sexta-feira, julho 07, 2006

Ramos-Horta likely to become East Timor PM, spokeswoman says

Jakarta Post
DILI (AP): Nobel prize-winner Jose Ramos-Horta will likely be named East Timor's new prime minister, making way for a new government to start work as early as next week, officials said Friday.

Presidential spokeswoman Lusi Tania Lopez made the remarks Friday as the country's ruling Fretilin party met President Xanana Gusmao to hand in the names of its four candidates to replace ousted Prime Minister Mari Alkatiri.

Ramos-Horta -- the country's foreign minister and a close ally of Gusmao -- was one of the four, said Lopez.

"The way I am hearing things is that Ramos-Horta is likely to be prime minister ... until the next elections in 2007," she told The Associated Press.

Finding a replacement for Alkatiri who is acceptable to both his Fretilin party and Gusmao is seen as key to ending months of violence and political unrest in East Timor, which only won independence from Indonesia in 1999.

As Friday's meeting got underway, an unidentified gang torched a Chinese restaurant in the capital Dili, underscoring the still fragile security situation in the tiny nation. Australian peacekeepers arrived too late to catch the attackers, whosemotive was not clear.

Lopez said the other three candidates submitted to Gusmao were Fretilin politicians Ana Pessoa, Stanislau da Silva and Rui Maria Araujo. She said Gusmao's office has proposed that the new prime minister be inaugurated at 2 p.m. (noon Jakarta time) on Sunday if Fretilin agrees.

Da Silva, the outgoing agriculture minister, declined to comment on Fretilin's position on Ramos-Horta's anticipated appointment, saying only that he hoped a new premier could be announced Saturday.

Under East Timor's constitution, the largest party puts forward its candidate for the prime minister to the president, who must approve its choice, largely seen as a formality.

Alkatiri stepped down after his dismissal of 600 soldiers in March -- nearly half of the armed forces -- sparked street battles in the capital between police and army units that spilled into gang warfare, looting and arson. At least 30 people were killed and 150,000 others forced from their homes.

Gusmao and his allies publicly told Alkatiri to quit, straining relations with Fretilin, which Alkatiri still heads. Much of the violence was between gangs who saw themselves as allies of either politician.

Ramos-Horta becoming prime minister with Fretilin's support would likely be seen as a move toward reconciliation within the country's elite, and could usher in political stability before fresh elections are held next year.

Ramos-Horta won the Nobel prize for his nonviolent work toward ending East Timor's occupation by Indonesia and up until a few months ago was being mentioned as a possible candidate to replace Kofi Annan at the head of the United Nations. (***)

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23 comentários:

Anónimo disse...

Tradução:

A Porta-voz diz que é provável que Ramos-Horta seja o PM de Timor-Leste
Jakarta Post

DILI (AP): O vencedor do Prémio Nobel José Ramos-Horta será provavelmente nomeado o novo primeiro-ministro de Timor-Leste, abrindo caminho para um governo começar a trabalhar na próxima semana, disseram funcionários na Sexta-feira.

A porta-voz presidencial Lusi Tania Lopez fez essa observação na Sexta-feira, quando o partido no poder, a Fretilin, se encontrou com o Presidente Xanana Gusmão para lhe dar os nomes dos seus quatro candidatos para substituir o deposto Primeiro-Ministro Mari Alkatiri.

Ramos-Horta -- o ministro dos estrangeiros do país e um aliado próximo de Gusmão -- foi um dos quatro, disse Lopez.

"Pelas coisas que ouço, é provável que Ramos-Horta venha a ser primeiro-ministro ... até âs próximas eleições em 2007," contou à The Associated Press.

Encontrar um substituto para Alkatiri que seja aceitável tanto para a Fretilin como para Gusmão é visto como a chave para acabar meses de violência e desassossego politico em Timor-Leste, que só ganhou a independência da Indonésia em 1999.

Enquanto decorria a reunião de Sexta-feira, um gang não identificado incendiou um restaurante Chinês na capital, revelando a ainda frágil situação de segurança na pequena nação. As tropas Australianas chegaram tarde de mais para apanhar os atacantes, cujos motivos não ficaram claros.

Lopez disse que os outros três candidatos submetidos a Gusmão foram os políticos da Fretilin Ana Pessoa, Estanislau da Silva e Rui Maria Araujo. Disse que o Gabinete de Gusmão propôs que o novo primeiro-ministro tome posse às 2 p.m. (hora de Jakarta) no Domingo, se a Fretilin concordar.

