segunda-feira, junho 05, 2006

É meia-noite e provavelmente, algures, há uma casa a arder

Até amanhã.

Coordenam quase todos...

"GNR iniciou formalmente patrulhas em Díli

Díli, 05 Jun (Lusa) - Efectivos da GNR iniciaram hoje formalmente patru lhas em Díli, num dia marcado pela continuação de confrontos, saques e destruiçã o de casas em vários bairros da capital de Timor-Leste.

A actuação da GNR foi feita sem que a célula de coordenação das missões das forças internacionais de defesa e segurança esteja ainda definida, e na qua l a corporação portuguesa terá um oficial de ligação.

...

No âmbito dos contactos para encontrar vias de diálogo para resolver a crise, José Ramos Horta foi hoje a Gleno, no distrito de Ermera, sudoeste de Díl i, falar com militares rebeldes.

Em declarações à Lusa, o major Marcos Tilman, um dos militares rebeldes , disse que terça-feira se deverá realizar em Díli uma manifestação de civis con tra a continuidade de Mari Alkatiri à frente do governo.

EL/ASP.
Lusa/Fim"


Pelos vistos, o major Marcos Tilman, do grupo do major Reinado, koordena com o Salsinha...

Declarações do Salsinha e do Tara

Ouvimos o Salsinha e o Tara no telejornal da RTP Internacional, dizerem que os seus apoiantes, familiares e simpatizantes vinham amanhã manifestarem-se a Díli.

E que:

. Queriam que o Presidente nomeasse Ramos-Horta como "primeiro-ministro de transição".

. O Ministro Ramos-Horta lhes disse que o poderiam fazer amanhã.

Gostariamos de saber:

1. Se é verdade que não houve manifestação hoje, porque receberam um telefonema do Presidente Xanana a pedir que não o fizessem.

2. Se o Ministro Ramos-Horta consultou antecipadamente o Primeiro-Ministro e o Presidente Xanana, para saber se estes concordavam com esta manifestação para amanhã.

3. Numa fase em que se pretende restabelecer a normalidade e a tranquilidade entre a população, que tipo de negociações e mediações são estas com os peticionários, que permitem que se realize uma manifestação e uma caravana em Díli com este grupo.



P.S. Se é verdade que foi o próprio Ministro Ramos-Horta que sugeriu ao Salsinha e ao Tara que viessem a Díli manifestar-se com as suas pretensões.

Polícias internacionais querem coordenação mas sem comando único

António Sampaio, da Agência Lusa Díli, 05 Jun (Lusa) - As forças policiais portuguesas, australianas e m alaias em Timor-Leste poderão criar uma estrutura de coordenação, mas actuarão s em um comando único, disseram hoje à Agência Lusa, em Díli, fontes ligadas ao pr ocesso.

A questão foi debatida por responsáveis da GNR, da Polícia Federal aust raliana e da polícia da Malásia, que nas últimas 48 horas intensificaram negocia ções em Díli para definir a forma e o método de actuação das respectivas forças.

Fontes daquelas polícias disseram à agência Lusa que há uma aproximação de posições no intuito de definir a estrutura em que as três forças actuarão.

A estrutura de coordenação a criar integraria oficiais de ligação das f orças policiais dos três países, mas sem que "qualquer um deles assuma o comando geral", disse à Lusa fonte da GNR.
"Essa estrutura determinaria a melhor disposição das forças no terreno, aproveitaria os recursos e as especialidades de cada força, reportando ao minis tro do Interior e, posteriormente e com base nos acordos com as autoridades timo renses, ao primeiro-ministro e Presidente da República", explicou a mesma fonte.
Este foi já o tema central de uma reunião hoje, em Díli, entre os diplo matas dos três países, responsáveis pelas respectivas forças de polícia e o mini stro da Defesa, José Ramos-Horta, descrita por fontes contactadas pela Lusa como "bastante positiva".
Determinantes para a concretização deste modelo serão duas reuniões age ndadas para terça-feira, uma primeira "mais técnica" com os responsáveis pelas f orças e outra, "mais política", com o recém-empossado ministro do Interior, Alci no Baris.
Além dos 120 efectivos da GNR que chegaram domingo a Timor-Leste, encon tram-se no país cerca de 70 polícias australianos e mais de 200 da Malásia.

Esse número poderá aumentar significativamente, nomeadamente do lado da Austrália, que já planeou o envio de mais agentes policiais.

A presença destas forças de polícia em Timor-Leste resultou de um pedid o das autoridades timorenses para pôr termo à onda de violência que afecta sobre tudo Díli desde há mais de um mês, e que já provocou mais de duas dezenas de pes soas e centenas de feridos.
A força internacional inclui também mais de 2.000 militares australiano s, neozelandeses e malaios.
O sucesso das negociações sobre a actuação das forças de polícia depend e, em grande parte, de um recuo da parte australiana, que pretendia, segundo con firmaram à Lusa fontes policiais daquele país, assumir o papel de comando de uma unidade de gestão da acção policial dos três países.

Ao nível militar, um responsável máximo australiano comanda as suas tro pas bem como as da Nova Zelândia e da Malásia.

O texto do acordo assinado entre Camberra e Díli para o envio de milita res e polícias daquele país alude a uma estrutura de comando militar chefiada po r um "comandante da força" e uma estrutura policial chefiada por um "comissário de polícia", ambos australianos.
As autoridades australianas argumentam que o comando, e à semelhança do que tem ocorrido em situações idênticas noutros países, deve ficar "nas mãos de quem fez o maior investimento".
Contactado pela Lusa, o comandante do contingente policial australiano em Timor-Leste, Steve Lancaster, recusou-se a tecer qualquer comentário sobre as negociações, bem como no que toca ao número de agentes já no terreno.

"Falaremos no momento certo, e este não é o momento", afirmou, limitand o-se apenas a explicar que "se está numa fase de avaliação" da situação.

Portugal, primeiro, e posteriormente a Malásia, terão já feito saber qu e não defendem a opção australiana, apostando em vez disso numa "unidade de coor denação com oficiais de ligação das três forças".

Ainda que militarmente a Malásia aceite o comando australiano, no caso policial Kuala Lumpur "aproxima-se da posição da GNR", preferindo uma "coordenaç ão" e não uma estrutura de comando "piramidal", com "um australiano à cabeça", d isse um responsável malaio.
Responsáveis da GNR no terreno disseram à Lusa que essa opção é a mais "correcta", até porque as forças dos três países se complementam, mantendo compe tências e responsabilidades distintas.
No caso do contingente australiano, a maioria dos efectivos policiais é da área da investigação criminal, os da Malásia de cariz de "policiamento civil e de rua" e, no caso da GNR, de intervenção rápida.
A concretizar-se, a estrutura conjunta de coordenação poderá mais tarde vir a englobar também uma eventual força policial neozelandesa.

Fonte diplomática neozelandesa disse à Lusa que uma equipa policial de Auckland chega terça-feira a Díli para analisar um eventual envio de efectivos, uma decisão que será tomada apenas depois de contactos com as autoridades timore nses.

Seja como for, a fonte garantiu que a confirmar-se o envio, os polícias neozelandeses seriam "comunitários" e estariam desarmados, "como aliás actuam n a própria Nova Zelândia".
Ainda que o modelo de actuação não esteja definido, a GNR começou já a actuar em Díli ao abrigo do acordo assinado por Portugal e Timor-Leste, para já de forma limitada com patrulhas na cidade.

A actuação será consolidada nos próximas dias quando chegarem ao país a s viaturas e o restante equipamento e, posteriormente, após a instalação no quar tel, que funcionará no Centro de Estudos Aduaneiros, no bairro de Caicoli, centr o de Díli.

Lusa/Fim

Peticionários e Alfredo Reinado. Comando único ou Célula de Coordenação?

Testemunha no local conseguiu captar o seguinte diálogo:

Alfredo: Ita koordena ekipa ida ne'e!
Salsinha: Ita halo komando uniko ka celula koordenasaun nian?
Alfredo: Ita halo enkontro lae ba komisaun enkontro ida!



Juntamos mais uma ao nosso Top de Perguntas:

6. Os peticionários e o seu porta-voz, Salsinha, e o grupo do Reinado têm um comando único, uma célula de coordenação, ou nem por isso?



P.S. E já agora, quem é que organiza a manifestação de amanhã, os Salsinhas ou os Alfredos?

Manifestação amanhã, terça-feira

Fontes próximas do senhor Salsinha garantem que amanhã, familiares e simpatizantes dos peticionários, virão de Ermera para Díli para se manifestarem e exigirem a demissão de Mari Alkatiri.

As mesmas fontes adiantaram que terão cercade 50 viaturas para os transportar.

Várias casas foram incendiadas hoje em Díli

Casas incendiadas ao lado da mesquita de Díli

Díli, 05 Jun (Lusa) - Jovens não identificados incendiaram hoje duas ca sas ao lado da mesquita de Díli, no bairro de Campo Alor, no que residentes desc reveram como um ataque a um timorense natural da zona leste de Timor-Leste.

A primeira casa atingida servia de escritório à empresa PT Baucau, uma firma de um timorense natural daquela cidade situada a cerca de 120 quilómetros leste de Díli, envolvida no sector de distribuição de combustível.

Residentes no local, na zona ocidental de Díli e próximo da marginal, d isseram à Lusa que o ataque ocorreu apesar de estarem nas imediações da mesquita alguns efectivos australianos, que chegaram ao local algum tempo depois de o in cêndio se alastrar a uma segunda casa.
"Antes estavam aqui efectivos da Malásia, mas agora já não", disse um r esidente.

Vários confrontos e várias casas incendiadas, em algumas zonas da cidad e, têm marcado o dia de hoje em Díli, não havendo relatos de vítimas.

...
ASP.
Lusa/Fim

Ao lado do armazém do Fomento que foi saqueado

GNR patrulha Díli

Confrontos em Díli, australianos "reforçam" intervenção

Por Paulo Rego, da Agência Lusa Díli, 5 Jun (Lusa) - Díli amanheceu hoje com novos confrontos entre ban dos rivais em vários pontos da cidade, causando pelo menos um ferido grave e rei nstalando o medo entre os populares, que procuram refúgio junto de instituições religiosas e centros comunitários.

Os momentos de maior tensão viveram-se no mercado de Comoro, junto ao e difício do Comité Central da Fretilin, e nos bairros de Becora e Bebonuk.

Na noite de domingo, cerca das 22:00 horas locais (14:00 horas em Lisbo a), houve disparos de pistola no bairro de Bebonuk e um grupo de residentes pedi u ajuda às irmãs carmelitas, do infantário Anjos da Caridade.

A irmã Arlyne, responsável pelo infantário, chamou a polícia malaia, qu e se encontrava a guardar a embaixada do seu país, localizada numa zona próxima do local dos confrontos.

Após revista a algumas casas, apontadas a dedo por populares, foram enc ontradas três armas de fogo e várias catanas e manchetes, mas não houve detençõe s.

"Pedi-lhes que nos acompanhassem ao hospital, mas negaram, alegando ter em ordens apenas para proteger a zona", queixou-se a madre Arlyne em declarações à agência Lusa.

"Pedi então ajuda à Cruz Vermelha que me aconselhou a esperar pela manh ã e só nessa altura conduzir o ferido ao hospital. Mas a vida humana está acima de tudo e, por isso, eu e mais duas irmãs decidimos correr o risco, às duas da m anhã, e transportámos o ferido ao hospital", explicou.

