quarta-feira, outubro 11, 2006

Ramos Horta: Os Australianos não devem ser acusados do golpe

Tradução da Margarida.


ABC/AFP – Quarta-feira, Outubro 11, 2006. 5:04am (AEST)

O Primeiro-Ministro de Timor-Leste, José Ramos Horta, diz que os relatos de que a Austrália teve um papel no golpe contra o seu antecessor, Mari Alkatiri, são disparates.

O Dr Alkatiri foi forçado a sair do cargo no fim de Maio quando o líder amotinado Alfredo Reinado liderou os colegas da polícia militar para as montanhas por detrás de Dili.

Os amotinados recusaram-se a renderem-se até o Dr Alkatiri ter resignado.

A televisão SBS emitiu uma reportagem afirmando que dois estrangeiros de língua Inglesa e dois soldados Timorenses contactaram dois oficiais Timorenses de topo e encorajaram-nos a montar um golpe.

O Dr Ramos Horta disse no programa Lateline da ABC TV que a reportagem não é credível.

"Como digo, (é um) disparate absoluto," disse. "Apontar imediatamente o dedo à Austrália ou a qualquer outro vizinho nosso é simplesmente um erro. "Eu sabê-lo-ia e eu sei que não houve envolvimento da Austrália, dos USA ou da Indonésia nos nossos problemas."

O Dr Ramos Horta diz que não sabe porque é que a Austrália teria querido o Dr Alkatiri fora da liderança.

"Fui um membro do gabinete de Alkatiri," disse. "Foi ele que garantiu o sucesso de dois acordos importantes, tornando-nos financeiramente independentes, e ele foi louvado por isso por isso não vejo porque razão é que a Austrália quereria que ele saísse."

Entretanto, o International Crisis Group emitiu um relatório dizendo que Timor-Leste precisará de empreender a reforma do sector da segurança para entrar nos carris depois do desassossego que culminou na resignação do Dr Alkatiri.

A pequena nação de quatro anos de idade caiu no caos em Abril e Maio depois do Governo ter demitido mais do que um terço das suas forças armadas.

As tropas desertaram dos seus quartéis queixando-se de discriminação.

Os protestos degeneraram em batalhas entre facções rivais dos militares e dos polícias e gangs de rua rivais.

O ICG põe a contagem (de mortes) em mais de 30 pessoas.

Mais de 3,200 tropas, a maioria delas Australianas, foram despachadas para restaurar a segurança.

"Resolver a crise dependerá duma reforma compreensiva do sector da segurança e de melhor fiscalização dos tribunais," disse um relatório do think tank com base em Bruxelas.

"Mas com eleições previstas em Maio de 2007, dependerá também das reformas no seio do partido no poder, a Fretilin, e da vontade de actores políticos chave para se sentarem e acordarem nas soluções."

Robert Templer, o director do programa da Ásia do ICG, diz que a "crise escalou em parte porque não houve controlo sobre indivíduos com interesses pessoais e bases de poder privado ".

"A saída é através da construção de instituições de modo que as acções de indivíduos não tenham tanto peso," disse.

Causas históricas

O relatório diz que as raízes da crise então parcialmente nas tensões no seio da Fretilin antes e durante a ocupação de Timor-Leste pela Indonésia.

Os Timorenses votaram pela independência da Indonésia em 1999.

"Disputas ideológicas e políticas nos anos 1980s e 1990s, particularmente entre membros do comité central da Fretilin e [o agora Presidente] Xanana Gusmão, então comandante do exército de guerrilha Falintil, transmitiram-se ao governo do póst-conflito," disse.

O relatório diz que outra semente foi plantada quando os lutadores das Falintil foram desmobilizado em 2000.

Uma nova Força de Defesa absorveu alguns mas deixou outros desempregados e ressentidos ao mesmo tempo que a comunidade internacional se focava na criação de uma nova força de polícia.

"Que muitos dos polícias, checados e re-treinados, tivessem trabalhado para a administração Indonésia, foi mais sal nas feridas dos ex-lutadores," disse o relatório.

O ICG diz que a rivalidade entre o largamente sem poderes Sr Gusmão, que está comprometido com o pluralismo democrático, e um partido no poder com tendências autoritárias é um outro factor.

Lobato criticado

O antigo ministro do interior Rogério Lobato, que enfrenta agora acusações por distribuição de armas, foi apontado pelo ICG pele sua manipulação de tensões.

"Como ministro do interior, controlou a força da polícia, encorajou a rivalidade com a Força de Defesa, a maioria dos quais eram pessoalmente leais com Xanana Gusmão, e criou unidades de polícia especializadas que efectivamente se tornaram uma força de segurança privada," diz o ICG.

"A polícia sob seu controlo estava encarregada da lei e da ordem, do patrulhamento da fronteira, do controlo de motins e da imigração.

"Nunca ficou claro qual era o papel da Força da Defesa."

O relatório saiu à frente da emissão do da Comissão Especial Independente de Inquérito da ONU, que é esperado mais tarde este mês.

O inquérito provavelmente indicará os nomes dos que estiveram por detrás dos piores incidentes de violência este ano.

O relatório do ICG avisa que a emissão do relatório da ONU pode desencadear pedidos de justiça instantânea que os tribunais de Dili estão mal preparados para prestarem.

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Primeiro-ministro confirma disponibilidade portuguesa

Rádio Renascença - 11/10/2006 - 11:25

Em declarações à Renascença, Ramos-Horta confirmou que o ministro português da Administração Interna lhe manifestou disponibilidade para aumentar o número de militares da GNR em Timor.

Recorde-se que já esta noite, a Renascença noticiava que a GNR está já a preparar a duplicação do contingente em Timor-Leste. Lisboa está disponível para satisfazer a vontade do Executivo timorense, embora os militares só partam só com a "luz verde" da Nações Unidas.

Tudo parece, no entanto, encaminhar-se nesse sentido e a GNR já recebeu mesmo ordens para preparar a missão.

