quinta-feira, setembro 28, 2006

Transcrição do video "The Patriot" - III

"O problema de lorosae e loromonu veio da força, porque as forças não eram neutrais, porque quando existe a palavra F e FDTL só isto basta para ver que não há neutralidade.

Sabemos que a Falintil veio da política e foi a política que os formou para defender os seus interesses.

Ele não podia servir nas forças regulares, que defendem o povo, e quando estas duas coisas estão juntas está errado.

Não podemos deitar as culpas aos nossos heróis das FDTL, porque depois desta independência o governo mostrou a sua incapacidade em não criar um programa com um pacote em que a Falintil tivesse um papel separado e um valor histórico, para ficar sempre nos nossos corações e para podermos respeitar os nossos heróis, do que estar nas forças regulares, porque a ideologia de 24 anos de luta em guerrilhas nunca servirá para uma força regular de 4 ou 5 anos.

Eles não são culpados, mas uma vez que cometeram crimes têm de responder pelos seus actos.

Mas o governo é que teve interesse usando-os para dar apoio político para o partido que governa.

Mas este partido não tem culpa nem os membros deste mesmo partido, mas há algumas pessoas que estão dentro e que são os mais radicais é se aproveitaram da situação, sujando o nome das FDTL e da PNTL.

Sabemos quais os da FDTL e os da PNTL que têm interesse na política, alguns familiares que são ministros, por isso mesmo esta a acontecer tudo isso.

Vocês têm de trocar todo esse sistema, em primeiro lugar têm de mudar este governo, trocando este sistema como o povo quer, passando por um referendo antes das eleições.

Temos de acabar com este governo tirar os piolhos existentes neste governo pô-los de parte e entregar este governo nas mãos de um só governante, para governar dentro duma transição, para poder ter estabilidade.

Os que estão envolvidos em crimes como Mari Alkatiri têm de ir parar a cadeia e responsabilizar pelos seus actos.

Neste tempo de transição tem de se fazer um referendo para que o povo faça a sua escolha democraticamente do sistema de governação que eles querem, seja presidencial ou semi-presidencial.

Pede-se ao povo para fazer a sua votação, a ONU e os internacionais já cá estão, e podem servir de testemunhas.

Se não há lei eleitoral, podemos seguir a lei da ONU que é neutral.

Também tem de ser o próprio povo a escolher, o sistema da defesa que ele deseja por meio dum referendo, e tem de haver uma palavra interna e externa, ou seja uma polícia pública que tem a lei e a ordem, e a defesa da nação que dá uma segurança global ao país.

E como vai ser o recrutamento da Polícia e das FDTL? Tem de ser por um processo.

Como é que a Polícia pode ser membro da FDTL e a FDTL ser membro da Polícia, isto é segurança e tem de se perguntar ao povo.

Os nossos intelectuais super mie também podem. Tem de haver uma mudança.

Temos de saber também qual é o sistema judicial que queremos, saber se os juízes são timorenses ou internacionais.

Como dizem que os nossos advogados são de super mie, e que não compreendem nada de leis e como podem ser advogados?

Eles não compreendem a língua que é o português.

A lei tem de ser como o povo quer, a língua também seja da vontade do povo para representar a sua nação, como o makasae, o mambai, o fataluco, macalero ou tetum menos o português que é uma língua morta e que nem nos pode representar e que nem nas regiões podemos usar.

Uma língua altiva fazendo com que esquecemos de nós mesmos como timorenses.

Temos que fazer um referendo e o povo é que escolhe.

E as mudanças que o povo quer neste referendo serão um símbolo para esta nação e para que os que governem nunca mais mudará.

Isto tem de estar em baixo do povo.

Tem de se criar um conselho em que o povo possa defender os seus direitos, pesando juntamente com o Parlamento para a situação não ser manipulada pelo governo e continuar a matar as pessoas.

Eu sei que os intelectuais de super mie também têm capacidade para fazer tudo isso.

Quando amamos a nossa terra e o nosso povo, o nosso espírito nacionalista forte, podemos conseguir construir mas temos de ser unidos, dar ouvidos uns aos outros dar as mãos, assim é o timorense e o objectivo é só um.

Depois de tudo isso estar a correr bem é que podemos ir as eleições.

Sabemos que a nossa Constituição não está completa, tem muito que tirar e muito que aumentar.

Muita coisa tem de ser aumentada para que como a crise actual não volte a acontecer.
Precisamos de nos sentar e conversar, mas cada um só quer defender a sua parte nada conseguirá.

Sei que esta é uma crise política só se resolverá internamente, não se resolve com apoio internacional, nem com armas, nem com forças internacionais.

Não são os internacionais é que hão-de resolver os nossos problemas, mas temos de ser nós próprios a resolver. "

(continua)

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1 comentário:

Anónimo disse...

Santo Deus, tamanha ignorância!

Não se apenas demonstra a falta da inteligência do Alf. Reinado e dos seus tutores e argumentistas, mas também a ignorância quando dizem que o Português é uma língua morta!

Realmente, isto não têm qualquer comentário, deixa-nos de boca completamente aberta!

Qual é a língua mais altiva de que falam?
Não pensam em Tétum, de certeza, nem mambai, nem fataluco, nem qualquer outro dos dialectos de Timor Leste. Dizem-no, mas não é isso que pensam.

Pensam em Indonésio, ou ainda antes em Inglês.

O Inglês só pode ser uma língua altiva porque os seus falantes nativos são de estatura alta, ou porque serem tão ignorantes.

Instruam-se, seus ignorantes!

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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