Hoje de manhã os confrontos voltaram ao bairro de Bebonuk, novamente "a o som de tiros", testemunhou a madre Arlyne.
Visivelmente assustada, quando a reportagem da Lusa chegou ao local, a madre Arlyne chamou desta vez os militares australianos, que em cinco minutos ac orreram ao local com um grupo de cinco soldados, fortemente armados, um deles ex pressando-se fluentemente em português.
Os militares australianos retiveram um jovem na posse de uma catana e d uas facas de grandes dimensões. Serenamente explicaram-lhe que deviam todos regressar a casa e evitar c onflitos.
"Deixem-nos fazer o nosso trabalho e vão para casa. Não quero voltar a ver-nos na rua com catanas na mão", ameaçou o oficial que comandava o grupo aust raliano, que dez minutos depois abandonava o local, deixando à madre Arlyne indi cações para que os contactasse em caso de necessidade.
Marco voltou a pegar na sua catana e foi juntar-se a um grupo de cerca de 40 jovens, que o esperava a cerca de 50 metros. A maioria deles ostentava catanas e machetes, instrumentos que no dia-a -dia usam para capinar, mas que em Timor-Leste rapidamente se transformaram em a rmas brancas nos confrontos entre bandos de bairros rivais.
Em declarações à agência Lusa, Marco, 21 anos, garantiu: "Digam o que d isserem os australianos, não vou abandonar os meus amigos nem vou deixar de defe nder o meu bairro. Estamos a ser atacados todos os dias por gente que vem de Bau cau. Queimam as nossas casas e ainda não percebemos porquê, mas vamos defender a s nossas coisas".
A família de Marco fugiu para Los Palos, na ponta leste do país, a exem plo de grande parte dos residentes de Bebonuk.
O bairro é visivelmente pobre, constituído por fileiras de casas de pal ha ou tijolo tosco, maioritariamente habitado por migrantes que vieram de várias zonas do interior do país, ainda durante a ocupação indonésia.
Os seus residentes não sabem pescar e, por isso, dedicam-se sobretudo a recolher pedras e areia junto a uma ribeira nas proximidades.
Segundo a madre Arlyne, muitos deles vivem com menos de 1 euro por dia.
Questionado sobre a propagada rivalidade entre 'loromunus' (zona ociden tal do país) e 'lorosais' (zona oriental), Marco desmentiu essa motivação.
"Nada disso faz sentido e nem percebo essa questão. Aqui vivem loromunu s e lorosais e nós só queremos proteger o nosso bairro", garantiu Marco, que se diz lorosae, abraça-se a um amigo que, a seu lado, explica ser loromunu, nascido em Aileu, centro do país.
Momentos antes, soldados australianos, em grande número, intervieram no utra rixa entre grupos rivais no mercado de Comoro, numa das principais avenidas da cidade.
Atitude, essa, que marcou hoje a diferença em relação à passividade com que os australianos têm nos últimos dias assistido a estas rixas na capital de Timor-Leste.
De um lado e do outro da estrada, jovens empunhando pedras, fisgas e ca tanas, alguns deles de cara tapada, ameaçavam-se mutuamente. Os soldados australianos isolaram a estrada e perseguiram os dois grupo s em fuga, criando um cordão militar que impediu o confronto.
Do lado do mercado de Comoro, que se mantém fechado e onde são visíveis sinais de confrontos e destruição, Jacinto assumiu-se como lorosae e queixou-se dos ataques que sofrem por parte de "residentes de Baucau".
Garante que estavam todos "apenas a guardar as suas casas quando foram atacados".
Do outro lado da estrada, escondidos atrás do casario que se prolonga p or picadas interiores, José explicou à Lusa os motivos da rixa.

Casas a arder em Comoro ao lado da ponte

Ministro da Defesa reuniu-se em Gleno com militares rebeldes

Díli, 05 Jun (Lusa) - O ministro da Defesa, José Ramos Horta, reuniu-se hoje de manhã com militares rebeldes para tentar encontrar vias de diálogo para a crise político-militar em Timor-Leste, disse o major Marcos Tilman à Lusa, em contacto telefónico.

"Da reunião, em que também esteve presente Sukehiro Hasegawa, represent ante especial do secretário-geral da ONU e um oficial superior australiano, saiu a decisão de fazer chegar as nossas preocupações ao brigadeiro-general Taur (Ma tan Ruak, comandante das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste) e ao presiden te Xanana Gusmão, nosso comandante supremo", acrescentou o major Tilman à Lusa.

Do lado rebelde estiveram presentes o major Alves "Tara" e os comandant es Dudu e Gil, estes dois ligados à resistência timorense contra a ocupação indo nésia.

O ex-tenente Gastão Salsinha, porta-voz dos 595 ex-militares que assina ram uma petição a denunciar actos discriminatórios no seio das F-FDTL, não estev e presente, mas o major Tilman desvalorizou a ausência, referindo que contacta " diariamente com o Salsinha".

Questionado sobre a futura realização de um encontro dos militares rebe ldes com o brigadeiro-general Taur Matan Ruak, o major Tilman respondeu que "som ente depois do ministro Ramos Horta se encontrar cm o presidente Xanana".

O encontro decorreu em Gleno, no distrito de Ermera, e à chegada a comi tiva ida de Díli foi recebida com uma manifestação com cartazes e palavras de or dem contra o primeiro-ministro, Mari Alkatiri.

"Abaixo Alkatiri", "Alkatiri divide o povo" e "Se Alkatiri não se demit ir, o genocídio vai continuar" foram as palavras de ordem gritadas pelos manifes tantes, disse o major Tilman à Lusa.

Ao mesmo tempo os manifestantes saudaram José Ramos Horta, a quem pedir am que aceite ser primeiro-ministro em substituição de Mari Alkatiri.

Segundo o major Tilman, o ministro Ramos Horta pediu aos manifestantes para aguardarem "com serenidade" as decisões do presidente Xanana.

A agência Lusa tentou pedir um comentário ao ministro José Ramos Horta, mas não foi possível obter um contacto telefónico.

"A manifestação esteve para se realizar hoje em Díli, mas foi adiada pa ra terça-feira, porque o ministro Ramos Horta nos veio hoje visitar", explicou.

Para terça-feira, assegurou o major Marcos Tilman, "esperamos levar ent re 800 a 1000 pessoas a Díli".

"Só civis. Nenhum de nós vai", disse, referindo-se aos majores Alfredo Reinado e Alves 'Tara' e ao ex-tenente Salsinha.
...

GNR efectua primeira detenção, começa instalação quartel em Díli

Por António Sampaio, da Agência Lusa Díli, 05 Jun (Lusa) - Efectivos da GNR procederam ao final da noite de domingo, horas depois de entrarem em Díli, à primeira detenção de um timorense, na sequência de um ataque incendiário a uma casa em Metiaut, na parte oriental d a cidade.

Fonte da GNR disse à agência Lusa que o contingente foi informado do in cidente, tendo enviado um grupo de elementos ao local, próximo do hotel onde os militares portugueses estão temporariamente instalados.

"Conseguimos deter um elemento que foi posteriormente enviado para apre sentação a um juiz", explicou a fonte, referindo que mesmo com falta do equipame nto e não estando ainda em perfeitas condições de operacionalidade, o grupo de 1 20 efectivos portugueses "pode responder rapidamente".

O comando do contingente português, recebido em festa à sua chegada a T imor-Leste no domingo, está hoje a começar a instalar o seu quartel-general, que funcionará num edifício dos serviços aduaneiros, na zona do Bairro Caicoli, cen tro de Díli.

Além da limpeza do espaço é ainda necessário, entre outros processos, i nstalar no local um depósito de combustível, uma bomba de água e outras estrutur as necessárias para o funcionamento em pleno do quartel.

Um responsável do contingente confirmou à Lusa que a equipa da GNR não está ainda em "condições operacionais totais", carecendo de equipamento anti-mot im e de viaturas, pelo que a sua actuação nos próximos dias será ainda limitada.

"Temos condições para proteger o quartel e responder em casos graves e de emergência, mas é importante explicar que não estamos totalmente operacionais ", afirmou.

O equipamento do contingente português, incluindo viaturas blindadas, d everá chegar ainda esta semana a Timor-Leste.

A instalação da GNR ocorre quando ainda estão a ser finalizados os méto dos e formas de actuação das forças militares e policiais de Portugal, Malásia, Austrália e Nova Zelândia actualmente em Timor-Leste.

Inicialmente, Camberra pretendia que todas as forças actuassem sob um c omando único australiano, tendo o governo português deliberado que os efectivos da GNR actuariam de forma autónoma, em coordenação entre a Presidência da Repúbl ica e o governo timorense.

Fontes envolvidas no processo negocial confirmaram à Lusa que o conting ente policial da Malásia também pretende autonomia das forças militares no terre no, argumentando que a sua actuação "é distinta" da dos soldados.

Em declarações à agência Lusa, na noite de domingo, José Ramos-Horta de fendeu que a GNR deve actuar "com dureza, firmeza, total autonomia e sem restriç ões em toda a cidade de Díli".
"Os parceiros internacionais sabem da especialidade, da reputação da GN R e sabem que a GNR pode dar uma enorme contribuição a todos eles e, sobretudo, ao povo de Timor-Leste e à cidade de Díli para se parar com este vandalismo", af irmou.

A opção que deverá ser hoje concretizada envolveria ter duas estruturas , uma militar sob o Ministério da Defesa, e uma policial sob o Ministério do Int erior, sendo criada acima das duas uma "célula de coordenação" com oficiais de l igação dos quatro países.

A estrutura policial envolveria, além da GNR, os contingentes policiais da Malásia e da Austrália.
ASP.

Comunicados à imprensa

Não concordamos que o MNE faça comunicados à imprensa apenas em inglês.

Mas achamos muito pior que o Ministro da Defesa não faça comunicados numa das línguas oficiais de Timor-Leste...

Descoordenação entre forças internacionais no Parlamento timorense

Díli, 05 Jun (Lusa) - Alguma descoordenação entre os contingentes inter nacionais a actuar em Timor-Leste evidenciou-se hoje no Parlamento timorense qua ndo soldados australianos tentaram impedir a escolta malaia do presidente, Franc isco Lu'Olo, de entrar no local.

Harold Moucho, assessor do presidente do Parlamento, disse à Lusa que q uando Francisco Lu'olo tentou entrar os soldados australianos não quiseram deixa r os efectivos malaios.

"É uma descoordenação total. Os soldados australianos pensavam que todo s os líderes timorenses tinham escolta das SAS (forças especiais australianas) e por isso quiseram impedir a entrada dos efectivos da Malásia", explicou.

Uma situação idêntica, acrescentou, tinha já ocorrido no domingo quando militares da Malásia tentaram ir ao complexo parlamentar recolher uma viatura d a presidência do parlamento.
Deputados timorenses, entre eles Lúcia Lobato do PSD, queixaram-se igua lmente de dificuldades impostas pelos soldados na entrada no complexo do Parlame nto, que hoje retomou a sua actividade depois uma interrupção de uma semana.

Mal informados sobre o sistema em vigor e sobre a natureza "pública" do s trabalhos parlamentares, os efectivos no local tentaram ainda inicialmente imp edir a entrada de jornalistas e observadores, mas a situação acabou por ser reso lvida.

O tema da coordenação das forças no terreno está hoje a ser alvo de con tactos entre as autoridades timorenses e os responsáveis dos quatro países envol vidos, Portugal, Malásia, Austrália e Nova Zelândia.

Fontes envolvidas no processo confirmaram à Lusa que deverá ser criado uma célula de coordenação, na qual a GNR terá um oficial de ligação.

Comunicado à Imprensa - MD

MINISTÉRIO DA DEFESA
Gabinete do Ministro da Defesa


MEDIA RELEASE

05 June 2006 For immediate release
The Minister for Defence, Dr José Ramos-Horta, has devoted his first day in the portfolio to visit F-FDTL forces in Baucau, Metinaro and Hera.

Accompanied by Brigadier-General Taur Matan Ruak, Commander of F-FDTL (Armed Forces of Timor-Leste), and the permanent secreatry of the Ministry of Defence, Lt Colonel Filomeno Paixao, Dr Ramos-Horta was enthusiastically received by all the troops.

In each of the barracks the Minister for Defence had positive high-level discussions with the respective commands, and addressed the troops.

Dr Ramos-Horta praised the troops for cooperating with the international forces and encouraged the continuation of that cooperation in the actions taken to help secure stability and peace.