A confirmar-se este reforço, com o envio de mais 140 homens, passará a quase três centenas o número de elementos da GNR emTimor-Leste.

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East Timor: Green Hat, Blue Hat

New Matilda
By: Maryann Keady
Wednesday 11 October 2006


The United Nations has deferred until 25 October a decision on whether East Timor will have a fully integrated UN mission with military components included, or one where Australia takes the lead military role, separate from the UN mission, with its own national command structure.

The decision has been the subject of heated discussion within the United Nations, with Australian representatives waging a concerted campaign for the latter. Australia has the support of the US, UK and Japan, and has managed to persuade East Timor to get on board, but others remain unconvinced — with Brazil going so far as to call Australia’s intended role in East Timor a ‘neo-trusteeship.’

Yet despite the misgivings of Brazil, Malaysia, Portugal and New Zealand, it seems more than likely that Australia will succeed in getting its way.

Reports from the East Timorese NGO Lao Hamutuk that East Timorese Prime Minister José Ramos Horta backed down from his support for the UN fully integrated mission after pressure from Japan (Chair of the UN core group on East Timor) have contributed to views that Australia and its allies are attempting to reduce the role of the UN in East Timor.

A Japanese mission official in New York stated Japan’s position very clearly. He told me that East Timor needs an ‘over the horizon’-type force — available only in emergencies — and that it is only logical Australia be the lead player in East Timor, with its troops already on the ground. Because the security situation in East Timor is relatively stable, he said, there is no need for a UN military presence.

Japan argues that peacekeeping resources are limited, and the trend of combining the UN with other regional actors is a very good strategy — one that reflects the future of UN operations worldwide, according to the official. He added that Japan sees Australia, the US and the UK as ‘likeminded’ partners. (Japan, of course, is not just a good US and Australian ally, but is also one involved in a tussle for a permanent Security Council seat — aggravating its neighbour China — and is this month rotating Chair of the Security Council.)

The reality is that Ramos Horta probably had no option but to agree to the Australian/Japanese position, as the future of East Timor is more obviously aligned to accommodation with the Australian position than not. It is hard to argue against Australian troops being the lead military player in the country that is decidedly in our sphere of influence.

The politics behind this decision more likely reflects the tug of war between US and Chinese aspirations in the Asia Pacific than any real disagreement between other member nations. Many issues, from Darfur to Iran, have divided UN member countries into those supporting the US and its allies and those supporting the emerging power. An interesting profile of Beijing’s Ambassador to the UN, Wang Guangya, in last month’s New York Times Magazine detailed the fight within the organisation with much candour, citing Darfur and Lebanon as just two issues that have seen China try and flex its muscles.

East Timor is no different, simply a smaller example of the larger tussle on the world diplomatic stage. China has cultivated business and aid relations with East Timor, as it has with many Pacific States, and it may be suspicious of a larger role for Australia there.

Thanks to Sean Leahy

But geopolitics and defence rationale aside, the more important question lies with the dangers of Australia being seen to ignore the plight of the East Timorese. The question that needs to be asked is: what is the benefit to East Timor of Australia taking the lead military position?

Australia has headed an international mission that has not been able to stop violence in a small, poor country. Rebel leader Alfredo Reinado and his band of merry followers (numbering over 50) have escaped from jail and the Australia troops can’t find them. There are cynical politics at play when Australian troops, international police and local politicians can’t find 50 escaped criminals in a country the size of East Timor — while journalists can.

The Australian and international police presence has done little to reassure the East Timorese people that their ongoing security is a priority. Thousands are still living in refugee camps and are afraid to go home because of ongoing violence. It needs to be asked how the UN police budget (which is to be spent on training local police) and Australian troop wages can be justified when security personnel are seen — as I have witnessed personally — sitting idly by while small pockets of individuals create more disturbances.

At danger is the reputation of Australian troops within East Timor. If the troops are not there to ‘protect’ East Timorese, then distrust is sure to grow — not between the political elites of each country, who are aware of the necessity of the relationship, but between the average East Timorese and the Australian soldier. An obvious question is whether this is a desirable template for our new relationship with the region.

Several incidents involving Australian personnel in East Timor haven’t helped the situation on the ground. Rui Manuel, an employee of the World Bank, wrote to Australian commander Brigadier Mick Slater on 10 July to complain about two instances where he was rudely abused — first, attempting to deliver food to a cousin at the airport, and second simply driving home one night. Indignant over complaints by other East Timorese he wrote:

I am writing to you to express my deep concern over the Australian soldiers who behaved unprofessionally which is a far cry from what has been written in the pamphlets distributed to community as being ‘Australian friendly security guardians’ in Timor Leste … I would like to call for your kindly attention … so that the Australian Force will be able to gain a privilege and respect from our people as being the safe guardian in our country which had been humiliated and oppressed in its dignity for 24 years.

This came on top of an incident that caused much fury in Timor — the strip-search of an East Timorese policeman by an Australian Federal policeman, an action that East Timor Parliamentary President Francisco Gutteres called ‘an abuse of East Timor’s rights as an independent country.’ Leadership is required in East Timor that reflects the importance of real relations between neighbours — not colonial attitudes reminiscent of an earlier age.

On the other hand, what has the UN done to ensure the safety of ordinary East Timorese? The UN mandate still maintains that it is the protection of UN property — not the protection of the East Timorese — that is its main concern in times of crisis. Rwanda showed just how ineffective the UN is in times of unrelenting violence. In East Timor, in 1999, UN and international personnel left Dili on planes as locals huddled in the hills with militia roaming the streets.

The discussion over whether the UN or Australia should run the military component is academic: Australia clearly wants East Timor as a military partner and will likely achieve its goal. But is this Australian regional protection or Australian regional projection? That an Australian-led military mission is in the best long term interests of the East Timorese is a convincing and rational argument. But the rhetoric has to be grounded in a reality that inspires trust.

To win the support of the ordinary East Timorese, the Australian Government needs to persuade them that Australia cares about their lot. This is the message that people understand, even when geopolitics is the uncomfortable bed on which a new nation is made.



