Dez 75). Estes 21,5% da população revêem-se mais em Eurico Guterres e não é
coincidência estes ataques surgirem logo após aquele ir para a cadeia. Há
ainda militares e uma pequena franja política indonésia que apoia Guterres e
não perdoa a independência e há muitos timorenses desejosos de os ajudar.
Foi pena que os líderes (Alkatiri, Horta, Xanana e Roque Rodrigues) não
tivessem visto isto a aproximar-se como um tsunami e pensassem que eram
apenas umas ondas que a nova democracia resolveria...



Como escrevia Henrique Correia em 31 de Maio de 2006:

"Estes senhores Reinado e Salsinha foram eleitos por quem?
Qual é a autoridade deles para exigirem a demissão do 1º Ministro?
O País não pode ser governado na rua. Espero que os líderes timorenses não
cedam a estas pretensões absurdas.
Estamos a assistir à repetição da novela "CPD-RDTL"
Se esses senhores não gostam do Mari Alkatiri, então formem um novo partido
para concorrer às próximas eleições, daqui a um ano, ou votem num dos
partidos já existentes que se opõem à Fretilin.
Assim é que se faz num país democrático. Se eles preferem outro tipo de
regime em que sejam eles a mandar, então vão para outro país, que há por aí
muitos assim, ou mudem-se para a ilha Fatu Sinai e declarem a independência.
O rei seria D. Alfredo I, o "almirante".





Quem é este comandante Reinado?

Foi capturado pelas tropas indonésias em 1975, e foi colocado como servente
ou carregador no exército indonésio nas Celebes (Sulawesi) e Kalimantan
antes de escapar para a Austrália. Arranjou emprego como estivador nas docas
da Austrália Ocidental onde esteve durante nove anos, antes de regressar a
Timor depois do histórico referendo de 1999.



As suas "proezas náuticas" foram rapidamente postas a funcionar nas novas
forças de defesa de Timor (F-FDTL) tendo sido nomeado Comandante dos dois
barcos de patrulha que constituem a marinha do novo país. Mas a sua carreia
rapidamente esmoreceu e o Brigadeiro-General Taur Matan Ruak, transferiu-o
para o quartel-general em Díli. Foi uma desfeita que ele jamais perdoou ou
esqueceu. Mais tarde foi nomeado comandante dum pelotão de polícia militar
com 33 homens após ter estado a ser treinado no Australian Defence Force
College em Canberra em finais de 2005. forjou também um passeio operacional
num barco patrulha da Real Marinha Australiana (RAN) a pensar um dia tomar
conta da Estação naval em Hera nas proximidades de Díli.



A crise começou em 28 de Abril 2006, com a manifestação de 600 militares
expulsos do Exército. A manifestação foi dispersada pelo Exército, que abriu
fogo e matou quatro pessoas. Logo após a acção, o comandante Alfredo
Reinado, líder rebelde, fugiu para as montanhas com 25 homens armados. Dias
depois, 12 policiais foram assassinados pelo Exército, o maior massacre
ocorrido no Timor desde a sangrenta repressão indonésia que ocorreu após o
voto a favor da independência, no plebiscito de 1999. Reinado disse que o
protesto era a resposta às promoções incentivadas no Exército por Rodrigues,
aliado ao primeiro-ministro Alkatiri que, segundo o líder rebelde, queria o
controlo militar para aumentar seu poder político perto das eleições de
2007. Além disso, a revolta de Reinado incentivou um fenómeno até agora novo
no país: o confronto violento entre os habitantes do oeste e a minoria do
leste que controla o Governo e as Forças Armadas.



O major Alfredo Reinado, anteriormente comandante da Componente Naval das
Falintil - Forças de Defesa de Timor-Leste (F- FDTL), abandonou a hierarquia
de comando das forças armadas a 4 de Maio 2006, acompanhado de mais 15
efectivos da Polícia Militar, unidade que comandava até então.



O outro autoproclamado líder dos rebeldes é Gastão Salsinha, nascido em
Ermera e que representa os interesses dos rebeldes Loromonu. Consta que terá
sido detido no ano passado por contrabando de sândalo e foi-lhe cancelado o
curso para capitão que estava a frequentar. Há quem adiante que Salsinha é
um amigo muito chegado de Rogério Lobato, o qual parece ter estado envolvido
noutro caso misterioso duma apreensão de sândalo em 2002 e a qual nunca foi
totalmente explicada. O nome da família Lobato é sinónimo com a longa guerra
de autodeterminação do povo. O seu irmão e líder da Resistência, Nicolau foi
morto num combate com forças especiais da Indonésia em 1978. a sua mulher
tinha sido executada no porto de Díli, logo após a invasão indonésia de 7 de
Dezembro de 1975. um dos cinco membros do Comité Central da Fretilin
enviados para o estrangeiro em 1975 (juntamente com Mari Alkatiri, Ramos
Horta e Roque Rodrigues), Lobato tinha ordens para obter apoio para a recém
anunciada independência de Timor. Em 1978 esteve a ser treinado durante um
curto período pelos famigerados Khmer Rouge antes de ir para Angola, onde
foi preso em 1983 por abuso dos poderes diplomáticos, tráfico de diamantes e
solicitar os serviços de prostitutas.


Depois, esteve envolvido num grupo de "conciliadores" promovido pela
Indonésia no início da década de 1990, tendo regressado a Timor em Novembro
de 2000 sem uma base de apoio popular forte. Esta situação não durou muito.
Excluído do governo de transição da ONU foi atraído pela defesa dos direitos
dos veteranos guerrilheiros, tendo desafiado a legitimidade da recém-criada
F-FDTL. As ameaças ao governo e a sua provocação acabariam por dar frutos,
quando em 2002 foi nomeado Ministro da Administração Interna. Não perdeu
tempo a criar uma força nacional de Polícia capaz de rivalizar com as
F-FDTL, um corpo de 30 mil homens com três ramos paramilitares.



É pena que Xanana continue a ser ouvido mais pela voz de Kirsty Sword (que
não pára de exigir a demissão de Alkatiri) do que pela sua própria voz, que
até agora se limitou a um ou dois apelos à calma e à deposição de armas.



Esta linha de clivagem com Xanana e Horta dum lado e Alkatiri do outro pode
ter ajudado os estrategas de Camberra a vingarem-se de terem de ceder 50% do
Timor Gap a Timor-Leste, fruto das boas capacidades de negociação de Mari
Alkatiri. Já todos se esqueceram que a Austrália começou por oferecer 20% a
Timor?



O petróleo esteve sempre por detrás disto e outorgar novos contratos à ENI
italiana e concessões à Republica Popular da China (odiada em Jakarta) não
aumentaram a reduzida popularidade de Mari Alkatiri face a Camberra e à
vizinha Indonésia.



Já Henrique Sales da Fonseca escrevia em 29 Maio 2006:

Aqui para quem mais ninguém nos lê, temo que tenha eclodido uma "guerra"
luso-portuguesa com os italianos e os australianos de permeio por causa do
petróleo. Repare: a italiana ENI é sócia da portuguesa GALP em 30% e daí
pode-se inferir que o Governo de Timor adjudicou o petróleo aos "amigos" dos
portugueses excluindo os australianos que já se consideravam donos daquelas
jazidas. Mas do lado australiano estará, creio, a Fundação Gulbenkian que
tem uma empresa petrolífera de direito australiano destinada a entrar no
negócio da extracção em Timor. Ou seja, pode-se admitir que a "guerra" seja
entre a GALP e a Fundação Gulbenkian com os ditos intermediários dando a
cara internacional e oficialmente. Será? É claro que se trata de uma mera
especulação mas . nunca se sabe. Vejamos o que se segue.



Depois desta intervenção australiana com 2 mil homens, à data em que
escrevo, virá a factura do "apoio" australiano que tentará colocar um
governo fantoche ou mais maleável no trono em Díli. Uma espécie de
protectorado de Camberra que é o novo xerife na região. Para isso, a ambição
desmesurada de Ramos Horta, pode ajudar, seja para Secretário-geral da ONU
seja para primeiro-ministro timorense. Que promessas terá ele recebido agora
do governo de Camberra? Quem se não lembra já do anunciado apoio que (Horta)
disse ter recebido de Gough Whitlam em 1975, quando este já dera luz verde a
Suharto para invadir com a promessa de não-intervenção australiana?



Por outro lado ninguém esqueça que o embaixador americano se deu ao trabalho
de ir ter com o Reinaldo, um desertor, um fora-da-lei para saber quais as
suas reivindicações. Depois disso e logo após a sua chegada foi a vez dos
comandantes militares australianos fazerem o mesmo. Esta preocupação dos
norte-americanos e australianos é de louvar. Quando desertei (porque o 25 de
Abril tardava a chegar a Díli) ninguém me quis ouvir, nem australianos, nem
norte-americanos. Mas agora os desertores são tratados melhor que um chefe
de estado.. Como os australianos já entrevistaram o Reinaldo e já sabem o
que ele quer, pois foram eles que o treinaram e se ele continua a repetir
que precisam de tirar o Alkatiri para haver paz na região, o mais certo é
que eles irão dar uma ajuda. Isto começa a lembrar o Chile em 1973.



Aliás se formos atrás na história recente podemos recordar o que a Austrália
fez nas Fiji em 1987 ao democraticamente eleito Temoci Bavadra (pronunciado
bavandra): ajudou o golpista coronel (depois major-general) Sitiveni
Ligamamada Rabuka (pronunciado rambuka) a depô-lo depois dum golpe de estado
em 14 de Maio de 1987 a que se sucedeu outro em Outubro. Rabuka foi um mero
instrumento nas mãos dos senhores feudais que se insurgiam com o domínio das
ilhas pelos indianos introduzidos ali no início do século XX: crise étnica e
devolver a Fiji aos Fijianos e não aos Indianos era o grito da altura.
Demorou dez anos à democracia para regressar às Fiji.



Mais recentemente temos a intervenção nas ilhas Salomão que deixaram de ser
independentes para terem parte dos seus ministérios geridos por Camberra. Em
finais de Maio de 2006, o primeiro-ministro das Ilhas Salomão aplaudiu a
retirada das tropas australianas, depois do ministro da Defesa australiano,
Brendan Nelson, ter anunciado que iria retira parte das tropas ali
estacionadas, depois dos confrontos do mês passado. Chegaram a estar mais de
400 tropas australianas e esse número irá baixar para pouco mais de uma
centena. As tropas tinham sido enviadas após a eleição de Snyder Rini para
primeiro-ministro, mas devido aos motins populares e à situação de crise
acabou por ser substituído por Manessah Sogavare com o apoio das tropas
australianas.



O programa "The World Today" em 30 Maio 2006 12:21:00, (Repórter Toni Hassan
e Edmond Roy) entrevistava Damien Kingsbury, do International Development
Studies na Universidade Deakin University, que afirmou

"Um exército de apenas 1500 homens é demasiado pequeno para ter qualquer
capacidade prática de defesa. Serve uma função simbólica mas causa mais mal
do que bem. ocasionalmente interfere na política, está dividido dentre as
suas fileiras.

.
outro problema que é ridículo e é um erro, é a escolha da língua portuguesa
que é oficial conjuntamente com o Tétum, e em resultado disso números
significativos da população não fala nenhuma delas porque foram educados em
Bahasa Indonesia, além de haver mais 15 idiomas locais. O Primeiro-ministro
que passou décadas em Portugal durante a luta de independência fala
Português - uma língua que o povo que ele governa não entende nem fala. Isto
só vem aumentar as críticas da sua arrogância e do seu desprendimento. A
maior parte da população fala indonésio e existe uma falta de comunicação
entre o governo e o povo, em especial nos tribunais e na burocracia. Penso
que isso deve ser reconsiderado.


Mais uma achega a dizer que o problema de Timor é devido à língua portuguesa
quando em Timor eles falam todos Bahasa para se entenderem.
Segundo estes analistas 1º a Fretilin, 2º a falta de razão para a existência
dum
exército e 3º a língua portuguesa são os culpados deste falhanço que não
teria
ocorrido se falassem todos Bahasa (indonésio aqui para nós). Ninguém se deu
conta de que em qualquer democracia o povo é quem escolhe
em quem vota e neste caso a Fretilin, goste-se ou deteste-se, teve mais
votos
que todos os outros juntos ... e foi a Fretilin com o apoio dos restantes
partidos que decidiram sobre a língua portuguesa e o Tétum.


Eu como cidadão australiano também estou farto de dizer que os problemas
da Austrália se devem a termos uma rainha longínqua, inoperante e ridícula
mas nas urnas, o meu voto não chegou para tornar o meu país numa República.
Acham que devo arranjar uns contestários para criar conflitos como em Timor
e mandar a democracia às urtigas?



O presidente Xanana Gusmão, renovou o seu apelo à reconciliação e à união
nacional, num dia em que foram anunciadas oficialmente as mudanças nos
Ministérios da Defesa e do Interior. "Vamos esquecer o que passou. É nossa
obrigação perdoar e reconstruir nossa amada nação", disse Gusmão, num
discurso no quartel da polícia em Díli. Gusmão assumiu, no início da semana,
o controle do Exército e da polícia para deter o confronto entre as duas
forças, que receberam a ordem de se recolher aos quartéis. A nação recebeu o
anúncio oficial de que o ministro de Relações Exteriores, José Ramos Horta,
vai assumir a Defesa, no lugar de Roque Rodrigues, e que o vice-ministro do
Interior, Alcino Baris, foi promovido a ministro.


Rogério Lobato e Roque Rodrigues, apresentaram a sua demissão (para evitarem
serem destituídos?) em consequência da crise que começou em 28 de Abril, com
a manifestação de 600 militares expulsos do Exército. A manifestação foi
dispersada pelo Exército, que abriu fogo e matou quatro pessoas. Logo após a
acção, o comandante Alfredo Reinado, líder rebelde, fugiu para as montanhas
com 25 homens armados. Dias depois, 12 policiais foram assassinados pelo
Exército, o maior massacre ocorrido no Timor desde a sangrenta repressão
indonésia que ocorreu após o voto a favor da independência, no plebiscito de
1999. Reinado disse que o protesto era a resposta às promoções incentivadas
no Exército por Roque Rodrigues, aliado ao primeiro-ministro Alkatiri que,
segundo o líder rebelde, queria o controle militar para aumentar o seu poder
político perto das eleições de 2007. Além disso, a revolta de Reinado
incentivou um fenómeno até agora novo no país: o confronto violento entre os
habitantes do oeste e a minoria do leste que controla o Governo e as Forças
Armadas.



