quarta-feira, novembro 01, 2006

Todos os Timorenses partilham a ‘responsabilidade’ pelo sucesso das eleições de 2007: Perito eleitoral da ONU

Centro de Notícias da ONU

Equipa internacional de alto nível para fiscalizar as eleições

31 Outubro 2006 – Depois de ter chegado para a sua primeira visita oficial a Timor-Leste, uma equipa de peritos da ONU encarregada de verificar as eleições do próximo ano na nação dividida por conflitos, disse hoje que todos os Timorenses são responsáveis pelo sucesso das eleições, e sublinhou a sua importância para construir estabilidade depois da violência mortal que irrompeu mais cedo, neste ano.

“É uma responsabilidade dos cidadãos; é uma responsabilidade de todos os partidos políticos e da sociedade civil estar ciente da importância deste processo, dos níveis com que devem ser conduzidas, e conduzirem-se eles próprios de acordo com esses níveis, nacionais e internacionais,” disse Reginald Austin, um dos peritos, numa conferência de imprensa em Dili.

“São muito importantes as eleições do ano que vem para consolidar o processo da construção da democracia e da estabilidade em Timor-Leste. Somos, como foi mencionado, uma equipa de certificação independente; somos independentes de todas as autoridades e estamos aqui na qualidade da nossa capacidade pessoal de peritos.” A ONU guiou o pequeno país para a independência da Indonésia em 2002.

Os outros peritos eleitorais, também nomeados pelo Secretário-Geral da ONU Kofi Annan mais cedo neste mês, são Lucinda Almeida e Michael Maley e juntos formam a equipa de certificação independente, que é um novo conceito para garantir e ajudar a garantir a credibilidade das eleições certificando que vários níveis sejam seguidos.

“A nossa tarefa será essencialmente apoiar, como se fosse um espelho para os esforços das autoridades – nacionais e internacionais – para garantir que esta serão eleições credíveis e efectivas. E isso vai ser feito por nós, com referência a níveis que são muito claros,” disse Mr. Austin.

Estes incluem a Constituição do país, bem como um conjunto de níveis internacionais bem definidos que se desenvolveram nos últimos 20 anos, acrescentando que a primeira visita da equipa coincide com um “estágio vital” nas preparações para as eleições, nomeadamente a indicação da lei eleitoral.

Mr. Austin disse que há mais visitas planeadas e que depois de cada uma a equipa relatará para Mr. Annan, bem como para o seu Representante Especial no país e para o público.

Falando também hoje na conferência de imprensa o Representante Especial em exercício Finn Reske-Nielsen, repetiu pedidos para que todas as diferenças políticas no país sejam “resolvidas nas urnas eleitorais” e não através de lutas.

O Conselho de Segurança criou uma Missão Integrada da ONU em Timor -Leste (UNMIT) em Agosto para ajudar a restaurar a ordem depois de uma crise atribuida a diferenças entre regiões do leste e do oeste terem irrompido em Abril e Maio com o despedimento de 600 soldados em greve, um terço das forças armadas. A violência que se seguiu fez pelo menos 37 mortes e levou 155,000 pessoas, 15 por cento da população total, das suas casas.

Num desenvolvimento relacionado em New York, Mr. Annan informou o Conselho de Segurança da sua intenção de nomear Atul Khare da ìndia como seu Representante Especial para Timor-Leste e Chefe da Missão da ONU, disse um porta-voz aos repórteres hoje. Mr. Khare sucede a Sukehiro Hasegawa do Japão que completou a sua tarefa no fim de Setembro.
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4 comentários:

Anónimo disse...

Sim, mas e preciso que todos partam em pe de igualdade, o que parece nao estar a acontecer. Enquanto uns fizerem uso dos seus proprios meios e outros dos meios do Governo, nao vai haver sucesso nas proximas eleicoes.

Anónimo disse...

Sejam democráticos ou aprendam a viver em democracia.
Aqui em Portugal é impensavel não aceitar o resultado de umas eleições, mesmo que não concorde com elas.Ao fim de quatro anos há mais.O QUE É PRECISO É no parlamento fazer uma boa oposição sem guerrilhas nem armas na mão, nem golpismos,doutra forma o país nunca mais encontra o seu rumo.
Bem hajam povo de timor
Abraço amigo

Anónimo disse...

Eu comprendo que não é em quatro anos que se aprende a democracia,em portugal levou muito tempo mas estou convencida, que apesar de estarem aí com os glutões dos cangurus o país vai manter a sua independencia.
Bem hajam

Anónimo disse...

O nosso pais so nao continuara a ser idependente se nos nao quisermos. Timor e e sera sempre independente. Temos tudo para isso, incluindo recursos humanos. E preciso e nao haver demasiadas interferencias nem tratamentos paternalisticos. Os timorenses valem muito mais do que algumas aves agoirentas pensam. Nao nos forcam e a actuar como outros querem e nao como nos queremos. Por favor, deixem-nos trabalhar.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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