About the author

Maryann Keady is a freelance radio journalist and reporter who has covered East Timor for ABC and SBS. She is currently at Columbia University’s Weatherhead Institute looking at US Foreign Policy and China. Her first book of interviews, China Conversations, will be published in 2007.


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De um leitor

Without any shadow of doubt, we all agree with the fact that Horta was and still is one of the best Diplomat East Timor ever had; we all agree that his contribution in East Timor long and hard struggle of Resistence in the Dipomatic Front is admirable; we all agree and acknowledge the fact that with his passion to this Nobel Cause of the East Timor Struggle, Ramos Horta had achieved more than Half a Million US Dollar to his pocket and the Honour of the Nobel Peace Prize that he is carrying around with him in his forehead.

The World is watching him (Dr. Ramos Horta) in his every single movement, in his every single action to see if He really and still plays his role as a Nobel Peace Prize.

For this Laureate, being a PM or a PR of the small and unstable East Timor is just a step stone towards the ever more ambitious position: to be a World Leader, to be the next Kofi Anaan.

He is cautious in his speach as FRETILIN already remind him that whatever he said or do has to be in accordance with FRETILIN guidances as well as he is very cautious in his prevision of the future by playing the game of " I do not want, but if ....." and naively push the new generation as he did along in this crisis by proposing Arsenio Bano or Rui Araujo to replace Alkatiri and He ended up gain the result - He became The Prime Minister.

He knows so well the filosofy of pushing this new generation that can figth for him to achieve what He wants.

So, we know that seven months is not enough to lay down any concrete plan for East Timor Development and as he never had any plan at all for East Timor Development, cleverly, he knew how stop the disclosure of the information that He does not have.

I admire this guy for his ability to play the role as Peace Fighter, Peace Keeper and to become the Man of Peace. Watch out for what is coming up in the next few months...

I still believe that only a true love to the Maubere People can fight for the Development of Big Projects in East Timor that can be a "multiply factor" to the economical and social life of the Timorese People.

"Maubere word" used to be a regular vocabulary of Horta's everyday life, but now He no longer needs it and it is convenient for him not to mention again in favour of His neo-liberalisme Policies - Profit to the big companies.
The Maubere People does not have enough Money as this Big Companies to support Him to his next Post (Kofi Anaan Position), as we all know.

We have to be aware of the fact that as the result of many mistakes done by the UN with the connivence of Horta as well, East Timor is now on the verge of a Failed State and soon would be advised to be a Protectorate of a Foreign Country.

Macksander C.

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Da boca para fora...

7News - Wednesday October 11, 11:36 AM

Timor PM praises Australian forces

East Timor's Prime Minister has thanked Australian troops for the part they played in restoring stability to the troubled fledgling nation.

Jose Ramos Horta said he was impressed with the way Australian soldiers conducted themselves.

"Their professionalism, the effectiveness of the force, their strict respect for East Timorese suggest we should continue," Horta said during an address in Sydney yesterday.

Horta said that he hoped that around a thousand Australian personnel would stay in the region for the next year while Timor organised its police force.

The Timor PM said a lot of work was needed to recover from this year's violence and political unrest.

Violence broke out in East Timor in April this year after about 600 soldiers deserted their posts claiming discrimination and sided with rebel leader Alfredo Reinado.

Riots and clashes between gangs of youths followed during a period of lawlessness that lasted until Australian and international forces could restore order in the Timor capital of Dili.

Giving an address in Sydney, Horta said the security situation in his country had improved from the violent scenes but there is still a great deal of work to be done.

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Australia's top cop criticises UN police

Reuters - 7.45pm Wednesday October 11, 2006
By Rob Taylor

CANBERRA - Australia's top policeman has given a blunt assessment of United Nations police sent to world trouble spots and said a group of Bangladeshi police sent to East Timor could be more of a hindrance than a help.

Australian Federal Police Commissioner Mick Keelty said the United Nations was increasingly relying on civilian police rather than troops for security deployments, but they were often poorly trained and more comfortable policing at home.

"Nor are we likely to see overnight any major successes with the arrival in recent days of 186 police from Bangladesh to serve in Timor Leste," Keelty told Australia's national press club.

"It's a familiar story for the UN. It's hard to get donations of police skills of comparable ability from all around the world, and we find ourselves increasingly trying to help those police who are sent to help."

The United Nations is increasingly relying on police in the aftermath of the Iraq war, arguing they are often better suited than soldiers for apprehending criminals and calming rioting mobs.

Australia has around 700 police deployed to Sudan, Jordan, the Solomon Islands and East Timor, where they were sent in May this year following an outbreak of ethnic violence fuelled by fighting within the security forces. At least 21 people died and more than 150,000 were displaced.

As part of its rebuilding, East Timor has asked the United Nations for at least 800 police to help stabilise the country for a period of five years.

Australia led a force of 3200 foreign peacekeepers to end the May fighting, which pitted East Timor's police and military against one another.

There are currently 130 Australian police in the fledgling nation, helping train and rebuild the East Timor police force, and assisting the United Nations to maintain security.

Keelty said the United Nations' multi-nation approach to training East Timor's police following the country's vote for independence from Indonesia had been a clear failure.

The world body is preparing a report into the May violence and the massacre of 12 unarmed police by soldiers outside UN police headquarters in Dili.

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Giving jobs to East Timor deserters urgent - ICG

Reuters - 10 Oct 2006 11:58:00 GMT
By Ahmad Pathoni

JAKARTA - Giving jobs to some 600 military rebels whose dismissal triggered deadly violence in East Timor this year is crucial to resolving a crisis there, the International Crisis Group (ICG) said in a report on Tuesday.

The ICG said the critical situation that began with widespread violence in May was not over and the release of a United Nations inquiry into the violence, due this month, was potentially divisive and could lead to fresh trouble.