O levantamento também evidenciou os atritos entre o presidente timorense,
Xanana Gusmão, o político mais apreciado do país, e Alkatiri, muito
impopular por professar a religião muçulmana - credo minoritário em Timor
Leste, onde 90% da população é católica. Alkatiri declarou há dias à
televisão australiana que não existe um conflito de poder entre ele e
Gusmão.



Os confrontos entre ex-militares e ataques de grupos de civis armados
deixaram cerca de 20 mortos na capital. Por não conseguir controlar a
situação, as autoridades timorenses solicitaram ajuda militar à Austrália,
Nova Zelândia, Malásia e Portugal. Mais de 2 mil militares e policiais
australianos, neozelandeses e malaios já estão no país. A polícia está
desaparecida há um mês, a população faz filas durante horas para receber
arroz e o pânico dos ataques já produziu 60 mil refugiados e deslocados que
ontem não se moveram de seus esconderijos, apesar de já estarem em vigor as
medidas especiais de segurança.



Timor Leste, um dos países mais pobres, queridos e pequenos do mundo. Tem
857 mil habitantes e a mesma extensão do Alentejo. Um país muito bonito,
amado por muita gente - o ex-presidente americano Bill Clinton e o
secretário-geral da ONU, Kofi Annan -, mas talvez bem situado demais: desde
o início dos tempos foi invadido por viajantes -chineses, portugueses -,
muitas vezes foi espancado e assassinado por seus vizinhos - chineses,
japoneses, indonésios, malaios.

Timor tem a maior taxa de fertilidade do mundo -7,8 filhos por mulher -, um
solo árido e muito pobre que mal chega para alimentar a população, uma idade
média de 20 anos, nenhuma indústria digna desse nome e um desemprego
galopante e sem subsídios que o compensem



"O Estado está em transição e construção, a metade da ajuda externa é
dedicada a pagar os assessores estrangeiros, ainda não há aposentadorias nem
lei eleitoral, nem quadros técnicos bem formados, e (Mari) Alkatiri (o
primeiro-ministro) prefere guardar as receitas do petróleo, cujo fundo de
reserva já soma mais de US$ 600 milhões, a distribuí-lo demagogicamente
entre as pessoas", diz um diplomata europeu que se não identifica.



"Os três são amigos desde a adolescência, por isso não se levam muito a
sério", diz uma fonte próxima a Gusmão. "Alkatiri e Gusmão respeitam-se e
temem-se igualmente, mas acabam sempre se entendendo", diz um assessor do
presidente.

A dupla Alkatiri - Horta é que cedeu. A Igreja, a Austrália, os EUA, o
petróleo e a ambição de poder surgem como as questões chaves de uma rixa que
começou discreta e começa a se agravar diante da legítima recusa de Alkatiri
a demitir-se dado ter sido democraticamente eleito pela maioria da
população.



Mas Ramos-Horta quer mais que o Ministério da Defesa. Sabe que tem todo o
apoio e a influência internacional de uma Igreja Católica que presume contar
com 98% de católicos no país e que não hesitou em catalogar o
primeiro-ministro como muçulmano e comunista. Os padres criticaram
ferozmente a aposta em separar a Igreja do Estado - há religião opcional nas
escolas - e criticam suas políticas sociais como próprias "do Terceiro Mundo
mais retrógrado". Alkatiri mandou estudantes com bolsa a Cuba e em troca
contratou 500 médicos cubanos para os hospitais públicos.


Segundo indica uma fonte da cooperação europeia, trata-se de uma luta sem
quartel: "O partido de Alkatiri, a Fretilin, é a única organização, com a
Igreja, que está implantada em todo o território. Para os padres locais, é
um partido de Marx contra Deus". Há exactamente um ano, em Abril de 2005, os
bispos de Díli e Baucau, com a colaboração do embaixador americano, John
Rees, homem de confiança de Bush e que ajudou a distribuir comida entre os
manifestantes, lançaram o primeiro desafio de rua ao governo "infiel" de
Alkatiri.


"Ofereceram transporte em autocarros e sanduíches e organizaram um
acampamento no centro de Díli. Foi muita gente que gritava: 'Viva Cristo,
morte a Alkatiri'", lembra um funcionário da ONU.



A indústria de café do Timor Leste sofreu um sério golpe com o aumento da
violência, que paralisou as operações em meio à temporada da colheita. "A
colheita (da nova safra) começou em Maio, e seu pico deve ser atingido neste
mês. Mas, com todas as estradas fechadas, não há meio de transportar os
grãos do interior para as fábricas processadoras", disse o director de café
e de outras safras do Ministério da Agricultura, Caetano Cristóvão. Os
participantes do mercado estimam que a produção atingirá entre 15 e 18 mil
toneladas, em comparação com a safra de 2005, apontada entre 10 e 11 mil
toneladas. Apenas os pequenos fazendeiros estão colhendo e processando os
grãos em máquinas pequenas ou secando-os ao sol, disse Cristóvão. Em termos
globais, O Timor Leste, com uma produção média anual de 7.000 a 10.000
toneladas, é um produtor pequeno entre gigantes, como Brasil e Vietname,
contribuindo com cerca de 1% da produção global. No entanto, o café não é
pouca coisa para a economia desta república de apenas quatro anos de idade,
sendo a sua principal fonte de divisas estrangeiras. Um quarto da população
(de 947 mil habitantes, em 2005) depende do café para subsistir (Dados: Dow
Jones).



Veremos o que vem a seguir, mas enquanto se não dedicarem esforços à
formação duma tropa, duma força policial eficaz e sem se cindir sob os
fortes laços centenários da etnicidade tribal, enquanto se não ocupar a
população jovem e desiludida em formas de trabalho remunerado que lhes
augure qualquer futuro (até agora nem presente nem futuro lhes era
prometido), enquanto não se explicar à população porque é importante que
falem Português em vez de Bahasa ou de Inglês, enquanto isso não for feito,
não há doações internacionais que cheguem nem fundos do petróleo que
aguentem a instabilidade. Há genes tradicionais e centenários que têm de ser
estudados conjuntamente com a influência que a ocupação indonésia e a sua
lavagem ao cérebro causaram.



Há que ter em conta o recente exemplo das ilhas Salomão a fim de evitar que
Camberra passe a gerir os ministérios mais problemáticos de Timor e a
decidir o que é melhor para este jovem país. Há que deixar os Timorenses
governarem-se e a criarem condições para o fazerem. Uma boa medida seria
darem-lhes de volta os recursos marítimos roubados por pactos leoninos
firmados pelo governo de Camberra, isso permitiria sem que o país contraísse
empréstimos ou ficasse dependente de outros, dividir a riqueza por todos os
timorenses, e criar empregos para os milhares de jovens sem futuro.



Há que criar uma unidade nacional que nunca existiu e não tem tradições
(antes pelo contrário existe uma herança de guerras intertribais) de forma a
que Timor seja para todos os Timorenses e não para alguns, todos os que
lutaram fora pela autonomia, os que lutaram dentro contra a ocupação
indonésia e os que se acomodaram à ocupação indonésia. Só quando se criarem
condições para este entendimento nacional e global terá valido a pena lutar
durante mais de duas décadas e meia. A comunidade internacional pode ajudar
a facilitar o desenvolvimento destas noções, mas sem os interesses demasiado
óbvios dos lóbis do petróleo e sem a desculpa esfarrapada de que a língua
portuguesa é que é a culpada. Se a CPLP existisse para lá do papel seria uma
óptima oportunidade das ex-colónias de Portugal (incluindo o Brasil)
mostrarem o que é a solidariedade, mas isso é pedir demais.



Se a ONU tivesse mais força poderia ajudar a construir o que nunca construiu
mais interessada em criar negócios milionários para os seus conselheiros do
que em construir um país novo pela raiz.



Sobretudo ajudem os timorenses a criar a sua nação e aprender o que é viver
em democracia.







© Chrys CHRYSTELLO 2006
An Australian in the AZORES/UM Australiano nos Açores, Portugal -
chryschrystello@journalist.com




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Anónimo disse...

Mande tudo...

Anónimo disse...

Lisboa, 03 Jun (Lusa) - O avião que levou os 120 militares do agrupamento Alfa fez-se à pista às 23:20 de sexta-feira, a caminho de Timor-Leste para uma missão que é uma "enorme responsabilidade" para a Guarda, segundo comandante-geral da GNR.

Em declarações aos jornalistas, o general Mourato Nunes afirmou que há "expectativas muito elevadas" em relação ao desempenho da GNR no estabelecimento e manutenção da ordem pública na capital timorense, Díli, o que dá "uma enorme responsabilidade" aos militares portugueses.

Depois de algumas indefinições quanto à data e hora da partida, o contingente deixou território nacional sexta-feira à noite num avião civil, com escalas técnicas no Bahrain e em Singapura, não vai ter ainda à chegada os veículos e outros meios logísticos necessários ao cumprimento da missão, mas está pronto para entrar em acção.

O resto do equipamento deverá seguir para Timor-Leste "na próxima semana", afirmou Mourato Nunes.

O orçamento disponibilizado para a missão é de cinco milhões de euros, disse o comandante-geral da força, aplicado nas despesas com pessoal e na reposição do equipamento que será utilizado, de modo a manter a disponibilidade da GNR em projectar forças nas missões no estrangeiro.

Se a missão for avocada pelas Nações Unidas, será "menos dispendiosa", referiu.

Em relação à cadeia de comando que o contingente português seguirá, que a Austrália pretende liderar mas que Portugal recusou, Mourato Nunes desdramatizou, afirmando que a preocupação principal é "a reposição da ordem, a sua manutenção e a formação das forças de segurança timorenses".

Timor-Leste, em particular Díli, vive uma situação de violência desde o final de Abril, depois de cerca de 600 soldados terem sido desmobilizados das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), após protestos contra alegados actos de discriminação étnica por parte dos superiores hierárquicos.

A crise agravou-se com a deserção de efectivos das F- FDTL e da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) e após confrontos entre elementos das duas forças e grupos de civis armados, que provocaram vários mortos, as autoridades timorenses solicitaram a ajuda militar e policial à Austrália, Nova Zelândia, Malásia e Portugal para repor a ordem.

A Austrália foi o primeiro país a responder ao pedido, tendo já enviado 1.800 soldados para Timor-Leste, onde se encontram também entre 200 e 250 efectivos da Malásia.

APN/TQ.

Anónimo disse...

O problema da segurança, levantado pelo Manuel Leiria de Almeida,
dos elementos da GNR em Baucau e no percurso entre esta cidade e Dili tem-me inquietado todo o dia! Na segurança australiana não confio, mas sem ser eles quem poderá proteger os "nossos homens"? Neozelandeses? malaios? Espero sinceramente que não tenham esquecido este pormenor... ai-manas

Anónimo disse...

Pessoal, onde é que se pode encontrar por estes lados uma bandeira de timor-leste, para içar aqui no meu jardim?

Anónimo disse...

Estejam descansados com a viagem de Bacau para Dili que os GNRs não são novatos, nem turístas nisto. Além do mais não se esqueçam que: ou é a tropa australiana que faz uma emboscada, o que seria uma enorme bronca (para além dos resultados também serem incertos para o lado deles), ou se for o Reinado (de chinelas de praia, quer dizer os gajos mandados por ele, porque o Reinado só deve dar mesmo é ordens, porque o corpinho ao manifesto não parece ser com ele...) os cowboys são corridos em três tempos! Mas qual Reinado qual carapuça, o Reinado são 15 polícias miltares pobres coitados, a julgarem que vão sair desta com alguns trocos (dólares australianos) no bolso. Confiem no profissionalismo do sub-agrupamento Bravo, afinal os gajos sobreviveram ao Iraque, e devem ter o dito cujo muito calejado, e não vão andar por lá de olhos fecados. A malta conhece melhor a estrada Bacau/ Dili do que os australianos e do que muitos timorenses, dos tais de Oeste. Tranquilos e confiantes

Anónimo disse...

Vou-me deitar, que aqui já são horas. Tenho um palpite que o Malai Azul é um professor português, que resolveu aproveitar um daqueles vôos de saída para Darwin, e foi aproveitar para comer uns camarões no (como é que chama aquele restaurante de Darwin onde se pagam 25 dólares australianos e é enfardar até cair para o lado?...) e depois aproveita os vôos vazios para regressar na 2ª feira...

Anónimo disse...

Bandeiras timorenses? Já procurou nas lojas chinesas? Se eles não têm ainda, fale-lhes nisso, que eles mandam já vir. Ou já se esqueceu que quando do Euro do Futebol eles inundaram Portugal em poucos dias com bandeiras portuguesas baratíssimas? Vá já dar a ideia a uma loja chinesa que eles organizam já o negócio. Em espírito de iniciativa e olho para o negócio são os melhores, não há como eles!

Manuel Leiria de Almeida disse...

"Fontes fidedignas" e "baita da confiáveis" em Dili asseguram que a questão da segurança do aeroporto de Baucau e do percurso até Dili está devidamente assegurada --- "por quem" já é querer saber de mais...
Quanto a bandeiras de Timor, a minha já está pendurada na janela ao lado --- e não em vez de... --- da portuguesa. Mandada fazer há cerca de 4 anos numa conhecida casa da especialidade da "baixa" de Lisboa. Até tive de lhes dar fotocópia da Constituição de Timor para eles saberem as proporções correctas pois foi a primeira que fizeram...
Com os chineses não vão lá...

Manuel Leiria de Almeida disse...

"Cheira-me" a patifaria relativamente ao comando da GNR no terreno... Ora vejam:

"Timor-Leste: MNE australiano chegou a Díli para ronda de contactos


Díli, 03 Jun (Lusa) - O ministro dos Negócios Estrangeiros da Austrália , Alexander Downer, chegou esta manhã à capital timorense para se encontrar com os principais dirigentes timorenses.
O ministro, que viajou em avião do Estado australiano, chegou a Díli às 08:30 locais, (00:30 em Lisboa).
Além de encontros com o Presidente da República de Timor-Leste, Xanana Gusmão, e com o primeiro-ministro, Mari Alkatiri, Alexander Downer estará com o brigadeiro Michael Slater, responsável pelas tropas australianas em Timor-Leste, com o enviado especial das Nações Unidas, Ian Martin, e com o representante da ONU no território, Sukehiro Hasegawa.
O chefe da diplomacia australiana, que viaja acompanhado do responsável pela polícia federal, o comissário Mick Keelty, vai ainda estar com os militare s australianos e informar-se do que o país está a fazer em Timor-Leste em termos de segurança e ajuda humanitária. [continua]"

Esperemos para ver qual o coelho que os "aussies" vão tirar da cartola...

