quarta-feira, setembro 27, 2006

Replies to Mark Aarons

The following letters to The Australian responding to Mark Aarons article
('East Timor drama had no hidden agenda' 26.9.06) were not published:


Dear Editor,

Mark Aarons ('East Timor drama had no hidden agenda' 26/9) labels journalist John Martinkus a 'propagandist' pushing a 'conspiracy theory' that Mari Alkatiri was ousted in a coup involving President Gusmao. Strangely, Aarons makes no mention of evidence ­ uncovered by The Australian's own Mark Dodd and reported on your front page September 12 ­ that Gusmao paid the hotel expenses of army rebels led by prison escapee Major Reinado, a key actor in the anti-Alkatiri push who faces a charge of attempted murder.

Martinkus and Dodd have managed to throw some light on a very murky affair. Why does Aarons respond with a partisan rant to evidence which contradicts his preconceived view of the facts?

Chris Ray
Sydney

***

Dear Editor

Once again, Mark Aarons poses as an expert on East Timor in your newspaper¹s
opinion columns from the comfort of Sydney. Ignoring the writings of reputable scholars of the country, and attacking the credentials of journalists who dare to differ, he produces his own stream of propaganda, a simple black-white fairytale where Alkatiri and FRETILIN are all bad and Xanana and Horta are all good. The tragedy is that well-meaning Australian officials and international aid workers who have been fed a steady diet of such nonsense come to Dili thinking it is all clear.

They repeat the analysis, without knowing the power they have, and further marginalise all the Timorese who understand that things are not so simple, after years of war and trauma. This is a fractured society, and no political force in the country has been able to unite it. Democratic politics might do so, but it is extremely undeveloped. The threats to peace and democracy comes not from the current leadership of FRETILIN, but rather from those who seek to weaken FRETILIN, from outside and within.

Why? Perhaps because it was democratically elected (80% of the vote at the September 2005 local elections), it is well-organised, it has a progressive rather than a neoliberal political program, and it is fiercely protective of East Timor's national interest, including its rights to its oil resources. No one is saying FRETILIN is perfect. But a party which helped to defeat one of the worlds biggest and most brutal colonial powers, and then, within a few short years, transformed itself into a democratically-elected government, deserves some respect.

What does Aarons know of the difficulties of transforming a brutally oppressed people whose unity was based on a clandestine war of independence into an open democratic society? Despite his claims to be a journalist, he appears not to have interviewed a single one of the leaders he attacks. As one who has spoken extensively with senior FRETILIN Ministers and party leaders over recent years, including in the last two weeks, about their policies and programs in my field of expertise (adult education), I can assure your readers they are not as Aarons paints them.

They are struggling, as would anyone in their positions, to reconstruct their country, ravaged by twenty four years of war. They and the people of this country deserve all the support we can give them. Publicly taking simplistic sides in other Countries' internal political disputes, especially in a post-conflict society, is neither wise nor helpful.

Dr. Bob Boughton
Dili

The writer is a Senior Lecturer in Adult Education at the University of New England, Armidale NSW, currently involved in a long term research and capacity building project in literacy and adult literacy and basic education in East Timor.

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5 comentários:

Anónimo disse...

Ja so falta agora aqui o comentario da Helen Hill para completar o grupo de Malais vermelhos apoiantes da Fretilin de Maputo.

Anónimo disse...

The only comment missing here is that of Hellen Hill to complete the group of unreconstructed commies who support Fretilin's Mozambique clique.
Unbelievable!!

Anónimo disse...

Tradução:
Respostas a Mark Aarons
As seguintes cartas para o The Australian em resposta ao artigo de Mark Aarons ('O drama de Timor-Leste não teve agenda escondida' 26.9.06) não foram publicadas:

Caro Editor,

Mark Aarons ('O drama de Timor-Leste não teve agenda escondida' 26/9) rotula o jornalista John Martinkus de 'propagandista' a empurrar para 'teoria da conspiração' em que Mari Alkatiri foi removido por um golpe envolvendo o Presidente Gusmão. Estranhamente, Aarons não menciona a evidência descoberta por Mark Dodd do próprio The Australian e relatada na página da frente do seu jornal em 12 de Setembro, de que Gusmão pagou as despesas de hotel dos amotinados das forças armadas liderados pelo fugitivo da prisão Major Reinado, um actor chave na luta anti-Alkatiri que enfrenta uma acusação de tentativa de homicídio.