A series of protests dissolved into chaos and violence, mostly in and around East Timor's capital of Dili, in May after then-prime minister Mari Alkatiri sacked 600 mutinous members of the young country's 1,400-strong army. "Leaving close to 600 soldiers outside the system is a time bomb, even if they are mostly disarmed," said the ICG, a Brussels-based conflict prevention group.

The leaders of the violence should certainly not be allowed to return to the security forces but either military or civilian jobs needed to be found for others who were not involved, the report said.

An estimated 100,000 people were displaced in the violence, which led to the deployment of a 2,500-strong international peacekeeping force before a degree of order was finally restored. Even after it arrived, there have been sporadic outbreaks of arson, and clashes between gangs of youths.

The roots of the violence are complex, with elements of political and regional rivalries involved. Prime Minister Alkatiri resigned under pressure in June. He was replaced by Jose Ramos-Horta, a Nobel Peace Prize winner and East Timor's representative abroad during its struggle to break free of an Indonesian occupation that lasted from 1975 to 1999. Ramos-Horta was seen as acceptable to the international community as well as many in Alkatiri's Fretilin party.

The ICG said the upcoming report of the U.N. inquiry into the violence was expected to name those responsible and recommend prosecutions and would be "explosive" because it would cover the most sensitive cases, including the killings of unarmed police by soldiers. "The U.N., the government, security forces and community leaders all need to have responses ready, including proposals for prosecutions that will ensure fair and reasonably speedy trials," the report said.

Charismatic President Xanana Gusmao and rival former prime minister Mari Alkatiri may need to consider forgoing any role in the 2007 elections to resolve the political impasse and allow new leaders to emerge, the ICG said.

A Portuguese colony for hundreds of years before the Indonesian occupation, East Timor is one of the poorest countries in the world in income terms but has considerable oil and natural gas resources that are just beginning to be exploited.

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UNIMIT Daily Media Review


Wednesday, 11 October 2006

National Media Reports
TP - Timor Post
DN - Diario Nacional
STL - Suara Timor Lorosae
RTTL - Radio e Televisao de Timor-Leste


Screening of Documentary Incites Ethnic Crisis: Isac

MP Leandro Isac (Independent) said Fretilin’s political campaign through the screening of a documentary film entitled “the downfall of a Prime Minister” on the crisis, could inflame the military political crisis the nation is currently facing. Isac feels that showing the film does not contribute to peace and it shows that Fretilin wants to incite the people and deepen the ethnic crisis. He said as a historic party, Fretilin must treat the people equally or face the consequences of falling. (STL)

Arrival of more Police

According to the Vice-Minister of Interior, José Agostinho Sequeira ‘Somaxo’, about 140 more UN police arrived in Dili on Monday from Philippines, Bangladesh and El Salvador. Sequeira said more police from Portugal, New Zealand and Pakistan will arrive next week and once they are all on the ground they will maintain security around Dili and some in permanent posts, adding that two more posts have been identified, one being in Hera. He said some countries have provided between 10-20 police officers. (DN)

Indonesia Company to Implement Project

A national broadcast project will be implemented by an Indonesian company, due to its experience and interest in finalizing the project by April 2007, reported Diario Nacional today. Minister of Finance and Planning, Madalena Boavida and Wahyunddin Bagenda, Director of PT. Len Industry (Persero) signed the agreement Tuesday in Dili. Portugal donated 1,2 million euros to secure six stations in the districts of Lospalos, Baucau, Dili, Maliana, Suai and Oecussi. The government has also allocated a budget from the fiscal year 2006/2007 for the districts of Aileu, Manufahi, Ainaro, Liquiça, Ermera Manatuto and Viqueque. According to Antonino Bianco, Minister for the President of the Council of Minister, the main aim of the project is to disseminate electoral campaign information and information to the people throughout the country. Bianco said it is also an investment to secure the development of Timor-Leste. (DN)

Worker Stabbed

Anastasio Fernandes da Costa, a STAE employee, was stabbed for allegedly being the brother of a person accused of killing a youth in Colmera on Monday. According to a STAE staff member, who did not want his name revealed, a group of unknown people went to the office in search of Anastasio who was absent from work. Despite pleas from his colleagues not to return to work due to accusations that his younger brother was allegedly involved in the killing of Santino, he turned up to work on Tuesday. Around 3:00 pm on the same day, a group of people assaulted him at his office and stabbed him, leaving the vicinity only when the victim was unconscious. He was taken to the hospital and under went emergency operation. In the meantime, the body of Santino has been taken back to his village for burial. (DN)

RTTL News Monitoring Reporting
11 – 10 – 2006

Bairo Pite Clinic:

The Health Director of Bairo Pite Clinic, Dr. Daniel told RTTL that his clinic receives many patients, in relation to the current situation. Dr. Daniel stated that every day there are an increased in persons wounded by rama ambon (the arrow-slingshot). Dr. Daniel stated that the youth of Timor-Leste must change their mentality. He said that youth must reflect and think about the future of this country and their own futures.

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Líder CDS defende consensos alargados forças políticas timorenses

Díli, 11 Out (Lusa) - As forças políticas timorenses deverão estabelecer "consensos alargados" para alicerçar relações de confiança e de solidariedade na construção do Estado, defendeu hoje em Díli o presidente do CDS-PP, José Ribeiro e Castro.

O líder do CDS-PP, que falava à saída de uma audiência com o Presidente timorense, Xanana Gusmão, referiu que esses consensos "não significam necessariamente coligações forçadas ou governo de unidade nacional".

"Mas a compreensão de que em áreas essenciais da construção do Estado e em políticas de mais longo prazo, é importante que as forças politicas [timorenses] trabalhem no espírito de consensos mais alargados do que as fronteiras de cada partido", salientou.

Ribeiro e Castro terminou hoje uma visita de trabalho de quatro dias a Timor-Leste, no decurso da qual manteve ainda encontros com o primeiro-ministro José Ramos-Horta, o antigo chefe do governo e líder da FRETILIN, Mari Alkatiri, dirigentes partidários, religiosos e militares e prestou homenagem ao trabalho desenvolvido pelos militares da GNR e agentes da PSP no território.

