sexta-feira, julho 28, 2006

Obrigado

Parabéns GNR! Nao liguem as "bocas" que mandam por ai. Vocês (Portugal, Australia, Malazia, Nova Zelandia) estao aqui porque o estado timorense vos pediu para virem ca e para manter a ordem neste pais. Forca e va em frente. Ninguém está acima da lei, seja ele quem for.

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THANK YOU GNR!

GOD BLESS YOU

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O povo de Timor-Leste não é esses bandidos e esses terroristas que querem espalhar o pânico com ameaças e chantagem. O povo quer a vossa ajuda para nos protegerem deles.

Eles são uma minoria de gente confusa e ignorante,

Obrigado GNR!

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Voltei do distrito no dia depois da chegada da GNR. Se partirem nunca mais fico em Dili onde sempre vivi.

Obrigado pela coragem e esperança que dão.

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6 comentários:

Anónimo disse...

Com a detencao do Major Alfredo a GNR acendeu de novo o pavio da bomba que esta ainda por explodir.
Certamente que a GNR tinha todas as bases legais para actuarem em relacao ao Alfredo e a violacao da lei vigente. Mas essa actuacao regeu-se, mais uma vez, com base exclusiva na lei sem que qualquer consideracao fosse dada aos factores politicos e as consequencias que dai proveriam.
A primeira ocasiao em que se fez o mesmo foi quando o governo despediu os 591 peticionarios em base puramente legais sem que as consequencias politicas e socias do despedimento de um grupo tao grande fosse considerado. O resultado ja faz parte da triste historia dos ultimos meses da vida do pais.

Com a queda do Mari a situacao comecou a normalizar-se ainda que de forma lenta. Os rebeldes visavam a dissolucao do Parlamento e eleicoes anticipadas mas acabaram por serem convencidos pelo PR e PM que lhes fosse dado uma oportunidade para reporem a normalidade no pais.
Os militares rebeldes aceitaram mas avisaram que estariam atentos aos desenvolvimentos e nao excluiriam a possibilidade de recomecarem as accoes que julgassem ser necessarias. Durante a crise o factor determinante para a cessacao dos conflictos armados tera sido o reconhecimento da autoridade do PR, por ambas as partes mas principalmente pelos militares rebeldes, ao qual submeteram a sua obediencia.

No entanto nao podemos presumir que essa obediencia e submissao a autoridade do PR por parte dos rebeldes seja incontestavel. No passado o PR foi o unico que os conseguiu controlar mas a detencao do Alfredo e os seus homens so serviu para demonstrar aos rebeldes, justificadamente ou nao, de que nem o PR em quem depositaram a confianca pode resolver esta crise politico-militar.
Uma vez perdida essa confianca, os militares rebeldes, que viram os seus numeros acrescidos durante os pontos altos da crise, sentir-se-ao abandonados a si mesmos e aos mecanismos a eles disponiveis para fazerem as suas reivindicacoes.
Com milhares de armas ainda fora dos armeiros, as condicoes estao criadas para um ultimo "showdown" de forca.
Se esse cenario se eventuar nem Xanana Gusmao ou Ramos Horta poderao exercer qualquer tipo de influencia sobre os rebeldes para mais uma vez forcar o cessar de hostilidades.
O conflicto agravar-se-ia de uma forma completamente descontralada e incontrolavel mesmo pelas forcas internacionais actualmente presentes no pais. Seria muito dificil contemplar um involvimento activo das forcas internacionais numa "guerra civil" Timorense onde essas forcas estariam numa posicao de ter que usar a sua forca letal contra uma "frente" nativa.
Seria uma proposicao demasiado comprometedora para os 4 paises com forcas militares em Timor-Leste que remeteriam as suas forcas a uma posicao de neutralidade e de mera proteccao as populacoes indefesas.

As demonstracoes e actos de violencia recomecados apos a detencao do Major Alfredo Reinado poderao mesmo vir a revelarem-se como a ponta do icebergue submerso no mar de insatisfacoes e frustracoes sobre o modo como a situacao se tem vindo a desenrolar. Nessa altura a razao nao poderia ser encontrada em nenhum dos lados.