In each of the localities the Minister and Nobel Peace Laureate also met with the local population of all ages, who in their hundreds had gathered near the army bases hoping to meet and hear from Dr Ramos-Horta.

Dr Ramos-Horta told the troops and the populations of the three localities that his priority is to heal the wounds within the military community, heal the wounds between the military and police communities and between these two and the society in general.

He said that his role as Defence Minister is not to focus on traditional security matters but, in the first instance, to understand and try to resolve the human problems that confront the armed forces.

While in Baucau the Minister for Defence welcomed GNR, Portugal’s elite police force, and thanked them for their presence here which demonstrates the solidarity of the government and people of Portugal to the people of Timor-Leste.

As a show of appreciation, along the road from Baucau to Dili the GNR contingent was enthusiastically greeted by many hundreds of Timorese.

Last night Minister Ramos-Horta made an unscheduled tour of Dili’s most affected areas by civil disorder to get a first hand picture of the situation.

Today at 7.30am he held talks with the Malaysian Police Advance Team, followed by a meeting with representatives of the four countries (Australia, Malaysia, New Zealand and Portugal) who have military and police forces operating in Timor-Leste.

The Minister for Defence will then proceed to Gleno where he will meet with Majors Tara and Marcos and Lt Ten Salsinha and other elements of the so-called ‘petitioners’ group, with the objective of exploring the avenues for an all-inclusive talks which will lead to a lasting resolution of the political issues. – ends.

Deputados aprovaram por unanimidade apoio medidas de emergência

Díli, 05 Jun (Lusa) - O parlamento de Timor-Leste aprovou hoje por unan imidade uma resolução de apoio às medidas anunciadas pelo presidente Xanana Gusm ão para ultrapassar a crise político-militar.

O texto da resolução, subscrito pelas oito bancadas parlamentares prese ntes, manifesta "apoio inequívoco às medidas de emergência para ultrapassar a cr ise decretadas" pelo chefe de Estado a 30 de Maio passado.

A sessão plenária de hoje marcou o regresso do Parlamento ao trabalho d os deputados, depois de na semana passada os deputados terem sido obrigados a su spender as suas actividades devido à continuação dos confrontos violentos e saqu es registados na capital timorense, que provocaram desde 28 de Abril mais de 20 mortos, mais de uma centena de feridos e dezenas de milhar de deslocados interno s.

A sessão plenária de hoje iniciou-se cerca de 30 minutos mais tarde, pa ra garantir o quórum mínimo para funcionamento do parlamento.


Com 55 deputados presentes dos 88 que fazem parte daquele órgão de sobe rania, a sessão plenária foi marcada por intervenções acerca da mensagem que o s ecretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, dirigiu ao povo timorense e a apr eciação e votação da resolução de apoio à declaração de Xanana Gusmão.

O texto da resolução salienta que "a ocorrência de tristes aconteciment os" em Timor-Leste "colocou em causa o normal funcionamento das instituições do Estado de Direito Democrático", considerando que a "jovem democracia política fi cou em risco".

A "necessidade imperiosa" de execução das medidas de emergência deveu-s e à urgência de "criar condições para o regresso à normalidade, garantir a ordem constitucional, o apoio humanitário às populações e assegurar a actuação das fo rças internacionais de defesa e segurança".
EL.

Top 5 de perguntas

1. A GNR já começar a patrulhar Díli? (Apareceram esta manhã em Comoro)

2. Há algum distúrbio/confronto neste momento?

3. Vai haver ou não alguma manifestação? (Neste momento, não)

4. Quem está a negociar e como vão negociações com Salsinha/peticionários?

5. Quem está a negociar e quem está e como vão as negociações com Reinado?

East Timor's Parliament meets as fighting persists in the capital

The China Post Online
2006/6/5
DILI, East Timor (AP)

Parliament convened Monday to discuss violence in East Timor's capital, as foreign troops fired tear gas to break up clashes between rock-throwing gangs who set fire to buildings near the airport.

Lawmakers said some colleagues could not attend the session because they were holed up in compounds and Parliament Speaker Francisco Guterres, a leader of the ruling Fretilin party, said authorities should investigate.

"We have to find out what happened and where they are," said Guterres, as a quorum of at least 45 lawmakers in the 88-seat Parliament met.

One lawmaker expressed concern about reports of weapons caches in his district and another asked for security to escort him to future Parliament meetings.

"Without any security we cannot do anything," lawmaker Antonio Cardozo said.
Prime Minister Mari Alkatiri, who has faced repeated calls for his ouster, announced over the weekend that Parliament would convene in a bid to revive the workings of a government that has been virtually paralyzed by factional rifts and security concerns.

Lawmakers would analyze "the current situation in the country and make some decisions," he said.

At least 30 people have died and an estimated 100,000 have fled their homes in the last month, taking refuge in squalid camps in Dili or with relatives out of town.

A U.N. High Commission for Refugees cargo plane arrived early Monday with 220 tents and 1,000 plastic sheets, said UNHCR spokeswoman Arlane Rummery, adding that it was impossible at present to say how long people would be staying in camps.

"We hope people can return to their homes, but there is really no sign that is going to be possible," she said.

Australian forces fired three rounds of tear gas at dozens of rock-weiling youths at a bridge near the airport early Monday, breaking up the clashes. There were no known injuries.
Despite the flare-up, violence has tapered off since the arrival of more than 2,000 troops from Australia, New Zealand and Malaysia more than a week ago.

They have confiscated hundreds of weapons, and have temporarily detained gang members, but have so far refrained from firing their weapons and have often driven by scenes of looting or vandalism.

Australian Defense Minister Brendan Nelson urged Asian and Pacific countries not to allow East Timor to become a failed state, warning it could turn into a haven for terrorists and criminals.
"It's in all of our interests to see that we do not have failed states in our region," Nelson said at a regional security conference in Singapore. "We cannot afford to have Timor-Leste become one of those, and in doing so become a haven, perhaps, for transnational crime, for terrorism, and indeed humanitarian disasters and injustice."

Meanwhile, the Fretilin party said that it had adopted a motion to "reiterate total support for comrade Mari Alkatiri as prime minister."

Alkatiri has been accused by some of triggering some of the recent unrest by approving the dismissal of 600 striking soldiers in March. The soldiers clashed with loyalist troops, and rival gangs took to the streets as law and order broke down last month.

He has repeatedly refused to stand down.

Dos leitores. E associamo-nos...

"Ei pessoal, tá na hora de elogiar a Lusa.Este António Sampaio é jornalista.Finalmente temos notícias com alma."

Dos leitores

"Quando há uma semana descobri este blog sabia pouquíssimo sobre o que se passava em Timor-Leste e foi para conhecer mais que passei a ler tudo quanto aqui (e na Lusa e nos jornais e semanários portugueses e noutros blogs) se publicava.

Como traduzi alguns interessantíssimos textos que aqui publicaram posso hoje dizer que me parece conhecer bem melhor o que aí se passa. Disso estou agradecidíssima a este blog que me deu tantos conhecimentos. E como qualquer pessoa, com mais conhecimentos vou arriscando a dar mais opiniões. Por isso dei a opinião que para salvar uma vida às vezes é preciso cortar uma perna (ou as duas) se estão gangrenadas. Esta opinião não tem cor nem é radical e de originalidade nada tem. É uma simples constatação de bom senso e de quem até já trabalhou num hospital. Mas pela sua reacção parece que tocou numa zona sensível.

Depois parece-me que o Anónimo se arroga o direito de ter as suas escolhas mas que me nega esse mesmo direito. Com clareza, sem subterfúgios já expliquei que para mim a soberania é um valor extremamente importante e é à luz desse valor que tendo a fazer as minhas escolhas. No que diz respeito à Fretilin defendo que as escolhas só dizem respeito aos seus militantes; no que respeita à governação do país defendo que as escolhas só dizem respeito ao seu povo no respeito pela Constituição, pelas leis e sem imposições pela violência. Se isso faz de mim aos seus olhos um defensor do PM ou do governo acho que o mérito é do PM e do governo. E é uma escolha tão válida como a sua.

E ainda bem que há esta liberdade de divergirmos nas escolhas. Mas o que me parece pouco elegante é por causa disso vir logo acusar-me de mercenarismo.

É-lhe assim tão difícil de entender que haja genuína solidariedade duma portuguesa pelos timorenses e por quem me parece estar a trabalhar com determinação pela sua soberania? "

GNR deve actuar com "autonomia" e "dureza" - José Ramos Horta

Por António Sampaio e Paulo Rego, da Agência Lusa.

Díli, 04 Jun (Lusa) - Os 120 efectivos da GNR desde hoje em Timor-Leste "têm que começar a actuar com autonomia e dureza" em toda a área da capital timorense, Díli, para restabelecer a lei e ordem, afirmou hoje José Ramos-Horta.

O ministro dos Negócios Estrangeiros e Defesa timorense confirmou hoje à agência Lusa que essa será a posição que defenderá num encontro marcado para a manhã de quinta-feira com os diplomatas e responsáveis da Defesa de Portugal, Austrália, Nova Zelândia e Malásia.

O encontro, explicou, definirá a forma e o método como as forças dos quatro países actuarão no terreno, com os efectivos da Austrália, Malásia e Nova Zelândia a funcionarem sob um comando único australiano e a GNR a actuar de forma "autónoma" e reportando directamente ao presidente da República Xanana Gusmão.

A GNR, afirma o governante, deve agir "com dureza, com firmeza e sem restrições em toda a cidade de Díli".

José Ramos-Horta disse "respeitar" a decisão do governo português de colocar a GNR fora do comando australiano da força internacional, afirmando que é essencial chegar a acordo na segunda- feira "sem falta", para que a GNR "possa ser operacional".

"Não poderemos permitir que face a algum impasse diplomático a GNR não opere", disse à agência Lusa.

"Os parceiros internacionais sabem da especialidade, da reputação da GNR e sabem que a GNR pode dar uma enorme contribuição a todos eles e, sobretudo, ao povo de Timor-Leste e à cidade de Díli para se parar com este vandalismo", afirmou.

A necessidade da actuação da GNR com "flexibilidade total" foi vincada hoje pelo governante timorense depois de uma viagem de 90 minutos, ao final da noite, que a reportagem da Lusa acompanhou, a alguns dos pontos mais tensos da cidade.

O governante timorense, guardado por soldados australianos de elite, e viajando num carro "civil", ouviu repetidas queixas sobre a falta de protecção dada pelos 1.300 soldados australianos já na cidade, considerando essa situação "inaceitável".

"É obvio que há uma frustração cada vez maior da parte da população timorense ante a aparente impunidade com que esses grupos continuam a incendiar e perante a aparente inoperância de quem de direito", lamentou.

Apesar de notar algumas melhorias na situação que se vive na capital, José Ramos-Horta afirmou que "continuam a haver incêndios e conflitos", com a população "a queixar-se que continuam a ver forças australianas a não intervirem, com os incidentes a acontecerem debaixo do seu nariz".

"Isso está a causar perplexidade e frustração enorme no seio da população e isso é perigoso, porque a população começa a sentir-se defraudada e não tem confiança nas forças internacionais", sublinhou.

Ramos-Horta recorda que a grande expectativa gerada ante a entrada das tropas australianas "começa a ser defraudada", sentimento que lhe é transmitido tanto em Díli como no interior do país, sendo "essencial lidar com a situação para que não haja uma descrença total e se comece a questionar a presença das forças internacionais aqui".

"Agora a expectativa está toda virada para a GNR. Esperamos que a GNR possa ter total flexibilidade operacional para que possa ser eficaz", afirmou.

O périplo nocturno teve início numa loja na zona da Areia Branca, alvo de um ataque incendiário ao início da noite de hoje. Logo aí Ramos-Horta deu nota da irritação instalada entre populares e partilhada pelo próprio ministro da Defesa e dos Negócios Estrangeiros.
"Os filhos da mãe, lá de cima, atacaram isto", refere, olhando para a montanha, iluminada pelos focos das armas dos soldados australianos que o acompanham.