"Foi uma visita muito intensa, que permitiu uma recolha de informação m uito extensa sobre a situação de Timor. Desejo que se possa superar duradouramente a crise e trabalhar para a consolidação das instituições", vincou.

Ribeiro e Castro reafirmou ainda o apoio do CDS-PP à continuação da presença de militares e polícias portugueses, "na medida em que são solicitados", considerando que a manutenção de sinais "que podem permitir o regresso da instabi lidade" justifica a presença de forças internacionais, entre as quais a GNR.

As forças internacionais encontram-se em Timor-Leste para garantir a segurança na sequência da crise que afecta o país desde Abril.

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Gusmao advised to stand aside for vote

AP
October 11, 2006

DILI: Violence could return to East Timor ahead of general elections next year, a conflict-prevention group has warned.

It also recommended that the country's president and former prime minister sit out the polls to help reduce tensions.

In its latest evaluation of the situation in East Timor, the International Crisis Group, has advised President Xanana Gusmao "to think the unthinkable - foregoing any role in the 2007 elections so new leaders can emerge".

Asia's newest nation is still in political limbo after rival armed factions clashed in the streets of the capital in April and May, killing more than 30 people and sending 150,000 fleeing from their homes.

Foreign troops were deployed to restore order and a transitional government was installed until new polls could be held in May 2007, but no one has yet been brought to justice for the bloodshed.

Much depends on an assessment by a UN Independent Special Commission of Inquiry, which will name individuals it deems responsible.

The findings were supposed to be released last week, but publication has been delayed amid fears it could spark more violence.

That has angered Fretilin, the ruling party of ousted Prime Minister Mari Alkatiri, which demanded today that the report be presented to parliament within the next 24 hours so that the truth behind the recent unrest would be known.

Until then, residents and members of the press will continue to spread "rumours and insults, defaming Fretilin and its leadership" said Jose Reis, the party's deputy secretary-general.

Foreign efforts to help Dili create independent institutions and overcome divisions in the military and police will fail "unless the two are willing to get past mutual distrust and discuss how to overcome the security forces' polarisation", the think tank said.

East Timor's brief lapse into chaos was sparked by Alkatiri's decision in March to fire 600 soldiers, about a third of the army, who accused the military leadership of discrimination.

But it goes back much further to allegiances formed when East Timor was under Indonesian rule.

The ICG said Gusmao's public comments had soured the atmosphere by drawing "on wells of bitterness and personal betrayal".

His power struggle with Alkatiri and intervention has made it "almost impossible to get members of the political elite into the same room, let alone work out a common strategy for resolving the crisis", it said.

At the peak of the violence, police and army factions fought gunbattles in the street as gangs roamed Dili burning and looting and hunting down perceived opponents with machetes.

An estimated 100,000 people remain displaced, half of them in the capital of the world's poorest nation, measured by per capita.

The ICG report, "Resolution of the Crisis in Timor Leste", says that internal divisions pose the gravest threat to elections and that "the most important guarantor against violence might be for the more controversial figures in the capital to sit this election out voluntarily".

It does not make any recommendations on the role of Jose Ramos-Horta, a Nobel peace prize laureate, who emerged from the crisis as the head of the transitional government.

Calm returned shortly after the arrival of foreign peacekeepers, but underlying problems have not been resolved and a long-term UN peace force is seen as key to maintaining order.

East Timor broke from 24 years of brutal Indonesian rule in 1999 in a UN-sponsored referendum.

Its future, the ICG said, lies in the hands of less than a dozen key players whose political will and creativity is needed to put East Timor, once a UN success story in nation building, back on track.


Comentário:

Pouca objectividade deste relatório, que nega a existência de interferências estrangeiras na crise, ao recomendar que Xanana Gusmão e Mari Alkatiri não sejam candidatos.

Xanana já tinha decidido antes da crise não ser candidato em 2007 há muito tempo.

Recomendar que Mari Alkatiri não o seja é ir de encontro aos objectivos do golpe de Estado que afastou o ex-Primeiro-Ministro.

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Conferência de Imprensa FRETILIN - amanhã

A FRETILIN dará uma conferência de imprensa, amanhã, Quinta-feira, pelas 10:00, na sua sede em Comoro.

Será divulgada uma declaração da FRETILIN sobre o Relatório da Comissão Internacional de Inquérito.

Contactos:
José Reis +670 7230082 or Filomeno Aleixo +670 723 0089.

Tony Jones speaks with Jose Ramos-Horta

Australian Broadcasting Corporation
Broadcast: 10/10/2006

Reporter: Tony Jones

Tony Jones speaks with the East Timorese Prime Minister, Jose Ramos-Horta.

Transcript:

TONY JONES: Well, we're joined now by the East Timorese Prime Minister Jose Ramos-Horta, and, as you've seen, he's just come from delivering the Hal Wooten lecture at the law faculty of the University of New South Wales. As we said earlier, he'll be meeting the Prime Minister John Howard on Thursday. Thank you for joining us, Jose Ramos Horta.

DR JOSE RAMOS-HORTA: Thank you, Tony.

TONY JONES: I'm sure you're aware of the recent SBS television report, hinting darkly that Australia may have been involved behind the scenes in a coup against Prime Minister Alkatiri. What's your response to those allegations? We've certainly not heard it so far.

DR JOSE RAMOS-HORTA: Well, that is absolute nonsense. I was a member of Alkatiri's Cabinet. I was very familiar with his own leadership, in terms of negotiation with Australia on the Timor Sea arrangements. He was the one who successfully secured agreement - two important agreements, which providing us with the normal revenues that making us financial independent. And he's the one who led the negotiations on the second agreement on greatest horizon maritime boundary, and he was praised for that. So, I don't see any other reason - what the reason that Australia would want him out. No, that's absolute nonsense.

