sábado, novembro 18, 2006

Soldados e polícias timorenses vão ajudar realojamento deslocados

Díli, 17 Nov (Lusa) - As forças armadas e a polícia timorenses vão part icipar em conjunto numa operação para realojar as cerca de 25 mil pessoas que ai nda se encontram em campos de deslocados em Díli, anunciou hoje o presidente de Timor-Leste.

Numa mensagem ao país, Xanana Gusmão referiu que, a partir da próximas semana, militares e polícias timorenses vão percorrer os campos de acolhimento p ara que os deslocados indiquem se têm condições para regressar às suas casas em Díli ou se preferem ir para os distritos de origem, no caso dos que não são natu rais da capital.

Trata-se da primeira tarefa conjunta atribuídas aos efectivos das FALIN TIL-Forcas de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) e da Polícia Nacional da Timor-Lest e (PNTL), depois de elementos das duas instituições se terem envolvido em confro ntos armados na sequência da crise político-militar iniciada em Abril.

O anúncio de Xanana Gusmão segue-se a uma parada realizada quinta-feira em Díli, em que participaram cerca de 600 efectivos das F-FDTL e da PNTL, que m arcou a reconciliação pública entre as duas forças.

Na mensagem à nação, Xanana Gusmão assinalou que a participação de efec tivos das F-FDTL e da PNTL na operação que visa o realojamento dos deslocados co nstitui uma demonstração da reconciliação entre as duas instituições, que pediu que seja seguida por todos os timorenses.

A medida foi anunciada no final de uma reunião no Palácio das Cinzas (sede da Presidência da República), em Díli, em que participaram o chefe de Estado, o presidente do Parlamento Nacional, Francisco Guterres "Lu-Olo", o primeiro-ministro, José Ramos-Horta, o presidente do Tribunal de Recurso, Cláudio Ximenes, e os comandantes das F-FDTL, brigadeiro-general Taur Matan Ruak, e da PNTL, superintendente Paulo Fátima Martins.

No encontro participou também o representante interino do secretário-geral da ONU em Timor-Leste, Finn Reske-Nielsen.

Um dos participantes na reunião disse à Lusa que a participação dos mil itares e da polícia será feita em equipas mistas que vão percorrer os 30 bairros e os campos de deslocados de Díli Na mensagem, gravada pela televisão timorense e que será transmitida ao fim do dia (hora local), Xanana Gusmão estava acompan hado dos restantes titulares dos órgãos de soberania de Timor-Leste e dos comand antes das forças armadas e da polícia.

A violência ocorrida em Timor-Leste na sequência da crise iniciada em Abril provocou mais de 50 mortos e cerca de 180 mil deslocados, além da destruição de propriedades privadas e do Estado.

Muito deslocados têm recusado abandonar os campos de acolhimento por te rem ficado com as suas casas destruídas ou por receio de violência entre grupos rivais.

Segundo o governo timorense, cerca 95 mil pessoas continuam fora das ár eas de residência, dos quais 70 mil nos distritos e 25 mil em Díli.

EL/PNG-Lusa/Fim

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Traduções

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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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