Em cada paragem repetem-se as queixas da população. Ramos- Horta saltava do português para o inglês e para o tétum, afirmando, à frente da sua própria escolta: "É sempre a mesma coisa. Os australianos não actuam".

Nos locais visitados amontoavam-se deslocados, às centenas, com carências alimentares, sinais da prevalência de algumas doenças e, no caso do antigo complexo do Museu de Díli, hoje sede da instituição cultural Arte Moris, dormindo ao som regular de confrontos e da destruição de casas nos bairros vizinhos.

Ramos-Horta lembra que repetidamente pediu para que carros que circulam durante a noite sejam revistados, o que continua a não acontecer: "Já avisei várias vezes os australianos de que devia haver uma actuação muito mais robusta".

"Disse para revistarem, de alto a baixo, táxis, carrinhas e camiões, sobretudo que levem grupos de jovens", afirmou, "procedendo à detenção de qualquer pessoa que tenha armas consigo".
Sobre a origem e intenção dos ataques, o governante reportou à Lusa as informações de que dispõe: "São grupos organizados e as medidas têm que ser muito drásticas, de mão firme. Isto é puramente criminoso e é inaceitável que certos elementos continuem a fazer isto".

José Ramos-Horta garante que são atingidos alvos "seleccionados", maioritariamente casas e estabelecimentos comerciais "propriedade de populações da zona leste do país", aludindo à acção de elementos "vindos de Ermera e Aileu", a sudoeste da capital.

"E não pode ser só vandalismo. Têm que ter motivação política para destabilizar o país. Se fosse puro vandalismo atacariam qualquer propriedade. Isto são actos criminosos com uma agenda política para destabilizar o país", sublinhou.

Lusa/Fim

Prioridade máxima é dar assistência aos refugiados

DN online - 5.06.2006
Paulo A. Azevedo* em Díli

Sandrinha é um fantoche que arranca gargalhadas à meia centena de crianças sentada num canteiro do Aeroporto Nicolau Lobato, em Díli. A má nutrição, aliada à desidratação, à falta de recolha de dejectos em locais repletos de refugiados, faz crescer os receios de doenças mais graves do que os muitos casos já detectados de infecções de pele, malária, diarreias.

O perigo a evitar chama-se embrião colérico, explica ao DN Alexandre Orial, da Brigada Médica Cubana que presta assistência no campo de desalojados montado em frente ao Gabinete das Nações Unidas em Timor Leste (UNOTIL). No aeroporto, a três quilómetros, Sandrinha, manobrada por um dos elementos da organização Jovens com uma Missão, dá a receita aos miúdos: limpar a área das tendas, lavar bem as mãos, cozinhar em zonas afastadas das latrinas.

"Estamos a consciencializar as crianças a manterem os locais limpos e os pais a cuidarem das crianças", explica Rosemary Sena, também missionária mas da Visão Cristã. A tarefa parece hercúlea. Dois miúdos despejam um balde de dejectos num esgoto a céu aberto, levantando uma nuvem de moscas. São dois dos sete filhos de Ezequiel Correia Belo, nascido em Baucau com vontade de deixar o país até um dia, mas sem dinheiro para nove cabeças.

Resta a paciência, a dor, o remédio que é a responsabilidade de algo mais forte. Os filhos. Os dias ganham contornos de normalidade em Díli, ainda que aqui e ali se registem pilhagens e casas queimadas. Ontem, pela primeira vez em muitos dias, carrinhas recolhem o lixo e minúsculas mercearias familiares abriram as portas ao mesmo tempo que os pequenos mercados de rua apresentavam já alguma fruta e vegetais, sinal de que parte da população desce das montanhas para vender os produtos na cidade.

No Ministério do Trabalho e da Reinserção Comunitária, garante-se ao DN, não se pára há quatro dias. Numa sala de coordenação vêem-se organigramas, estratégias de assistência a refugiados, enumeram-se sucos (freguesias) e aldeias e contam-se as pessoas para a distribuição dos apoios que vão chegando, de Vera Cruz ao Aleixo. Num dos mais problemáticos bairros, Pité, os carros ainda têm de andar em ziguezague para evitar os obstáculos colocados pelos moradores como forma de controlar quem passa. A defesa do bairro é organizada como o Presidente Xanana pedira na véspera. Arsénio Bano, ministro do Trabalho que coordena as equipas de apoio, nacionais e internacionais, das agências da ONU, recebe o DN para traçar o retrato de um comedido desespero.

É dos ministros mais novos, mas sente a responsabilidade na pele: "É urgente a assistência às populações, os cuidados com a alimentação, a água e saneamento e o apoio às crianças." Além da coordenação pelo Governo do trabalho das agências das Nações Unidas e de organizações não governamentais. "Este ministério tem procedido à coordenação. Temos grupos especializados na área da alimentação, águas e saneamento, saúde, bem como apoio aos distritos", explica.

O cenário está longe de poder ser pintado em tons rosa. "Ainda não temos tendas suficientes e materiais para reconstruir casas destruídas, precisamos de latrinas e viaturas para transporte de água e há demasiada gente em alguns centros de desalojados", afirma.

A questão principal é a segurança. Na rua, aguarda-se a chegada da GNR. Os militares australianos, diz--se, são muito passivos e ninguém esquece o rígido controlo exercido pelos portugueses, que vezes sem conta impuseram a ordem à bastonada, após a independência. É pelos homens de azul-escuro que se suspira.

*Enviado DN/TSF

PM saúda chegada da GNR, esperançado melhoria condições segurança

Díli, 04 Jun (Lusa) - O primeiro-ministro timorense, Mari Alkatiri, saudou hoje a chegada a Timor-Leste do contingente de 120 efectivos da GNR, que aterrou de manhã, hora local, em Baucau, manifestando-se convicto de que a situação de segurança na capital vai melhorar significativamente.

"Tem havido cada vez melhor coordenação no capítulo da segurança e a chegada da GNR vai consolidar esta situação ainda mais, permitindo mais estabilidade", afirmou, em declarações à Agência Lusa na sede da Fretilin, partido do governo, que hoje reúne o seu Comité Central.
Questionado sobre a pretensão da Austrália de comandar as forças da GNR, Mari Alkatiri explicou que Camberra defende que, à semelhança de outras operações idênticas, seria necessário "haver um comando único".
"Eles baseiam-se na sua experiência de outras situações, mas há outras formas de coordenação que podem ser positivas", afirmou, contextualizando a tese portuguesa de comandos distintos entre as tropas australianas e a GNR.
O governante comentou igualmente as declarações de hoje do chefe da diplomacia australiana, Alexander Downer, que numa entrevista em Camberra admitiu que a crise em Timor-Leste se poderia agravar significativamente se o primeiro-ministro timorense fosse obrigado a demitir-se.

"O partido do primeiro-ministro, a Fretilin, tem uma clara maioria no Parlamento", disse ao canal australiano Seven Network.
"Se fosse, de alguma forma, obrigado a demitir-se e, especialmente por forças exteriores, estimo que isso destabilizaria ainda mais o país", considerou.
Para Alkatiri estas declarações sugerem que o governo australiano está a começar a "reconhecer a realidade", relembrando que ele próprio já tinha explicado o possível impacto da sua demissão na estabilidade política do país, em especial uma eventual reacção de militantes da Fretilin.
Durante a crise das últimas semanas, o governo australiano questionou directamente a governação timorense, numa altura em que a imprensa do país ecoava fortes críticas ao governo liderado por Mari Alkatiri.

Num outro sinal de algum ajustamento na política australiana, e depois de críticas sobre a falta de segurança australiana ao próprio primeiro-ministro, Mari Alkatiri viajou hoje acompanhado por uma equipa de soldados armados.

A própria sede do Comité Central da Fretilin, no bairro de Comoro, na zona ocidental de Díli, é hoje um dos locais mais seguros de Díli, com oito tanques dentro e fora do complexo.

Usando detectores de metais, soldados australianos revistam detalhadamente todos os que entram no local, incluindo membros do governo e deputados.
Nos últimos meses, Timor-Leste tem vivido os seus piores momentos de tensão, instabilidade e violência desde que se tornou independente, há quatro anos, na sequência da eclosão de uma crise político-militar que tem sido marcada por divisões no seio das Forças Armadas e da Polícia Nacional, e elevada tensão política.

Pelo menos 21 pessoas morreram e mais de 120 outras ficaram feridas na sequência dos confrontos marcados pela destruição de propriedade pública e privada e pelo saque de casas e edifícios públicos.
ASP.
Lusa/Fim

Viva Timor-Leste

E viva Portugal.

Não só pelo envio da GNR, mas pela forma como liderou diplomaticamente esta crise, colocando os interesses de Timor-Leste acima de tudo.

Há algum tempo que não sentiamos tanto orgulho de ser portugueses.

Relativamente a quem não gosta desta actividade por aqui, um enorme "Pffff...".

É meia-noite e onze e a cidade está calma

Sem censura.

Até amanhã.

Alguns dos 138 comentários (7)

Bibe malai said...
Acho que tal como a questão de quem manda na GNR, só vale a pena «perder» tempo a discutir a questão linguística timorense com o pessoal timeorense. PS: Malai Azul, podes voltar, estás perdoado, isto sem ti falta-lhe qualquer coisa (nem que seja aspecto gráfico)
Domingo, Junho 04, 2006 12:48:13 AM

Anonymous said...
Bem, a triste conclusão a que se chega é que afinal tudo isto não foi mais que um golpe vindo do exterior, com ajudantes no interior, etc e tal... mas, peço desculpa será que não é de ver também: é o próprio Governo timorense se abriu então completamente o flanco! Os serviços secretos timorenses existem? Se existem o que andaram a fazer com a informação de uns revoltosos que deram na situação que deu? A brincar aos cowbois? Não sabiam? Não sabia o povo? Não foi vista toda esta situação anterior como sintomática de uma estabilização levada da breca? Não? Pensei que a escola moçambicana teria ensinado isso. Tomaram as devidas precauções? Fosse a prisão dos revoltosos porque inadmissíveis tais situações no quadro de Instituições Democraticamente Eleitas! Mas na Constituição estão também outras questões de Direito! Tudo isso foi salvaguardado pelo Poder Político? Não parece de facto senão nada disto tinha acontecido! Tinham resolvido. Assim, como diria alguém que não recordo o nome: "PARA QUE O MAL FLORESÇA É APENAS NECESSÁRIO QUE OS HOMENS DE BEM NADA FAÇAM", acrescentando que quando fazem algo e mal, daí deverão tirar as respectivas ilações. Neste caso, consequências. Ou não foram alertados de que a situação não era de facto justa? Foram.
Domingo, Junho 04, 2006 1:40:08 AM