Martinkus e Dodd conseguiram pôr alguma luz num negócio muito escuro. Porque é Aarons responde com gritaria partidária a evidências que contradizem as suas opiniões preconcebidas dos factos?

Chris Ray
Sydney

***

Caro Editor

Mais uma vez, Mark Aarons posa como especialista sobre Timor-Leste na coluna de opiniões do seu jornal, do conforto de Sydney. Ignorando os escritos de académicos do país com reputação, e atacando as credenciais de jornalistas que se atrevem a serem diferentes, produz a seu própria corrente de propaganda, um conto de fadas simplista a preto e branco onde Alkatiri e a FRETILIN são os maus e Xanana e Horta são os bons. A tragédia é que bem-intencionados oficiais Australianos e trabalhadores humanitários internacionais alimentados por uma dieta consistente de tais disparates vêem para Dili a pensar que tudo está clarificado.

Repetem a análise, sem conhecerem o poder que têm, e marginalizando mais todos os Timorenses que compreendem que as coisas não são tão simples, depois de anos de guerra e de traumatismos. Esta é uma sociedade fracturada, e nenhuma força política no país foi capaz de a unir. Políticas democráticas podem fazê-lo, mas estão extremamente subdesenvolvidas. As ameaças à paz e à democracia não vêm da corrente liderança da FRETILIN, mas antes dos que procuram enfraquecer a FRETILIN, do exterior e do interior.

Porquê? Talvez porque foi eleita democraticamente (80% dos votos nas eleições locais em Setembro de 2005), está bem organizada, tem um programa político progressista em vez de um neoliberal, e é orgulhosamente protectora do interesse nacional Timorense, incluindo os seus direitos aos seus recursos de petróleo. Ninguém diz que a FRETILIN é perfeita. Mas um partido que ajudou a derrotar um dos maiores e mais brutais poder colonial do mundo, e depois, em poucos anos, se transformou a si própria num governo eleito democraticamente, merece algum respeito.

O que é que Aarons conhece das dificuldades de transformar um povo brutalmente oprimido cuja unidade se baseava numa guerra pela independência clandestina numa sociedade aberta democrática? Apesar de reclamar que é jornalista, parece que ele não entrevistou um único dos líderes que ataca. Como um que falou extensivamente com Ministros de topo da FRETILIN e líderes do partido nos anos recentes, incluindo nas duas últimas semanas, sobre as suas políticas e programas no meu campo de especialidade (educação de adultos), posso garantir aos seus leitores que eles não são como Aarons os pintou.

Eles estão a lutar, como qualquer um na sua situação estaria, para reconstruir o seu país, destruído por vinte e quatro anos de guerra. Eles e o povo do seu país merecem todo o apoio que lhes podermos dar. Nem é acertado nem ajuda, tomar publicamente lados simplistas nas disputas políticas internas de outros países, especialmente numa sociedade póst-conflito.

Dr. Bob Boughton
Dili

O escritor é um Leitor Senior em Educação para Adultos na Universidade de New England, Armidale NSW, envolvido correntemente numa investigação a longo prazo e num projecto de construção de capacidade em literacia e literacia de adultos e educação básica em Timor-Leste.

Anónimo disse...

Mas quanto aos factos, o poliglota das 10:41:54 PM, nada disse. Como dói a verdade, não é?

Anónimo disse...

In response to Setembro 27, 2006 10:44:28 PM

I think the problem is that your mind is still in the cold war. Get over it, the cold war ended in the early 1990s. Try and win support for the party you support by helping them develop alternative policies... obviously something you are incapable of doing given your indepth and analytcal response!

Good on you Chris and Bob. Australians like you have an excellent understanding of East Timorese history and us East Timorese are proud to have you supporting our cause.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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