quarta-feira, junho 28, 2006

Socialistas timorenses dissociam-se de críticas da oposição

Díli, 27 Jun (Lusa) - A direcção do Partido Socialista de Timor (PST) d issociou-se da posição assumida hoje pelo seu único deputado eleito contra o pre sidente do Parlamento Nacional, classificado de "incompetente" por seis formaçõe s partidárias com representação parlamentar.

Em declarações à Lusa, o secretário-geral dos socialistas, Avelino Coel ho, disse que a inclusão do PST, por intermédio do deputado Pedro Mártires da Co sta, na tomada de posição contra Francisco Guterres "Lu-Olo" é "unilateral" e fo i assumida sem concertação prévia com a direcção do partido.

"Aquela posição não representa o partido. O deputado agiu de forma unil ateral e isolada, mas devido ao regimento do Parlamento Nacional de Timor-Leste a partir do momento que foi eleito, passa a representar o povo e não pode ser af astado", afirmou Avelino Coelho à Lusa.

"Anulamos aquelas declarações", vincou.

"Perante esta crise nacional, que abalou as estruturas sociais do país, o PST recomenda a todo os órgãos de soberania, a todos os partidos políticos, q ue o diálogo nacional, irrestrito, é condição 'sine qua non', absolutamente nece ssária, para se encontrar uma resolução aceite por todos os que respeitam os int eresses do povo de Timor-Leste", salientou, referindo-se à crise político-milita r no país.

Seis partidos da oposição parlamentar anunciaram hoje em Díli que retir avam a sua "total confiança" ao presidente do Parlamento Nacional e rejeitavam q ue Mari Alkatiri, primeiro-ministro demissionário, venha a reassumir o seu manda to de deputado.

Numa declaração lida aos jornalistas por João Gonçalves, do Partido Soc ial Democrata (PSD), sem direito a perguntas, os seis partidos denunciaram o que alegam ser a "falta de capacidade e total incompetência" do presidente do Parla mento, Francisco Guterres "Lu-Olo", durante os quatro anos da actual legislatura .

A "falta de liderança" de "Lu-Olo" contribuiu, alegam os seis partidos, para que o Parlamento Nacional "se transformasse numa instituição totalmente co ntrolada e dirigida pelo governo, perdendo assim a sua credibilidade institucion al e a confiança do povo que representa".

Relativamente a Mari Alkatiri, que segunda-feira se demitiu e anunciou ser sua intenção regressar ao Parlamento, os seis partidos rejeitaram que recupe re o lugar de deputado, eleito pela FRETILIN, "enquanto não for ilibado em tribu nal das acusações de que é alvo, de distribuição ilícita de armas a civis, com o intuito de eliminar os seus oponentes políticos e partidários".

A declaração foi assinada pelo Partido Democrático (sete deputados), Pa rtido Social Democrata (seis), Partido Socialista de Timor (um), Partido do Povo de Timor (dois), União democrática Timorense (dois) e Klibur Oan Timor Assuain (KOTA, dois).

A FRETILIN elegeu 55 dos 88 deputados ao Parlamento Nacional de Timor-L este.

EL.

1 comentário:

Anónimo disse...

Agora até os partidos da oposição usurpam o papel dos órgãos de soberania que são os tribunais e fazem justiça pelas suas própria mãos? Isto é escandaloso! Só depois duma sentença dos tribunais é que se pode acusar alguém de ter cometido um crime, até lá, é-se considerado inocente! Mas pudera quando a presunção de inocência não existe nem para o PR da RDTL nem para o laureado com o Nobel da Paz (ou melhor só existe para uns que desertaram e mataram camaradas seus de armas) já nada me espanta. Mas devia espantar. E devia indignar todos os cidadãos de Timor-Leste e do mundo.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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