...sem comentarios... said...
no www.theaustralian.news.com.au/"Greg Sheridan: Throw troops at Pacific failuresOPINIONGreg Sheridan, Foreign editor June 03, 2006AEONS ago, in another life, I undertook a course in counselling people who were considering suicide. We were told that a suicide attempt represents a peak of experience. Even for someone perennially depressed, to get to the point of attempting suicide is a rare and unusually intense experience.Therefore, one of the central strategies in avoiding suicides is to get people past the peak. If you do, another peak may not arise again for a long time, perhaps ever. What is true of depressed people is also true of depressed nations. The moment just before they pass from being merely difficult, poorly run and impoverished to being actual failed states, where anarchy reigns and no coherent government functions, represents a peak of intensity. It also represents multiple, simultaneous systems failures. Such was the case in East Timor and Solomon Islands, the two South Pacific failed states in which Canberra has had to intervene with decisive military force to restore a semblance of order. We were also told in our counselling course that it was much better to get people before their suicide attempt. The attempt itself, even if unsuccessful, was likely to be immensely damaging and make recovery much harder. So it is with East Timor and the Solomons. The question for Australia is: could we have intervened before the suicide attempts and got them through the peaks? The answer is probably yes. The total lack of situational awareness by the Australians in the Solomons, which saw the Australian soldiers far away from Honiara on the day that Snyder Rini was announced as prime minister, the failure to pick up any verbal cues from the crowd of the devastating riot that followed, has to be chalked up as a failure of intelligence and execution. Similarly in East Timor, that the Government of Prime Minister Mari Alkatiri could sack one-third of its armed forces, a move custom-made to provoke a crisis, shows the limit of Australia's influence, despite being the largest aid donor to, and chief international sponsor of, East Timor. Australian policy in the South Pacific has been undergoing an agonising and profound revolution, from hands-off respect for South Pacific sovereignty to deepening involvement. But it may be that we still have not conceived of our involvement in the most useful strategic terms. Certainly if Alkatiri remains Prime Minister of East Timor, this is a shocking indictment of Australian impotence. If you cannot translate the leverage of 1300 troops, 50 policemen, hundreds of support personnel, buckets of aid and a critical international rescue mission into enough influence to get rid of a disastrous Marxist Prime Minister, then you are just not very skilled in the arts of influence, tutelage, sponsorship and, ultimately, promoting the national interest. It is perhaps time that Australia conceived of itself as the "US of the South Pacific". I don't mean that we absorb the states of the South Pacific into Australia. Quite the reverse. Rather, I mean that we take on the role that the US took on in East Asia after World War II, mentoring and tutoring devastated societies into economic and political modernisation and, crucially, providing for their security in the meantime. And like the US in Asia, we should do this in part through a system of military deployments, though naturally we would not call them Australian bases. According to the head of the Solomon Islands central bank, the riots that destroyed Honiara's Chinatown did more economic damage than the entire decade of ethnic conflict in the 1990s. In the end, the Australian taxpayer will pay for that damage. It would have been much cheaper, and much better for the people of the Solomons, if 500 Australian soldiers had been there to prevent this destruction. Similarly, East Timor today is poorer than it was under the Indonesians. As Malaysia's Deputy Prime Minister Najib Tun Razak has commented, its political structure is falling apart. Indonesia has played no part in East Timor's latest troubles. But if there ever is real difficulty on the East Timor-Indonesia border, it is not the fatally riven East Timorese military that will have to hold the line. It will be Australian soldiers. Given that Australia is going to pick up the bill and that it will certainly bear the full political responsibility for East Timor, a more activist and ongoing intervention would probably be a better course. What I am arguing is that, as part of a wider program of assistance involving lots of Australian personnel operating in South Pacific government agencies, deployments of Australian soldiers should be semi-permanently stationed in East Timor, Solomon Islands and, if necessary, other regional basket cases. The opposition to such a scheme would be substantial. Canberra would hate its budgetary implications and it would expose our grievous lack of soldiers, the most important security resource today. Unless it was handled well it could provoke a backlash in some South Pacific societies. But these societies have been increasingly asking for Australian soldiers, not the reverse. The South Pacific governments could see these deployments as enhancing their capacities, not abridging their sovereignty. The other suggestion, of a blanket guest-worker scheme for South Pacific islanders in Australia, is a bad idea that the Government is right to reject. Don't get me wrong. I want South Pacific islanders to continue to come to Australia as they have been doing. But it is critically important that they come in an orderly way and that those who come are the ones most likely to succeed here. Thus they should come under normal immigration criteria: as skilled immigrants, or through family reunion or the New Zealand route. There are more than 10 million islanders and a mad rush could destroy the pro-immigration consensus in Australia. On the other hand, international labour hire might help impoverished Pacific island societies just as it has helped Filipinos, who work in the Middle East and support their families, and their nation, back home. The bottom line is: if we are going to pay the costs anyway, we need to intervene coherently and clearly in the way that offers the best chance of success. Inevitably, this involves soldiers."...confesso que fico sem palavras para comentar...
Domingo, Junho 04, 2006 5:15:53 AM

Anonymous said...
...mas ha mais 'opinioes' como esta...visitem o site desse jornal australiano... 'keeping the nation informed' dizem eles
Domingo, Junho 04, 2006 5:26:06 AM

Margarida said...
Anónimo das 1:40 AD; Pergunta se não foi o governo que abriu o flanco nesta tentativa de golpe de Estado, o que andaram as secretas a fazer, se andaram a brincar aos cowbois, se tomaram as devidas precauções …Ontem à noite na SIC a Ana Gomes veio quase com o mesmo, mas pelo menos o Anónimo tem a honestidade de admitir que possa ter havido “um golpe vindo do exterior, com ajudantes no interior”. Isso que disse fez-me lembrar o que o PM de Timor-Leste disse na entrevista que deu esta semana ao “Público”: “Às vezes, por vontade de construir a paz, educamos os nossos militantes de forma a serem passivos demais. A nossa palavra de ordem escolhida em 2000 foi: “Tolerância máxima e vigilância total”. O que aconteceu foi uma tolerância sem limites e nenhuma vigilância.”Pois. Mas quando uma pessoa se lembra que mesmo com esta tolerância toda meia dúzia de meses depois de estar no cargo já havia manifestações de rua apoiadas pela Igreja Católica a exigir a sua demissão, nem sou capaz de imaginar o que teria acontecido se ele tivesse tomado acções mais “duras”. Quando se tomam as medidas que ele tomou pela defesa dos interesses do seu país, nomeadamente nas negociações vitoriosas pelo petróleo, todos os lobbies se põem de acordo para correr com ele e se ele se aguenta é porque a Fretilin tem um notável enraizamento popular e o apoia. E por isso mesmo, receio bem que os ataques se intensifiquem e que compete aos patriotas timorenses ajudarem o seu país ajudando a reforçar as suas instituições democráticas e apoiando quem de facto mostra na prática que trabalha pela soberania de Timor-Leste.
Domingo, Junho 04, 2006 5:37:07 AM

Anonymous said...
É inacreditável que a Australia, de maneira ilegal, venha tomar partido em TL. Estou propondo que cada internauta passe um e-mail para os jornais e embaixadas autralianas protestando contra este fato. O ONU tem a obrigaçao de vir a público para se explicar.AlfredoBrasil
Domingo, Junho 04, 2006 5:58:56 AM

AEF said...
Desconfio que os australianos vão dar um segundo golpe! Isto faz-me lembrar 75. Sei das diferenças, mas na verdade elas têm pouca importância no actual contexto. O que se passa e é evidente é que alguns timorenses tolos estão a fazer o joguinho de outra gente!É evidente!Portugal tem que ter muito cuidado para se posicionar nesta jogatana dos aussies.Sejamos cuidadosos, diplomatas, mas também destemidos! Seja das falinhasmansas de alguns analistas, tipos que fazem ciência e teoria das relações políticas, têm em conta todos os factores da chamada "política real", mas não dão um tostão para o respeito pela dignidade, pela verdade, pelo direito dos povos.Às vezes é preciso coragem e os pés na parede!Espero que os timorenses, depois da visita de Downner, não no falhem também. Seria mau demais. Para nós, mas sobretudo para eles.Abraço, irmãos, e força nas canetas!
Domingo, Junho 04, 2006 6:02:38 AM

Anonymous said...
Meu querido Eduardo Lobão são tantas as histórias de coragem e de lágrimas de timorenses... Não era preciso utiliza-las para promover a imagem de uma cidadã portuguesa que tanto se preocupa com o seu carro!Ou trata-se de uma sua amiga ?!As suas preocupações com os cidadãos portugueses parecem-me bastante elitistas.Abstenho-me de mais comentários e Senhor Eduardo Lobão que fique a sua consciência embora não me parece de valores elevados!
Domingo, Junho 04, 2006 6:03:35 AM

Anonymous said...
Meu querido Eduardo Lobão são tantas as histórias de coragem e de lágrimas de timorenses... Não era preciso utiliza-las para promover a imagem de uma cidadã portuguesa que tanto se preocupa com o seu carro!Ou trata-se de uma sua amiga ?!As suas preocupações com os cidadãos portugueses parecem-me bastante elitistas.Abstenho-me de mais comentários e Senhor Eduardo Lobão que fique a sua consciência embora não me parece de valores elevados!
Domingo, Junho 04, 2006 6:03:45 AM

Anonymous said...
Traduz margarida pf. Esta é importante!
Domingo, Junho 04, 2006 6:09:08 AM

Anonymous said...
Ah..... será que o EL da Lusa é o Eduardo Lobão?Só pode ser... que triste!
Domingo, Junho 04, 2006 6:12:16 AM

Margarida said...
Este Greg seria mais um cómico se não fosse tragicamente tão mentiroso e manipulador. E apetece responder a estes dislates sobre TL ser um “Estado falhado” com palavras de Mari Alkatiri: “Em 2002, quando tomámos conta do país, não havia administração pública, por isso é significativo termos tudo a funcionar. Nessa altura, 90 por cento do Orçamento do Estado era contribuição externa, hoje desceu para 10 por cento. Se isso não é progresso, não sei o que é. Talvez os 300 mil que vão diariamente à escola…”OK. Eu vou traduzir. Esperem um pouco, está bem?
Domingo, Junho 04, 2006 6:26:35 AM

Anonymous said...
em resposta a margarida disse... 5:37:07 AMo que é espantoso é que, segundo as próprias palavras de Mari Alkatiri, de facto a vigilância perante os indicadores não foi nenhuma. Mas desculpe, referia-se à vigilância dos militantes da Fretilin? Esperemos que agora, voltava a repetir, não venham para a rua os 100 mil, 150 mil ou mesmo 200 mil para demonstrarem que afinal têm o poder assegurado nas ruas... esperemos que não aconteça nada de irreversível a esse nível. E depois é bem mais saudável que ande tanta gente na rua, caso seja essa a estratégia a seguir, mas só quando forem as eleições para o Parlamento em 2007... agora não. Vejam lá isso que a borrada já está feita desde o momento que não conseguiram resolver o que muito bem poderia ter sido atempadamente resolvido a nível do aparelho militar. É que sem espectativas de futuro juntou-se demasiado pessoal que não tem nada para fazer. Lamentável é ter deixado descambar, é apenas o que digo. Ainda se estará para ver o que vai resultar daqui. E depois, outro pormenor que poderá estar como motivo incendiário foram algumas manobras de efeito duvidoso: a tentativa de assassinato de revoltosos. Ao que parece as imagens começaram a circular. Tentou-se silenciar esse pormenor mas ele vai aparecer certamente. Estava com os ditos, alguém que filmou. Aguarda-se que circule. Pelo menos na Austrália já apareceu. Deve ser mais uma montagem dos invasores externos - não vai ter outra resposta. São coisas dos dias 28 e 29... pois, veremos.
Domingo, Junho 04, 2006 6:52:21 AM

