quinta-feira, agosto 31, 2006

E está à espera de quê? Que mudem de lugar, não?

Brigadeiro australiano diz conhecer o paradeiro dos fugitivos


Sydney, 31 Agosto (Lusa) - O brigadeiro Mick Slater, comandante militar australiano em Timor-Leste, declarou hoje à rádio ABC que sabe onde estão os 57 presos que quarta-feira fugiram da cadeia de Becora, em Díli, entre os quais o major Alfredo Reinado.

Apesar de saber o paradeiro dos reclusos em fuga, o Brigadeiro Mark Slater declarou à rádio australiana ABC que não podia dar mais pormenores.

"Não posso discutir este tipo de informação na rádio. Nós isolámos a cidade. Fizemos isso uns 15 minutos após a fuga, ontem [quarta-feira]. A atenção [das forças de segurança] teve que mudar rapidamente ontem à tarde para o processo de recaptura. A ONU e a polícia internacional estão a trabalhar muito e arduamente para conseguir o máximo de informações e pistas que puderem", disse o Brigadeiro Slater.

Fonte policial tinha dito à Agência Lusa que a fuga de reclusos da cadeia de Becora, em Díli, envolveu além do major Alfredo Reinado outros 56 reclusos, incluindo 16 ex-membros das forças armadas timorenses e cinco condenados por homicídio.

Os 57 fugitivos, mais de um quarto (28,5 por cento) dos 200 detidos em Becora, saíram pela porta principal do estabelecimento cerca das 15:00 locais (07:00 em Lisboa), sem, aparentemente, qualquer oposição por parte dos membros da segurança, de acordo com fontes contactadas pela Lusa.

A segurança nas imediações da cadeia de Becora é da responsabilidade da polícia da Nova Zelândia.

A fuga de Alfredo Reinado - a figura mais mediática dos elementos das forças de defesa que contestaram o ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri - ocorreu num dia feriado nacional, quando os timorenses estão a comemorar o sétimo aniversário do referendo que conduziu à independência do país.

As polícias internacionais estacionadas em Timor-Leste sob o comando da ONU estão a lançar operações no terreno com vista à captura dos fugitivos.

Alfredo Reinado e cerca de 20 dos seus homens estavam detidos desde 25 de Julho, por posse de material de guerra encontrado numa operação de rotina da GNR em três casas, uma delas, segundo o major, atribuída por Xanana Gusmão.

A detenção foi feita ao abrigo do Protocolo bilateral entre Timor-Leste e a Austrália, no âmbito das medidas de emergência que estavam em vigor no país desde 30 de Maio, decretadas por Xanana Gusmão.

Entre o arsenal apreendido a Reinado constavam nove pistolas, quatro de calibre '45 Auto e cinco de calibre 9, mais de 4 mil munições para espingarda automática e pistola, granadas, cinco rádios de transmissões, dois bastões extensíveis, cinco punhais, três catanas e equipamento militar diverso, entre o qual coletes à prova de bala e cinturões.

O major Alfredo Reinado abandonou no início de Maio a cadeia de comando das forças armadas timorenses e foi um dos principais intervenientes na crise político-militar que levou as autoridades de Timor-Leste a pedir ajuda externa para tentar ultrapassar a situação de instabilidade e violência no país, que levou à demissão do antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri.

BW/JCS.

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3 comentários:

Anónimo disse...

Meus caros os Australianaos poderiam ter selado a cidade mas eles em meia hora ja poderim estar a caminho de Dare Remexio ou Aileu. Por tras de Becora para quem escapa e so subir pela ribeira de Benamauc que logo fica fora do alcance dos Perseguidores. Sera interessante ver o desfecho.

Bui Bere

Anónimo disse...

Se o Senhor Brigadeiro sabe onde estao, entao para que toda esta palhacada?

Anónimo disse...

Bui bere keta beik resik. Se ita bot hatene, sira mos hatene e fugitivos sira mos hatene. Subar deit iha Dili laran mos ema ida sei la tomam sira. Hare deit ba tempo resistencia nian. Taur, Xanana e seluk tan subar hela iha Dili e bapak sira la hetan.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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