sexta-feira, outubro 13, 2006

Regresso de Reinado à prisão poderá acontecer em breve - ONU

Díli, 12 Out (Lusa) - O regresso à prisão do major Alfredo Reinado, líder dos militares rebeldes timorenses que fugiu da cadeia a 30 de Agosto, poderá acontecer em breve, admitiu hoje em Díli o comissário Antero Lopes, comandante da polícia da ONU.

Antero Lopes, que falava numa conferência de imprensa, não se compromet eu com mais pormenores, limitando-se a afirmar que "estão em curso medidas para o regresso dos fugitivos" à prisão.

Alfredo Reinado, um dos majores que abandonaram em Maio passado a cadeia de comando das forças armadas timorenses, foi detido a 25 de Julho pelas forças australianas por estar na posse ilegal de armas e outro equipamento militar, e fugiu da prisão de Bécora, em Díli, a 30 de Agosto, na companhia de mais 56 reclusos.

Um dia depois da fuga, numa mensagem vídeo entregue pelos seus colaboradores na delegação da Lusa em Díli, Reinado garantiu estar pronto para ser julgado por um tribunal "independente" e "sem influência política" e apelou para o fim da violência em Timor-Leste.

"Mesmo estando fugido da cadeia, não significa que esteja a fugir da justiça", afirmou então Alfredo Reinado, salientando que estava disponível para ser "julgado em qualquer dia e em qualquer tempo".

"Apenas espero um tribunal independente, isento e imparcial e sem influência política", acrescentou na altura.

O major Alfredo Reinado, que comandava a Polícia Militar, abandonou a c adeia de comando das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) no início de Maio, para liderar militares rebeldes que contestavam o executivo do ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri, entretanto substituído no cargo por José Ramos-Horta.

Durante a crise, Reinado afirmou em várias ocasiões obedecer apenas às ordens do Presidente da República e comandante supremo das forças armadas timorenses, Xanana Gusmão, com quem se encontrou a 13 de Maio.

Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros timorense, José Luís Guter res, a onda de violência registada em Díli desde Abril provocou uma centena de mortos, alem de cerca de 180 mil deslocados internos.

A ONU nomeou uma comissão de inquérito liderada pelo brasileiro Paulo S érgio Pinheiro para apurar os responsáveis pela violência ocorrida em Timor-Leste em Abril e Maio, cujas conclusões serão divulgadas "dentro de dias", segundo anunciou hoje, em Díli, a missão das Nações Unidas no país.

EL/JCS-Lusa/Fim

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1 comentário:

Anónimo disse...

So espero que nao tenhamos que esperar pelo 'regresso' do famigerado ate que surja numa manha de nevoeiros...

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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