Anónimo disse...

Timor-Leste: MNE australiano chegou a Díli para ronda de contactos

Díli, 03 Jun (Lusa) - O ministro dos Negócios Estrangeiros da Austrália , Alexander Downer, chegou esta manhã à capital timorense para se encontrar com os principais dirigentes timorenses.

O ministro, que viajou em avião do Estado australiano, chegou a Díli às 08:30 locais, (00:30 em Lisboa).

Além de encontros com o Presidente da República de Timor-Leste, Xanana Gusmão, e com o primeiro-ministro, Mari Alkatiri, Alexander Downer estará com o brigadeiro Michael Slater, responsável pelas tropas australianas em Timor-Leste, com o enviado especial das Nações Unidas, Ian Martin, e com o representante da ONU no território, Sukehiro Hasegawa.

O chefe da diplomacia australiana, que viaja acompanhado do responsável pela polícia federal, o comissário Mick Keelty, vai ainda estar com os militare s australianos e informar-se do que o país está a fazer em Timor-Leste em termos de segurança e ajuda humanitária. (...)

PS: os telefones ou a internet não estão a funcionar aí? E não é interessante não haver qualquer referência a Mr. Horta?

Anónimo disse...

Timor-Leste: Austrália tentou convencer Portugal a aceitar comando único
02.06.2006 - 18h31 Lusa, PUBLICO.PT

A Austrália enviou hoje uma missão a Lisboa para discutir o comando das forças em Timor-Leste, mas Portugal reafirmou que não aceita subordinar a GNR ao comando de militares estrangeiros, revelou o ministro dos Negócios Estrangeiros português.

Anónimo disse...

(…) "Portugal não aceitou, não aceita, nem aceitará nunca que a GNR fique subordinada ao comando operacional de um militar estrangeiro", revelou Diogo Freitas do Amaral, para quem as posições de princípio não são negociáveis.

"Posso, contudo, acrescentar-vos que em reunião realizada hoje de manhã [ontem] neste Ministério, com uma missão australiana enviada para o efeito, ficou bem esclarecida a nossa posição, que não é contra a Aus- trália, pois seria a mesmo com qualquer outro país."

Segundo o ministro, que falava no decorrer de uma conferência de Imprensa, a missão australiana, composta por um general e por um segundo elemento que não identificou, "foi expressamente enviada de Londres para Lisboa para esclarecimentos" sobre a adenda ao acordo, que foi assinada, na quinta-feira, em Díli, entre Portugal e Timor-Leste, reafirmando que a GNR tem um comando operacional próprio.

"O pretexto da reunião era discutir aspectos técnicos de coordenação das forças no terreno, mas rapidamente se percebeu que o problema era, de facto, uma tentativa para nos convencer a aceitar o comando unificado nas mãos do general australiano."

A adenda ao acordo entre Lisboa e Díli reitera que o comando político e estratégico da missão da GNR depende apenas do Presidente Xanana Gusmão e do primeiro-ministro, Mari Alkatiri, e que o comando operacional fica com o oficial português responsável pela missão.

O entendimentos estipula ainda que estas cláusulas mantêm a sua validade, independentemente de quaisquer acordos celebrados com países terceiros.

A assinatura desta adenda, frisou, tornou-se necessária depois de Portugal ter tido conhecimento de que o acordo assinado entre Timor-Leste e a Austrália atribui o comando das operações às forças australianas. (…)”

http://dn.sapo.pt/2006/06/03/internacional/portugal_recusou_proposta_feita_miss.html

Anónimo disse...

Não há dinheiro que pague isto!
Ora vejam o que o António Sampaio escreve:
"Luís Aparício, administrador do distrito de Baucau, disse à Lusa que a população da cidade sente "uma grande alegria" com a chegada dos efectivos portugueses, prometendo voltar "em grande número" para a recepção no domingo.

"As pessoas ouviram dizer que era hoje que eles chegavam e vieram logo para aqui", disse.

"Estão à espera deles como quem espera por um amigo que vem ajudar a pôr a casa em ordem".

O responsável distrital explicou que uma equipa de funcionários esteve a limpar a zona do terminal e parte da pista, onde foi já cortado algum do capim que tinha crescido devido ao pouco uso que é dado ao aeroporto, fechado a voos comerciais.

"Estão todos entusiasmados. Hoje vieram para aqui 200 ou 300 pessoas, mas amanhã virão mais, de certeza.

Estão todos à espera da força que vai ajudar o povo de Timor-Leste que ama a independência", explicou Aparício.

E isto hen! Está-se a tornar num novo "sebastianismos". Nem os "salvadores da Pátria foram assim recebidos!
ai-manas

Anónimo disse...

Só o Xanana parece, ou não quer saber, que a sua querida Kirsty trabalhou e trabalha para os serviços de informação australianos... se em tempos lhe pareceu uma opção segura, hoje já pode verificar que, com isso, minou o seu próprio país.

Anónimo disse...

Timor Leste já não é um país soberano? A Austrália é que negoceia com Portugal? Isto ultrapassa o limite da decência!!!

Anónimo disse...

Como não conseguiram convencer Portugal talvez consigam convencer Timor Leste!
Amizade envenenada!

Anónimo disse...

Obrigado António Sampaio!!

Finalmente a Lusa noticia os Tribunais e sua importância no Estado de Direito.

A todos os novos Juizes, Procuradores e Defensores força nos vossos novos cargos.
Serão vocês os futuros guardiões do cumprimento da Lei em Timor Leste!

Cláudio Ximenes não há vandalismo que o impeça de concretizar a sua missão - construção do siatema judiciário em Timor Leste!
A sua força, dedicação, honestidade e coragem ficaram na história de Timor Leste.

Ana Graça Timor agradece a dedicação, honestidade e profissionalismo que sempre revelou. Não desista!

Timor-Leste: Novos magistrados assumem cargos como "símbolo" de normalidade


Por António Sampaio, da Agência Lusa.

Díli, 03 Jun (Lusa) - Vinte e sete juízes, procuradores e defensores públicos recém-formados assumiram hoje os seus cargos em Díli, numa cerimónia simbólica da normalidade da justiça timorense, que decorreu no Tribunal de Recurso de Timor-Leste, saqueado na semana passada.

Os 11 juízes, nove procuradores e sete defensores públicos concluíram 18 meses de formação teórica e seis meses de formação prática, podendo agora exercer funções como estagiários nos tribunais timorenses.

Cláudio Ximenes, presidente do Tribunal de Recurso, explicou à agência Lusa que a cerimónia foi propositadamente marcada no edifício saqueado, dado o "simbolismo" de "demonstrar que os tribunais ainda funcionam".

"Queremos dizer a toda a gente, sobretudo aos timorenses, que as instituições, pelo menos os tribunais, continuam a funcionar", explicou.

"É muito importante que se recorra ao Estado de Direito, à legalidade e às leis para resolver os conflitos", disse, rejeitando o uso das armas para resolver problemas.

Uma mensagem ecoada pelo ministro da Justiça, Domingos Sarmento, que garantiu à Lusa que, "apesar das dificuldades actuais", o "sistema de justiça em Timor-Leste continua a funcionar".

"Apesar da actual situação, queremos transmitir essa mensagem", frisou.

Emocionado e lutando para conter as lágrimas enquanto descrevia o saque ao edifício do Tribunal de Recurso, no centro de Díli, Cláudio Ximenes admitiu que será difícil, no imediato, substituir o que foi saqueado e destruído.

"Foi saqueado, foi vandalizado, tiraram tudo o que havia, rebentaram com portas, armários, tudo. Ainda conseguimos salvar os processos, mas o resto perdeu-se tudo", explicou.

"Sinto uma enorme frustração. Destruíram-nos materialmente, mas o espírito, o que se conseguiu fazer até aqui, vai salvar-se", admitiu.

Domingos Sarmento disse que o Governo está já a realizar um levantamento do material saqueado e destruído nas várias dependências públicas, ao longo da última semana.

Segundo explicou, o Governo irá, posteriormente, estudar uma revisão orçamental que permita colmatar as carências mais básicas e repor o equipamento e material necessário para que as actividades possam ser retomadas.

"Ainda não temos os dados finais, mas perdeu-se muita coisa", disse.

Maria Natércia, uma juíza que hoje tomou posse, disse à Lusa que a cerimónia ajuda a cimentar e a credibilizar os tribunais timorenses, fortalecendo um dos sectores mais fragilizados do país.

"Estamos prontos para assumir a responsabilidade dos nossos cargos. Estamos aqui para transmitir a imagem de que os tribunais funcionam e de que o povo deve acreditar nos tribunais e na Justiça", afirmou.

"Mais do que a teoria ou a prática, é essencial procurar mudar as mentalidades, consolidar a figura do juiz. Esperamos que a herança das mentalidades do tempo da Indonésia deixe de existir em Timor-Leste", sublinhou.

Ana Graça, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), explicou à Lusa que o "longo processo" de formação dos juízes integrou o uso dos códigos do processo civil e do processo penal, já aprovados e publicados.

Também o novo código penal, concluído, mas ainda por promulgar, e o código civil, ainda em fase de projecto, foram utilizados na formação.

"Os timorenses que hoje tomam posse como juízes, procuradores e defensores, estão preparados para trabalhar nos tribunais como estagiários. Dentro de um ano tomarão posse, efectivamente, casos os respectivos Conselhos Superiores entendam que isso possa ocorrer", concluiu Ana Graça.

Um segundo curso com 15 formandos começou entretanto em Janeiro.

ASP.

Lusa/Fim

Anónimo disse...

"Xanana garante que não consentirá "quaisquer desvios autoritários na acção do Estado"

O que mais se espera neste momento é que o Presidente da Republica exerça a sua autoridade na qualidade de Comandante Supremo das Forças Armadas sobre as forças militares internacionais.

Será o primeiro passo para repôr a legalidade e assegurar a soberania de Timor Leste Senhor Presidente!

Anónimo disse...

Singapura, 03 Jun (Lusa) - Os Estados Unidos estão dispostos a dar maior assistência militar às tropas internacionais destacadas em Timor-Leste, declarou hoje o secretário da Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld.

O responsável falava depois de um encontro com o ministro da Defesa australiano, Brendan Nelson, à margem de uma conferência sobre segurança que está a decorrer em Singapura.

"Até agora solicitaram-nos uma assistência relativamente modesta, e não é necessário dizer que estamos dispostos a considerar qualquer proposta, mas cremos que até agora está a ser feito o que é adequado", disse Rumsfeld.

Após a reunião bilateral com o ministro da Defesa australiano, Rumsfeld acrescentou que "o governo da Austrália está a trabalhar e a incentivar outros países a participarem" na missão de pacificação da jovem nação.

Claro que o primeiro a contactar é EUA ou será que estava só a apresentar o "report" da situação?
E parece que o secretário da defesa americana se mostra satisfeita com a actuação da força australiana.

Anónimo disse...

Realmente esse "EL", não se sabe o nome, nunca noticiou nada sobre os Tribunais de Timor... porque será?!

Anónimo disse...

Alkatiri com um ar cansado insiste em denunciar ao mundo o envolvimento de interesses estrangeiros na violência em Timor.
Um PM de um país pequeno enfrenta sozinho os grandes interesses e potências estrangeiras.
Um homem de coragem!
Mantenha-se PM em nome do seu povo pois foi ele que o elegeu e só ele tem legitimidade para o demitir.

Anónimo disse...

Contra toda a máquina das inteligências australiana e americana que manipula até a opinião pública internacional a imprensa e o governo português tem um papel importante na soberania fragil de Timor.
Não desiludam Timor...

Anónimo disse...

Diz a notícia da Lusa: "Também o novo código penal, concluído, mas ainda por promulgar". Ora a promulgação compete ao PR. Do que é que ele está à espera? De autorização da mulher? Mexa-se sr. PR, que bandidos à solta e a precisarem de correctivo não faltam por aí!

Anónimo disse...

A promulgação é uma questão de vontade do PR, mas isso iria contra o interesse de quem se levantou contra ele (o CP)...

Apesar de repeitar materialmente a CRDTL e o direito internacional, há muito interesse de ordem política em causa... algo que se reproduz na presente situação...

Malai cor-de-burro-quando-foge

Anónimo disse...

A promulgação é uma questão de vontade do PR, mas isso iria contra o interesse de quem se levantou contra ele (o CP)...

Apesar de repeitar materialmente a CRDTL e o direito internacional, há muito interesse de ordem política em causa... algo que se reproduz na presente situação...

Malai cor-de-burro-quando-foge

Anónimo disse...

1 - Segundo a Lusa: “O primeiro-ministro de Timor-Leste, Mari Alkatiri, reafirmou hoje que há milícias pró-indonésias envolvidas nos actos de violência registados nas últimas semanas em Díli. "Mantenho o que disse", disse Alkatiri (…). Em declarações recentes à Associated Press, Mari Alkatiri dissera ter sido informado "de que nalgumas acções - incêndios de casas e outra violência e agitação civil - estiveram envolvidas ex- milícias de 1999".

2 – Mas “o chefe da diplomacia australiana, Alexander Downer, negou haver provas de envolvimento externo na violência registada em Díli. "Não há provas de envolvimento externo. Trata-se de violência doméstica e todos os sinais que temos referem-se à actividade de bandos armados. Ainda estamos a tentar perceber quem está por detrás disso, mas se dizem que é a Indonésia, a resposta é claramente não", enfatizou Alexander Downer. "A Indonésia, tal como a Austrália, não quer desestabilizar Timor-Leste", concluiu."(...)

3 - E ontem, segundo a Lusa: “O comandante das forças australianas em Timor-Leste afirmou hoje que há indícios de que alguma da violência em Díli "está a ser coordenada nos bastidores", sem contudo referir quem está a fazer essa coordenação. "Houve um elemento de violência oportunista, mas também há indícios claros de que algumas dessas acções foram coordenadas nos bastidores", disse o brigadeiro Mick Slater à imprensa. (…)”.

