segunda-feira, junho 19, 2006

Obrigado, Margarida.

Tradução:
Herald Sun

Os dois mais importantes da lei em Timor para conversações de policiamento
Charles Miranda
19jun06

O polícia de topo e o ministro federal da Justiça da Auatrália fizeram uma visita surpresa a Timor-Leste ontem.

Os dois chegaram para inspeccionar o desarmamento dos grupos rebeldes e manter conversações sobre o futuro policiamento da nação com problemas.

Pela primeira vez desde que rebentou a violência em Abril, ontem, os rebeldes começaram com seriedade a entregar o seu arsenal de espingardas militares e de fabrico caseiro à força militar liderada pelos Australianos.

A maioria das recolhas e entregas de armas está a ser feira por soldados da força Australiana, mas na semana passada a Polícia Federal Australiana juntou-se nas patrulhas através da capital Dili e juntaram mais de 500 armas.

Também fizeram 20 prisões por assaltos, pilhagem e incêndio de casas que ainda ontem ocorriam em Dili.

O Ministro da Justiça Chris Ellison e o chefe da AFP Mick Keelty encontraram-se com a parte correspondente Timorense e funcionários da ONU para discutir os próximos seis meses de destacamento que é expectável ver a chegada de mais polícias para formar uma força multi nacional e substituir os militares.

Mr Keelty, dirigindo-se às suas tropas, disse que havia muito a fazer na frente do policiamento, apesar do número de prisões e de acusações.

"Não penso que seja uma situação onde se clame vitória," disse.

"Temos milhares de pessoas em campos de refugiados, a cidade ainda está tensa e há actividade nas horas de escuridão. Numa situação como esta, os problemas rebentam com rapidez e não posso dizer que possamos clamar vitória já."

O Senador Ellison concordou que havia ainda muito esforço por fazer mas que estava confiante que a força de polícia multi nacional – com o estado-maior com Australianos, Malasianos e outros representantes estrangeiros – teria sucesso.

"A nossa prioridade é trazer lei e ordem para as ruas e restaurar a normalidade da vida," disse.

Entretanto, realizaram-se ontem os primeiros funerais dos nove oficiais de polícia Timorenses assassinados por militantes no rebentar da violência. Pelo menos 21 pessoas morreram no mês passado desde que o Primeiro Ministro Mari Alkatiri despediu mais de 600 soldados que iniciaram uma greve em Março.

A violência forçou mais de 133,000 pessoas a fugir das suas casas e a viver em campos de refugiados improvisados.

Ontem, foi queimado um restaurante a somente 200 metros do campo central da ONU. De acordo com os locais, um a gang de jovens Timorenses do Oeste deitaram-lhe fogo e disseram que regressariam para queimar o resto na próxima semana.

12 comentários:

Anónimo disse...

O Ministro da Justiça Chris Ellison - "A nossa prioridade é trazer lei e ordem para as ruas e restaurar a normalidade da vida,"

Será que o Senhor Ministro da Justiça australiano se refere ao seu país ou a Timor Leste?

No caso de se referir a Timor Leste parece-me haver uma confusão uma vez que o Sr.Ellison é Ministro da Justiça na Austrália e não pode por isso ter como " nossa prioridade " seja ela qual fôr num país estrangeiro que é um Estado Independente e Soberano.

A "prioridade" seja ela qual fôr é estabelecida pelos orgãos de soberania Timorenses e serão eles a trazer a "lei e ordem para as ruas e restaurar a normalidade da vida" dos seus cidadãos, não australianos, mas sim timorenses.

Ao Senhor Ministro da Justiça australiana cabe-lhe, se assim o entender o seu governo, prestar ajuda às decisões tomadas pelos orgãos de soberania timorenses.

Anónimo disse...

Processem esses senhores! Com tanta telenovela ainda não se percebeu porque é que afinal um Estado Independente e Soberano pediu ajuda a esses tipos... abram os olhos que o problema está dentro.

Anónimo disse...

Pagando na frase do leitor:
"Mas em que país do Mundo"
Um Presidente da República

Vem a público distribuir críticas aos outros orgãos de soberania posicionando-se contra eles e mantendo-se a favor da parte supostamente originária do conflito?

Pede ajuda a "países amigos" de entre os quais figura um que ele acusou de "roubar" o seu país?

Se opõe a um pedido de ajuda do PM a outro "país amigo" permitindo no entanto a entrada de um outro "país amigo" sendo este último aquele que tem vindo a impedir o reconhecimento da zona petrólífera do seu próprio país?

Após um pedido de ajuda conjunta dos três orgãos de soberania, aceita que os militares estrangeiros assegurem apenas a sua segurança pessoal e não a dos outros orgãos de soberania?

Verifica a ineficácia e passividade de tropas estrangeiras que se comprometerem bilateralmente, em acordo assinado, a repor o cumprimento da lei e da ordem pública e nada faz?

Tem uma 1ª Dama que se apresenta à imprensa como sua representante?

Concova em situação de Crise, o Conselho de Estado, sob proposta do PM pra a "próxima 2ª feira"?

Em que país do mundo
um Presidente da República..........................

Anónimo disse...

Em Timor-Leste claro. Pelos vistos era mesmo preciso que assim fosse...

Anónimo disse...

"O polícia de topo e o ministro federal da Justiça da Austrália fizeram uma visita surpresa a Timor-Leste ontem.

Os dois chegaram para inspeccionar o desarmamento dos grupos rebeldes"

Com que então visitinha surpresa... hum... era para ver se apanhavam os meninos a fazer asneira?!
E inspeccionar as vossas armazitas não vá os rebeldes terem-nas estragado?!

Anónimo disse...

"Mr Keelty, dirigindo-se às suas tropas, disse..."
"Não penso que seja uma situação onde se clame vitória,"

E tem razão Mr Keelty qualquer dia não há Nobel que lhe valha!

Anónimo disse...

"De acordo com os locais"

Já se sabe que vos custa um bocadinho chamar "timorenses" a este grupo de aborígenes incomadativos mas seria politicamente correcto.

Anónimo disse...

A parte supostamente originária do conflito continua cega e surda!

Já viram a confusão que seria se o povo timorense que se encontra numa miséria gravíssima se levantasse na rua acusando os seus governantes pela miséria em que vivem? Seriam eles os supostos iniciadores do conflito? Não seriam concerteza. Ou as questões são de facto bem mais profundas?

Xanana Gusmão disse na Indonésia que havia problemas mais graves a resolver que o problema Alfredo ...

Está mais que visto que sim e quanto mais depressa os resolverem mais depressa conseguirão colocar os responsáveis no devido lugar.

Anónimo disse...

A crise estará resolvida quando o petróleo estiver extinto.

Anónimo disse...

Uma solução para a crise seria o Palácio das Cinzas ser transferido para a Casa do Governador e o Palácio do Governo para Camberra.

Anónimo disse...

"Ontem, foi queimado um restaurante a somente 200 metros do campo central da ONU. De acordo com os locais, um a gang de jovens Timorenses do Oeste deitaram-lhe fogo e disseram que regressariam para queimar o resto na próxima semana."

Bom só voltam se o Alkatiri ainda não estiver derrubado.

Anónimo disse...

Nao paerece que muitos comentaristas aqui queiram o restabelecimento da normalidade. O governo nao tem capacidade de restabelecer nada muito menos a normalidade nas ruas de Dili.
Entao nao foi o PM que se regozijou em dizer que foi ele o iniciador do pedido de intervencao internacional?
Tenham juizo e deixem os homens da lei fazerem o seu trabalho ja que este governo nao o consegue.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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