Da Silva, o ministro da agriculture de saída, declinou comentar a posição da Fretilin sobre a nomeação antecipada de Ramos-Horta, dizendo somente que espera que um novo primeiro-ministro seja anunciado Sábado.

Sob a constituição de Timor-Leste, o partido mais votado indica o seu candidato a primeiro-ministro ao presidente, que deve aprovar a sua escolha, o que é visto como uma formalidade.

Alkatiri saiu depois do despedimento que fez a 600 soldados em Março -- quase metade das forças armadas -- ter desencadeado batalhas de rua na capital entre polícias e unidades das forças armadas que transbordaram para guerras de gangs, pilhagens e fogos postos. Pelo menos 30 pessoas foram mortas e 150,000 outras forçadas a sair de suas casas.

Gusmão e os seus aliados disseram publicamente a Alkatiri para se demitir, prejudicando as relações com a Fretilin, que Alkatiri ainda lidera. Muita da violência foi entre gangs que se viam a si próprios como aliados de uns e dos outros.

Se Ramos-Horta se tornar primeiro-ministro com o apoio da Fretilin isso será provavelmente visto como um passo no caminho da reconciliação da elite do país, e pode redundar em estabilidade politica antes de novas eleições no próximo ano.

Ramos-Horta ganhou o prémio Nobel pelo seu trabalho não violento para acabar com a ocupação pela Indonésia de Timor-Leste e até há poucos meses era mencionado como um possível candidato para substituir Kofi Annan à frente das Nações Unidas. (***)

Anónimo disse...

Margarida said...
A história passou-se exactamente ao contrário do que diz este leitor:

1 – Quando surgiram as primeiras queixas, os soldados apresentaram-nas ao PR – ultrapassando a sua hierarquia – o PR enredou-se em conversas e reuniões com eles, e quando entendeu, remeteu a resolução para a hierarquia militar.

2 – A hierarquia militar tentou dialogar, convocou os queixosos para reuniões, estes exigeiram uma comissão, arranjou-se uma comissão que tentou dialogar com eles individualmente, um a um, mas recusaram, não compareceram a uma única reunião e acabaram por sair dos quartéis, desertando.

3 – Dois meses depois de terem desertado e perante a impossibilidade da comissão apurar fosse o que fosse (por falta de comparência dos queixosos) a hierarquia militar decidiu com base nos regulamentos e com a pena mínima: aceitar a situação consumada, isto é o auto-despedimento dos próprios, sem qualquer outra punição.

4 – Perante a decisão legítima da hierarquia militar, o PR apressou-se a criticar publicamente essa decisão da hierarquia militar, e atribuiu as responsabilidades da decisão ao governo em geral e ao PM em particular. O PM, responsavelmente, endossou a decisão da hierarquia militar, entendeu – e bem – que apesar dos queixosos terem saído, se devia mesmo assim investigar as queixas e nomeou outra comissão de notáveis (com representantes dos quatro órgãos de soberania, Igreja e sociedade civil), decisão esta que os “peticionários” aceitaram em teoria, mas que boicotaram na prática, pois que, deram de imediato início a manifestações públicas onde a reclamação não era a satisfação das suas queixas contra alegadas “discriminações”, mas sim a demissão do PM.

O resto da história, já conhecemos. Depois da divisão nas forças armadas, com a subsequente desestabilização, foi a divisão na força policial, e tiroteios contra forças armadas e policiais, e depois, violência nas ruas, queima de casas, entrada das tropas australianas e acantonamento das forças armadas fiéis ao governo (e de lá impedidas de sair), nova vaga de mais violência, agora também de edifícios públicos e sedes da Fretilin (com os australianos a assistirem e a permitirem), etc.

Sexta-feira, Julho 07, 2006 7:30:13 PM


Anonymous said...
Ao ponto 1 da dona margarida pode ler-se o que obviamente pensa do assunto bem como pintar a movimentação cronológica dos envolventes, mas terá de admitir que o seu Comando Supremo é exactamente o PR. A quem achava melhor apresentar tais questões? Então no quadro do que o aparelho de Estado estava a desenvolver era engraçado apresentar "queixa" contra os que estavam a tomar a posição de descriminação das quais se queixavam! Faz-me lembrar o mesmo comportamento quando, agora, ficaram todos contentes por não ter sido, em prazo legal, apresentada queixa em tribunal contra o processo usado no Congresso da Fretilin em relação ao método de votação...