djamila said...
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=203790&idCanal=91Fomos para Timor-Leste para ajudar as pessoas, e agora estamos a dar-lhes bofetadas e a roubar-lhes o petróleo”. A afirmação é de Chip Henriss-Anderssen, major da força australiana que prestou serviço em Timor em 1999 com o contingente da ONU.O major está entre os que põem em causa a política do primeiro-ministro John Howard face ao país vizinho. “Temos de colocar a verdadeira questão, que é a de saber se fomos ou não para Timor para nos apropriarmos de reservas de petróleo que não são nossas”, afirmou ainda Henriss-Anderssen.A posição da Austrália em 1974, quando já se antecipava a retirada de Portugal, era de oposição a um novo Estado independente. Segundo Camberra, um país inviável fomentaria a instabilidade na região. Ou seja, um ano antes da invasão indonésia de Dezembro de 1975, o então primeiro--ministro, Edward Whitlam, manifestou ao presidente Suharto o seu apoio à ideia de ocupar Timor.Vinte e cinco anos depois, Howard enfrentou um cenário diverso e adoptou estratégia diferente. Confrontado com a erosão da posição da Indonésia em Timor, em Janeiro de 1999 instou Jacarta a aceitar um referendo sobre a auto-determinação. Depois, em Setembro, quando a repressão de milícias pró-indonésias que se seguiu à vitória da independência fez crescer uma onda de apoio internacional aos timorenses, Howard apoiou a resolução do Conselho de Segurança da ONU para criar uma força de manutenção de paz e envolveu mesmo tropas australianas nessa força.É a integridade deste gesto que o major Henriss-Anderssen questiona. De facto, beneficiando da gratidão dos timorenses pelo apoio prestado, o governo australiano tentou nos anos seguintes – antes e após o reconhecimento formal da independência de Timor, em 2002 – apropriar-se da riqueza petrolífera do Mar de Timor. Afirma-se, aliás, que Howard ofereceu entre três e cinco mil milhões de dólares a Timor (a ser pagos em 30 anos) se o país abandonasse a exigência de beneficiar de mais do que 18% dos lucros globais da exploração do seu petróleo. Howard terá mesmo chegado a ameaçar não voltar a ajudar o país caso a oferta fosse recusada. É claro que os valores oferecidos são irrisórios. Segundo uma estimativa de 2005, os lucros do petróleo poderiam ascender a mais de 30 mil milhões de dólares num período muito inferior a 30 anos.Alguns consideram que há, também, mão australiana na mais recente rebelião em Timor, desencadeada, recorde-se, após a expulsão, em Abril, de cerca de 600 militares das Forças de Defesa de Timor-Leste (FDTL). Afirma-se que o presidente Xanana Gusmão recusou inicialmente a oferta de ajuda australiana, mas a essa recusa ter-se--ia seguido o recrudescer da violência dos militares amotinados.Verdade ou não, certo é que Howard tem novamente tropas no país e aproveitou a oportunidade para criticar os líderes timorenses e classificar Timor-Leste como Estado falhado. O que até não é mentira, mas o que o líder australiano não referiu é o papel que ele mesmo tem tido nos fracassos do mais jovem país asiático.A FIGURAO RAPAZ DA GASOLINAJohn Winston Howard nasceu em Sydney (1939) no seio de uma família modesta que escolheu o nome do meio do pequeno John em homenagem ao primeiro-ministro britânico Winston Churchill. O pai, Lyell, e o avô paterno, Walter, eram ambos veteranos da Primeira Grande Guerra. Quando John era ainda criança, abriram uma bomba de gasolina onde Howard e os três irmãos trabalharam. Aderiu ao Partido liberal aos 18 anos antes de cursar Direito. Por ironia do destino, e apesar dos antecedentes familiares, não foi aceite no serviço militar por sofrer de ligeira surdez, facto que o aproxima do ‘ídolo’ Churchill.UM ACORDO PRECÁRIOAustrália e Timor-Leste puseram termo, em Dezembro de 2005, a dois anos de debates sobre a divisão dos recursos de gás e petróleo do Mar de Timor. John Howard aceitou, de forma reticente, a partilha paritária das receitas na zona disputada, mas ficou por definir a demarcação definitiva da fronteira marítima dos dois países. O acordo prevê que o debate sobre essa matéria fique adiado por 40 a 50 anos. A chamada zona conjunta de exploração também não foi afectada pelo acordo. Aí Timor continuará a receber 90% das receitas e a Austrália 10%. Howard aceitou as regras internacionais neste caso, resta saber até quando.O MAIS RADICAL DOS CONSERVADORESQuando em 1985 chegou à chefia do Partido Liberal australiano, John Howard afirmou que seria “o líder mais conservador que os liberais alguma vez tiveram” e considerou: “os tempos são-me propícios”. O futuro deu-lhe razão. Em 1996 venceu as legislativas, pondo fim a mais de uma década de jejum de poder dos liberais, e em 2004 conquistou o quarto mandato, tornando-se o primeiro líder australiano a fazê-lo em eleições sucessivas e o segundo a permanecer mais tempo no poder. Apenas Robert Menzies, primeiro-ministro de 1939 a 1941 e 1949 a 1966, liderou o país durante mais tempo. Fazendo jus às suas convicções, tem combatido o que designou “sociedade permissiva”, opondo-se a uniões homossexuais e combatendo a imigração asiática. Este combate envolveu-o em polémica em 2001, quando recusou receber o navio de pavilhão norueguês ‘MV Tampa’, levando a bordo cerca de 400 imigrantes, sobretudo afegãos, que tinham sido salvos do naufrágio de um barco de pesca.Francisco J. Gonçalves
Domingo, Junho 04, 2006 7:05:34 AM

Bibe malai said...
Ou me engano muito, ou a GNR deve estar a pousar em Baucau por estes momentos. Estes gajos das TVS bem podiam dar a chegada em directo...
Domingo, Junho 04, 2006 7:31:28 AM

Bibe malai said...
Baucau, 03 Jun (Lusa) - O avião que transportou o contingente da GNR para Timor-Leste aterrou hoje em Baucau às 07:18 locais (23:18 em Lisboa), onde a "recepção" foi assegurada por uma vintena de timorenses acenando com bandeiras portuguesas.A aguardar a chegada das forças militarizadas ao aeroporto da segunda maior cidade timorense estava o embaixador de Portugal no país, representantes da autoridades locais e da igreja católica.O avião fretado por Portugal transportou os 120 efectivos da GNR que vão colaborar na pacificação da capital timorense, onde têm ocorrido tumultos nas últimas semanas que causaram duas dezenas de mortos e provocaram muitos milhares de deslocados.
Domingo, Junho 04, 2006 7:47:26 AM

Manuel Leiria de Almeida said...
Haja Deus!... "Que seja bem-vindo quem vier por bem"! E eles vão!Obrigado!
Domingo, Junho 04, 2006 7:55:38 AM

Anonymous said...
Timor-Leste: Companhia da GNR chegou a BaucauBaucau, 03 Jun (Lusa) - O avião que transportou o contingente da GNR para Timor-Leste aterrou hoje em Baucau às 07:18 locais (23:18 em Lisboa), onde a "recepção" foi assegurada por uma vintena de timorenses acenando com bandeiras portuguesas.A aguardar a chegada das forças militarizadas ao aeroporto da segunda maior cidade timorense estava o embaixador de Portugal no país, representantes da autoridades locais e da igreja católica.O avião fretado por Portugal transportou os 120 efectivos da GNR que vão colaborar na pacificação da capital timorense, onde têm ocorrido tumultos nas últimas semanas que causaram duas dezenas de mortos e provocaram muitos milhares de deslocados.MA/AMN Lusa/fim
Domingo, Junho 04, 2006 7:59:32 AM

Margarida said...
Cá vai a tradução:"Greg Sheridan: Mandar as tropas para os falhados do Pacifico Greg Sheridan, Editor Internacional Junho 03, 2006Há anos atrás, noutra vida, tirei um cirso de aconselhamento a pessoas que se queriam suicidar. Foi-nos dito que uma tentativa de suicídio representa o cume duma experiência. Mesmo para uma pessoa constantemente deprimida, chegar ao ponto de se tentar suicidar é uma experiência rara e extraordinariamente intensa.E contudo uma das estratégias centrais em evitar suicídios é levar as pessoas a ultrapassar o cume. Se o fizeres, pode não se levantar outro cume, outra vez, talvez nunca mais.O que é verdade para pessoas deprimidas é também verdade para nações deprimidas. O momento mesmo antes de passarem de Estados difíceis, mal governados e pobres a serem Estados falhados, onde reina a anarquia e não há funcionamento coerente das instituições, representa um cume de intensidade. Representa também falhas do sistema múltiplas e simultâneas. Tal foi o caso em Timor-Leste e nas Ilhas Salomão, os dois estados falhados do Pacifico do Sul onde Camberra teve que intervir com força militar decisiva para restaurar uma semelhança de ordem.Também nos diziam no nosso curso de aconselhamento que era muito melhor apanhar as pessoas antes das suas tentativas de suicídio. A própria tentativa, mesmo se não tiver sucesso, era provável que fosse bastante devastadora e dificultaria muito mais a recuperação. O mesmo se passa com Timor-Leste e as Ilhas Salomão.A questão para a Australia é: Podiamos ter intervindo antes da tentativa de suicídio e passá-los pelo cume?A resposta é provavelmente sim. A total falta de conhecimento da situação dos Australianos nas Ilhas Salomão que encontrou os soldados longe de Honiara no dia em que Snyder Rini foi anunciado que era primeiro ministro, o falhanço de topar as deixas verbais das multidões nos distúrbios devastadores que se seguiram tem que ser considerada um falhanço de intelligence e de execução.Também em Timor-Leste, o facto de o Governo do Primeiro-Ministro Mari Alkatiri ter podido despedir um terço das suas forças armadas, uma medida habitual para provocar uma crise, revela o limite da influência da Australia, apesar de ser o maior dador de ajuda e o primeiro fiador internacional de Timor-Leste.A política Australiana no Pacífico do Sul tem passado por uma revolução dolorosa e profunda, de não interferência e respeito pela soberania a envolvimento cada vez mais profundo. Mas acontece que ainda não concebemos o nosso envolvimento nos termos estratégicos mais úteis. Certo é que se Alkatiri se mantiver como Primeiro-Ministro de Timor-Leste isto é um indicativo chocante da impotência Australiana. Se não se conseguir traduzir a força de 1300 troops, 50 polícias, centenas de pessoal de apoio, montes de ajuda e uma missão internacional de socorro crítica em influência suficiente para correr com um desastroso Primeiro-Ministro marxista, então não somos muito hábeis na arte da influência, tutela, fiado e, finalmente na promoção do interesse nacional. É talvez a altura de a Australia se conceber como os “USA do Pacífico do Sul”. Não defendo que absorvamos os Estados do Pacifico do Sul para dentro da Austrália. Completamente o contrário. Melhor, defendo que desempenhemos o mesmo papel que os USA desempenharam Ásia do Leste depois da II Guerra Mundial, guiando e tutelando sociedades devastadas para a modernização política e económica e, principalmente, providenciando, entretanto a sua segurança. E tal como os USA na Ásia, devíamos fazê-lo em parte através de um sistema de destacamento militar, apesar de, naturalmente, não lhes chamarmos bases Australianas. De acordo com o chefe do banco central das Ilhas Salomão, os distúrbios que destruíram a cidade chinesa de Honiara fizeram mais estragos económicos do que uma década inteira de conflitos étnicos nos anos 1990s. No fim, os pagadores de impostos Australian pagarão por esses estragos. Teria sido muito mais barato, e muito melhor para o povo das Ilhas Salomão, se 500 soldados Australianos estivessem lá para prevenir esta destruição.Semelhantemente, Timor-Leste hoje está mais pobre do que estava sob ocupação pelos Indonésios. Como comentou o Vice-Primeiro Ministro Najib Tun Razak, a sua estrutura politica está a desfazer-se. A Indonesia não teve qualquer intervenção nos últimos problemas em Timor-Leste. Mas se alguma vez houver alguma dificuldade real na fronteira Timor-Leste/Indonesia border, não são os destroçados militares de Timor-Leste que terão de aguentar a linha. Serão os soldados Australianos. Dado que será a Australia que terá de pagar a conta e que acarretará com completa responsabilidade política de Timor-Leste, uma intervenção mais activa e progressista será provavelmente um caminho melhor. O que defendo é que, destacamentos de soldados Australianos devem estar semi-permanentemente estacionados em Timor-Leste, Ilhas Salomão e se necessário noutros esquentados casos regionais, como parte de um mais vasto programa de assistência que envolva muito do pessoal Australiano que opera nas agências governamentais do Pacífico do Sul. Haverá substancial oposição a este esquema. Camberra detestará as suas implicações orçamentais e exporá a nossa lamentável falta de soldados, hoje o mais importante recurso securitário. A não ser que seja bem manipulada, poderá provocar um ricochete nalgumas sociedades do Pacífico do Sul. Mas estes sociedades têm crescentemente vindo a apelar por soldados Australianos e não o contrário.Os governos do Pacifico do Sul podiam ver estes destacamentos como aumentadores das suas capacidades e não como redutores das suas soberanias. A outra suguestão, de um esquema protector de trabalhadores-convidados para os naturais das ilhas do Pacífico do Sul na Australia, é uma má ideia que o Governo faz bem em rejeitar. Não me interpretem mal. Quero que os naturais das ilhas do Pacífico do Sul continuem a vir para a Australia como têm vindo. Mas é muitíssimo importante que venham de forma ordeira e que os que venham sejam os que têm capacidade para ter sucesso aqui. Portanto teriam que vir sob a alçada de normais critérios de imigração: como imigrantes habilitados, ou para reunião familiar reunion ou por via da Nova Zelândia. Há mais de 10 milhões de naturais das ilhas e a uma corrida impensada poderia destruir o consenso pro-imigração na Australia. Por outro lado o aluguer laboral internacional pode ajudar sociedades pobres das Ilhas do Pacifico tal como tem ajudado os Filipinos, que trabalham do Médio Oriente e suportam as suas famílias na pátria e a sua nação. A questão de fundo é: se vamos ter que pagar o custo de qualquer modo, precisamos de intervir coerentemente e claramente no caminho que ofereça a melhor oportunidade de sucesso. Inevitavelmente, isso envolve soldados"
Domingo, Junho 04, 2006 8:25:50 AM