4 – É bom que a malta se lembre que ontem mesmo Mr. Slater esteve reunido com o Reigadas. O homem sabe do que fala e a quem está a proteger…

Anónimo disse...

DILI, TIMOR LESTE 4 DE JUNHO 2010

CHEGARAM FINALMENTE A BAUCAU OS 120 GNR'S QUE DEIXARAM "FIGO MADURO'EM PREPARACAO PARA O CAMPEONATO DO MUNDO DA ALEMANHA 2006. FORAM RECEBIDOS NO AEROPORTO PELO PRESIDENTE XANANA JUNIOR E PELO 1.PRIMEIRO MINISTRO
MAU LEKE PORREIRO DA COSTA.AS TROPAS SERAO TRANSPORTADAS PARA DILI NO VAIVEM ESPACIAL OFERECIDO POR FIDEL DE CASTRO. EM DILI SERAO HOSPEDADOS NO HOTEL COLMERA, PROPRIEDADE DE MARIA CINCO PILHAS, UMA INDUSTRIAL DA AREA. ENTRE OS 120 GNR ENCONTRA-SE PEDROTO JUVENIL, UM GRANDE TREINADOR PORTUGUES QUE IRA TREINAR O FAMOSO CLUB DE FUTEBOL "LOROSAE ET UNOS LOROMONO". HAVERA NESSE DIA MISSA NA CATEDRAL DE FATUMETA REZADA PELO BISPO D. APOLINARIO GUTERRES(AMO DIAK KA LAI?)
UM ABRACO

MAU DICK

Unknown disse...

Tabe kolega no belun sira INL nian: ami hatutan ami-nia resposta ba atake ida kontra polítika linguístika Timór Lorosa’e nian ne’ebé foin mosu iha imprensa Austrália.

Caros colegas e amigos do INL, anexamos cópia da nossa resposta ao ataque mais recente contra a política linguística de Timor-Leste a aparecer na imprensa australiana.

Dear colleagues and friends of the INL, we attach a copy of our reply to the most recent attack on the East Timor language policy to appear in the Australian press.

Chers collègues et amis de l’INL, nous joignons copie de notre réponse à la plus récente attaque contre la politique linguistique de Timor Est à apparaître dans la presse australienne.

INSTITUTO NACIONAL DE LINGUÍSTICA, Díli, Timor-Leste
A COMMENTARY FROM THE INSTITUTO NACIONAL DE LINGUÍSTICA, DÍLI

East Timor: a pseudo-nation

according to Dr George Quinn

(original articles below)

Dr George Quinn, today an employee of the Australian National University, was predicting in early 1999 that East Timor would never separate from the Republic of Indonesia. Like so many other long-time apologists of Indonesian influence in our country, Quinn was not thrilled when the majority of the East Timorese people voted for independence. Seven years later the good doctor is finding it hard to resist the temptation to gloat over the current troubles in Dili, judging from the charming preface to his propaganda piece in The Sydney Morning Herald

(2.6.06)[1]. With its trinity of rhetorical questions this passage reads as if it was intended more to belittle the East Timorese people than to warn innocent Australians of the perils of associating with us:

If YOU [emphasis in text] had a tourism business would you invest in East Timor? If you were providing support services for oil rigs in the Timor Sea would you base them in East Timor? If you were scouting for a model to be copied in the Solomon Islands, would you choose East Timor?

George Quinn has built an academic career on studying and teaching the

Indonesian and Javanese languages. Having associated himself with East Timorese individuals collaborating with the Suharto regime during the occupation, he was one of those Australians who was mortified when East Timor “grabbed” independence during a fleeting moment of Indonesian weakness in 1999. In a democracy like Australia there is nothing wrong with all this, of course. Dr Quinn is entitled to love Indonesia and to side with her in political matters, just as he has

every right to despise East Timor for not being what he would like it to be.

So Quinn’s sour reaction to our achievement of self-determination, like his

sanctimonious commentaries on our present difficulties, is perfectly

understandable. What we in East Timor deplore is not Dr Quinn’s right to free thought, but his commitment to spreading views about our country that are subjective rather than grounded in objective facts. It is against this background that one must evaluate tendentious statements about East Timor made by a scholar who, in the professional world, is a committed Indonesianist. Although no expert on East Timorese linguistics, ethnology or history, Quinn is nevertheless informed

enough about life in East Timor to be able to manipulate facts so as to give his readers a skewed and falsified picture of realities he finds unpalatable.

Aware that the one characteristic of the East Timorese population that sets it apart from the surrounding peoples of Eastern Indonesia is their Portuguese heritage, Dr Quinn tries to demonstrate our ‘Indonesian’ identity by suppressing the vital information that Portuguese influences have thoroughly and irreversibly transformed our 16 languages (bristling not only with Portuguese loanwords but with Portuguese ‚calques™ or loan translations), our music, our customs, our religion, our modes of thought and, above all, our higher culture. Instead Quinn pursues the red-herring line that “the grassroots lifestyle” of “the neighbouring regions of Indonesia... is remarkably similar to that of East

Timor.” Any first-year student of anthropology could add that basic material culture is pretty uniform all over the Third World. Material poverty has a surprisingly common face, whether it be in Mali, Nicaragua, Burma or .... East Timor.

Now the question of higher culture, mischievously distorted by Dr Quinn, is an extremely important one. Quinn is worldly-wise enough to know that social elites set the tone for national identity in every country. He would therefore not be surprised to find a French-speaking elite in Senegal, an English-speaking elite in Zimbabwe, or a Portuguese-speaking elite in Mozambique. Nor would he be astounded to discover that only a minority of Senegalese, Zimbabweans or Mozambicans have ever “widely mastered” the official language. This is simply the way of the Third World, as George Quinn knows perfectly well. There is reason to doubt, too, that he would describe the imposition of official and colonial English on the dispossessed aboriginal nations of Australia as “a bizarre project”.

Indeed, in all Quinn’s musings on East Timor, it is what he does not say - the facts that he strategically suppresses - that is significant. He claims, for example, that “class divisions” are “exacerbated by the attempt to impose Portuguese, the language of the elite, on an overwhelmingly non-Portuguese speaking populace.” What he does not mention is the all-important fact that Tetum - accessible to all and now well developed and resourced - is the first official language of the state, which guarantees that no-one is prejudiced by not fully mastering Portuguese (a language which all Tetum-speakers partly understand in any case). He is silent, too, about the fact that Tetum, not Portuguese, dominates as a spoken medium in the Church, in schools, throughout the East Timorese civil service, and in the parliament itself. So much for Portuguese as a factor of exclusion. We have, in the propagandist writings of George Quinn, an unambiguous case of politically-motivated double standards. He takes universals of the East Timorese reality and attempts to turn them into particulars. If grass is green all over the world, it is futile trying to convince anyone that grass grows pink in the island of Timor. This may be a feeble mode of argument, but it is grist to the mill of those in Australia who seek to destroy our national identity.

Given the heroic and humanitarian role of the Catholic Church in East Timor, it is regrettable that Dr Quinn chooses to distort its identity as well, making the odious insinuation that “even the Catholic Church is very far from the comfortingly solid institution it is represented to be”. Projecting onto our society the social milieu of bourgeois Australian Catholics, most of whom now ignore the teachings and precepts of their church, Quinn makes the preposterous claim that there exists in

East Timor “a division between “secular” Catholics and the more fervent, orthodox church establishment.”[2] Anyone familiar with the Church scene in East Timor knows that “secular Catholics” are a species as rare as hen’s teeth in the island.

Quinn really clutches at straws when he resorts to such “proofs” of East Timor alleged lack of natural unity as the one that “there are class divisions, tools, as if differences between social classes were something unique to our country. Since when do class differences - evident in every nation on earth - constitute proof that a nation is not “naturally coherent” and hence does not really exist? Perhaps he is judging our country by the myth of Australia being a classless society, an old chestnut that no sociologist takes seriously. However, we daresay that if a gaggle of unemployed proletarian teenagers with hotted-up motors and a predilection for amplified rap music moved into the house next to Dr Quinn’s, disturbing diluculations dedicated to exploding the “myths of East Timor”, he would quickly discover that class differences can be notable in egalitarian Australia as well. We trust that the good doctor would not fail to acknowledge his new neighbours as fellow Aussies.

On ne dément que ce qui est vrai is the apt French way of saying that the truth hurts. The stumbling block for George Quinn and those who think like him is that the “myth .... that East Timor is a naturally coherent nation” is in fact a reality.

There can be little doubt that he is intelligent enough a man to know this to be 2 true, which alone would explain the desperate tone of his plea and the constant resort to petitio principii in his style of argument.

Quinn’s tip for the punters among his poorly-served readers is that East Timor is going to become “Australia’ Haiti”, though he qualifies his statement with the magnanimous adverbial “not yet”. The model for thought about Australian foreign relations is (surprise, surprise) the United States. So East Timor may become to Australia what Haiti has become to the United States since 1915. Maybe. For someone trying to discredit the Portuguese language in East Timor it is, however, a rather unfortunate analogy: the bulk of the Haitian population cannot speak French, which has nevertheless always been, and will continue to be, the unassailable official language of Haiti, just as an East Timor without Portuguese as an official language is unimaginable.... unless of course the country were to

return to Indonesian rule (George Quinn’s apparent wish) or to become a colony

of Australia. In both scenarios the destruction of all things Portuguese would be absolutely de rigueur, a fact that clearly has not escaped Dr George Quinn..



DOCUMENTS

1. Sydney Morning Herald, 2.6.06

We must cast aside the myths of our troubled neighbour or face an even worse result, writes George Quinn.

The legacy of Australian decisions

is meltdown in Timor

IF YOU had a tourism business would you invest in East Timor? If you were providing support services for oil rigs in the Timor Sea would you base them in East Timor? If

you were scouting for a model to be copied in the Solomon Islands, would you

choose East Timor?

As an economy and a nation East Timor is back to square one. It faces a huge

nation-building task.

The chaos there is partly an outcome of several powerful myths that have obscured

the reality of the country and duped its international supporters, even its own

leaders. Myths that, for the good of East Timor, we need to dump from our thinking.

First, that East Timor is a naturally coherent nation. We are now seeing how false

this is.

Ethnic divisions have become a conflict between east and west, but rivalries are

much more complex and reach back far into Timor's past. There are class divisions,

too, exacerbated by the attempt to impose Portuguese, the language of the elite, on an overwhelmingly non-Portuguese-speaking populace. Even the Catholic Church is very far from the comfortingly solid institution it is represented to be.

Second, East Timor has a primordially distinct identity different from that of

Indonesia. Like East Timor, the neighbouring regions of Indonesia are mostly

Christian and their grassroots lifestyle is remarkably similar to that of East Timor.

East Timor's indigenous national language, Tetum, has more native speakers in

Indonesian West Timor than in East Timor. The people of the Oecussi enclave speak

the same language, Dawan, as the people across the border in Indonesia.

Today, thousands of East Timorese live in Indonesia and seem to have little difficulty merging into life as Indonesians..

Third, East Timor's Falintil guerrillas won a great victory over the forces of Indonesia.

Under the weak president B.J. Habibie, and distracted by a devastating economic

crisis, Indonesia capitulated to international pressure and permitted a referendum in East Timor in 1999.

Although in moral terms it might have been the right thing to do, in realpolitik terms it was a fleeting moment of Indonesian weakness rather than East Timorese

strength, and East Timor's nationalists grabbed it.

At any other time Indonesia and East Timor's secessionists would have hammered

out a resolution of their differences such as has been worked out in Aceh, and East

Timor would have remained part of Indonesia.

It is a sense of privilege fuelled by this myth that has impelled some officers in the

East Timor Defence Force (the "easterners") to discriminate against Indonesia-

tainted fellow soldiers (the "westerners").

This hubris is also a factor in the army's hostility to the nation's police force and its

rapid, brutal disintegration at the hands of the army. The very last thing East Timor

needs, whether now or in the long term, is an army with domestic policing functions

and political ambitions that is high on its sense of special status.

And, finally that Australia has been East Timor's "saviour". This may be the biggest

canard of all.

True, Australian troops dampened the mayhem of 1999 and they are doing the same job again now. But East Timor has not been "saved". On the contrary, our country's peacekeeping accomplishments have been set at nought, even sabotaged, by the dopey decisions of politicians.

Australia's early exit from East Timor after independence might have pleased

government accountants but was predictably counterproductive in the long run.

Australia did nothing to persuade the UN to stay longer in East Timor despite pleas

from the East Timorese Government.

Australia had a significant role in training East Timor's police force, but the

disintegration of the police over recent days suggests the training role was not done

well and, at the very least, should have lasted longer and been better resourced.

Australia also took a hard-nosed approach to negotiations over oil in the Timor Sea,

insisting on a boundary close to the East Timor coast (rather than midway between

the two countries) that allowed it to gobble up resources more justly belonging to

the East Timorese. This, too, will turn out to be destructive in the long term.

East Timor is not yet Australia's Haiti, but unless lessons are learnt and myths cast

aside, it could become so. There are signs that, in dealing with the Papua issue, the

Government may have learned from its involvement in East Timor.

But many in Australia still haven't, and are busy transferring the myths of East Timor

to Papua. If the Government listens to them it could portend more poor decisions..7

George Quinn heads the South-East Asia Centre in the College of Asia and the

Pacific, Australian National University.



2. Canberra Times, 27.5.06

Divisions in Timorese society are far from new

George Quinn

On its independence day almost exactly four years ago, the people of East Timor

seemed literally to be singing on the same page. The independence movement had

grabbed a massive win in the referendum of 1999. Indonesia's sour response and

the brutality of its militias had been a gift to the new country's sense of solidarity.

Under the UNTAET administration, the transition to full independence had gone

quickly and smoothly. A kind of euphoria gripped East Timor, spreading its warmth

to the nation's many international well- wishers.

But contrary to popular perception, East Timor was not, and is not, a naturally

coherent nation with a primordially distinct identity. The euphoria of independence

allowed politicians to turn a blind eye to the many divisions, or at best to paper them over with flimsy rhetoric.

Unfortunately East Timor's well-intentioned international supporters seemed happy

to swallow the myth of East Timor's unity -- hook, line and sinker. From deep within

this myth there are already voices, unwilling to face reality, asking whether the

current mayhem has been inflicted on East Timor by outside provocateurs (read:

Indonesia).

