domingo, setembro 24, 2006

Notícias

Tradução da Margarida.

Trabalhando juntos para promover o diálogo, regresso e reintegração
Oganização Internacional da Migração (OIM) - 22 Set 2006

Esta semana o OIM e a ONG BELUN sua parceira local, iniciou um fórum para o diálogo chamado “Vem e partilha os teus pensamentos juntos”, patrocinado pelo Centro de Resolução de Conflitos Internos da Universidade de Columbia para deslocados e comunidades da aldeia de Hera, 20 km fora de Dili.

Facilitatado por líderes da igreja e mediadores de conflitos da BELUN, o forum incluiu representantes dos sete campos geridos pela OIM nas comunidades de Hera, as seis comunidades à volta de Hera funcionários do governo dos Ministérios do Trabalho e da Reinserção, Educação e Administração do Estado. Esteve também presente um representante da UNPOL, a força de polícia internacional, para escutar as necessidades de segurança da comunidade.

Com base na sua experiência de campo do passado em gestão de campos e avaliação de conflitos comunitários, a OIM e a BELUN organizaram o diálogo comunitário como parte da do seu apoio à estratégia liderada pelo Governo para o regresso e a reintegração da população deslocada, chamada "Simu Malu." Trabalhando em colaboração com os líderes da comunidade de Hera e os gestores dos campos de deslocados, o diálogo centrou-se no começo do processo elaborado pelo Governo de reviver as relações comunitárias e de reconstruir os níveis de confiança entre os afectados pelo conflito.

Desde Abril de 2006, a crise política em Timor-Leste causou a fuga de mais de 150,000 residentes da capital Dili para a segurança de campos improvisados à volta da capital ou para casa de familiares em áreas rurais. O re-estabelecimento da lei e da ordem melhorou com a presença de tropas e polícias internacionais, mas violência esporádica contra campos de deslocados e no interior das comunidades continua a atrasar o regresso de deslocados às suas casas.

Em Hera tem permanecido um ambiente tenso para os deslocados e as comunidades através dos últimos quatro meses de conflito. Violência de gangs frequente e ameaças contra a segurança têm prolongado a deslocalização de aproximadamente 8,000 aldeões, ao mesmo tempo que perturba as actividades diárias e o sustento económico da inteira comunidade.

Apesar da tensão entre os aldeões, consultas alargadas da OIM e da BELUN com deslocados e as comunidades hospedeiras revelaram a disponibilidade da comunidade para se reunir colectivamente e discutir a sua situação corrente. Trabalhando com o Governo, a iniciativa da OIM e da BELUN possibilitaram aos líderes da comunidade e representantes usar o forum de mediação para vocalizar as suas preocupações relacionadas com o regresso, e para levantar questões aos líderes do Governo sobre o apoio futuro para o processo do regresso e de reintegração.

O forum teve resultados positivos porque os participantes desenvolveram uma lista de passos de acção para discussão futura de todas as partes do conflito. Algumas incluem a realização de diálogos semanais entre todos os líderes comunitários, deslocados e funcionários do governo local; trabalhar com a polícia internacional para criar melhores mecanismos para a segurança e para reportar incidentes e a continuada colaboração com o Governo, OIM e outras organizações para apoiar a educação, agricultura, e outras necessidades identificadas no interior das comunidades.

"O diálogo em Hera foi um ponto de arranque com sucesso para o processo de mais longo prazo de regresso e reintegração. Mas reconhecemos que comunidades como Hera continuarão a necessitar de apoio do Governo e de agências internacionais para manter diálogo regular e frequente na reconstrução de mecanismos para a comunicação e na procura de soluções sustentadas do conflito," diz o Chefe da Missão da OIM Luiz Vieira.



Tradução da Margarida.

O enviado da ONU na partida avisa Timor-Leste do perigo de “buraco negro” no conflito
Centro de Notícias da ONU - 22 Setembro 2006

Na última conferência de imprensa que deu hoje depois de ter estado quatro anos em Timor-Leste, o enviado de topo da ONU avisou os líderes do país que a pequena nação do Sudeste Asiático podia ser chupada para um “buraco negro” no conflito que se seguiu à erupção de violência mais cedo este ano e entre tensão continuada, especialmente na capital Dili.

Sukehiro Hasegawa, o Especial Representante do Secretário-Geral, disse que tinha repetido este aviso em discussões com Timorenses nas últimas semanas, durante as quais viajou a seis sub-distritos. Mas acrescentou que as discussões mais recentes lhe tinham dado razões para optimismo.

“Sublinho a importância dos líderes nacionais e do povo deste país fazer tudo o que for possível para evitar cair no que chamo de armadilha de conflito. É um buraco negro – uma armadilha de conflito – que tem o potencial de engolir as pessoas para um conflito do qual será muito difícil saírem,” disse.

“Em resposta às vossas perguntas sobre qual foi o pior momento da minha estadia aqui, com tristeza digo que foi a mais recente crise política e de segurança. Porque ensombrou muito do bom trabalho que este país conseguiu com a assistência da ONU … [Como resultado do diálogo que tenho tido] durante os últimos dias, estou mais confiante do que antes que Timor-Leste tem uma boa possibilidade de evitar esta espécie de armadilha de [conflito].”

Descrevendo a situação de segurança como “muito frágil e volátil,” especialmente em Dili, Mr. Hasegawa disse que estava “muito preocupado” com sinais de que as perturbações nos campos ce deslocados estavam a tornar-se organizadas.

Também confirmou que a Comissão Especial Independente de Inquérito para Timor-Leste que está a investigar a violência de Abril e Maio, que levou à morte de 37 pessoas e à deslocação ide mais de 150,000 outras, é esperado emitir as suas recomendações dentro de duas ou três semanas.

“Uma vez que o relatório seja publicado, o povo e os líderes Timorenses terão a oportunidade de discutir o que na verdade pode ser feito para avançarem … Gostaria também de salientar que em todos os distritos que visitei nas duas ou três últimas semanas, a lei e da ordem mantiveram-se, e a administração civil funciona – e que acham necessário que a reconciliação talvez deva começar ao mais alto nível nacional.”

Mr. Hasegawa sublinhou que era “criticamente importante” que as eleições presidenciais e parlamentares do próximo ano se realizem de maneira livre, justa e credível, e re-afirrmou o compromisso da ONU à nação que assistiu na independência da Indonésia em 2002.

“O processo de construção da paz e da nação não é só um exercício que precisa de tempo, mas requer também mudanças na cultura da governação e na mente das pessoas. E esta é uma parte muito difícil na construção da nação. Portanto, penso que a ONU se engajará muito, em fazer uma diferença e mudanças no processo de governar este país mesmo com a instalação de uma nova cultura de governação democrática.”

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2 comentários:

Anónimo disse...

A paz constroe-se amando e nao odiando. Horta ama mas mari odeia. Eh mari quem da de mamar o Horta, por isso paz la iha.

Anónimo disse...

Horta mama do Governo, mama do Nobel, mamou toda a vida da UNU e não FAZ corno. Em contrapartida a Fretilin trabalha persistentemente, sem se preocupar com os holofotes - no que faz mal, também se devia preocupar - a bem de TODOS os Timorenses. E eles sabem. É o que interessa.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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