Desejo fortemente estar a fazer uma leitura errada destes ultimos acontecimentos e que esse cenario nunca venha a eventuar-se.


HanoinTokBa

Anónimo disse...

HanoinTokBa, compreendo o seu argumento que tão bem e claramente apresentou.

Afirma, no final da sua argumentação: 'As demonstracoes e actos de violencia recomecados apos a detencao do Major Alfredo Reinado poderao mesmo vir a revelarem-se como a ponta do icebergue submerso no mar de insatisfacoes e frustracoes sobre o modo como a situacao se tem vindo a desenrolar.'

Sem dúvida que se trata de uma faca de dois gumes: por um lado, o respeito e cumprimento das leis existentes num Estado que todos querem de Direito e, por outro, pesar as consequências políticas de actos políticos e/ou perpetrados por violadores da lei.

Compreendo e aceito que o PR e o PM façam tentativas de dialogar e trazer à razão todos aqueles que desertaram com armas e violaram a lei de inúmeras formas, para além de terem participado em actos de violência, destruição e morte. Mas, por outro lado, vejo que a justiça já foi accionada para alguns. Então, como posso aceitar que não seja para todos?

Por outro lado, tendo vivido a maior parte da minha vida num Estado de Direito, torna-se difícil aceitar que alguém que confesse ter morto um ser humano, não enfrente a justiça. Contudo, é fundamental, ter em conta a realidade timorense e conter essa(s) pessoa(s)de modo a não transpor para um futuro (mais ou menos) próximo a situação vivida nos últimos meses. Fala-se de que ainda têm armas escondidas - com que intuito?

Foram dadas inúmeras oportunidades a todos eles de entregarem o material de guerra ... até foi tida em consideração a sua necessidade de serem publicitados como 'heróis' ao entregarem uma mão cheia de armas ... no entanto, prova-se agora, que pouco mais foi do que um teatro ...

Devo realçar aqui o comportamento exemplar que as F-FDTL, nomeadamente o seu Comando, têm mantido em relação a esta questão do diálogo e da reconciliação. Melhor do que ninguém neste país, compreendem o peso que tem para o futuro, mas compreensivelmente, também estão conscientes de que existe uma linha a partir da qual é necessário que a justiça assuma o papel primordial.

O diálogo é imprescindível para permitir a estabilização do país, mas onde se situa a fronteira/o limite a partir da/o qual o diálogo e a reconciliação colidem com justiça? Será que a justiça não é também uma via imprescindível para garantir a estabilidade do país?

Até ao momento, não vejo que a estabilidade tenha regressado. Sente-se no ar que a situação continua volátil e pode 'explodir' a qualquer momento. O único sinal de que algo está diferente, advem da acção da GNR que está a tentar impor o cumprimento da lei e as declarações de hoje do PM Ramos-Horta no sentido de reafirmar que a lei será cumprida, nomeadamente no que se refere às manifestações (coisa que, aliás, nunca afirmou enquanto membro do anterior Governo e em iguais circunstâncias).

Esta é uma questão de fundo que gostaria de ver debatida neste Blog, com seriedade e sem insultos.

Anónimo disse...

Concordo com o HanoinTokBa, mas no entanto seria muito difícil e embaraçoso para o PR continuar a "olhar para o lado".

Como sabe até agora já foram efectuadas inúmeras tentativas e pressões no sentido de deter os principais "actores" desta "tragédia", foram inclusivamnente emitidos mandatos de captura, todas estas intenções foram travadas exactamente para evitar a abertura da "caixinha de Pandora". O que ela encerra? logo se verá, o que é certo é que mais cedo ou mais tarde teria de acontecer.