So what are the main fractures in the foundations of East Timorese society?

Ethnic divisions

A gap has opened up between those in the west (adjacent to the border with

Indonesian West Timor) and those in the east.

In the East Timor Defence Force, officers with origins in the east of the country have given themselves superior nationalist and military credentials, discriminating against soldiers from the Indonesia-tainted west. This division has infected the unemployed and angry youth of Dili, where east-oriented and west- oriented gangs are now fighting it out..

Language

East Timor's political elite is dominated by speakers of Portuguese, but they are a

small minority. Portuguese was never widely mastered in East Timor, even during

Portuguese colonial times, yet now the country's leaders are making an attempt to

force the language on to a largely indifferent, even hostile, majority.

This bizarre project is going to take many years to complete (if it can be done at all) and in the meantime those who don't speak Portuguese are feeling increasingly

disconnected from their country's political and administrative elite.

Class

East Timor's four years of independence have allowed the emergence of a tiny but

very powerful class of newly-rich. Outside their villas, the dirt-poor scratch a living in what is easily Asia's poorest nation.

Many of the very rich are of mixed Timorese and European ancestry, people who

collected their business capital during years of residence abroad (including in

Australia) while the majority of East Timorese suffered under Indonesian rule.

Naturally, this racial and historical difference does nothing to endear the wealthy to

the impoverished masses.

Catholic Church

The Catholic Church is probably the most important institution for the maintenance

of stability and social solidarity in the country. Yet the Church too is riven by division.

In the first place, there is a division between "secular" Catholics and the more

fervent, orthodox church establishment.

The two sides have clashed on issues as diverse as family planning (East Timor has a birth rate far above the economy's rate of growth) and the teaching of religion in

schools.

Beyond this, to the horror of the Church's hierarchy, the rural masses practise forms of Catholicism that are entwined with indigenous animist beliefs. These are giving rise to some wacky messianic movements, such as Colimau 2000, whose members (all Catholics) believe that some of East Timor's dead resistance leaders will return to life and lead them to a new age of prosperity and justice.

Colimau 2000 thrives in some parts of the nation's west, and has been linked by

some with the disaffected "rebels" of East Timor's western region.

On East Timor's Independence Day in 2002, I wrote in The Canberra Times "when

the party is over and the euphoria has vanished, the new nation will find some

menacing guests in its front room: economic crisis, political turbulence and confused identity".

These guests haven't gone away and they are now wreaking havoc. As Australian

troops fan out into the wild streets of Dili, we can best support them by refusing to

allow the shallow, romantic myth of East Timor's special identity and its primordial

unity to blur our vision of what we are dealing with.

[George Quinn heads the South-East Asia Centre, Faculty of Asian Studies, in ANU's College of Asia and the Pacific. Email: george.quinn@anu.edu.au.]



--------------------------------------------------------------------------------

[1] The legacy of Australian decisions is meltdown in Timor

[2] Divisions in Timorese society are far from new, Canberra Times, May 27, 2006..4



Chrys CHRYSTELLO,
An Australian in the AZORES/UM Australiano nos Açores, Portugal –
chryschrystello@journalist.com



I choose Polesoft Lockspam to fight spam, and you?
http://www.polesoft.com/refer.html

Anónimo disse...

Acho que tal como a questão de quem manda na GNR, só vale a pena «perder» tempo a discutir a questão linguística timorense com o pessoal timeorense. PS: Malai Azul, podes voltar, estás perdoado, isto sem ti falta-lhe qualquer coisa (nem que seja aspecto gráfico)

Anónimo disse...

Bem, a triste conclusão a que se chega é que afinal tudo isto não foi mais que um golpe vindo do exterior, com ajudantes no interior, etc e tal... mas, peço desculpa será que não é de ver também: é o próprio Governo timorense se abriu então completamente o flanco! Os serviços secretos timorenses existem? Se existem o que andaram a fazer com a informação de uns revoltosos que deram na situação que deu? A brincar aos cowbois? Não sabiam? Não sabia o povo? Não foi vista toda esta situação anterior como sintomática de uma estabilização levada da breca? Não? Pensei que a escola moçambicana teria ensinado isso. Tomaram as devidas precauções? Fosse a prisão dos revoltosos porque inadmissíveis tais situações no quadro de Instituições Democraticamente Eleitas! Mas na Constituição estão também outras questões de Direito! Tudo isso foi salvaguardado pelo Poder Político? Não parece de facto senão nada disto tinha acontecido! Tinham resolvido. Assim, como diria alguém que não recordo o nome: "PARA QUE O MAL FLORESÇA É APENAS NECESSÁRIO QUE OS HOMENS DE BEM NADA FAÇAM", acrescentando que quando fazem algo e mal, daí deverão tirar as respectivas ilações. Neste caso, consequências. Ou não foram alertados de que a situação não era de facto justa? Foram.

Anónimo disse...

no www.theaustralian.news.com.au/

"Greg Sheridan: Throw troops at Pacific failures
OPINION
Greg Sheridan, Foreign editor
June 03, 2006
AEONS ago, in another life, I undertook a course in counselling people who were considering suicide. We were told that a suicide attempt represents a peak of experience. Even for someone perennially depressed, to get to the point of attempting suicide is a rare and unusually intense experience.
Therefore, one of the central strategies in avoiding suicides is to get people past the peak. If you do, another peak may not arise again for a long time, perhaps ever.

What is true of depressed people is also true of depressed nations. The moment just before they pass from being merely difficult, poorly run and impoverished to being actual failed states, where anarchy reigns and no coherent government functions, represents a peak of intensity.

It also represents multiple, simultaneous systems failures.

Such was the case in East Timor and Solomon Islands, the two South Pacific failed states in which Canberra has had to intervene with decisive military force to restore a semblance of order.

We were also told in our counselling course that it was much better to get people before their suicide attempt. The attempt itself, even if unsuccessful, was likely to be immensely damaging and make recovery much harder. So it is with East Timor and the Solomons.

The question for Australia is: could we have intervened before the suicide attempts and got them through the peaks?

The answer is probably yes. The total lack of situational awareness by the Australians in the Solomons, which saw the Australian soldiers far away from Honiara on the day that Snyder Rini was announced as prime minister, the failure to pick up any verbal cues from the crowd of the devastating riot that followed, has to be chalked up as a failure of intelligence and execution.

Similarly in East Timor, that the Government of Prime Minister Mari Alkatiri could sack one-third of its armed forces, a move custom-made to provoke a crisis, shows the limit of Australia's influence, despite being the largest aid donor to, and chief international sponsor of, East Timor.

Australian policy in the South Pacific has been undergoing an agonising and profound revolution, from hands-off respect for South Pacific sovereignty to deepening involvement.

But it may be that we still have not conceived of our involvement in the most useful strategic terms.

Certainly if Alkatiri remains Prime Minister of East Timor, this is a shocking indictment of Australian impotence. If you cannot translate the leverage of 1300 troops, 50 policemen, hundreds of support personnel, buckets of aid and a critical international rescue mission into enough influence to get rid of a disastrous Marxist Prime Minister, then you are just not very skilled in the arts of influence, tutelage, sponsorship and, ultimately, promoting the national interest.

It is perhaps time that Australia conceived of itself as the "US of the South Pacific". I don't mean that we absorb the states of the South Pacific into Australia. Quite the reverse.

Rather, I mean that we take on the role that the US took on in East Asia after World War II, mentoring and tutoring devastated societies into economic and political modernisation and, crucially, providing for their security in the meantime. And like the US in Asia, we should do this in part through a system of military deployments, though naturally we would not call them Australian bases. According to the head of the Solomon Islands central bank, the riots that destroyed Honiara's Chinatown did more economic damage than the entire decade of ethnic conflict in the 1990s. In the end, the Australian taxpayer will pay for that damage. It would have been much cheaper, and much better for the people of the Solomons, if 500 Australian soldiers had been there to prevent this destruction.

Similarly, East Timor today is poorer than it was under the Indonesians.

As Malaysia's Deputy Prime Minister Najib Tun Razak has commented, its political structure is falling apart. Indonesia has played no part in East Timor's latest troubles. But if there ever is real difficulty on the East Timor-Indonesia border, it is not the fatally riven East Timorese military that will have to hold the line. It will be Australian soldiers.

Given that Australia is going to pick up the bill and that it will certainly bear the full political responsibility for East Timor, a more activist and ongoing intervention would probably be a better course.

What I am arguing is that, as part of a wider program of assistance involving lots of Australian personnel operating in South Pacific government agencies, deployments of Australian soldiers should be semi-permanently stationed in East Timor, Solomon Islands and, if necessary, other regional basket cases.

The opposition to such a scheme would be substantial. Canberra would hate its budgetary implications and it would expose our grievous lack of soldiers, the most important security resource today. Unless it was handled well it could provoke a backlash in some South Pacific societies. But these societies have been increasingly asking for Australian soldiers, not the reverse.

The South Pacific governments could see these deployments as enhancing their capacities, not abridging their sovereignty.

The other suggestion, of a blanket guest-worker scheme for South Pacific islanders in Australia, is a bad idea that the Government is right to reject.

Don't get me wrong. I want South Pacific islanders to continue to come to Australia as they have been doing.

But it is critically important that they come in an orderly way and that those who come are the ones most likely to succeed here. Thus they should come under normal immigration criteria: as skilled immigrants, or through family reunion or the New Zealand route.

There are more than 10 million islanders and a mad rush could destroy the pro-immigration consensus in Australia. On the other hand, international labour hire might help impoverished Pacific island societies just as it has helped Filipinos, who work in the Middle East and support their families, and their nation, back home.

The bottom line is: if we are going to pay the costs anyway, we need to intervene coherently and clearly in the way that offers the best chance of success. Inevitably, this involves soldiers."

...confesso que fico sem palavras para comentar...

Anónimo disse...

...mas ha mais 'opinioes' como esta...visitem o site desse jornal australiano... 'keeping the nation informed' dizem eles

Anónimo disse...

Anónimo das 1:40 AD; Pergunta se não foi o governo que abriu o flanco nesta tentativa de golpe de Estado, o que andaram as secretas a fazer, se andaram a brincar aos cowbois, se tomaram as devidas precauções …Ontem à noite na SIC a Ana Gomes veio quase com o mesmo, mas pelo menos o Anónimo tem a honestidade de admitir que possa ter havido “um golpe vindo do exterior, com ajudantes no interior”.

Isso que disse fez-me lembrar o que o PM de Timor-Leste disse na entrevista que deu esta semana ao “Público”: “Às vezes, por vontade de construir a paz, educamos os nossos militantes de forma a serem passivos demais. A nossa palavra de ordem escolhida em 2000 foi: “Tolerância máxima e vigilância total”. O que aconteceu foi uma tolerância sem limites e nenhuma vigilância.”

Pois. Mas quando uma pessoa se lembra que mesmo com esta tolerância toda meia dúzia de meses depois de estar no cargo já havia manifestações de rua apoiadas pela Igreja Católica a exigir a sua demissão, nem sou capaz de imaginar o que teria acontecido se ele tivesse tomado acções mais “duras”. Quando se tomam as medidas que ele tomou pela defesa dos interesses do seu país, nomeadamente nas negociações vitoriosas pelo petróleo, todos os lobbies se põem de acordo para correr com ele e se ele se aguenta é porque a Fretilin tem um notável enraizamento popular e o apoia. E por isso mesmo, receio bem que os ataques se intensifiquem e que compete aos patriotas timorenses ajudarem o seu país ajudando a reforçar as suas instituições democráticas e apoiando quem de facto mostra na prática que trabalha pela soberania de Timor-Leste.

Anónimo disse...

É inacreditável que a Australia, de maneira ilegal, venha tomar partido em TL. Estou propondo que cada internauta passe um e-mail para os jornais e embaixadas autralianas protestando contra este fato. O ONU tem a obrigaçao de vir a público para se explicar.
Alfredo
Brasil

Ângelo Ferreira disse...

Desconfio que os australianos vão dar um segundo golpe! Isto faz-me lembrar 75. Sei das diferenças, mas na verdade elas têm pouca importância no actual contexto. O que se passa e é evidente é que alguns timorenses tolos estão a fazer o joguinho de outra gente!
É evidente!
Portugal tem que ter muito cuidado para se posicionar nesta jogatana dos aussies.
Sejamos cuidadosos, diplomatas, mas também destemidos! Seja das falinhasmansas de alguns analistas, tipos que fazem ciência e teoria das relações políticas, têm em conta todos os factores da chamada "política real", mas não dão um tostão para o respeito pela dignidade, pela verdade, pelo direito dos povos.
Às vezes é preciso coragem e os pés na parede!
Espero que os timorenses, depois da visita de Downner, não no falhem também. Seria mau demais. Para nós, mas sobretudo para eles.
Abraço, irmãos, e força nas canetas!

Anónimo disse...

Meu querido Eduardo Lobão são tantas as histórias de coragem e de lágrimas de timorenses...
Não era preciso utiliza-las para promover a imagem de uma cidadã portuguesa que tanto se preocupa com o seu carro!

Ou trata-se de uma sua amiga ?!

As suas preocupações com os cidadãos portugueses parecem-me bastante elitistas.

Abstenho-me de mais comentários e Senhor Eduardo Lobão que fique a sua consciência embora não me parece de valores elevados!

Anónimo disse...

Meu querido Eduardo Lobão são tantas as histórias de coragem e de lágrimas de timorenses...
Não era preciso utiliza-las para promover a imagem de uma cidadã portuguesa que tanto se preocupa com o seu carro!

Ou trata-se de uma sua amiga ?!

As suas preocupações com os cidadãos portugueses parecem-me bastante elitistas.

Abstenho-me de mais comentários e Senhor Eduardo Lobão que fique a sua consciência embora não me parece de valores elevados!

Anónimo disse...

Traduz margarida pf. Esta é importante!

Anónimo disse...

Ah..... será que o EL da Lusa é o Eduardo Lobão?

Só pode ser... que triste!

Anónimo disse...

Este Greg seria mais um cómico se não fosse tragicamente tão mentiroso e manipulador. E apetece responder a estes dislates sobre TL ser um “Estado falhado” com palavras de Mari Alkatiri: “Em 2002, quando tomámos conta do país, não havia administração pública, por isso é significativo termos tudo a funcionar. Nessa altura, 90 por cento do Orçamento do Estado era contribuição externa, hoje desceu para 10 por cento. Se isso não é progresso, não sei o que é. Talvez os 300 mil que vão diariamente à escola…”

OK. Eu vou traduzir. Esperem um pouco, está bem?