O ponto 2 parece mais uma sequência de "enrolamento" para que tudo se mantivesse na alçada dum já de si processo de silenciamento. E por falar em Comissões (ou comichões), já deliberou a Comissão sobre os crimes cometidos pela Fretilin em outros tempos?

O ponto 3 é deveras a posição tomada. Eis aqui a decisão legal. E isso resolveu também a crise? Como se vê, deu no que deu.

No ponto 4 sobre a injustiça da decisão parece mais que evidente. Não é porque um órgão decida A, B ou C que lhe assista ser essa a decisão mais correcta. Como se viu não a foi. Não se poderia apontar politicamente culpas à oposição mas sim ao Governo, muito menos ao PR... e mais uma vez se assistiu à criação de outra Comissão, agora de Notáveis... os peticionários passaram ao método das manifs... que chatice! Que fez então o Governo? Usou o aparelho militar sem conhecimento do PR em espaço da responsabilidade da PNTL... deu no que deu.

O resto como bem diz, todos sabem o que aconteceu...

E o que se viu durante esse processo foi que de facto a Fretilin tudo fará para desestabilizar o país. Nunca ouvi dizer que o Governo estaria a tentar ou de facto a desenvolver contactos com todos aqueles que se colocaram em posição oposta à sua tomada de posição.

Pelo contrário aquilo que se sabe e tão criticado aqui, ali e além é que o sr. PR dialoga com todos inclusivé com os peticionários, com os rebeldes, com os desertores, com os actores, com os manifestantes pró e contra e o acusam disso mesmo como se de um criminoso fosse. Ele sempre foi assim. Dialogar, dialogar mesmo que fosse com o inimigo.

Não há nada a aprender?

Sexta-feira, Julho 07, 2006 7:55:04 PM


Anonymous said...
E mais nada!! foi mesmo isso que aconteceu. As resposabilidades devem ser sempre de quem governa! louvor quando governa bem e critica quando governa mal. PONTO FINAL!

Sexta-feira, Julho 07, 2006 9:06:26 PM

Anónimo disse...

Deja vu! Horta como primeiro ministro, Ministro da Defesa e que mais?
Agora sim, os militares Timorenses vao ser ensinados a como assaltar um sentinela!

Anónimo disse...

Deja vu! Horta como primeiro ministro, Ministro da Defesa e que mais?
Agora sim, os militares Timorenses vao ser ensinados a como assaltar um sentinela!m sentinela!

Anónimo disse...

O foti maka riba deve sofrer de "repetitive motion syndrome"

Anónimo disse...

Mas de onde eu já conheço estes come ones....????

Anónimo disse...

Grande novidade, ser 1ºPM,a austrália, ficava com peristaltismo intestinal com alto fluidismo se fosse o contrário.

Anónimo disse...

Ao anonymous 7:55:04 PM
É interessante... Um presidente que só dialoga com todos que destroem e matam sem defender a integridade do próprio estado só podia ser um presidentes autista ou presidente daquelas repúblicas que Alberto João Jardim também conheceu nas terras dos doutores. Ele choram para as câmaras no público mas ao mesmo arquitecta nas escuras pequenos golpes de um estado que ele é presidente.


Só falta aqui uma fotografia do presidente com as cores de académica mas a preto e branco.

Anónimo disse...

E ASSIM FUNCIONA A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

"Pelas coisas que ouço, é provável que Ramos-Horta venha a ser primeiro-ministro ... até âs próximas eleições em 2007," contou à The Associated Press. A porta-voz presidencial Tania Lopez.

Um porta-voz da presidência que presta declarações pelas coisas que ouve....
Um porta-voz até aqui desconhecido...

Será uma amiga do Presidente da República em substituição da espôsa?!

Rui Martins disse...

que conveniente... para os interesses australianos e para o seu títere Ramos Horta, também chamado no meio como o "menino de Camberra".

e eis o Jogo que prossegue.

até à plena transformação de Timor num Protectorado De Facto da Austrália.

Anónimo disse...

Anónimo das 4:38:50 AM: e está lá o Vasconcelos a assessorá-lo, imagine só se não estivesse. O homem não tem mesmo emenda.

Anónimo disse...

