quarta-feira, setembro 13, 2006

Reinado diz que está disponível para negociar com o governo sem regressar à prisão

Tradução da Margarida.
12.09.2006

O líder fugitive dos amotinado de Timor-Leste Alfredo Reinado tem dito que está disponível para negociar com o governo a sua entrega, mas não se isso significae o regresso à prisão.

"Estou pronto a enfrentar o tribunal, mas quando tudo estiver negociado," disse Reinado numa entrevista ao jornal The Australian, na sua primeira entrevista com um media estrangeiro desde que fugiu da prisão de Becora na capital de Dili quase há duas semanas.

O jornal, um dos liderantes da Austrália, disse na Terça-feira que se encontrou com Reinado nas montanhas do sul de Timor-Leste.

Reinado apelou à Igreja Católica e ao Presidente Xanana Gusmão para liderarem um debate nacional sobre maneiras para resolver a crise política.

Disse que as forças de segurança da ONU e internacionais no seu país se devem concentrar em apanhar os outros criminosos que são piores do que ele.

Também se reservou para si próprio o direito de auto-defesa, dizendo que não tinha feito nada de errado e estava intitulado a proteger-se a si próprio no seu próprio país.

O líder amotinado acusou o sistema legal corrupto e ao serviço dos políticos (de responsável) pela sua luta corrente, mas disse que não tinha intenção de organizar uma Guerra de guerrilha ou de pegar em armas contra o seu país, de acordo com o jornal.

A entrevista de Reinado foi publicada depois do porta-voz da Polícia Federal Australiana Tim Dodds, ter admitido na Segunda-feira que não havia polícia suficiente para passar a pente fino vastas áreas em Timor-Leste para seguir a pista do líder amotinado treinado pelos Australianos.

"Não conheço ninguém que saiba exactamente onde ele (Reinado) está. Seria como tentar encontrar uma agulha no palheiro," disse Dodds.

O comandante da polícia da ONU em Timor-Leste, Antero Lopes, disse que números extras (de policies), que devem começar a chegar na próxima semana, eram necessários para derrotar um muro de silêncio criado pela família e amigos dos amotinados.

"Estamos a arranjar mais policies e com mais presença policial podemos ter um resultado melhor," disse.

Fonte: Xinhua

8 comentários:

Anónimo disse...

Reinado deve pensar-se muito V.I.P., vice-interino presidente, very internaly protcted, veemente idealizado por presidente, etc... se acha que pode e deve negociar com o governo.

Negociar, o quê? Peixe?
Assim será provavelmente o seu negócio quando perder o estatuto de muito internamente protegido.

Se calhar terá ainda direito a uma banca no mercado de Darwin!

Anónimo disse...

Também parece!
Esse "cavalheiro" que para além de pouco inteligente é ingénuo e tarde se apercebeu que foi utilizado pelos aussies e que é uma peça descartável....
A questão é que nesta situação de fugitivo de todos, pode perder a paciência e fazer mais uma dessas incríveis entrevistas e "botar a boca no trombone" e contar toda a historinha do negócio com os aussies. Era uma bronca dos diabos!!!Eh...Eh...!
Assim corre o risco de ser passado por uma catana num instante. Parece que todos ganhavam com o seu desaparecimento. Não acham??

Anónimo disse...

Reinado quer transformar sua insubordinação em problema político. Quer dar uma de esperto!
Quanto a guerra de guerrilha sabe que não tem fôlego e os australianos não vão entrar nessa (espero). Falta ao Reinado aquilo que sempre desprezou em prol de suas aventuras: o povo
Que tenha um julgamento justo.
Alfredo
Brasil

Anónimo disse...

Se ele fosse mais esperto, recusava-se fazer de marioneta desse teatro que so serve os interesses alheios.

Se tivesse pinta, classe e estilo tomava o poder e tornava-se rei em vez de fazer do bobo de corte!

Piu-Piu

Anónimo disse...

Nao me parece que o que os anonimos anteriores dizem seja uma refleccao da realidade. Que esta crise tenha beneficiado politicamente a Australia nao restam duvidas mas agora dizer que o Alfredo foi puramente um peao dos australianos eh a mesma coisa que dizer que a vida em Timor corria as mil maravihas para o povo e nao havia qualquer descontentamento interno com o estilo de governacao de Mari.
Ou seja dizer que Timor era um mar de rosas ate o momento em que os aussies decidiram tracar um plano para criar a instabilidade. Essa proposicao eh absurda.

A verdade eh que Timor era uma "bomba" prestes a explodir depois de tantos anos de frustracao e miseria, corrupcao, nepotismo, concluio, maior desemprego, pobreza enquanto uma emergente classe media protegida e associada ao nucleo da Fretilin ia melhorando as suas vidas a custa de "proyeks" do estado.

So uma minoria estava a usufruir dos beneficios da independencia pela qual todos tinham lutado. Com ou sem os australianos esta crise era practicamente inevitavel devido as atitudes dos lideres do governo e a uma serie de decisoes pessimas e de curta visao.

Se o Major Alfredo (e os outros desertores) eh um "monstro", entao ele eh um monstro criado pelo governo de Mari.

Anónimo disse...

Anonymous 2:33:21
The only thing that gives me great frustration in reading your comment is that it’s all good and well to criticise the current government but I can’t see any of the opposition coming out publicly with better and more constructive ways to govern the Nation. The bickering and slandering is fruitless, the only way to replace any democratically elected government is to vote them out. But I guess that is where the fear lays, that the people might just vote the current government back in.

Anónimo disse...

Qualquer que seja a vontade do povo nas próximas eleições o partido a sair vencedor terá que mentalizar-se desde já que durante o seu mandato não correrá mel.

Deverá preparar-se para remar fortemente, mas com sensibilidade, contra tempestades e ventos do alto mar.

Os partidos que se pretendem apresentar e ser vistos como sérios candidatos devem apresentar projectos claramente delineados que visem a redução da pobreza, da iliteracia, desenvolvimento tecnológico e científico, investindo-se fortemente no desenvolvimento de recursos humanos de acordo com as exigências de tempos modernos, fomentando a democracia, as instituições democráticas e boa governação, lutando contra a corrupção, o nepotismo e outros males prejudiciais à boa governação, melhorando significativamente o sistema de saúde, encontrando medidas certas que irão ao encontro de jovens por forma a promover os seus interesses, criando neles a perspectiva de futuro, promovendo o desporto, a arte e a criatividade em geral, o que ao mesmo tempo os permitirá a lidar com situações de tensão a que estão frequentemente sujeitos em família.

Para se alcançar uma parte desses objectivos será igualmente necessário e, sobretudo moroso, mudar as mentalidades tanto nos governantes como no povo, no sentido de se promover uma actitude de maior iniciativa e mais proactiva contra o paternalismo, a passividade e o fatalismo predominantes, embora respeitando certas tradições. Eis uma óptima tarefa para a Igreja que poderia, ao tomar parte nela, repensar o seu papel, rejuvenescer e tornar-se mais condicente com os tempos modernos.
A importância da igreja protestante inglesa que tinha assumido o papel de moldador das mentalidades adequadas e necessárias ao desenvolvimento industrial serve de bom exempo.

Num país tão jovem e necessitar de tudo, agravando-se a sua situação com a actual crise e recuando novamente quase para o início, haverá muito por fazer e durante longo espaço de tempo para gerações e gerações de futuros governantes.

Petra

Anónimo disse...

O próximo Governo tem que ter muito juízo e pôr-se a pau, senão acontece-lhe o mesmo que ao de Mari...

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.