Anónimo disse...

em resposta a margarida disse... 5:37:07 AM
o que é espantoso é que, segundo as próprias palavras de Mari Alkatiri, de facto a vigilância perante os indicadores não foi nenhuma. Mas desculpe, referia-se à vigilância dos militantes da Fretilin? Esperemos que agora, voltava a repetir, não venham para a rua os 100 mil, 150 mil ou mesmo 200 mil para demonstrarem que afinal têm o poder assegurado nas ruas... esperemos que não aconteça nada de irreversível a esse nível. E depois é bem mais saudável que ande tanta gente na rua, caso seja essa a estratégia a seguir, mas só quando forem as eleições para o Parlamento em 2007... agora não. Vejam lá isso que a borrada já está feita desde o momento que não conseguiram resolver o que muito bem poderia ter sido atempadamente resolvido a nível do aparelho militar. É que sem espectativas de futuro juntou-se demasiado pessoal que não tem nada para fazer. Lamentável é ter deixado descambar, é apenas o que digo. Ainda se estará para ver o que vai resultar daqui. E depois, outro pormenor que poderá estar como motivo incendiário foram algumas manobras de efeito duvidoso: a tentativa de assassinato de revoltosos. Ao que parece as imagens começaram a circular. Tentou-se silenciar esse pormenor mas ele vai aparecer certamente. Estava com os ditos, alguém que filmou. Aguarda-se que circule. Pelo menos na Austrália já apareceu. Deve ser mais uma montagem dos invasores externos - não vai ter outra resposta. São coisas dos dias 28 e 29... pois, veremos.

Anónimo disse...

Ou me engano muito, ou a GNR deve estar a pousar em Baucau por estes momentos. Estes gajos das TVS bem podiam dar a chegada em directo...

Anónimo disse...

Baucau, 03 Jun (Lusa) - O avião que transportou o contingente da GNR para Timor-Leste aterrou hoje em Baucau às 07:18 locais (23:18 em Lisboa), onde a "recepção" foi assegurada por uma vintena de timorenses acenando com bandeiras portuguesas.

A aguardar a chegada das forças militarizadas ao aeroporto da segunda maior cidade timorense estava o embaixador de Portugal no país, representantes da autoridades locais e da igreja católica.

O avião fretado por Portugal transportou os 120 efectivos da GNR que vão colaborar na pacificação da capital timorense, onde têm ocorrido tumultos nas últimas semanas que causaram duas dezenas de mortos e provocaram muitos milhares de deslocados.

Manuel Leiria de Almeida disse...

Haja Deus!... "Que seja bem-vindo quem vier por bem"! E eles vão!
Obrigado!

Anónimo disse...

Timor-Leste: Companhia da GNR chegou a Baucau


Baucau, 03 Jun (Lusa) - O avião que transportou o contingente da GNR para Timor-Leste aterrou hoje em Baucau às 07:18 locais (23:18 em Lisboa), onde a "recepção" foi assegurada por uma vintena de timorenses acenando com bandeiras portuguesas.

A aguardar a chegada das forças militarizadas ao aeroporto da segunda maior cidade timorense estava o embaixador de Portugal no país, representantes da autoridades locais e da igreja católica.

O avião fretado por Portugal transportou os 120 efectivos da GNR que vão colaborar na pacificação da capital timorense, onde têm ocorrido tumultos nas últimas semanas que causaram duas dezenas de mortos e provocaram muitos milhares de deslocados.

MA/AMN Lusa/fim

Anónimo disse...

Cá vai a tradução:

"Greg Sheridan: Mandar as tropas para os falhados do Pacifico

Greg Sheridan, Editor Internacional
Junho 03, 2006

Há anos atrás, noutra vida, tirei um cirso de aconselhamento a pessoas que se queriam suicidar. Foi-nos dito que uma tentativa de suicídio representa o cume duma experiência. Mesmo para uma pessoa constantemente deprimida, chegar ao ponto de se tentar suicidar é uma experiência rara e extraordinariamente intensa.

E contudo uma das estratégias centrais em evitar suicídios é levar as pessoas a ultrapassar o cume. Se o fizeres, pode não se levantar outro cume, outra vez, talvez nunca mais.

O que é verdade para pessoas deprimidas é também verdade para nações deprimidas. O momento mesmo antes de passarem de Estados difíceis, mal governados e pobres a serem Estados falhados, onde reina a anarquia e não há funcionamento coerente das instituições, representa um cume de intensidade.

Representa também falhas do sistema múltiplas e simultâneas.

Tal foi o caso em Timor-Leste e nas Ilhas Salomão, os dois estados falhados do Pacifico do Sul onde Camberra teve que intervir com força militar decisiva para restaurar uma semelhança de ordem.

Também nos diziam no nosso curso de aconselhamento que era muito melhor apanhar as pessoas antes das suas tentativas de suicídio. A própria tentativa, mesmo se não tiver sucesso, era provável que fosse bastante devastadora e dificultaria muito mais a recuperação. O mesmo se passa com Timor-Leste e as Ilhas Salomão.

A questão para a Australia é: Podiamos ter intervindo antes da tentativa de suicídio e passá-los pelo cume?

A resposta é provavelmente sim. A total falta de conhecimento da situação dos Australianos nas Ilhas Salomão que encontrou os soldados longe de Honiara no dia em que Snyder Rini foi anunciado que era primeiro ministro, o falhanço de topar as deixas verbais das multidões nos distúrbios devastadores que se seguiram tem que ser considerada um falhanço de intelligence e de execução.

Também em Timor-Leste, o facto de o Governo do Primeiro-Ministro Mari Alkatiri ter podido despedir um terço das suas forças armadas, uma medida habitual para provocar uma crise, revela o limite da influência da Australia, apesar de ser o maior dador de ajuda e o primeiro fiador internacional de Timor-Leste.

A política Australiana no Pacífico do Sul tem passado por uma revolução dolorosa e profunda, de não interferência e respeito pela soberania a envolvimento cada vez mais profundo.

Mas acontece que ainda não concebemos o nosso envolvimento nos termos estratégicos mais úteis.

Certo é que se Alkatiri se mantiver como Primeiro-Ministro de Timor-Leste isto é um indicativo chocante da impotência Australiana. Se não se conseguir traduzir a força de 1300 troops, 50 polícias, centenas de pessoal de apoio, montes de ajuda e uma missão internacional de socorro crítica em influência suficiente para correr com um desastroso Primeiro-Ministro marxista, então não somos muito hábeis na arte da influência, tutela, fiado e, finalmente na promoção do interesse nacional.

É talvez a altura de a Australia se conceber como os “USA do Pacífico do Sul”. Não defendo que absorvamos os Estados do Pacifico do Sul para dentro da Austrália. Completamente o contrário.

Melhor, defendo que desempenhemos o mesmo papel que os USA desempenharam Ásia do Leste depois da II Guerra Mundial, guiando e tutelando sociedades devastadas para a modernização política e económica e, principalmente, providenciando, entretanto a sua segurança. E tal como os USA na Ásia, devíamos fazê-lo em parte através de um sistema de destacamento militar, apesar de, naturalmente, não lhes chamarmos bases Australianas. De acordo com o chefe do banco central das Ilhas Salomão, os distúrbios que destruíram a cidade chinesa de Honiara fizeram mais estragos económicos do que uma década inteira de conflitos étnicos nos anos 1990s. No fim, os pagadores de impostos Australian pagarão por esses estragos. Teria sido muito mais barato, e muito melhor para o povo das Ilhas Salomão, se 500 soldados Australianos estivessem lá para prevenir esta destruição.

Semelhantemente, Timor-Leste hoje está mais pobre do que estava sob ocupação pelos Indonésios.

Como comentou o Vice-Primeiro Ministro Najib Tun Razak, a sua estrutura politica está a desfazer-se. A Indonesia não teve qualquer intervenção nos últimos problemas em Timor-Leste. Mas se alguma vez houver alguma dificuldade real na fronteira Timor-Leste/Indonesia border, não são os destroçados militares de Timor-Leste que terão de aguentar a linha. Serão os soldados Australianos.

Dado que será a Australia que terá de pagar a conta e que acarretará com completa responsabilidade política de Timor-Leste, uma intervenção mais activa e progressista será provavelmente um caminho melhor.

O que defendo é que, destacamentos de soldados Australianos devem estar semi-permanentemente estacionados em Timor-Leste, Ilhas Salomão e se necessário noutros esquentados casos regionais, como parte de um mais vasto programa de assistência que envolva muito do pessoal Australiano que opera nas agências governamentais do Pacífico do Sul.

Haverá substancial oposição a este esquema. Camberra detestará as suas implicações orçamentais e exporá a nossa lamentável falta de soldados, hoje o mais importante recurso securitário. A não ser que seja bem manipulada, poderá provocar um ricochete nalgumas sociedades do Pacífico do Sul. Mas estes sociedades têm crescentemente vindo a apelar por soldados Australianos e não o contrário.

Os governos do Pacifico do Sul podiam ver estes destacamentos como aumentadores das suas capacidades e não como redutores das suas soberanias.

A outra suguestão, de um esquema protector de trabalhadores-convidados para os naturais das ilhas do Pacífico do Sul na Australia, é uma má ideia que o Governo faz bem em rejeitar.

Não me interpretem mal. Quero que os naturais das ilhas do Pacífico do Sul continuem a vir para a Australia como têm vindo.

Mas é muitíssimo importante que venham de forma ordeira e que os que venham sejam os que têm capacidade para ter sucesso aqui. Portanto teriam que vir sob a alçada de normais critérios de imigração: como imigrantes habilitados, ou para reunião familiar reunion ou por via da Nova Zelândia.

Há mais de 10 milhões de naturais das ilhas e a uma corrida impensada poderia destruir o consenso pro-imigração na Australia. Por outro lado o aluguer laboral internacional pode ajudar sociedades pobres das Ilhas do Pacifico tal como tem ajudado os Filipinos, que trabalham do Médio Oriente e suportam as suas famílias na pátria e a sua nação.

A questão de fundo é: se vamos ter que pagar o custo de qualquer modo, precisamos de intervir coerentemente e claramente no caminho que ofereça a melhor oportunidade de sucesso. Inevitavelmente, isso envolve soldados"

Anónimo disse...

Seria interessante e útil que alguém no terreno fornecesse informações sobre a situação da GNR e se sempre existe o "Efeito GNR" sugerido neste blog.

Anónimo disse...

Anónimo das 6:52:21 AM: com essa de “as imagens começaram a circular” faz-me lembrar o Bush, a Rice, o Blair e o Howard quando quiserem convencer o mundo das armas de destruição massiva dos iraquianos. Eu até me lembro do Colin Powel a “mostrar” na ONU as imagens de satélite dos laboratórios móveis e de frasquinho na mão a “garantir” que aquilo era uma amostra de “arma biológica”. Foi-se a ver…as secretas tinham-se enganado, não havia nada, rigorosamente nada.

E também me lembro quando da guerra contra a Jugoslávia da Albreight, do Clinton e do Xavier Solanas com as imagens de satélite a “mostrarem” as valas comuns no Kosovo, as deportações forçadas por comboio ou os bombardeamentos contra as caravanas dos kosovares em fuga. Foi-se a ver – ou melhor andaram umas centenas de médicos forenses espanhóis à procura e nada, nem uma valazinha a dois quanto mais comum. As deportações ferroviárias afinal eram os locais a fugir dos bombardeamentos dos aviões da NATO e os bombardeamentos das caravanas tinham sido feitas por…aviões da NATO que supostamente confundiram tractores com blindados…

Lembro-me também que os ataques bombistas na fila para o pão ou no mercado de Sbrenica imputado aos sérvios…foi confirmado pelos peacekeepers holandeses como tendo sido feito pelos muçulmanos contra os seus próprios irmão de fé para provocar comoção e atiçar o ódio contra a Sérvia e demonizá-la.

Já percebi que para si faça o Alkatiri o que fizer está mal feito. Se não prende é porque não prende, se quiser prender nem pensar! Mas essa de agora querer fazer dele outro diabo em pessoa está um tanto batida e já só pega em pobres de espírito. E há-de reparar que aliás nem a CNN ainda mandou a Amanphour a Dili! Tenha dó!

Anónimo disse...

Têm mesmo aí ao lado o link da Lusa, piquem-no e leiam o resto da peça das 0:43:00, de 04-06-2006, que começa assim:

Timor-Leste: Contingente da GNR recebido em festa pela população de Baucau
Baucau, Timor-Leste, 04 Jun (Lusa) - Centenas de populares receberam hoje com vivas a Portugal e à GNR os 120 elementos do contingente militar português, que chegaram, em voo civil ao aeroporto de Baucau, a segunda maior cidade de Timor-Leste.
(...)

Anónimo disse...

ao comentário das 9:00:52 AM...
Prontos, já lá estão 120 homens que irão dar algum descanço a quem mais interessava e impôr certamente, assim se espera, ordem! Mas de 120 para o caso de entrarem em acção os militantes da Fretilin... vai ser complicado.

Se ainda não reparou, apesar de o repetir e não será por isso que conte para alguma coisa, o que me revolta é precisamente o não terem prevenido/evitado qualquer hostilização no seio de uma estrutura da completa responsabilidade do Governo e o garante do Estado de Direito.

Quanto aos dois primeiros parágrafos da sua amável explicação, concordo consigo, só discordo do ínicio "com essa de "as imagens começarem a circular"... a mim, e é isso que agora me interessa que toda essa história que conta sabe-se perfeitamente que são as manobras a que os Poderes recorrem.

mas, já agora um mas... prefiro lembrar-me das imagens de Max Stall, dos slides do Steve Cox e de alguns outros aquando do massacre de Stª Cruz - porque aqui é mesmo Timor-Leste que interessa. Sairam para fora e ninguém as desmentiu. Serviram para ir convencendo aqueles que não acreditavam, os que não se queria mexer ou desconheciam a chacina de longo prazo que decorria em Timor. Nesse movimento obviamente o que se viu foi a evidência. Quando falo de imagens é sobre evidências que me debruço. E o que disse com estas, que não vi confesso, é que se por acaso aparecem evidências que não deveriam aparecer é uma chatice, não acha? Ou também não acha que já é uma chatice tremenda esta porcaria toda ter acontecido? Resolvem-se as coisas atirando um tiro no próprio pé? Duvido, só se for para se voltar para casa...