Tânia, de arquitecta [do GERTIL], a conselheira do Presidente para as obras (chinesas) da Presidência, a "spokeswoman" de SEXA!... Será ela?
O que esperavam?!... Uma "experta" em comunicação social, não?
Provavelmente ela foi apanhada entre portas e o jornalista resolveu chamar-lhe nomes: "spokeswoman"!
Irrelevante!

Anónimo disse...

Por acaso, neste caso concreto, ´~ao creio tratar-se da Sra. Tania (a tal que, alguém acima questionava: Será uma amiga do Presidente da República em substituição da espôsa?! ). O despacho refere "Lusi Tania Lopes", pelo que se trata de Lusitania Lopes, timorense, que trabalha na Assessoria para a Comunicação Social da Presidência da República.

Ainda que nada me surpreenderia que a Sra Tania fizesse declarações da natureza das que foram divulgadas pela AP ... é o género dela e tudo fará para ser citada e 'agradar' ao(s) patrão(-ões) ...

Anónimo disse...

Well...Welll... Welll...

Anónimo disse...

Quando aprenderão estes jornalistas de escrever nomes portugueses correctamente, e não transliterar como nomes espanholes. O que é pior é quando escrevem Lospalos (do fataluco 'Lohasupala') como 'Los Palos' - se fosse um nome português, seria Os Paus!

Anónimo disse...

Já tinha lido antes mas não prestei atenção, isolo os dois primeiros parágrafos da notícia da LUSA de 07-07-2006 9:11:00. Fonte LUSA. Notícia SIR-8150803 - Timor-Leste: Xanana quer conhecer perspectiva Comissão Europeia sobre situação

""Díli, 07 Jul (Lusa) - O chefe de Estado timorense, Xanana Gusmão, receberá na próxima semana um relatório sobre a perspectiva da Comissão Europeia relativamente à situação em Timor-Leste, disse hoje em Díli o enviado especial do pr esidente daquele órgão comunitário.

Miguel Amado, enviado de José Manuel Durão Barroso, que chegou quinta-feira a Díli, falava à imprensa à saída de um encontro com Xanana Gusmão e salientou que o "relatório oral", a pedido do chefe de Estado timorense, deverá ser feito na próxima terça-feira.""

Ai que giro, vai ser bonito o seguimento! Faço já uma aposta a feijões:
Querem ver que o amigo enviado de Durão Barroso vai mesmo fazer um "relatório oral" que deverá ser "passado" na próxima terça-feira a Xanana Gusmão?! Não vai deixar nada escrito? Vão escrever depois na volta a Bruxelas? Hummm, Xanana Gusmão escrevia tudo... ca ganda busilis! Deve estar uma grande confusão... não vá o homem mandar outro tremendo "murro no estômago", como dizia o camarada Adelino Gomes,... só que desta vez no centro da Europa... com Portugal a levar por tabela! O caso tá duro tá!

Ai se "o desbocado" abre a boca! Será que cai a Trindade?

Vão levando dessas a ver se aprendem que o homem de facto não dura sempre, ele e os outros...

Anónimo disse...

Xanana e chefes militares entram em rota de colisão
Armando Rafael, Diário de Notícias, 08/07/06

Com as atenções centradas na escolha do primeiro-ministro, Timor-Leste pode estar à beira de uma nova crise. Desta vez, com contornos imprevisíveis, caso Xanana Gusmão insista em querer substituir Taur Matan Ruak no comando das forças armadas (F-FDTL).

Para já, os sinais desta tensão ainda são muito ténues. Mas a estratégia não engana e parece decalcada daquela que levou à saída de Mari Alkatiri. Com uma pequena diferença. Como, neste caso, o Presidente não tem poderes para exonerar as chefias militares, necessitando que o Governo proponha a sua substituição, vai tentando minar-lhe a autoridade, esperando que Taur Matan Ruak peça a demissão.

O que dificilmente acontecerá. Sobretudo num quadro de crise institucional como aquele que se vive neste momento, desconhecendo quando é que o Presidente da República e a Fretilin poderão chegar a acordo sobre a substituição do primeiro-ministro. Se é que alguma vez o farão, tendo em conta as divergências que continuam a marcar o relacionamento entre as duas partes, apesar das declarações em contrário que têm sido proferidas.