Anonymous said...
Seria interessante e útil que alguém no terreno fornecesse informações sobre a situação da GNR e se sempre existe o "Efeito GNR" sugerido neste blog.
Domingo, Junho 04, 2006 8:26:50 AM

Margarida said...
Anónimo das 6:52:21 AM: com essa de “as imagens começaram a circular” faz-me lembrar o Bush, a Rice, o Blair e o Howard quando quiserem convencer o mundo das armas de destruição massiva dos iraquianos. Eu até me lembro do Colin Powel a “mostrar” na ONU as imagens de satélite dos laboratórios móveis e de frasquinho na mão a “garantir” que aquilo era uma amostra de “arma biológica”. Foi-se a ver…as secretas tinham-se enganado, não havia nada, rigorosamente nada.E também me lembro quando da guerra contra a Jugoslávia da Albreight, do Clinton e do Xavier Solanas com as imagens de satélite a “mostrarem” as valas comuns no Kosovo, as deportações forçadas por comboio ou os bombardeamentos contra as caravanas dos kosovares em fuga. Foi-se a ver – ou melhor andaram umas centenas de médicos forenses espanhóis à procura e nada, nem uma valazinha a dois quanto mais comum. As deportações ferroviárias afinal eram os locais a fugir dos bombardeamentos dos aviões da NATO e os bombardeamentos das caravanas tinham sido feitas por…aviões da NATO que supostamente confundiram tractores com blindados…Lembro-me também que os ataques bombistas na fila para o pão ou no mercado de Sbrenica imputado aos sérvios…foi confirmado pelos peacekeepers holandeses como tendo sido feito pelos muçulmanos contra os seus próprios irmão de fé para provocar comoção e atiçar o ódio contra a Sérvia e demonizá-la.Já percebi que para si faça o Alkatiri o que fizer está mal feito. Se não prende é porque não prende, se quiser prender nem pensar! Mas essa de agora querer fazer dele outro diabo em pessoa está um tanto batida e já só pega em pobres de espírito. E há-de reparar que aliás nem a CNN ainda mandou a Amanphour a Dili! Tenha dó!
Domingo, Junho 04, 2006 9:00:52 AM

Margarida said...
Têm mesmo aí ao lado o link da Lusa, piquem-no e leiam o resto da peça das 0:43:00, de 04-06-2006, que começa assim: Timor-Leste: Contingente da GNR recebido em festa pela população de BaucauBaucau, Timor-Leste, 04 Jun (Lusa) - Centenas de populares receberam hoje com vivas a Portugal e à GNR os 120 elementos do contingente militar português, que chegaram, em voo civil ao aeroporto de Baucau, a segunda maior cidade de Timor-Leste.(...)
Domingo, Junho 04, 2006 9:17:45 AM

Anonymous said...
ao comentário das 9:00:52 AM...Prontos, já lá estão 120 homens que irão dar algum descanço a quem mais interessava e impôr certamente, assim se espera, ordem! Mas de 120 para o caso de entrarem em acção os militantes da Fretilin... vai ser complicado.Se ainda não reparou, apesar de o repetir e não será por isso que conte para alguma coisa, o que me revolta é precisamente o não terem prevenido/evitado qualquer hostilização no seio de uma estrutura da completa responsabilidade do Governo e o garante do Estado de Direito.Quanto aos dois primeiros parágrafos da sua amável explicação, concordo consigo, só discordo do ínicio "com essa de "as imagens começarem a circular"... a mim, e é isso que agora me interessa que toda essa história que conta sabe-se perfeitamente que são as manobras a que os Poderes recorrem.mas, já agora um mas... prefiro lembrar-me das imagens de Max Stall, dos slides do Steve Cox e de alguns outros aquando do massacre de Stª Cruz - porque aqui é mesmo Timor-Leste que interessa. Sairam para fora e ninguém as desmentiu. Serviram para ir convencendo aqueles que não acreditavam, os que não se queria mexer ou desconheciam a chacina de longo prazo que decorria em Timor. Nesse movimento obviamente o que se viu foi a evidência. Quando falo de imagens é sobre evidências que me debruço. E o que disse com estas, que não vi confesso, é que se por acaso aparecem evidências que não deveriam aparecer é uma chatice, não acha? Ou também não acha que já é uma chatice tremenda esta porcaria toda ter acontecido? Resolvem-se as coisas atirando um tiro no próprio pé? Duvido, só se for para se voltar para casa... Quanto ao sr. PM Mari Alkatiri, eu não disse que tudo o que fazia estava, está ou estará mal feito. Lamento apenas que nesta crise tenha tomado a posição que tomou. Não é de agora. Não é apenas culpa dele mas é ele o responsável político por toda e qualquer decisão que o Governo adopta. Foi capaz de mandar fora 40% das forças militares (inimaginavelmente, desculpe, com todo o Poder e Direito mas sem sequer fazer contas a quanto é que isso pesava na balança de forças... qualquer pessoa sabe fazer essa conta mas não chega!), deu no que deu. Agora pode chamar-lhe os nomes que quiser, o mal está feito. Se realmente se conseguir provar a teoria da conspiração seria óptimo. Mas se não o consegue, porque não tem serviços secretos?! Por favorzinho. É melhor começar a contar estrelas.Meus caros, "as partes envolvidas vão ser todas ouvidas"! O que deduzo se vão arranjar argumentos e provas do que cada uma das partes terá agora a dizer - já que em tempo útil e soberano, exclusivamente com os próprios timorenses isso não foi feito, tê-lo-á que ser agora. Aí se verá. Resultado: um Governo eleito, um país soberano, pede para lhe resolverem o problema. Deviam de facto reflectir! Claro está, falo dos políticos. Sobretudo da forma como lidaram politicamente com esta crise...Acrescentando, convirá dizer que a aproximação do sr. PM ao povo não é nada amável, por muito emotivo que seja como pessoa, não me parece que tenha uma boa forma de dialogar com o povo. Com a Igreja já se viu. Há uma frieza. É bom para o negócio? Não discuto. Mas seja lá quem for, bom ou muito bom em matérias a que o povo não tenha depois o feedback, duvido que alguém resista. Parece-me que há uma classe de políticos em Timor-Leste que deixam alguma coisa a desejar ao seu próprio povo. O Poder corrompe a alma, não concorda?E para terminar, aproveitando o balanço, já agora também lhe sugerirá isto mais alguém, não? Pois... o mais incrível deste blog, embora compreendendo o esforço e sobretudo algumas pessoas que aqui vieram para tentarem saber alguma coisa do que se passava, é que o mesmo seja o "blog avançado" do sr. PM com honras no jornal Público ao segundo dia de existência (é obra!). Não perturbaria se não tivesse desatado quase após o seu aparecimento a bater em todas as direcções que não interessavam. Denegriu da Igreja, a Ramos Horta... a mais grave, para mim claro, o próprio Xanana Gusmão! Foi das melhores obras que aqui fizeram. Uma verdadeira obra de arte da água para fora do capote. Uma vergonha! Andaram para ali a embirrar com ele... e ele a aguentar. Se aqui embirrei com alguma coisa foi pelo sectarismo detectado por estas paragens. Que de facto o sr. PM foi teimando desde o princípio que "eu é que mando, eu é que mando, mandatado como fui, aprovado pelo blá-blá partidário, etc e tal...", uma verdadeira arrogância por causa do Poder que dtinha legitimamente mas ao mesmo andamento e com o mesmo Poder que tinha antes não resolveu a bronca que armou com este comportamento! Não acha? Não achará a Fretilin? Que chatice se a própria Fretilin não enxergar o que se passou. Não tardou a ver-se que afinal Xanana estava com razão desde à muito tempo. Porque é que Xanana está calado, porque é que falou, porque é que falou a mulher e não ele, etc, etc... Pelos vistos tinha que ser assim porque se fosse de outro modo não podia ser. Porque não o prendem a ele por ter dito que não achava JUSTA a decisão que vocês tomaram apesar de LEGAL? Chegaram a confidenciar aqui que Xanana teria confidenciado um dia que gostaria de ser ditador... é curioso, até aposto que sei a quem foi mas arrisco a dizer que mais valia ter vários Xananas em lugar de uns srs. doutores que sinceramente de políticos devem apenas ter o que de piorzinho anda pela Europa, em especial em Portugal.Há uma coisa que gostaria de saber se for possível: quem é que tramou Konis Santana? Pode ser que saibam. Ou estão proibidos de dizerem? Se quiserem esquecer até se aceita. A "limpeza" histórica é apanágio... ou podem nem saber, mas como aqui parece que sabem mesmo tudo porque lidam com a verdadem perguntei. obg
Domingo, Junho 04, 2006 11:17:27 AM

Fijiblues said...
Leiam o artigo que saiu hoje no The Australian assinado nem mais nem menos que pelo Foreign Editor Greg Sheridan: http://www.theaustralian.news.com.au/story/0,20867,19320635-25377,00.html Diz ele: "Portugal is Australia's diplomatic enemy in East Timor". Vários jornais neo-zelandeses, pelo contrário, elogiam a atitude de Portugal e relevam que somos os maiores dadores em Timor, tendo concedido mais de 350 milhoes de dolares de ajuda desde a independencia.
Domingo, Junho 04, 2006 11:27:22 AM

Anonymous said...
Talvez o blog não seja sectarista mas apenas tenha uma opinião e leitura diferente da sua.E olhe que você é bastante sectarista e dos agressivos.E nunca se esqueça que acreditar em mitos e ser inflexivel nas opoiniões é sinal de estagnação.
Domingo, Junho 04, 2006 11:53:06 AM

Anonymous said...
Timor-Leste: Uma história feliz... com lágrimasPois felizpara a gaija que fica com o carro com lágrimaspara o desgraçado do timorense que ficou pior do que estavaLinda a história!Por isso foi piublicada. Só por isso!(Não sejam más linguas)
Domingo, Junho 04, 2006 12:16:29 PM

Anonymous said...
Camberra, 04 Jun (Lusa) - A crise em Timor-Leste poderia agravar-se significativamente se o primeiro- ministro timorense, Mari Alkatiri, fosse obrigado a demitir- se, considerou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros australiano, Alexander Downer."O partido do primeiro-ministro, a Fretilin, tem uma clara maioria no Parlamento", disse o chefe da diplomacia australiana ao canal australiano Seven Network."Se fosse, de alguma forma, obrigado a demitir-se e, especialmente por forças exteriores, estimo que isso destabilizaria ainda mais o país", considerou.***************************+Ah!Ah!Ah!Ah!EFEITO GNR
Domingo, Junho 04, 2006 12:20:45 PM