Quanto ao sr. PM Mari Alkatiri, eu não disse que tudo o que fazia estava, está ou estará mal feito. Lamento apenas que nesta crise tenha tomado a posição que tomou. Não é de agora. Não é apenas culpa dele mas é ele o responsável político por toda e qualquer decisão que o Governo adopta. Foi capaz de mandar fora 40% das forças militares (inimaginavelmente, desculpe, com todo o Poder e Direito mas sem sequer fazer contas a quanto é que isso pesava na balança de forças... qualquer pessoa sabe fazer essa conta mas não chega!), deu no que deu. Agora pode chamar-lhe os nomes que quiser, o mal está feito. Se realmente se conseguir provar a teoria da conspiração seria óptimo. Mas se não o consegue, porque não tem serviços secretos?! Por favorzinho. É melhor começar a contar estrelas.

Meus caros, "as partes envolvidas vão ser todas ouvidas"! O que deduzo se vão arranjar argumentos e provas do que cada uma das partes terá agora a dizer - já que em tempo útil e soberano, exclusivamente com os próprios timorenses isso não foi feito, tê-lo-á que ser agora. Aí se verá.

Resultado: um Governo eleito, um país soberano, pede para lhe resolverem o problema. Deviam de facto reflectir! Claro está, falo dos políticos. Sobretudo da forma como lidaram politicamente com esta crise...

Acrescentando, convirá dizer que a aproximação do sr. PM ao povo não é nada amável, por muito emotivo que seja como pessoa, não me parece que tenha uma boa forma de dialogar com o povo. Com a Igreja já se viu. Há uma frieza. É bom para o negócio? Não discuto. Mas seja lá quem for, bom ou muito bom em matérias a que o povo não tenha depois o feedback, duvido que alguém resista. Parece-me que há uma classe de políticos em Timor-Leste que deixam alguma coisa a desejar ao seu próprio povo. O Poder corrompe a alma, não concorda?

E para terminar, aproveitando o balanço, já agora também lhe sugerirá isto mais alguém, não? Pois... o mais incrível deste blog, embora compreendendo o esforço e sobretudo algumas pessoas que aqui vieram para tentarem saber alguma coisa do que se passava, é que o mesmo seja o "blog avançado" do sr. PM com honras no jornal Público ao segundo dia de existência (é obra!). Não perturbaria se não tivesse desatado quase após o seu aparecimento a bater em todas as direcções que não interessavam. Denegriu da Igreja, a Ramos Horta... a mais grave, para mim claro, o próprio Xanana Gusmão! Foi das melhores obras que aqui fizeram. Uma verdadeira obra de arte da água para fora do capote. Uma vergonha! Andaram para ali a embirrar com ele... e ele a aguentar. Se aqui embirrei com alguma coisa foi pelo sectarismo detectado por estas paragens. Que de facto o sr. PM foi teimando desde o princípio que "eu é que mando, eu é que mando, mandatado como fui, aprovado pelo blá-blá partidário, etc e tal...", uma verdadeira arrogância por causa do Poder que dtinha legitimamente mas ao mesmo andamento e com o mesmo Poder que tinha antes não resolveu a bronca que armou com este comportamento! Não acha? Não achará a Fretilin? Que chatice se a própria Fretilin não enxergar o que se passou.

Não tardou a ver-se que afinal Xanana estava com razão desde à muito tempo. Porque é que Xanana está calado, porque é que falou, porque é que falou a mulher e não ele, etc, etc... Pelos vistos tinha que ser assim porque se fosse de outro modo não podia ser. Porque não o prendem a ele por ter dito que não achava JUSTA a decisão que vocês tomaram apesar de LEGAL? Chegaram a confidenciar aqui que Xanana teria confidenciado um dia que gostaria de ser ditador... é curioso, até aposto que sei a quem foi mas arrisco a dizer que mais valia ter vários Xananas em lugar de uns srs. doutores que sinceramente de políticos devem apenas ter o que de piorzinho anda pela Europa, em especial em Portugal.

Há uma coisa que gostaria de saber se for possível: quem é que tramou Konis Santana? Pode ser que saibam. Ou estão proibidos de dizerem? Se quiserem esquecer até se aceita. A "limpeza" histórica é apanágio... ou podem nem saber, mas como aqui parece que sabem mesmo tudo porque lidam com a verdadem perguntei. obg

Anónimo disse...

Talvez o blog não seja sectarista mas apenas tenha uma opinião e leitura diferente da sua.

E olhe que você é bastante sectarista e dos agressivos.
E nunca se esqueça que acreditar em mitos e ser inflexivel nas opoiniões é sinal de estagnação.

Anónimo disse...

Timor-Leste: Uma história feliz... com lágrimas

Pois
feliz
para a gaija que fica com o carro
com lágrimas
para o desgraçado do timorense
que ficou pior do que estava
Linda a história!
Por isso foi piublicada.
Só por isso!
(Não sejam más linguas)

Anónimo disse...

Camberra, 04 Jun (Lusa) - A crise em Timor-Leste poderia agravar-se significativamente se o primeiro- ministro timorense, Mari Alkatiri, fosse obrigado a demitir- se, considerou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros australiano, Alexander Downer.

"O partido do primeiro-ministro, a Fretilin, tem uma clara maioria no Parlamento", disse o chefe da diplomacia australiana ao canal australiano Seven Network.

"Se fosse, de alguma forma, obrigado a demitir-se e, especialmente por forças exteriores, estimo que isso destabilizaria ainda mais o país", considerou.
***************************+
Ah!Ah!Ah!Ah!
EFEITO GNR

Manuel Leiria de Almeida disse...

Confirma-se que a GNR já chegou a Dili?
Há rumores de que se prepara uma grande manifestação para amanhã, em Dili, para exigir a demissão do Governo?

Anónimo disse...

Anónimo das 11:17 AM: quanto ao facto de criticar o Governo por “não terem prevenido/evitado qualquer hostilização no seio de uma estrutura da sua completa responsabilidade” já o próprio PM explicou “às vezes por vontade de construir a paz, educamos os nossos militantes de forma a serem passivos demais. A nossa palavra de ordem escolhida em 2000 foi: “Tolerância máxima e vigilância total”. O que aconteceu foi uma tolerância sem limites e nenhuma vigilância”. Acredito que depois do que aconteceu, tentarão mudar, mas de qualquer modo, o que se passou aí era quase impossível de prevenir, depois de tantas centenas de anos de colonialismo, seguida de guerra civil e de ocupação indonésia a explosão da liberdade teria de dar nalguns excesso. É como quando se abre a válvula duma panela de pressão, só depois do ar todo sair é que se pode abrir a tampa…

E sobre as “imagens que começarem a circular” como diz, sabemos perfeitamente das “manobras a que os poderosos” deitam mão mas só o facto de não terem começado a circular já é significativo. Também deixei de ouvir referências às tretas dos mais de “60 mortos” e às exigências de inquéritos pela ONU e se até a Lusa ontem fez a peça de ter havido 21 mortos (incluindo os de 28 de Abril) talvez tudo isto seja sinónimo de recuo de mais uma planeada inventona.

Quanto às imagens de Max Stall que tanto nos chocaram, essas infelizmente retrataram o que de real se passou e é o oposto a essa montada “encenação” de que falou.

Sobre as posições que o PM toma vocês aí sabem que ele é uma pessoa determinada, jurou cumprir a Constituição (que ajudou a elaborar), jurou garantir a soberania timorense, e nada o demoverá disso. As insuficiências que lhe aponta, são isso mesmo, insuficiências, como sabe ninguém é perfeito.

Quanto à acusação de ser dele a responsabilidade de “mandar fora 40% das forças militares”, lá está você a antecipar-se às conclusões do inquérito. Tanto quanto sei ele ainda nem concluído está, quanto mais divulgado. Aguardemos com serenidade. Mas independentemente das conclusões, às vezes, para salvar uma vida, é preciso amputar uma perna (ou mesmo as duas) se elas estão gangrenadas.

E como disse o PM ao Público: “quando se solicita a intervenção de outros, faz-se um empréstimo de parte da nossa soberania: Fizemos isso porque queríamos evitar o derramamento de sangue, mais mortes”. Ora, pagamos os empréstimos com alguns juros, mas uma pessoa inteligente, pagará o empréstimo (e os juros) logo que lhe seja possível, para se ver livre da dívida e sacudir essa dependência. E todos reconhecem inteligência ao vosso PM e uma grande sabedoria negocial. Haja pois esperança.

Sobre o feitio dele, é o próprio quem confessa à acusação de ser arrogante, frio e distante que “é a minha maneira de ser. Mesmo dentro da minha família dizem isso. Tento corrigir-me. Sou uma pessoa com sensibilidades e reajo com emoção. Não tenho a cultura oriental, javanesa, que sorri a tudo, mas apunhala pelas costas.”

Mas não se esqueça duma coisa: ele foi eleito PM de Timor-Leste. Não nasceu rainha de Inglaterra nem se tornou Lady Di por casar com o filho da rainha. E finalizando (porque hoje só lá muito mais tarde posso aqui voltar pois vou sair) lembre-se que não é com vinagre que se caçam moscas e que uma pessoa reservada sairá da sua timidez se lhe sorrirem, mas se estão sempre a criticá-la ainda se enconcha mais. Afinal somos todos e só, humanos.

E a todos bom dia ou boa noite!

Manuel Leiria de Almeida disse...

Vamos a ver se a gente se entende: um político deve ser julgado pela sua política (incluindo económica) ou pela cor dos seus dentes, por ser carrancudo ou não?
Por favor: deixem de julgar o homem pelo número de vezes que ri e passem a julgá-lo pela justeza (ou não) das políticas que implementa. E não se esqueçam de fazer um ensaio sobre como seria o país sem ele. Melhor? Pior? Alguém estaria em condições de fazer mais do que ele fez pela institucionalização do Estado timorense?
Cada qual que dê a sua resposta... Prncipalmente os timorenses no momento oportuno: em eleições e não em manifs mais ou menos manipuladas (como todas as manifs, né?!...)

Anónimo disse...

Só mais esta chamada de atenção para esta peça das 7:10:00 da LUSA. “Timor-Leste: PM saúda chegada da GNR, esperançado melhoria condições segurança
(…) "Tem havido cada vez melhor coordenação no capítulo da segurança e a chegada da GNR vai consolidar esta situação ainda mais, permitindo mais estabilidade", afirmou, em declarações à Agência Lusa na sede da Fretilin, partido do governo, que hoje reúne o seu Comité Central.
Questionado sobre a pretensão da Austrália de comandar as forças da GNR, Mari Alkatiri explicou que Camberra defende que, à semelhança de outras operações idênticas, seria necessário "haver um comando único".
"Eles baseiam-se na sua experiência de outras situações, mas há outras formas de coordenação que podem ser positivas", afirmou (…).
O governante comentou igualmente as declarações de hoje do chefe da diplomacia australiana, Alexander Downer, que numa entrevista em Camberra admitiu que a crise em Timor-Leste se poderia agravar significativamente se o primeiro-ministro timorense fosse obrigado a demitir-se.
"O partido do primeiro-ministro, a Fretilin, tem uma clara maioria no Parlamento", disse ao canal australiano Seven Network.
"Se fosse, de alguma forma, obrigado a demitir-se e, especialmente por forças exteriores, estimo que isso destabilizaria ainda mais o país", considerou.
Para Alkatiri estas declarações sugerem que o governo australiano está a começar a "reconhecer a realidade", relembrando que ele próprio já tinha explicado o possível impacto da sua demissão na estabilidade política do país, em especial uma eventual reacção de militantes da Fretilin. (…)

E assino por baixo do que escreveu o Manuel Leiria de Almeida. Xau, agora é que tenho mesmo de ir!

Anónimo disse...

Esta é para os portugas

Timor-Leste: Kuluhun em festa, com vivas a Portugal, na chegada da GNR a Díli


Por António Sampaio e Paulo Rego, da Agência Lusa.

Díli, 04 Jun (Lusa) - Centenas de timorenses receberam hoje com gritos efusivos, bandeiras e cachecóis de Portugal os 120 militares da GNR que chegavam ao bairro Kuluhun, na entrada em Díli, uma recepção que revela a confiança da população nos agentes portugueses.

Na ponte de Becora, jovens e velhos, os primeiros com bandeiras e gritos de Viva a Portugal, os outros em palmas e animação, acolheram a coluna que partiu ao início da tarde de hoje de Baucau, 120 quilómetros a leste de Díli.

à semelhança do que já tinha ocorrido na passagem por Manatuto e Metinaro, no caminho para a capital, também em Díli a população ladeava as ruas, saudando os militares.

Espantados, sem perceber o que se passava, seis soldados australianos, em patrulha na zona, param para ver a coluna passar e um deles, em dúvida, perguntou ao timorense mais próximo: "o que é isto?".

"São os soldados de Portugal", disse o jovem, em inglês.

Maria da Piedade, bebé ao colo, furou a multidão, e conseguiu aproximar-se o suficiente de um dos carros da coluna para entregar a um militar português um ramo de "bungha", uma flor rosa tradicional de Timor-Leste.

E emocionada disse: "estou muito alegre porque os soldados de Portugal estão agora em Díli. Agora vai haver paz".

De trás, mais flores caíam sobre as carrinhas da coluna, formada por viaturas da cooperação portuguesa, camiões de caixa aberta carregados com o equipamento da GNR e carros e motas de timorenses que se juntaram na entrada em Díli.

Vítor, de seis anos, uma das dezenas de crianças que se juntaram à festa, traduzia outro sentimento que ecoa em Kuluhun:

"estou contente porque gosto muito de Portugal".

Manuel de Sousa, funcionário do Ministério da Saúde quis falar aos jornalistas, dizer que está "muito contente" e que "até hoje a segurança em Díli não estava garantida".

"Com a chegada da GNR tenho a certeza que todos vão voltar para casa", afirma.

E, com a certeza que os seus mais de 50 anos lhe conferem, pediu que os militares portugueses não sejam como os australianos, "serenos e meigos", mas tenham antes "uma atitude mais dura e severa".