I always say, you know when we fail, we are civilised leaders, we should have the courage and the humility to say. So we fail in many respects. We succeed in others. Mari Alkatiri succeeded in many aspects of his governance for the first four years but, on the issues of the military, on the police, the way we handle the problem over the petitioners, we should have handled it two years ago, three years ago - we didn't. The way there were alarms on our police behaviour, abuse by the police - all of that. We failed, and it is the accumulation of unresolved problems that led to the violence in April, May.

TONY JONES: The allegations on the SBS Dateline program, put baldly, is that last year two senior army officers were approached by two Timorese and two English speaking foreigners to encourage them to mount a coup to depose the then Prime Minister Alkatiri. You give no credence to that at all?

DR JOSE RAMOS-HORTA: Well, that is absolute nonsense. Of course there are many individuals in the country, including the church, the powerful church – we must respect the church that, way back in May 2005, mounted a month long protest, wanting the dismissal of Prime Minister Alkatiri. So, there is strong native home grown resentment towards our government, towards Dr Alkatiri in particular. So, that is not new at all. But, from there, to say that some English speaking individuals well, maybe, who knows? They could be from any country. How many English speaking countries are there in the world? But to immediately point the finger at Australia or any other neighbour of ours, it's just plain wrong. I'm familiar with - I would have known, you know, and I know there was no involvement from Australia, the US or Indonesia or anyone in our troubles.

TONY JONES: In the same interview Mr Alkatiri suggests a motive. He says that he was moving against Australia's interests by commissioning an independent feasibility study into having a pipeline to take gas from the Sunshine oil fields directly to East Timor and to build an ENG - LPG plant in East Timor. Do you know anything about this?

DR JOSE RAMOS-HORTA: That's – that’s absolute nonsense. Well, yeah, he has not moved on his independent commission – I move in on the independent commission. I have secured the agreement from the Kuwaities to pay for the independent commission. The Australian side, both the government as well as Woodside, Konoko Phillips, they all agree with these independent study to establish the technical feasibility, the commercial feasibility, but beyond the technical feasibility and the commercial feasibility of a pipeline going either direct to Darwin or Australia, we have the Timorese – we have to be realistic to wonder whether there are not legitimate concerns on the part of Woodside, Konoko Phillips, about sovereign risks.

If I were an investor from Australia or from the US and I have to decide to put an investment in Darwin which is rock solid stable and in my own country, East Timor, well, what would be the choice? Not so difficult. So we are the ones who have to be smart and find maybe some other incentives to lure the investment into our country, in spite of the sovereign risks, rather than start blaming some outside entities.

TONY JONES: So, you are - by the sound of it, you would accept that a pipeline to East Timor is not really feasible?

DR JOSE RAMOS-HORTA: No. a) I want the pipeline to come to East Timor. Why not? Far closer to East Timor. But that is my desire. My desire doesn't mean necessarily that this is the best option. That's why we say let's have an independent study, neutral from East Timor and Australia, that determines is it technically advisable? Most people say, yes, it's possible to do that. But being technical adviser doesn't mean necessarily there are no risks. We don't know yet the content of the subsoil between Australia and East Timor. But, beyond that, building a pipeline to Timor and building an entire infrastructures non existent in Timor to accommodate the gas plant and all of that could be immensely cost. So, we have to see and that's why we decided, all along, Dr Alkatiri in the past and myself, let's accept and go for independent study and then accept their recommendations. And so I already decided, have told the Timor Sea authority and others, my colleagues, the minister for energy, with the Kuwait offer, to move fast on this study.

TONY JONES: Now, what's going to happen in your Parliament with a ratification of this oil and gas deal? It hasn't been ratified yet in East Timor or in Australia, as it happens. Are you going to wait until this feasibility study is completed before finally ratifying the deal?

DR JOSE RAMOS-HORTA: No, it doesn't have to wait for that. I have already scheduled for discussion in my own Cabinet and then I hope that some time in November it will be voted in our national Parliament. This Greater Sunrise agreement - we began negotiations under the Alkatiri leadership, Fretilin leadership, way back, some three years ago. We cannot run the risk of being thoroughly discredited internationally - that we negotiate an agreement lasting several years, with many, many top experts on all sides involved. We brought in Norwegians, Americans, Portuguese, Malaysians, Singaporeans - advising us. And then, in the end, we say, "Sorry, but we signed agreement with the Prime Minister but now we change our minds." We are not kids, we are not children. We would look absolutely irresponsible. We would not be trusted in the region and internationally if we start negotiation or agreement - we have signed agreement and then have second thoughts and say, “Well, sorry, we are not going to ratify this.”

TONY JONES: It's estimated that East Timor's share of the royalties will be more than $US20 billion over the next two decades. Do you have a specific economic plan of what you're going to do with those royalties?

DR JOSE RAMOS-HORTA: Well, Tony, if, obviously, I were the Prime Minister beyond May 2007 –

TONY JONES: We'll come to that question in a moment, because I know you made a statement about that today. We'll see whether you're going to stand by it.

DR JOSE RAMOS-HORTA: Yeah. Well, what I say is that we have the money from - we have $700 million in a petroleum fund. We are financially independent, although we still have considerable assistance for our economic development. But our budget is almost 100 per cent funded by the Timor Sea resources. What should we do with it? My belief, the belief of all my colleagues in the Cabinet and in the country, we should use the money from the Timor Sea to combat poverty. And how you do it? Well, you can do it two ways. Line up everybody from one end of the island to another and start to distribute cash. I'm not going to do that. We have to invest more in education, in health. That is part of development. We have to invest more in infrastructure, such as roads, bridges, a new port that we badly need, housing for the poor. For centuries our people don't have housing.

Well, the other day I was telling my Cabinet we must quickly develop a master plan to build housing for the poor of the country, for the widows, for the veterans, for civil servants, and most people agree with that. So, in the next few weeks, we will do that, and also I have asked the World Bank and IMF to advise my government to review the entire fiscal policy, to review the entire tax system, to make it more attractive for investors, both foreigners and local.