Manuel Leiria de Almeida said...
Confirma-se que a GNR já chegou a Dili?Há rumores de que se prepara uma grande manifestação para amanhã, em Dili, para exigir a demissão do Governo?
Domingo, Junho 04, 2006 4:40:33 PM

Margarida said...
Anónimo das 11:17 AM: quanto ao facto de criticar o Governo por “não terem prevenido/evitado qualquer hostilização no seio de uma estrutura da sua completa responsabilidade” já o próprio PM explicou “às vezes por vontade de construir a paz, educamos os nossos militantes de forma a serem passivos demais. A nossa palavra de ordem escolhida em 2000 foi: “Tolerância máxima e vigilância total”. O que aconteceu foi uma tolerância sem limites e nenhuma vigilância”. Acredito que depois do que aconteceu, tentarão mudar, mas de qualquer modo, o que se passou aí era quase impossível de prevenir, depois de tantas centenas de anos de colonialismo, seguida de guerra civil e de ocupação indonésia a explosão da liberdade teria de dar nalguns excesso. É como quando se abre a válvula duma panela de pressão, só depois do ar todo sair é que se pode abrir a tampa…E sobre as “imagens que começarem a circular” como diz, sabemos perfeitamente das “manobras a que os poderosos” deitam mão mas só o facto de não terem começado a circular já é significativo. Também deixei de ouvir referências às tretas dos mais de “60 mortos” e às exigências de inquéritos pela ONU e se até a Lusa ontem fez a peça de ter havido 21 mortos (incluindo os de 28 de Abril) talvez tudo isto seja sinónimo de recuo de mais uma planeada inventona. Quanto às imagens de Max Stall que tanto nos chocaram, essas infelizmente retrataram o que de real se passou e é o oposto a essa montada “encenação” de que falou.Sobre as posições que o PM toma vocês aí sabem que ele é uma pessoa determinada, jurou cumprir a Constituição (que ajudou a elaborar), jurou garantir a soberania timorense, e nada o demoverá disso. As insuficiências que lhe aponta, são isso mesmo, insuficiências, como sabe ninguém é perfeito. Quanto à acusação de ser dele a responsabilidade de “mandar fora 40% das forças militares”, lá está você a antecipar-se às conclusões do inquérito. Tanto quanto sei ele ainda nem concluído está, quanto mais divulgado. Aguardemos com serenidade. Mas independentemente das conclusões, às vezes, para salvar uma vida, é preciso amputar uma perna (ou mesmo as duas) se elas estão gangrenadas.E como disse o PM ao Público: “quando se solicita a intervenção de outros, faz-se um empréstimo de parte da nossa soberania: Fizemos isso porque queríamos evitar o derramamento de sangue, mais mortes”. Ora, pagamos os empréstimos com alguns juros, mas uma pessoa inteligente, pagará o empréstimo (e os juros) logo que lhe seja possível, para se ver livre da dívida e sacudir essa dependência. E todos reconhecem inteligência ao vosso PM e uma grande sabedoria negocial. Haja pois esperança.Sobre o feitio dele, é o próprio quem confessa à acusação de ser arrogante, frio e distante que “é a minha maneira de ser. Mesmo dentro da minha família dizem isso. Tento corrigir-me. Sou uma pessoa com sensibilidades e reajo com emoção. Não tenho a cultura oriental, javanesa, que sorri a tudo, mas apunhala pelas costas.”Mas não se esqueça duma coisa: ele foi eleito PM de Timor-Leste. Não nasceu rainha de Inglaterra nem se tornou Lady Di por casar com o filho da rainha. E finalizando (porque hoje só lá muito mais tarde posso aqui voltar pois vou sair) lembre-se que não é com vinagre que se caçam moscas e que uma pessoa reservada sairá da sua timidez se lhe sorrirem, mas se estão sempre a criticá-la ainda se enconcha mais. Afinal somos todos e só, humanos. E a todos bom dia ou boa noite!
Domingo, Junho 04, 2006 4:52:43 PM

Manuel Leiria de Almeida said...
Vamos a ver se a gente se entende: um político deve ser julgado pela sua política (incluindo económica) ou pela cor dos seus dentes, por ser carrancudo ou não?Por favor: deixem de julgar o homem pelo número de vezes que ri e passem a julgá-lo pela justeza (ou não) das políticas que implementa. E não se esqueçam de fazer um ensaio sobre como seria o país sem ele. Melhor? Pior? Alguém estaria em condições de fazer mais do que ele fez pela institucionalização do Estado timorense?Cada qual que dê a sua resposta... Prncipalmente os timorenses no momento oportuno: em eleições e não em manifs mais ou menos manipuladas (como todas as manifs, né?!...)
Domingo, Junho 04, 2006 5:11:00 PM

Margarida said...
Só mais esta chamada de atenção para esta peça das 7:10:00 da LUSA. “Timor-Leste: PM saúda chegada da GNR, esperançado melhoria condições segurança(…) "Tem havido cada vez melhor coordenação no capítulo da segurança e a chegada da GNR vai consolidar esta situação ainda mais, permitindo mais estabilidade", afirmou, em declarações à Agência Lusa na sede da Fretilin, partido do governo, que hoje reúne o seu Comité Central.Questionado sobre a pretensão da Austrália de comandar as forças da GNR, Mari Alkatiri explicou que Camberra defende que, à semelhança de outras operações idênticas, seria necessário "haver um comando único"."Eles baseiam-se na sua experiência de outras situações, mas há outras formas de coordenação que podem ser positivas", afirmou (…).O governante comentou igualmente as declarações de hoje do chefe da diplomacia australiana, Alexander Downer, que numa entrevista em Camberra admitiu que a crise em Timor-Leste se poderia agravar significativamente se o primeiro-ministro timorense fosse obrigado a demitir-se."O partido do primeiro-ministro, a Fretilin, tem uma clara maioria no Parlamento", disse ao canal australiano Seven Network."Se fosse, de alguma forma, obrigado a demitir-se e, especialmente por forças exteriores, estimo que isso destabilizaria ainda mais o país", considerou.Para Alkatiri estas declarações sugerem que o governo australiano está a começar a "reconhecer a realidade", relembrando que ele próprio já tinha explicado o possível impacto da sua demissão na estabilidade política do país, em especial uma eventual reacção de militantes da Fretilin. (…)E assino por baixo do que escreveu o Manuel Leiria de Almeida. Xau, agora é que tenho mesmo de ir!
Domingo, Junho 04, 2006 5:37:39 PM

Bibe malai said...
Esta é para os portugasTimor-Leste: Kuluhun em festa, com vivas a Portugal, na chegada da GNR a DíliPor António Sampaio e Paulo Rego, da Agência Lusa.Díli, 04 Jun (Lusa) - Centenas de timorenses receberam hoje com gritos efusivos, bandeiras e cachecóis de Portugal os 120 militares da GNR que chegavam ao bairro Kuluhun, na entrada em Díli, uma recepção que revela a confiança da população nos agentes portugueses.Na ponte de Becora, jovens e velhos, os primeiros com bandeiras e gritos de Viva a Portugal, os outros em palmas e animação, acolheram a coluna que partiu ao início da tarde de hoje de Baucau, 120 quilómetros a leste de Díli.à semelhança do que já tinha ocorrido na passagem por Manatuto e Metinaro, no caminho para a capital, também em Díli a população ladeava as ruas, saudando os militares.Espantados, sem perceber o que se passava, seis soldados australianos, em patrulha na zona, param para ver a coluna passar e um deles, em dúvida, perguntou ao timorense mais próximo: "o que é isto?"."São os soldados de Portugal", disse o jovem, em inglês.Maria da Piedade, bebé ao colo, furou a multidão, e conseguiu aproximar-se o suficiente de um dos carros da coluna para entregar a um militar português um ramo de "bungha", uma flor rosa tradicional de Timor-Leste.E emocionada disse: "estou muito alegre porque os soldados de Portugal estão agora em Díli. Agora vai haver paz".De trás, mais flores caíam sobre as carrinhas da coluna, formada por viaturas da cooperação portuguesa, camiões de caixa aberta carregados com o equipamento da GNR e carros e motas de timorenses que se juntaram na entrada em Díli.Vítor, de seis anos, uma das dezenas de crianças que se juntaram à festa, traduzia outro sentimento que ecoa em Kuluhun:"estou contente porque gosto muito de Portugal".Manuel de Sousa, funcionário do Ministério da Saúde quis falar aos jornalistas, dizer que está "muito contente" e que "até hoje a segurança em Díli não estava garantida"."Com a chegada da GNR tenho a certeza que todos vão voltar para casa", afirma.E, com a certeza que os seus mais de 50 anos lhe conferem, pediu que os militares portugueses não sejam como os australianos, "serenos e meigos", mas tenham antes "uma atitude mais dura e severa"."Duríssima mesmo. Estas lutas pelas cadeiras do poder deixam o povo em cheque", acrescentou um outro timorense, dentes vermelhos do betel.Eduardo, por seu lado, explicou a esperança que a população de Díli deposita na chegada dos efectivos portugueses, não tanto pela eventual dureza da sua acção, mas antes porque "conhecem muito bem o país e, por mais grave que seja o problema, vão ajudar a resolve-lo".O acolhimento em Díli traduz o entusiasmo que domina todas as conversas na cidade.Residentes, governantes e expatriados juntam-se na expectativa de que a chegada do contingente português possa fazer regressar a Díli, sem policiamento há quase duas semanas, a segurança suficiente para que as dezenas de milhares de desalojados possam voltar às suas casas.Uma situação que, na opinião do major Paulo Soares, da GNR no terreno, "eleva os patamares de responsabilidade" da equipa de militares portugueses agora no terreno."Sentimos de facto essa ansiedade e uma enorme expectativa quanto à nossa chegada", disse à agência Lusa."Mas este é um contingente com muita experiência, quer ao nível de missões aqui em Timor-Leste, quer no Iraque. São militares habituados a lidar com este tipo de situações e que actuarão sempre dentro da sua capacidade técnica e operacional, e independentemente das ansiedades e das expectativas", frisou.Ainda que grande parte do equipamento dos militares portugueses não esteja ainda no terreno, Paulo Soares garantiu que a partir do momento em que chegar a Díli, e ainda que esteja em fase de instalação, o contingente terá "capacidade de actuação"."Não lhe posso dizer se será numa actuação com os 120 ou com um grupo mais reduzido, mas está preparado para actuar de imediato", frisou.Esta é a segunda vez que a equipa de operações especiais da GNR actua em Timor-Leste, depois de uma missão de dimensão idêntica ter estado no terreno entre Fevereiro de 2000 e Junho de 2002.Os militares portugueses estão em Timor-Leste na sequência de um pedido formalizado pelas autoridades timorenses a Portugal, Austrália, Nova Zelândia e Malásia para o envio de forças militares e policiais para apoiar na restauração da lei e ordem em Díli.Nos últimos meses, Timor-Leste tem vivido os seus piores momentos de tensão, instabilidade e violência desde que se tornou independente, há quatro anos, na sequencia da eclosão de uma crise político-militar que tem sido marcada por divisões no seio das Forças Armadas e da Polícia Nacional, e elevada tensão política.Pelo menos 21 pessoas morreram e mais de 120 outras ficaram feridas na sequência dos confrontos marcados pela destruição de propriedade pública e privada e pelo saque de casas e edifícios públicos.Lusa/Fim
Domingo, Junho 04, 2006 6:34:48 PM

Manuel Leiria de Almeida said...
Estou mesmo a ver a cara dos australianos a verem como a população de Dili recebeu a GNR como se de libertadores se tratassem!Que raio de ligação esta, certamente única no mundo, entre ex-colonizador e ex-colonizado que choram nos braços um do outro quando um deles está aflito?!...Viva Timor Leste! Viva Portugal!
Domingo, Junho 04, 2006 6:42:37 PM

AEF said...
Viva Timor, viva Portugal!
Domingo, Junho 04, 2006 8:15:50 PM

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.