sexta-feira, julho 21, 2006

Os "grandes"

"Os "grandes" têm de explicar ao povo o que aconteceu porque ele não percebe."

General Taur Matan Ruak - Metinaro 20.07.2006 - Durante a cerimónia das vítimas da FDTL em Maio de 2006.


De um leitor:

Os "grandes" não compareceram à cerimónia para não terem que explicar ao povo o que aconteceu.

A imprensa não compareceu, incluindo a Lusa, porque se mantém fiel à sua linha de actuação - a desinformação a soldo dos "grandes".

Taur Matan Ruak está isolado na sua pretensão de verdade, honestidade e respeito pelo povo.

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14 comentários:

Anónimo disse...

Parece-me oportuno este artigo de opinião e tudo daria para o entregar pessoalmente a Eduardo Lobão da Lusa em Timor



Para que serve um jornal



Fernanda Câncio

Às vezes, parece que já ninguém sabe o que é o jornalismo. Ou, o que é o mesmo, para que serve.

"Um jornal serve para servir", concluía o épico texto de um jornalista brasileiro que o então (2004) director interino do DN, José Manuel Barroso, afixou na redacção. Estava lá tudo o que é suposto um jornal ser e fazer. Ser verdadeiro - o que não significa dizer sempre a verdade, mas tentar fazê-lo. Fazer pensar - o que não significa pensar melhor e mais fundo, mas não desistir de o tentar.

Ser jornalista é, antes de mais, pensar. Tentar perceber, encontrar pontes, pontos de ancoragem, entre o que surge como objecto e uma perspectiva própria. Filtrar em si aquilo que se noticia ou reporta, verter a voz no que faz.

Há, claro, vários tipos de jornalismo. É o jornalismo de jornal, cuja crise se decreta há décadas, que aqui importa. As pessoas, dizem os estudos de mercado - e as vendas -, cada vez compram menos jornais. É a TV, é a imprensa grátis, é a crise, é a internet, é a iliteracia, é a falta de tempo, é a falta de interesse por outros mundos que não o de cada um, a recusa da complexidade. E os jornais, como alguém que perdeu o amor do ser amado e, no processo, qualquer resquício de auto-estima, submetem-se a sucessivas cirurgias no sentido de se adequarem àquilo que crêem ser o desejo do outro.

A TV dá notícias pela rama, elegendo o sensacionalismo em detrimento da profundidade e da reflexão e apostando tudo na força das imagens? Eis os jornais a diminuir o tamanho dos textos, a segmentá-los em pedacinhos mais deglutíveis, a carregar-se de fotos e infografias como se esse mimetismo não fizesse mais que assumir e apressar a derrota. As pessoas estão cada vez mais ignorantes e lêem cada vez menos? Dêmos-lhes cada vez menos que pensar e menos que ler. Tratemos de liquefazer o produto, como naquelas garrafinhas que a publicidade garante conterem "a quantidade de legumes diária recomendada pelos médicos" e dar-lhe outros sabores, a morango e kiwi. Dulcifiquemos e minimizemos o jornalismo até servir o mundo assim, na dose diária recomendada, sem peles nem caroço, reduzido a slogans. Exactamente como ele não é. Exactamente o tipo de mundo no qual os jornais não fazem falta. Porque a função do jornalismo é ordenar a desordem do mundo para melhor a dar a ver.

DN - 21.07.2006

Anónimo disse...

O INTERESSE NACIONAL DO PR

Cerimónia oficial das FDTL cujo Comandante Supremo é o Presidente da República - Xanana Gusmão não comparece nem se faz representar.

Falta à cerimónia e reúne com Alfredo Reinado.

O Presidente da República dá prioridade de Estado e de interesse nacional a militares desertores em detrimento do Exército Nacional.

Para Xanana Gusmão o interesse da Nação e do Estado é exactamente aquilo que nunca poderia ser se fosse realmente um Chefe de Estado.

Xanana Gusmão não é um Chefe de Estado é mais um lider de guerrilha ou lider politico.

Anónimo disse...

"Xanana Gusmão não é um Chefe de Estado é mais um lider de guerrilha ou lider politico."

O certo e que foi eleito directamente pelo povo por 82.7% do total de votos.

Se nem por isso dizem que ele e um chefe de estado fara a fretilin formar um governo legitimo com uma percentagem menor de 56% e em circunstancias altamente anti-democraticas.

Os "grandes" a que o Taur se refiria eram provavelmente os que ilegalmente ordenaram as F-FDTL a sairem dos seus quarteis.

Anónimo disse...

Os grandes, a que Taur se refere, têm demonstrado ser tão pequenos, e tão indignos do povo a que pertencem.

Anónimo disse...

