segunda-feira, outubro 30, 2006

Contingente policial da ONU completo em Dezembro

Os 1.608 efectivos da polícia da ONU previstos na resolução do Conselho de Segurança que criou a actual missão das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT), estarão todos no país já em Dezembro, disse este sábado à Lusa o seu comandante.

Segundo o comissário português Antero Lopes, o prazo anteriormente considerado para todos os efectivos estarem em Timor-Leste era Janeiro.

Actualmente encontram-se 920 UNPOL, provenientes de 15 países.

A chegada daqueles efectivos vai permitir ao comando da UNPOL enfrentar de forma mais eficaz a escalada de violência registada nos últimos dias em Díli, marcada desde há uma semana pela identificação de armas de fogo na posse de civis envolvidos em confrontos.

Desde o passado dia 21 foram registados sete mortos, resultantes de confrontos entre grupos rivais e da intervenção dos militares australianos.

«O número de vítimas mortais aumentou devido à escalada do nível de violência e podem-se fazer dois tipos de análise, que se complementam, a esta situação», salientou Antero Lopes.

«Por um lado regista-se um decréscimo acentuado do número de crimes praticados, de natureza comum, perpetrados não só em Díli, mas também nos (restantes 12) distritos (de Timor-Leste). Há, de facto, um decréscimo acentuado», disse.

«Por outro lado houve picos de violência nos últimos dias, pelo menos durante três dias houve incidentes com nível de confrontação bastante elevado, que envolveram a utilização de armas de fogo», acrescentou.

Em resultado da subida do nível da violência, registaram-se sete mortos em vários pontos da cidade, mas que segundo Antero Lopes ocorreram em «condições e com razões diferentes».

«Não pensamos que isto seja uma tendência, que vá de facto comprometer a segurança pública em todo o país, ou sequer em Díli. Mas compromete de facto o sentimento de segurança das pessoas», reconheceu.

O momento que Timor-Leste atravessa é reconhecidamente «difícil», disse hoje à Lusa o bispo Carlos Ximenes Belo, no final da estada de 10 dias no país, em que se encontrou com a maior parte dos intervenientes da crise político-militar.

A receita de Ximenes Belo assenta «em mais paz e tranquilidade».

«Falei com muitas pessoas e a impressão que levo daqui é que é necessário criar condições para que haja de novo tranquilidade na cidade, para que as pessoas façam a sua vida normal e, sobretudo, fazer com que os deslocados regressem aos seus bairros, às suas aldeias», sustentou.

«Temos de continuar a falar com as pessoas. Esta é a minha convicção. Este é um momento difícil, mas não devemos desistir», frisou.

A crise político-militar em Timor-Leste, desencadeada em Abril, provocou mais de meia centena de mortos e a fuga de cerca de 180 mil pessoas, que se encontram em campos de acolhimento distribuídos pelo país.

Diário Digital / Lusa

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1 comentário:

Anónimo disse...

Rai timor para atu bele hetan paz ho estabilidade ba povo timor tomak, boat ida ke povo tomak tenki halo: oho mutin sira iha rai timor laran, ne mak bele hetan paz duradeira ho estabilidade ba povo tomak iha timor lorossae.
selae sira sei estraga povo mate uituan ba uituan to tinan atus ba atu, povo timor kulik metan sei mohu tomak.
sira sei halo hanesan povu Aborizens australianu, mutin sira oho uituan ba uituan to ohin loron, rasa aborizen australia uituan deik ona iha rai australia.
Neduni povo timor tomak hahu ona no neon hamarik anti mutin sira iha ita nian rai timor laran.
Tanba mutin sira mai iha timor oho ona ita nian abo sira barak ona iha tinan atus hat nian laran, neduni ita keta beiktan ona, kaer sira oho fali.

mutin sira uluk oho ita nian abo sira ho kilak maibe ohin loron mutin sira oho ita timor oan ho droga drug. neduni timor oan kaer sira mutin oho fali para sira tauk no aprende.

duni asu mutin sira sae husi timor lorosae. rai timor la os rai mutin sira nian.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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