We have a cumbersome tax system. We have a very complicated bureaucracy and regulations that really hamper efforts to inject money into the economy. So, in the next few weeks, we might see some significant changes in the way we govern the country.

TONY JONES: One of the problems, obviously, for small countries handling large sums of money in the past, and there are plenty of examples of this, is the corruption and maladministration means these large sums of money can be frittered away. How are you going to prevent that from happening?

DR JOSE RAMOS-HORTA: Well, one thing I call a party congress in Dili the other day, talking to the nation. I said, “I, Jose Ramos-Horta - I can accept any charges against me as an incompetent Prime Minister, but no one would ever be able to accuse me of stealing the money from the people.” So fighting corruption is one of our priorities and fair to say from my predecessor Dr Alkatiri, he was also very, very serious on these issues. At the top leadership level of my country we are committed to that.

The important thing is that we give incentives to the civil servants, so that they don't feel the need to steal $50, $100 here and there to feed their children. And as soon as I took office I called in the Inspector-General. He is the one who conducts inspection into the practice, the behaviour of state institutions and the government leaders, and I told him, "Don't waste time with petty corruption of individuals in the bureaucracy who have - who might get $10 here and there to feed children. Pay attention to us, the big fish. If there is corruption, serious corruption, it always starts from those in power. We are the ones who enable corruption, by closing our eyes or by, unfortunately, being directly involved." If we in the leadership level – we are very are tight in this, we are able to prevent Timor from falling into the corruption trap of many other developing countries.

TONY JONES: OK, Jose Ramos-Horta, you've just laid out a plan for a number of years hence and yet you are actually saying, and said so today, on the PM program that you're not even going to run for Prime Minister in the next election, next year. Are you serious about that?

DR JOSE RAMOS-HORTA: Yes, I'm dead serious about that. I'm an individual, primarily with sentiments, with feelings, and I sincerely believe that the new generation of our country should take the reins of the government of the country.

TONY JONES: But what if that new generation and indeed the new party, which you are now endorsing and spoke to very passionately not so long ago, ask you to reconsider that position and to run as Prime Minister because they need an experienced hand, not an inexperienced young person?

DR JOSE RAMOS-HORTA: Well, first I have to say I am not involved with any party whatsoever yet, at least. I work with all of them. I seek to support them in creating level playing field for all the parties to have the same chances in the coming election, 2007. If and that is a big 'if'- in an extreme scenario where out of a million or so people in my country they can't find someone else for a president or for prime minister, then I might - and I emphasise "I might” consider.

I gave more than 30 years of my life for the country to be free. There are many, good young leaders in the country. I'm impressed with many of them. People in their late 20s, their 30s and after all, what we, the older generation have shown to them. Well, many admire us for what they achieve, but the recent crisis, you know, is our responsibility and should they continue to trust us? Or they should be courageous, have a chance, take the leadership and we and President Xanana stand behind them and give them a chance, support them. That is my preference.

TONY JONES: Finally I have to ask you, are you preparing for possible bad news from the UN inquiry? By which I mean, are you worried that political allies of yours, are you worried that senior military people that you've associated yourself with could be implicated in the violence by the UN report?

DR JOSE RAMOS-HORTA: Well, there are some aspects of the report, I presume, that will not constitute news. The killing of the police civilians, civilian police elements in Dili - that was in broad daylight, everybody knows who did it. That was done by the military. The distribution of weapons everybody knows. On the part of the government, at least one person acknowledged that the former Minister of Interior - but what is not known is whether it is true or not the allegations that Dr Alkatiri actually directly or indirectly was involved. I doubt - I've said back then and today I emphasise it again. But the problem is that there is a certain perception readiness in the country to judge a particular individual in a certain fashion, and if the report turns out to be different from their perception, that expectation, that's when they might be angry. But I hope that all of us accept the report with honesty, with humility, because I believe the report will be very enlightening to us about our mistakes, the weakness of the institutions, including of the United Nations, and then let the judiciary take its course.

If there is criminal evidence against particular individuals, then let the Prosecutor General of the court do their job.

TONY MARTIN: Jose Ramos-Horta, we are out of time. We could probably speak longer on these subjects. I'm sure others will be talking to you about them very soon. We thank you very much for taking the time to talk to us tonight.

JOSE RAMOS-HORTA: Thank you.

full transcript.

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No comments...

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Faz hoje 10 anos. Prémio Nobel da Paz para D. Ximenes Belo e Ramos-Horta

Forbes
Associated Press
Today in History - Oct. 11
By The Associated Press , 10.10.2006, 08:00 PM

Today's Highlight in History:

Today is Wednesday, Oct. 11, the 284th day of 2006. There are 81 days left in the year.

Ten years ago: Roman Catholic Bishop Carlos Filipe Ximenes Belo and Jose Ramos-Horta of East Timor won the Nobel Peace Prize for their pro-democracy efforts in troubled East Timor.


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Rudd calls for Timor troops to stay

The Australian
October 11, 2006

LABOR foreign affairs spokesman Kevin Rudd said today he was deeply concerned about ongoing political instability in East Timor.

He said the Australian Government should maintain a significant troop presence in the country for the foreseeable future because there could be more trouble in the country ahead of elections next year.

"I believe we are going to move into a very difficult period soon in East Timor," Mr Rudd said today.

He said trouble in the country earlier this year was exacerbated by Australia's early withdrawal of troops.

"I am very concerned that the Australian Government so far has given all sorts of equivocating statements about how long Australian troops are going to remain there at this time."

"We must not allow a security policy vacuum to re-emerge," Mr Rudd said.

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De um leitor - sobre o relatório do ICG

The ICG is right on cue - see below. The media management machine is on the job. How do they coordinate this sort of stuff? JRH visit, Kirsty in Melbourne, selected 'expert' reports - i don't believe in conspiracy theories, but.... someone's runing a lot of interference across the real story ie who did what to remove MA?

Gareth Evans, good friend of ali alatas and of Janelle who works for JRH, just happens to be ICG's president.