Ora se o seu conteúdo for conotado com os acontecimentos que levaram à demissão do PM, através das manobras de baixíssimo nível a que assistimos, creio que a solução a curto prazo estará mais ou menos à vista através da intensificação dos meios de segurança disponíveis (forças policiais), junto das populações (é um facto que a fama de forças policiais como a da GNR os precede). Dúvido que os "corajosos" dos arruaceiros estejam disponíveis para levar umas bastonadas no lombo.

Por outro lado se o conteúdo da caixa for outro, mais organizado e armado a situação poderá ser bastante mais complexa. No entanto desconfio muito dessa capacidade de organização e também da capacidade de elaboração estratégica, o que temos vindo a assistir por parte do "elenco rebelde" (Taras, Salsinhas, Reinados, Tilmans e outros quejandos) é de uma actuação para uma plateia infantil (que se calhar em Timor-Leste funciona....isso poderá ser de facto preocupante), em que cabeça é que passaria a ideia, de que pelo facto do PR lhes ter afirmado que estariam a salvo em determinada casa no centro de Díli (repare-se), o Reinado e sus muchachos se achavam a salvo da justiça? sinceramente só mesmo nesta terra...

Anónimo disse...

Anteontem andava para aí um anónimo a multiplicar as armas (já ia em 8000), ontem apareceu outro a multiplicar os esquadrões, hoje é o Hanoin a multiplicar o seu texto nas caixas de comentários. E isto parece-me tudo ligado porque o seu texto, indecentemente imoral, mais não faz do que tentar multiplicar a desinformação. Vejamos:

Tenta convencer-nos que há rebeldes em Timor-Leste quando não há. O que há são uns zangados da vida, uns mentirosos frustados e uns desertores arrependidos e assustados que com a prisão do Alfredo estão a ver a vida a andar para trás.

Também nos tenta convencer que estão bestialmente bem armados. Ora sabemos que a quase totalidade das armas do exército estão guardadas, que as da PNTL é que ainda falta saber quantas faltam. Mas mesmo que faltassem muitas as munições esgotam-se, não são eternas, pelo que nunca iriam longe na sua aventura.

E por fim tenta convencer-nos que o normal em Timor-Leste é haver umas criaturas acima da lei; primeiro eram os “peticionários”, agora seria o Alfredo. Mas o que é um facto é que os “peticionários” estão fora das forças armadas e o Alfredo e o seu bando estão engaiolados. Estes são os factos, seja qual for a dificuldade do Hanoin em os aceitar.

Você Hanoin não acertou numa. Nem sequer quando fala nos “4 países com forças armadas” que estão aí. Ainda nem sequer percebeu que a GNR é uma força policial?

Anónimo disse...

Infelizmente a margarida demonstrou mais uma vez a sua total falta de vontade ou mesmo capacidade para participar e contribuir em discussoes serias para alem das vulgares trocas de palavras propagandistas.

Perceba que nem todos sao assim e ha os que preferem, para o bem de Timor-Leste, desenvolver discussoes mais serias e ponderadas que visam a compreensao do problema, necessaria para uma resolucao satisfactoria e duradoura da crise.

Lamento que hajam pessoas determinadas em minar o debate construtivo e por isso o bem-estar dos Timorenses.

HanoinTokBa

Anónimo disse...

HanoinTokBa: Em questões de propaganda você leva a taça, ou já esqueceu que aí em cima escreveu que as “demonstrações e actos de violência recomeçados após a detenção do Major Alfredo Reinado poderão mesmo vir a revelarem-se como a ponta do icebergue submerso no mar de insatisfações e frustações sobre o modo como a situação se tem vindo a desenrolar”? E isto depois de ter lembrado que com “milhares de armas ainda fora dos armeiros, as condições estão criadas para um último “showdown” de força”.

E é a esta justificação e apologia da violência criminosa e inconstitucional que agora pretende vender como “discussões mais sérias e ponderadas que visam a compreensão do problema, necessária para uma resolução satisfatória e duradoura da crise” e “debate construtivo”? Isto é você é dos que querem comer o pudim e ficar com ele. Não pode, terá que escolher um dos dois.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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