segunda-feira, agosto 07, 2006

Overview and chronology of Timor Leste crisis in 2006 (I)

Overview and chronology of Timor Leste crisis in 2006
(Recebido de um leitor identificado)

Analysis

The terrible breakdown of the political and security processes in East Timor from April 28 and then again from May 23, took place against a background of national and international pressures, and a history of political conflict inside the country since May 2002.

In August 2001, FRETILIN won 55 seats in the 88 member parliament, with the next biggest parties being the Democratic Party with seven, the Social Democratic Association of East Timor with six, the Social Democratic Party with six, and the Christian Democratic Party with two. The ASDT and CDP played a constructive role in the Constituent Assembly and the early days of the parliament. The PD and PSD have never accepted the 2001 election outcome, and have not been a constructive opposition. Instead they try to use the well-known tension between President Gusmao and Prime Minister Alkatiri, to persuade the President to dismiss the government. He has always refused to do so.

This national dynamic has been expressed in a series of violent mass protests, which lead to or project demands that the President dismiss the government. The first of these broke out on December 4, 2002, with two people killed by police – then under UN command – and the Prime Minister’s house being burned down before order was restored. That issue related to police violence when arresting a student for a murder. An important response was for the President and Prime Minister to meet weekly and to coordinate their public statements.

The second series of events in 2004 related to the demands for pensions by veterans of the resistance. There was tension but not so much violence as in December 2002. Again both the President and Prime Minister played the major roles in talking through the issue with the veterans and creating a pension scheme now being implemented.

In April 2005, the two bishops and a few priests mounted a 3-week protest in Dili, with up to 3000 participants – mainly from Ermera under Fr Maubere – over the status of religious education in the government schools and the national curriculum. This was again manipulated by PSD and PD, who exposed the bishops to ridicule by having them change their demands.

Again, the parties demanded that the President sack the government. Retired Bishop Belo rebuked the two incumbent bishops for destabilizing the country. Ordinary people strongly reacted against the church’s use of the word ‘communist’ to describe the government and FRETILIN, because this was the excuse used by the Indonesian military to massacre people.

This protest had some violent aspects, but was resolved without a major crisis. The President created an advisory council on which the opposition party leaders could sit and have an input.

There is an expatriate context too, where many NGO expatriates recall CNRT (the National Council of Timorese Resistance established in 1998) positively, but see the re-emergence of FRETILIN and other parties as negative. They provide a sounding board for visiting journalists who have invariably been negative about the government.

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1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:

Observação e cronologia da crise de Timor-Leste em 2006 (I)

Observação e cronologia da crise de Timor-Leste em 2006
(Recebido de um leitor identificado)

Analise

O terrível fracasso do processo político e de segurança em Timor-Leste desde 28 de Abril 28 e depois outra vez desde 23 de Maio, teve lugar contra um fundo de pressão nacional e internacional, e uma história de conflito político no interior do país desde Maio 2002. Em Agosto de 2001, a FRETILIN ganhou 55 lugares no parlamento com 88 membros, sendo os maiores partidos o Partido Democrático com sete, a Associação Social Democrática de Timor-Leste com seis, O Partido Social Democrático com seis, e o Partido Democrático Cristão com dois. A ASDT e o CDP jogaram um papel construtivo na Assembleia Constituinte e nos primeiros dias do parlamento. O PD e o PSD nunca aceitaram os resultados das eleições de 2001, e não foram uma oposição construtiva. Em vez disso tentaram usar a bem conhecida tensão entre o Presidente Gusmão e o Primeiro-Ministro Alkatiri, para persuadir o Presidente a demitir o governo. Ele recusou-se sempre a fazê-lo.

A dinâmica nacional foi expressa numa série de protestos de massas violentos, que levaram ou projectaram pedidos para o Presidente demitir o governo. O primeiro destes rebentou em 4 de Dezembro de 2002, com duas pessoas mortas pela polícia – então sob comando da UN – e a casa do Primeiro-Ministro a ser queimada antes da ordem ser restaurada. Essa situação relacionada com violência policial quando prendia um estudante por homicídio. Uma resposta importante foi o Presidente e o Primeiro-Ministro encontrarem-se semanalmente para coordenar as suas declarações públicas.

A segunda série de eventos em 2004 foi relacionada com os pedidos de pensões pelos veteranos da resistência. Houve tensão mas não tanta violência como em Dezembro de 2002. Outra vez ambos o Presidente e o Primeiro-Ministro jogaram os maiores papéis falando co assunto com os veteranos e criando um esquema de pensões que está agora a ser implementado.

Em Abril de 2005, os dois bispos e uns tantos padres montaram um protesto de três semanas em Dili, com cerca de 3000 participantes –a maioria de Ermera sob Fr Maubere – sobre o estatuto da educação religiosa nas escolas governamentais e o curriculum nacional. Isto foi outra vez manipulado pelo PSD e PD, que expuseram os bispos ao ridículo por pô-los a mudar as suas reivindicações. Outra vez, os partidos pediram que o Presidente despedisse o governo. O retirado Bispo Belo repreendeu os dois bispos beneficiados por desestabilizarem o país. As pessoas ordinárias reagiram fortemente contra o uso pela igreja da palavra ‘comunista’ para descrever o governo e a FRETILIN, porque esta era a desculpa usada pelos militares indonésios para massacrar o povo. Este protesto teve alguns aspectos violentos, mas foi resolvido sem uma crise maior. O Presidente criou um conselho consultivo no qual os líderes dos partidos da oposição se podiam sentar.

Há também um contexto de expatriados, onde muitas ONG’s expatriadas se recordam positivamente do CNRT (o Conselho Nacional da Resistência Timorense fundada em 1998), mas vêem a re-emergência da FRETILIN ae doutros partidos como negativa. Elas providenciam um palco sonoro para jornalistas em visita que têm sido invariavelmente negativos sobre o governo.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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