sexta-feira, novembro 10, 2006

Timor gas deal goes before parliament

AAP/TVNZ - November 09, 2006

A deal that carves up billions of dollars in Timor Sea oil and gas will go before East Timor parliament for debate and ratification soon, East Timor's prime minister Jose Ramos Horta said today.

Ramos Horta foreshadowed the move in a wide-ranging address to East Timor's parliament to mark his first 100 days in office.


The Nobel Peace prize laureate was appointed to prime minister in June after the resignation of Mari Alkatiri amid a political crisis in the fledgling nation.

East Timor has been plagued by instability since rival security forces clashed in Dili in April and May killing dozens of people and driving more than 150,000 from their homes.

"The government is going to send to parliament for debate and ratification, the treaty on Certain Maritime Arrangements in the Timor Sea and the International Unitisation Agreement," Ramos Horta told parliament.

"Honoured elected representatives of the nation will understand that this treaty serves the best interests of our country and once ratified will allow the development of Greater Sunrise, the resources of which will guarantee economic independence and national prosperity."

It was not immediately clear when the deal would be presented to parliament for ratification.

The government could face some opposition in ratifying it.

Independent MP Leandro Isaac said the government was yet to explain the Timor Sea issue to the parliament.

"Many of people in Timor Leste is against the whole idea of this, but we will see when they will propose it," he said.

"My hope is Australia, a country that is big and rich, to realise that the oil belongs to us, so give it to us.

I don't know when they are going to introduce it to the parliament, we haven't been told by the government."

It is estimated the Greater Sunrise field could deliver a potential $US10 billion to the impoverished nation over 20 years.

Under the accord, signed in January, Australia and East Timor will split the royalties from the field 50:50, and delay negotiations on a permanent maritime boundary for 50 years.

Greater Sunrise operator Woodside Petroleum froze the $A6.6 billion project in 2004 as negotiations between the two nations dragged on.

The other issue still to be ironed out is the location of a proposed liquefied natural gas processing plant for the field, either in East Timor or northern Australia.

Speaking about his first 100 days, Ramos Horta said that while the "worse moments have passed" in East Timor, the internal security situation in Dili remained tense.

"While some disturbances have occurred, they have been provoked, especially by youth, organised in groups with motives more criminal than political," he said.

"The government believes that these criminal organisations are being supported by other people with clear objectives, determined to undermine the authority of the state."

Ramos Horta said President Xanana Gusmao had been "tireless" in its search for a solution to the crisis, through negotiation with youth, and the leadership of the Timorese police and armed forces.

He also reiterated it was important to keep the current arrangement of the Australian-led military force, working alongside the United Nations police, despite criticism from the head of the Timorese armed forces.

There are currently about 1000 Australian troops in East Timor, and about 900 United Nations police officers.

.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
O negócio dos gás de Timor vai ao parlamento
AAP/TVNZ - Novembro 09, 2006

Um negócio que engloba biliões de dólares do petróleo e gás do Mar de Timor irá em breve ao parlamento de Timor-Leste para debate e ratificação, disse hoje o primeiro-ministro de Timor-Leste José Ramos Horta.

Ramos Horta antecipou o gesto num discurso que tratou de várias questões no parlamento de Timor-Leste para marcar os primeiros 100 dias no gabinete.

O laureado do Nobel da Paz foi nomeado primeiro-ministro em Junho depois da resignação de Mari Alkatiri no meio de uma crise política na jovem nação.

Timor-Leste tem sofrido de instabilidade desde que forças de segurança rivais se confrontaram em Dili em Abril e Maio matando dúzias de pessoas e levando mais de 150,000 das suas casas.

"O governo vai mandar para o parlamento para debate e ratificação, o tratado sobre Certos Arranjos Marítimos no Mar de Timor e o Acordo Internacional de Unitização," disse Ramos Horta no parlamento.

"Os honrados representantes eleitos da nação compreenderão que este tratado serve os melhores interesses do nosso país e uma vez ratificado permitirá o desenvolvimento do Greater Sunrise, os recursos que garantirão a independência económica e a prosperidade nacional."

Não ficou imediatamente claro quando é que o negócio será apresentado ao parlamento para ratificação.

O governo poderá enfrentar alguma oposição para a ratificação.

O deputado independente Leandro Isaac disse que o governo tem ainda que explicar a questão do Mar de Timor ao parlamento.

"Muita gente em Timor-Leste está contra a ideia total disto tudo, mas veremos quando apresentarem a proposta," disse.

"A minha esperança é que a Austrália, um país que é grande e rico, compreenda que o petróleo pertence a nós e que o dê a nós.

Não sei quando é que vão apresentar isto no parlamento, o governo nada nos disse."

Está estimado que o campo do Greater Sunrise pode dar um potencial de $US10 biliões para a empobrecida nação num espaço de 20 anos.

Sob o acordo, assinado em Janeiro, a Austrália e Timor-Leste dividirão as royalties do campo 50:50, e atrasarão as negociações duma fronteira permanente marítima por 50 anos.

O operador do Greater Sunrise, a Woodside Petroleum congelou o projecto de $A6.6 biliões em 2004 quando as negociações entre as duas nações se arrastavam.

A outra questão ainda por resolver é a localização duma instalação proposta para o campo para processar o gás natural líquefeito , se em Timor-Leste ou no norte da Austrália.

Falando sobre os seus primeiros 100 dias, Ramos Horta disse que apesar dos “piores momentos terem passado” em Timor-Leste, a situação de segurança interna em Dili permanece tensa.

"Conquanto tenham ocorrido alguns distúrbios, têm sido provocados, especialmente por jovens, organizados em grupos com motivos mais criminosos do que políticos," disse.

"O governo acredita que estas organizações criminosas estão a ser apoiadas por outras pessoas com objectivos claros, determinados em minar a autoridade do Estado."

Ramos Horta disse que o Presidente Xanana Gusmão tinha sido "incansável" na sua procura de uma solução para a crise, através de negociações com jovens, e a liderança da polícia e das forças armadas Timorenses.

Também reiterou que era importante manter o arranjo corrente da força liderada pelos Australianos, trabalhando ao lado da polícia da ONU, apesar da crítica do responsável das forças armadas Timorenses.

Há correntemente cerca de 1000 tropas Australianas em Timor-Leste, e cerca de 900 oficiais de polícia da ONU

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.