Nomeadamente as que apontam para a possibilidade de poder ser hoje anunciado um novo primeiro-ministro, hipótese que nem mesmo em privado alguém se atreve a confirmar. Dando, de alguma forma, a entender, que as posições de Xanana e da Fretilin - que elegeu 55 dos 88 deputados do Parlamento - ainda se encontram muito extremadas.

Em especial no que respeita à continuação dos principais ministros indicados pela Fretilin. Exigência que o Presidente tende a recusar, contrapondo a tese da dissolução do Parlamento e a convocação de eleições antecipadas até Dezembro.

O que, segundo algumas fontes ontem consultadas pelo DN, explicaria o silêncio a que Ramos-Horta se remeteu nos últimos dias. E que é tanto mais significativo quanto se sabe que o nome do ministro dos Negócios Estrangeiros e da Defesa até estaria em vias de ser viabilizado pela Fretilin, em nome de uma certa estabilidade até às legislativas e presidenciais previstas para Maio de 2007. Mesmo que isso significasse deixar cair a sua primeira opção - Estanislau da Silva, titular da pasta da Agricultura.

Sem que se tenha percebido, até agora, se o Presidente da República continua, ou não, a insistir na necessidade de a Fretilin ter de repetir o seu congresso, sob pena de considerar que a direcção do partido é ilegítima pelo simples facto de que foi eleita por braço no ar.

Um argumento que serviu de arma de arremesso contra Alkatiri no período que antecedeu a sua demissão do cargo de primeiro-ministro, correspondendo a uma das exigências de Xanana Gusmão.

É neste contexto que a questão de Taur Matan Ruak, que é conhecido pela sua frontalidade, adquire relevância. Quanto mais não seja pela disciplina que as F-FDTL evidenciaram ao longo desta crise, recusando todas as tentativas de manipulação de que foram objecto. E que, a fazer fé no New Zeland Herald e no Newsmatilda, chegaram ao ponto de as tentarem aliciar para um golpe.

Só que ninguém sabe até quando é que Taur Matan Ruak, que aparenta ter grande controlo sobre a hierarquia militar, está disposto a tolerar os encontros que Xanana tem vindo a manter com os três majores - Alfredo Reinado, Alves Tara e Marcos Tilman - que se envolveram na contestação ao Governo de Alkatri.

Sendo que o último encontro desta natureza ocorreu na quarta-feira, dia em que foi anunciado o próximo acantonamento dos militares revoltosos com vista à sua reintegração nas F-FDTL. Solução que Taur Matan Ruak dificilmente aceitará, insistindo no respeito pela legalidade e pela hierarquia. Como sucedeu no caso dos 591 peticionários que abandonaram os quartéis.

Talvez assim se percebam melhor as razões que levaram Taur Matan Ruak a não acompanhar a visita que Xanana Gusmão efectuou, na segunda-feira, a Hera e Metinaro, onde as F-FDTL estão aquarteladas, delegando a tarefa no seu número dois, o coronel Lere Annan Timor.

Anónimo disse...

Ramos-Horta, ministro da defesa do Exercito. Qual? O Australiano certamente, pois as F-FDTL sao acusadas de tudo menos de exercito.
Dos Negocios Estrangeiros, penso que seja uma pasta a mais pois nao e porventura o Sr. alexandre Doner?
Primeiro Ministro de que pais? Um pais que cujo "governo nao funciona".. "e incompetente" .... o "aparelho de estado esta parado e nada fez" ..... SO SE FOR O REPRESENTANTE DE SUA MAGESTADE....

Anónimo disse...

Atenção à notícia do Armando Rafael que alerta psra as manobras do PR para minar a autoridade da hierarquia militar que é o próximo alvo. E reparem como desde o início o PR está envolvido com os desertores e como foi ele quem lhe deu a táctica da "petição". Estes textos estão no site da UNOTIL e deixo o link:

Daily Media Review
Thursday, 09 February 2006

National Media Reports
402 F-FDTL launch protest

On Wednesday, 402 F-FDTL members including those from the Naval, First and Second Battalions and Headquarters who consider themselves as a distinct ethnic group from the West of Timor-Leste, protested at the Presidential Palace in Caicoli. The group directed their protest at the President as the Supreme Commander of the F-FDTL in regard to declarations by some Commanders that it was those from the East of Timor-Leste who were primarily involved in the war. They also launched an angry protest against what they claim to be discrimination within the F-FDTL related to promotions granted exclusively to those from the East.