"Duríssima mesmo. Estas lutas pelas cadeiras do poder deixam o povo em cheque", acrescentou um outro timorense, dentes vermelhos do betel.

Eduardo, por seu lado, explicou a esperança que a população de Díli deposita na chegada dos efectivos portugueses, não tanto pela eventual dureza da sua acção, mas antes porque "conhecem muito bem o país e, por mais grave que seja o problema, vão ajudar a resolve-lo".

O acolhimento em Díli traduz o entusiasmo que domina todas as conversas na cidade.

Residentes, governantes e expatriados juntam-se na expectativa de que a chegada do contingente português possa fazer regressar a Díli, sem policiamento há quase duas semanas, a segurança suficiente para que as dezenas de milhares de desalojados possam voltar às suas casas.

Uma situação que, na opinião do major Paulo Soares, da GNR no terreno, "eleva os patamares de responsabilidade" da equipa de militares portugueses agora no terreno.

"Sentimos de facto essa ansiedade e uma enorme expectativa quanto à nossa chegada", disse à agência Lusa.

"Mas este é um contingente com muita experiência, quer ao nível de missões aqui em Timor-Leste, quer no Iraque. São militares habituados a lidar com este tipo de situações e que actuarão sempre dentro da sua capacidade técnica e operacional, e independentemente das ansiedades e das expectativas", frisou.

Ainda que grande parte do equipamento dos militares portugueses não esteja ainda no terreno, Paulo Soares garantiu que a partir do momento em que chegar a Díli, e ainda que esteja em fase de instalação, o contingente terá "capacidade de actuação".

"Não lhe posso dizer se será numa actuação com os 120 ou com um grupo mais reduzido, mas está preparado para actuar de imediato", frisou.

Esta é a segunda vez que a equipa de operações especiais da GNR actua em Timor-Leste, depois de uma missão de dimensão idêntica ter estado no terreno entre Fevereiro de 2000 e Junho de 2002.

Os militares portugueses estão em Timor-Leste na sequência de um pedido formalizado pelas autoridades timorenses a Portugal, Austrália, Nova Zelândia e Malásia para o envio de forças militares e policiais para apoiar na restauração da lei e ordem em Díli.

Nos últimos meses, Timor-Leste tem vivido os seus piores momentos de tensão, instabilidade e violência desde que se tornou independente, há quatro anos, na sequencia da eclosão de uma crise político-militar que tem sido marcada por divisões no seio das Forças Armadas e da Polícia Nacional, e elevada tensão política.

Pelo menos 21 pessoas morreram e mais de 120 outras ficaram feridas na sequência dos confrontos marcados pela destruição de propriedade pública e privada e pelo saque de casas e edifícios públicos.

Lusa/Fim

Manuel Leiria de Almeida disse...

Estou mesmo a ver a cara dos australianos a verem como a população de Dili recebeu a GNR como se de libertadores se tratassem!
Que raio de ligação esta, certamente única no mundo, entre ex-colonizador e ex-colonizado que choram nos braços um do outro quando um deles está aflito?!...
Viva Timor Leste! Viva Portugal!

Ângelo Ferreira disse...

Viva Timor, viva Portugal!

Anónimo disse...

Grande António Sampaio!
Viva Timor!

Anónimo disse...

O Mundo já entendeu quem são "os comandantes da crise" e felizmente Xanana Gusmão também!
Viva Timor!

Anónimo disse...

Num espaço tão curto de tempo o governo australiano começa por dizer que O PM e o governo é demasiado mau, Timor é um Estado falhado e termina dizendo que se o PM fosse demitido seria muito grave para Timor Leste.
Em que ficamos?
Começo a ficar preocupado com o povo australiano... este governo é demasiado mau!

Anónimo disse...

O Governo Português esteve não só esteve à altura na representação dos anseios do povo português e do povo de timor como se afirmou a nível internacional como um país da europa.
Parabéns Portugal!

Anónimo disse...

O Margarida, Agora sim. Comeca a mostrar as suas cores e radicalismo. Nao admira nada que e tao grande defensora do PM. E alias ja me comeca a cheirar a gato! sera que sou so eu? Tao rapidamente desmente afirmacoes sobre aquilo que possa ter acontecido e de tao longe ai em Portugal e cito: "Também deixei de ouvir referências às tretas dos mais de “60 mortos” e às exigências de inquéritos pela ONU e se até a Lusa ontem fez a peça de ter havido 21 mortos (incluindo os de 28 de Abril) talvez tudo isto seja sinónimo de recuo de mais uma planeada inventona."
e logo de seguida diz:
"Quanto à acusação de ser dele a responsabilidade de “mandar fora 40% das forças militares”, lá está você a antecipar-se às conclusões do inquérito. Tanto quanto sei ele ainda nem concluído está, quanto mais divulgado." e que tal "aguardar com serenidade" antes de desmentir seja la o que for?. Com essas habilidades daqui a nada esta a trabalhar para o PM. ou sera que ja esta?
Nao acha inconsistente essa sua posicao. Afinal esta interessada a saber a verdade ou somente defender o PM que tanto elogia? Para ser franco, devo dizer aqui cheira a gato!! De qualquer forma nao se diga defensora da verdade porque nao e!
E o seu radicalismo: "Mas independentemente das conclusões, às vezes, para salvar uma vida, é preciso amputar uma perna (ou mesmo as duas) se elas estão gangrenadas." O problema nessa declaracao e, quem decide se as pernas esta realmente gangrenadas ou nao?. Infelizmente foi aquilo que o PM fez sem pedir uma segunda opiniao ao PR como exige a constituicao.

Quanto aos australianos a realidade que nao percebiam e passaram a perceber e que o PM recorrera sem pensar duas vezes as massas da Fretilin para defender a sua posicao mesmo que isso traga mais sangue e sofrimento para o povo. Afinal de contas e isso que o PM tem vindo a dizer estes ultimos anos. "se a Fretilin perder(ou seja se Mari perder) vai haver derramamento de sangue"

Anónimo disse...

Que puta de conversa da treta: é assim que eu defino a larga parte que li deste blog!
Recorda-me a vergonha das coscuvilhives e tramas mútuas entre os portugueses (não todos, atenção!) q

Anónimo disse...

Vamos mas é todos a acalmar!!! Acabei de ver uma reportagem na RTP (pelo Paulo Dentinho) sobre o Salcedo. Este parecer ter outra um «peso» diferente do tal «Reinado» (que cheira a oportunista que tresanda), e uma postura bastante mais responsável, embora na questão de desobediência ao poder político ele vá ter que recuar, e estou certo que ele vai recuar. Agora a questão da discriminação nas forças armadas ainda vai ter que ser tratada, é não deve ser fumo sem fogo, e com certeza alguma haverá a investigar e corrigir, sem ningué ter que perder a face (com excepção do «Reinado» que além de levar umas palmadas na dita ainda lhe deviam confiscar os óculos que são uma ofensa ao povo). Mas, e permitam que continue com estas opniões desabridas, isto deve, tem e pode ser resolvido pelos próprios timorenses, com serenidade, celeridade, justiça e tendo sempre em mente os elevados interesses do povo de Timor-Leste independente, que no fim são os interesses que devem guiar (e estou certo que guiam, com excepção de uns poucos de alienados) os interesses dos políticos, partidos, igreja, exército, polícia. De qualquer forma parece-me que aqui uma palavra chave (aliás como em todas as organizaçõees civilizadas) é JUSTIÇA. A justiça tem que funcionar, e ainda mais, de acordo com as regras de civilidade. Para o forte, o fraco, o rico e o pobre, o feio e o bonito, o alto e o baixo, o vistoso e o humilde, cada um com o seu feitio e os seus gostos e possibildades, mas todos iguais na Justiça. E para haver justiça é necessário haver ordem, e o pessoal da ordem (polícia) e da desordem (exército, que só deve existir para ameaças EXTERIORES) tem que ter a mais elevada formação cívica, tem que ser modelos de cidadãos exemplares, pelo menos no comportamento público e no cumprimento da lei, porque as armas são instrumentos muito perigosos. Para quem chegou aqui na leitura deste texto, obrigado pela paciência com as minhas pretensões pedagógicas. Timor-Leste é o mundo, vamos fazer de Timor Leste uma terra feliz.

Anónimo disse...

que presenciei em Timor...

anónimo preocupado.

Anónimo disse...

De tudo o que margarida me diz apenas lhe quero chamar à atenção que de facto afinal o partido maioritário espreita a oportunidade para mostrar a sua força, não é? Mas essa força não estava já representada no Governo legítimo? Não vão agora repetir os erros dos outros, por favor. Qual foi a sua reacção? Quais os resultados? Será que agora já não se percebe o jogo da Austrália? Afinal em que se fica? Será que tudo isto não foi estudado ao milímetro? Por quem? Afinal que treta é esta? Não estamos a lidar com insuficiências, está-se a lidar com total falta de estratégia política que ao fim e ao cabo por muito que as Instituições tenham sido atacadas - essas estão a funcionar! O Parlamento não funciona porquê? O Comité Central da Fretilin vai reunir. Ainda bem que reune e esperemos que tenha a serenidade então para ver com a calma necessária a ventania que provocou a atitude dos seus responsáveis máximos. O povo precisa dos seus líderes sem dúvida alguma mas precisa muito mais que as suas condições de vida tenham no mínimo alguma luz de futuro ao fundo do túnel! E quanto a isso é arrasador ver que não existem, não acha? Afinal somos bons a negociar pretróleo mas pecamos por manter a miséria junto daqueles a que, primeiro que arranjar "alimento" para efeitos políticos que não se dominam por insuficiências (sic), deveriam ser dadas as mínimas condições de vida digna! Como consta na Constituição! Como consta na Carta dos Direitos Humanos da ONU... como vai constando de uma realidade miserável de mais de 100 mil refugiados... das mortes que houve (e esperemos que por aí se fiquem e sejam AVERIGUADAS AO MAIS INFÍMO PORMENOR E JULGADOS OS CULPADOS SEM RECONCILIAÇÃO POSSÍVEL PORQUE A JUSTIÇA DEVE SER CEGA!... mas avizinham-se as respostas já que ninguém sabe de nada, é de facto miserável).

Quando se apela à união deve dar-se exemplo de união perante as divisões, quando nascem. Manter a posição distante assumindo-a como comportamento de personalidade parece que não funciona. Esperemos que mais uma vez não se deteriore uma situação já de si estragada. Não acredito que isso vá acontecer por mais "ameaças" abertas já feitas ao mais alto nível, coadjuvadas por Ramos Horta, pela Austrália (imaginava-se?...), afinal além dos revoltosos/demitidos bem como dos gangs a soldo ou não ainda tem força a ameaça oficial. Quando não funcionam as estruturas democráticas, actual as laterais. Pode ser exactamente por haver tanto efeito de "personalidades" que afinal se distraíram todos. Sinceramente esperemos que tudo isto estabalize para bem dos timorenses, o resto é paisagem. A chatice é que agora vão continuar as perplexidades daquilo que foi o período de transição, com uns com alto poder de compra junto de muitos sem poder de compra algum... sempre haverá mais uns empregos como escravos dos senhores das missões. Um aumento do comércio interno vislumbra-se. Que tudo corram bem é o que se deseja.

Anónimo disse...

Anónimo das 10:29:18 PM: Quando há uma semana descobri este blog sabia pouquíssimo sobre o que se passava em Timor-Leste e foi para conhecer mais que passei a ler tudo quanto aqui (e na Lusa e nos jornais e semanários portugueses e noutros blogs) se publicava.
Como traduzi alguns interessantíssimos textos que aqui publicaram posso hoje dizer que me parece conhecer bem melhor o que aí se passa. Disso estou agradecidíssima a este blog que me deu tantos conhecimentos. E como qualquer pessoa, com mais conhecimentos vou arriscando a dar mais opiniões. Por isso dei a opinião que para salvar uma vida às vezes é preciso cortar uma perna (ou as duas) se estão gangrenadas. Esta opinião não tem cor nem é radical e de originalidade nada tem. É uma simples constatação de bom senso e de quem até já trabalhou num hospital. Mas pela sua reacção parece que tocou numa zona sensível.

Depois parece-me que o Anónimo se arroga o direito de ter as suas escolhas mas que me nega esse mesmo direito. Com clareza, sem subterfúgios já expliquei que para mim a soberania é um valor extremamente importante e é à luz desse valor que tendo a fazer as minhas escolhas. No que diz respeito à Fretilin defendo que as escolhas só dizem respeito aos seus militantes; no que respeita à governação do país defendo que as escolhas só dizem respeito ao seu povo no respeito pela Constituição, pelas leis e sem imposições pela violência. Se isso faz de mim aos seus olhos um defensor do PM ou do governo acho que o mérito é do PM e do governo. E é uma escolha tão válida como a sua. E ainda bem que há esta liberdade de divergirmos nas escolhas. Mas o que me parece pouco elegante é por causa disso vir logo acusar-me de mercenarismo. É-lhe assim tão difícil de entender que haja genuína solidariedade duma portuguesa pelos timorenses e por quem me parece estar a trabalhar com determinação pela sua soberania?

Anónimo disse...

Anónimo das 11:30:39 PM: Sobre o que diz só tenho duas coisas a dizer-lhe:
1º é que para que se veja alguma luz ao fundo do túnel primeiro tem que se assegurar que haja paz para que as pessoas possam voltar para as suas casas, para que as escolas possam voltar a funcionar, para que as lojas e mercados possam abrir e todos os cidadãos possam retomar a sua vida e para que todas as instituições retomem o seu normal funcionamento. Do que fui lendo esta semana também percebi que esta anormalidade ficou restrita a Dili e para mim o fundamental de facto é que a cidade retome o seu normal funcionamento o mais rapidamente possível.

2ª quanto a pelos à união concordo com eles mas há gente que trabalha para a desunião e que a última coisa que quer é que a união se faça. Todas as sociedades estão divididas, Timor-Leste não é excepção. E tendo uma Constituição e leis democráticas o saudável no meu entendimento é que essas divisões se manifestem no respeito pela Constituição e pelas leis e de modo pacífico. Mas que a presença de tropas estrangeiras nestas circunstâncias não reforçou as melhores saídas para um futuro com mais desenvolvimento, parece-me evidente e lamento-o. Mas confio que mais uma vez os timorenses saberão ultrapassar mais esta dificuldade e que melhores dias virão.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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