segunda-feira, julho 10, 2006

Ready for a walk...

Apanhado no Abrupto.

"It is true, we are but faint-hearted crusaders, even the walkers, nowadays, who undertake no persevering, never-ending enterprises. Our expeditions are but tours, and come round again at evening to the old hearth-side from which we set out. Half the walk is but retracing our steps. We should go forth on the shortest walk, perchance, in the spirit of undying adventure, never to return-- prepared to send back our embalmed hearts only as relics to our desolate kingdoms. If you are ready to leave father and mother, and brother and sister, and wife and child and friends, and never see them again--if you have paid your debts, and made your will, and settled all your affairs, and are a free man--then you are ready for a walk."

(Henry David Thoreau)

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1 comentário:

Anónimo disse...

Tão engraçado, Henry David Thoureau? O mesmo que disse: "o melhor Governo é quele que menos governa..." ?

O mesmo que dizia em relação à desobediência ao Poder, o desafio à Lei terá como resultado final a solidão, o desprezo pela propriedade: "Temos de viver sozinhos, só connosco, dependermos apenas de nós, estarmos sempre prontos para começar de novo, não termos muito de nosso (...) A muito dinheiro corresponde escassa virtude."

Mas "... se um homem livre, quando pensa, quando imagina, quando fantasia, dando existência a coisas que não existem, não há governantes, não há reformador que possa colocar-lhe travões."

"O canto do galo é a expressão da saúde e da integridade da natureza, um desafio ao mundo inteiro... a saúde dum regato a correr, duma nova fonte das Musas, para celebrar o último instante do tempo. Onde canta o galo não existem leis contra escravos fugitivos."

Como escrevia Manuel João Gomes em 1987, "Vendo bem, o que Thoreau ensina é o caminho da Harmonia Universal."

E indo à realidade daquilo que se passava na sua época (a de HDT): "O exército constituído, afinal é apenas o braço do Governo constituido. O Governo, que não é mais que o meio escolhido pelo povo para executar a sua vontade, acaba por ser objecto de abusos e perversões, antes de o povo actuar através dele... obra de escasso número de indivíduos que utilizam como seu instrumento o Governo constituido. O povo não teria, em princípio, dado o seu consentimento a tal medida."

E vai por aí abaixo: "... a razão prática pela qual, tendo o povo o poder na mão, o entrega a uma minoria, que o conserva durante um longo período, não é porque essa maioria tenha razão, mas só porque a maioria dispões de maior força. Mas um governo em que domina sempre a maioria não pode basear-se na justiça, tal como os homens a entendem. Não será possível haver um governo em que não sejam as maiorias mas sim a consciência a decidir virtualmente do que está certo ou errado? Em que as maiorias tomem apenas as decisões a que se aplica a regra da oportunidade? Terão os cidadãos, por um momento que seja, mesmo em grau ínfimo, de submeter a sua consciência ao legislador?"

Thoreau pensava e dizia: "Eu penso que devemos ser primeiro homens e só depois súbditos. Não é aceitável que se cultive o respeito pela lei, tanto quabto o respeito pela justiça. A única obrigação que tenho o direito de assumir é a de, em todas as alturas, fazer o que julgo justo. Afirma-se muitas vezes e com razão que uma corporação não tem consciência. Mas uma corporação de homens conscientes é uma corporação com consciência. Nunca a lei tornou um homem mais justo; é por causa do respeito pela lei que até alguns bem-intencionados se tornam todos os dias agentes da injustiça... A maior parte dos homens servem o Estado não como homens mas fazendo dos seus corpos máquinas..."

E: "Todos os homens reconhecem o direito à revolução, isto é, o direito de recusar lealdade e o de resistir ao governo quando a tirania e a ineficácia deste ultrapassam os limites do suportável... Votar é uma espécie de jogo, assim como o das damas ou do gamão, com uma ligeira camada de verniz moral... Voto, porventura, no que acho mais justo. Mas pouco me importa que a justiça saia vencedora. Prefiro que a maioria decida. Deste modo, a obrigação dela nunca vai além do que é conveniente. Pode votar-se pelo que é justo sem se fazer nada pela justiça."

De facto Thoreau continua demasiado actual...

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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