President Xanana responded by saying that as the Supreme Commander, he has an interest in resolving the conflict but that he is unhappy that the soldiers left their barracks to protest. When meeting with the protesters, the President requested that return to their barracks and allow the internal F-FDTL Commission to investigate the allegations. The soldiers refused to return however, saying that some of the Commanders had threatened that if they participated in the protest, they would be considered enemies. They suggested that they all remain for the time being at the HQ in Tasi Tolu, so that the investigators could speak to them there as a group. They anticipated that they would experience problems with their colleagues if they were to return to their respective offices.

The situation became heated when President Xanana, unable to convince the soldiers to return, left them to return to his office. The President stated that he would have preferred if the soldiers had just presented a petition, and not left their barracks, as this action will not help to resolve the problem. (TP, STL)

Regional Media Reports

East Timor: President gives army protesters ultimatum to return to barracks

Dili, Feb. 8 (Lusa) - President Xanana Gusmão gave hundreds of protesting AWOL East Timorese soldiers an ultimatum Wednesday to return to their barracks or face expulsion from the army.
After meeting with the group of about 400 soldiers for a second consecutive time at the Presidential Palace Wednesday night, Gusmão promised an inquiry into their demands and no reprisal for their action if they returned to their barracks by Thursday morning.
The group of unarmed troops gathered at the Cinzas Palace in Dili early Wednesday to demand the replacement of the Commander of 1 Battalion based in Baucau, Colonel Falur.
"You erred in abandoning your barracks. "If you return (to barracks), you will again be officers, sergeants and soldiers", Gusmão told the assembled protesters, warning that if they disobeyed they would "cease being military".
He promised the soldiers they would face no reprisals and that an inquiry would be opened into their grievances.
Police and army trucks lined up near the Presidential Palace to take protesters back to barracks over night if they so chose.
In comments to Lusa and Portugal's RTP television after his meeting with the military protesters, Gusmão said he did "not know" whether they would follow his advice.
"It depends on them, I showed them the way", the President said. (LUSA)
http://www.unotil.org/UNMISETWebSite.nsf/cce478c23e97627349256f0a003ee127/588584301a1352ba49257110003a98d6?OpenDocument

Anónimo disse...

Voces sao mesmo incorrigiveis! Qual e o mal do PR declarar que preferia que os militares apresentassem uma peticao ao invez de desertarem. Nao foi a desercao que causou os despedimentos? e as demonstracoes? e a crise? So sabem ver conspriacoes em tudo que e lado pa!!!
Parem com essas teorias conspirativas e procurem outros passatempos! E que as vossas teorias conspirativas nem tem cabimento!

Anónimo disse...

Anónimo das 11:39:27 PM: então reconhece que de facto, em 8 de Fevereiro de 2006, o PR deu a táctica para a actuação dos 400 (números da altura) militares. Já é um enorme avanço este reconhecimento.

Anónimo disse...

Pare de ser idiota margarida! o PR dizia com muita razao que preferia uma peticao a uma desercao em massa.

Mas sera que a margarida preferia o contrario? Uma desercao em massa e depois a peticao e depois a crise, as mortes, os deslocados, etc,etc. Ou seja, exactamenbe aquilo que aconteceu.

Mas ate nessa afirmacao o PR desmente essa vossa conspiracao do golpe de estado. Nao e? Porque se o PR estivesse mesmo atras de um golpe de estado teria mesmo os convencido a desertar como eles fizeram para que as coisas acontecessem da forma como aconteceram. Elementar meu caro watson!? Hahahaa...

Afinal quem e esta constantemente a trocar de historia? Mas compreendo que tenha perdido o fio a meada e esteja confusa porque e isso mesmo que acontece quando se tece tantas mentiras. Passado uns tempos acabam por tropecar nelas. "as mentiras tem pernas curtas". Assim nao vao muito longe!

Anónimo disse...

Anónimo das 1:44:40 AM: mas com ou sem petição eles desertaram mesmo não foi? E a petição até deu jeito para arranjarem um nome mais in, os “peticionários” e angariarem mais duzentos, pois que de 400 passaram a 600, que sempre dá para encher mais os títulos dos media, com alguns até a dizerem que “metade” das forças armadas tinham desertado. E em que país normal é que um PR diz que apoia uma petição contra a hierarquia militar das suas forças armadas? Sabe que se isso ocorresse noutro país era motivo para deposição do PR?

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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