terça-feira, outubro 03, 2006

Escola Portuguesa de Díli reabriu

Jornal de Notícias, 2 de Outubro de 2006

Meio milhar de alunos entre a pré-primária e o 8º ano de escolaridade

A Escola Portuguesa de Díli (EPD) reabriu as portas para 500 alunos, mais 25 por cento do que no anterior ano lectivo, entre a pré-primária e o 8º ano de escolaridade.

Criada em Novembro de 2002, a EPD é um estabelecimento de ensino não integrado na rede pública de ensino timorense e goza de autonomia pedagógica e gestão, com professores destacados de Portugal e outros contratados localmente.

"Este ano, temos 30 professores vindos de Portugal e três timorenses", disse a directora da escola, Ana Maria, à Agência Lusa. "Hoje é um dia muito importante. Estou muito contente por voltar a ter os meus alunos” depois da crise político-militar por que passou Timor-Leste, em Maio e Junho, acrescentou.

O ensino é todo leccionado em Português e a novidade, a partir das turmas do 7º ano, é que passa a ser ministrada a outra língua oficial de Timor-Leste, o Tétum, que substituiu o Francês, que era leccionado como língua estrangeira.

Cada aluno recebeu uma pasta com material escolar – cadernos, esferográficas, lápis, borrachas e afiadores - "porque muitas crianças ficaram sem nada durante a crise", explicou Ana Maria.
A propina mensal é de cinco dólares e para quem não pode pagar essa quantia, a EPD fixou uma segunda tabela, de 2,5 dólares. "E quem não pode pagar, retribui com serviços. Se é preciso pregar um prego, limpar a escola ou arranjar uma carteira, são os próprios pais que vêm ter connosco", salientou a directora.

A abertura do ano lectivo na EPD foi feita em cerimónia presidida pelo embaixador de Portugal em Díli, João Ramos Pinto, que sublinhou a importância do início das aulas "após um período de crise prolongada, em que a grande maioria das escolas fecharam".

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2 comentários:

Anónimo disse...

"a novidade, a partir das turmas do 7º ano, é que passa a ser ministrada a outra língua oficial de Timor-Leste, o Tétum, que substituiu o Francês, que era leccionado como língua estrangeira."

Quero aplaudir esta decisão. Era inadmissível o Tétum não ser leccionado, como língua oficial que é. Ainda por cima substituído pelo Francês! Devia dar um jeitão para a viagem de finalistas à Nova Caledónia ou à Polinésia Francesa...

Mas esta decisão peca por defeito. Não percebo porquê só a partir do 7º ano. A Escola Portuguesa vai formar, antes de mais, alguns dos futuros quadros de Timor-Leste e acho que a presença do Tétum devia ser total, desde o 1º ciclo.

Anónimo disse...

Ainda resta a Escola...

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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