quinta-feira, setembro 14, 2006

FRETILIN exige ao PM medidas para garantir segurança da população

Díli, 13 Set (Lusa) - A FRETILIN, partido maioritário em Timor-Leste e base de apoio do governo liderado por José Ramos-Horta, exortou hoje o primeiro- ministro a adoptar de imediato "medidas concretas" para garantir a segurança da população, incluindo os seus militantes.

As medidas exigidas pela FRETILIN, segundo um comunicado que o partido divulgou em Díli, incluem a resolução do problema dos deslocados, o desarmamento dos grupos ilegais, a reafirmação da autoridade do Estado e a garantia de "toda s as condições necessárias para a realização das eleições de 2007".

Citando o secretário-geral do partido e antigo primeiro-ministro Mari A lkatiri, o comunicado denuncia que "muita violência parece organizada e orientad a contra os apoiantes da FRETILIN".

"Os nossos estão a ser aterrorizados e a serem expulsos das suas casas na capital", acusou Alkatiri.

"Estamos muito preocupados com o elevado número de armas pesadas que ai nda se encontram nas mãos de grupos ilegais e dos gangs anti-FRETILIN. Um elevad o número de armas da polícia foram roubadas e essas armas precisam urgentemente de serem recuperadas", lê-se no comunicado.

Continuando a citar Mari Alkatiri, a FRETILIN manifesta o receio de que esse arsenal seja usado "num esforço organizado para impedir os candidatos [do partido] a fazerem campanha eleitoral, tornando-se assim uma ameaça à realização de eleições justas e livres que se deverão realizar em Abril".

O comunicado destaca que o apelo foi feito numa reunião alargada em Díl i, em que participaram membros do Comité Central, coordenadores de distrito e mi nistros e deputados do partido.

O primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta, disse hoje à Lusa que não hesitará em pedir a demissão do cargo, para que foi empossado há cerca de do is meses, caso persista a instabilidade no país.

Ramos-Horta substituiu Mari Alkatiri na chefia do governo, depois de o ex-primeiro-ministro ter sido acusado de envolvimento numa alegada distribuição de armas a civis para eliminar os seus adversários políticos.

Timor-Leste vive num clima de tensão desde o final de Abril, sendo freq uentes os confrontos entre grupos rivais, sobretudo em Díli.

Confrontos ocorridos em Maio e Junho provocaram cerca de 30 mortos e ma is de 160 mil deslocados internos.

EL/PNG-Lusa/Fim

3 comentários:

Anónimo disse...

A FRETILIN deveria ter criado as condições de paz social em tempo oportuno! Não o fez! Não o sabia fazer!

Melhor, não o quiz fazer!!!! Pelo contrário, está na "missa" desde sempre.

Então agora a FRETILIN pede (exige) ao PM Ramos Horta para tomar as medidas...???

Os "meninos" que mataram já foram investigados? Quando são julgados? E os responsáveis políticos pela situação que desembocou no caos e desordem durante meses, esses já estão a ser investigados? Quando vão ser julgados?

Caso não seja assim tenho sérias dúvidas de que os deslocados regressem. É que entre a desordem e insegurança que ainda se vivem e as "ameaças" feitas pela FRETILIN ao dizer que sem ela não haveria estabilidade em Timor-Leste.... a coisa é complicada. Só não vê quem não quer.

O resto, é melhor seguirem o processo até ao seu final.

Anónimo disse...

A Fretilin exige ao PM a manutencao das tropas estrangeiras para garantir a seguranca do Alkatiri, Rogerio e Luolo. Tem tanto apoio do povo, porque razao precisam de andar cercados de homens armados ate aos dentes?

Anónimo disse...

E o Xanana e Horta, nao tem seguranca.

Porque nao pedes O Exlm Xanana para visitar o seu povinho la no campo de deslocados em Dili. Ele tem tanto apoio de Povo nao e.

Nao, o jardim de Xanana e mais importante.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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