Anónimo das 8:29:26 PM: O PR foi eleito pela maioria dos Timorenses, porque se candidatou, isto é porque quis e ninguém o obrigou. E na tomada de posse, foi voluntariamente que prestou o seguinte juramento: “Juro, por Deus, pelo Povo e por minha honra, cumprir com lealdade as funções em que sou investido, cumprir e fazer cumprir a Constituição e as leis e dedicar todas as minhas energias e capacidades à defesa e consolidação da independência e da unidade nacionais”. (Artigo 77.º da Constituição da RDTL)

E “Compete exclusivamente ao Presidente da República:
b)Exercer as competências inerentes às funções de comandante Supremo das Forças Armadas; (Artigo 85.º da Constituição da RDTL)

E como “Comandante Supremo das Forças Armadas e nessa qualidade tem os direitos e deveres seguintes” entre os quais “a) Dever de contribuir, no âmbito das suas competências constitucionais, para assegurar a fidelidade das Forças Armadas à Constituição e às instituições democráticas e de exprimir publicamente, em nome das Forças Armadas, essa fidelidade; “ (Decreto-lei n.º 7/2004, De 5 de Maio, da LEI ORGÂNICA DAS FALINTIL- FORÇAS DE DEFESA DE TIMOR-LESTE)

Parece-lhe de facto que pela sua acção o PR tem contribuído para “assegurar a fidelidade das Forças Armadas à Constituição e às instituições democráticas”? A mim, com toda a fraqueza, não. E aqui é que está estão: ninguém contesta a legitimidade da eleição´mas há razões para contestar a legitimidade do seu desempenho nas funções para o qual foi eleito.

Anónimo disse...

Agora sim Margarida

PARABÉEEENS

pelo comentário!!!!

Anónimo disse...

"O PR foi eleito pela maioria dos Timorenses, porque se candidatou, isto é porque quis e ninguém o obrigou."
E mesmo atraves destas palavras que a margarida demonstrar nao perceber patavina daquilo que fala.
Os seus argumentos sao de papelao e nao reflectem a realidade ocorrida.

A mocinha limita-se a citar artigos pensando que eles substanciam a sua interpretacao desligada dos eventos no terreno. Tenha a santa paciencia e va vender o seu peixinho para outro lugar porque ja cheira a podre.

Anónimo disse...

Anónimo das 2:28:24 PM: Mantenho o que disse: "O PR foi eleito pela maioria dos Timorenses, porque se candidatou, isto é porque quis e ninguém o obrigou."

Se discorda, que tal explicar em vez de cuspir para o ar? Diga-nos lá então o que parece que o está a embuchar?

Anónimo disse...

Nao margarida nao vou explicar.
A margarida teria que estar em timor ou a acompanhar todo o processo de perto nessa altura para poder perceber as minhas palavras anteriores.
Desconfiou que nem o Sr Malai Azul poderia lhe explicar isso por nao ter la estado na altura. E possivel mas duvido.

Mas desafio o mau seran, ou o fotE makE riba ou talvez outro timorense ou verdadeiro conhecedor dos assuntos de timor a explicar-lhe porque e que a sua frase "O PR foi eleito pela maioria dos Timorenses, porque se candidatou, isto é porque quis e ninguém o obrigou." esta incorrecta.

Anónimo disse...

Anónimo das 1:10:10 AM: agora está a insinuar que o seu PR é e sempre foi um pau mandado dos australianos? Mas já o sabemos.

Anónimo disse...

Nao! o que estou a AFIRMAR, e nao insinuar, e que a margarida nao conhece timor minimamente para alem daquilo que le nos jornais e media electronica.

E com pessoas que nao conhecem minimamente timor, as suas gentes e modos de viver e pensar, assim como a forma como a situacao se foi desenrolando ao longo destes anos de independencia (incluindo as circunstancias que rodearam a cancidatura de xanana) nao vou perder tempo.

Dai o meu desafio aos seus camaradas que a eduquem nessas materiais para nao dizer asneiras e porque eu nao vou perder o meu tempo a faze-lo.

Anónimo disse...

Anónimo das 2:05:33 PM: acha mesmo´que é preciso uma pessoa estar num sítio para perceber o que lá se passa? Que era preciso estar no Chile em 1973 para perceber que quem sofreu uma derrota histórica em eleições democráticas se vingaria de modo anti-democrático? Acha mesmo que fora de Timor-Leste não se percebeu a derrota histórica das elites locais em 2001? Acha mesmo que não se percebeu as manobras das elites desde 2002 para recuperarem o poder que então perderam? Logo nós em Portugal que desde 1975 temos visto todo o tipo de maquinações e manobras de alianças e traições para que a minoria derrotada arredasse do poder quem com a revolução tanto perdeu? Acha mesmo que não percebemos as vossas mentiras, o vosso marketing, a vosa completa falta de escrúpulos e desdém pelo povo que deu a vitória à Fretilin nas eleições de 2002? Ora!

Anónimo disse...

Explique lá melhor a sua frase: "Logo nós em 1975....com a revolução tanto perdeu".

Acho que se enredou tanto, complicou tanto que se baralhou a si mesma.

Pobrecita.

Anónimo disse...

Então não sabe o que foi o 25 de Novembro de 1975? Informe-se lá então. Não quero influenciá-lo.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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