JRH denies aust involvement last night, his statements perhaps scripted by Janelle, or perhaps by Aust funded media adviser Julian Swintead, close friend of CLP/LIberal party and an ex-staffer for a SA liberal politician.

Who are the glove puppets and who are the puppet masters? Or is it all a great big coincidence?

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Gareth Evans

Gareth Evans is President and Chief Executive of the International Crisis Group (ICG).

A member of the Australian Parliament for 21 years, he was Senator for Victoria from 1978 to 1996, serving as Deputy Leader (1987-1993) and then Leader (1993-1996) of the Government, and was a member of the House of Representatives from 1996 until September 1999, serving as Deputy Leader of the Opposition (1996-1998). He was a Cabinet Minister in the Hawke and Keating Labor Governments for thirteen years, in the posts of Attorney General (1983-84), Minister for Resources and Energy (1984-87), Minister for Transport and Communications (1987-88) and Foreign Minister (1988-1996).


Gareth Evans liderou as negociações do petróleo de Timor-Leste com a Indonésia. Dificilmente o International Crisis Group diria num relatório que a Austrália está implicada na crise de Timor-Leste.

Sem comentários…


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Para Resolver a crise de Timor-Leste

Tradução da Margarida.

International Crisis Group

Asia Relatório N°120
10 Outubro 2006

RESUMO EXECUTIVO E RECOMENDAÇÕES

A pior crise da curta história de Timor-Leste está longe de ter chegado ao fim. O país está num limbo político, á espera do relatório da Comissão Especial Independente de Inquérito nomeada pela ONU que se espera indique os nomes e recomende o processamento dos perpetradores da violência de Abril-Maio em Dili que matou mais de 30 pessoas. Prevista a sua emissão em meados de Outubro, é crítico para se avançar mas potencialmente explosivo. As eleições previstas para Maio de 2007 podem ser outro momento de inspiração. Com alguma criatividade, foco, e vontade política, Timor-Leste pode voltar aos carris mas as feridas são profundas, e requererão enorme magnanimidade política da parte de uns poucos actores chave.

Há, contudo, um crescente consenso no que é necessário para a resolução, incluindo a reforma do sector de segurança. No local já está uma nova e alargada missão da ONU com o mandato de “consolidar a estabilidade, promover uma cultura de governação democrática, e facilitar o diálogo entre as partes Timorenses”.

A crise é largamente retratada como tendo emergido do despedimento de um terço das forças de defesa do país em Março de 2006, depois do que os desiludidos soldados se tornaram parte duma luta de poder entre o Presidente Xanana Gusmão e o agora deposto primeiro-ministro, Mari Alkatiri. Contudo, o problema é bem mais complexo.

As raízes estão parcialmente nas lutas e traições que ocorreram no interior da Frente Revolucionária para a Libertação de Timor-Leste (FRETILIN), mesmo antes e durante a ocupação Indonésia. Disputas ideológicas e políticas nos anos de 1980s e 1990s, particularmente entre membros do comité central da FRETILIN e Xanana Gusmão, então comandante do exército de guerrilha FALINTIL, continuaram no governo póst-conflito.

Podem ser também encontradas na desmobilização pobremente implementada dos guerrilheiros da FALINTIL em 2000 e na criação duma força de defesa para o novo país em 2001 que absorveu alguns dos veteranos mas que deixaram outros desempregados e ressentidos ao mesmo tempo que os dadores e a ONU devotaram a maioria da sua atenção à criação duma nova força de polícia. Que muitos dos polícias, checados e retreinados, tinham trabalhado para a administração Indonésia, foi mais sal nas feridas dos ex-combatentes.

As antigas divisões ideológicas e as frustrações dos ex-FALINTIL foram manipuladas em particular por Rogério Lobato, um membro do comité central da FRETILIN que tinha vivido em Angola e em Moçambique durante o conflito. Como ministro do interior, controlou a polícia, encorajou rivalidades com a força de defesa, a maioria dos quais eram leais pessoalmente com Xanana Gusmão, e criou unidades especializadas da polícia que se tornaram efectivamente uma força de segurança privada. A polícia sob o seu controlo estava com a responsabilidade da lei e da ordem, do patrulhamento da fronteira, do controlo dos motins e da imigração. Nunca foi claro qual era o papel da força de defesa.

Todos estes problemas estavam a apodrecer há anos. Quando em Janeiro de 2006, 159 soldados fizeram uma petição ao presidente como comandante supremo, alegando discriminação na força de defesa por oficiais da parte leste do país (lorosae) contra gente do oeste (loromonu), muitas partes interessadas viram uma oportunidade política. Mais soldados do oeste juntaram-se aos peticionários, ao mesmo tempo que tensões pessoais e institucionais entre um presidente comprometido com o pluralismo e um partido no poder com tendências distintivamente autoritárias, politização da polícia, falta de qualquer moldura reguladora para as forças de segurança mais geralmente e a natureza gerada duma pequena elite política com 30 anos de história partilhada permitiram que as coisas espiralassem fora de controlo.

RECOMENDAÇÕES

Para o Governo de Timor-Leste e a Missão Integrada da ONU em Timor-Leste conjuntamente:

1. Definam imediatamente os termos de referência e determinem financiamentos para a “revisão compreensiva do papel futuro e das necessidades do sector de segurança” como (está) especificado no Artigo 4(e) da Resolução do Conselho de Segurança 1704/2006, e nomeiem rapidamente o pessoal necessário para pôr a revisão a caminho.

2. Usem a revisão para clarificar os papéis da força de defesa (F-FDTL), polícia (PNTL), e agência de informações; marítima, fronteira, a ameaças de segurança interna; arranjos de comando e controlo, incluindo em emergências; e mecanismos de vigilância civis.

3. Criem uma unidade de emprego para jovens urbanos, começando em Dili, simultaneamente para reduzir a propensão para violência de gangs e para responder à taxa de desemprego deste grupo estimada em mais de 40 por cento.

Para o Governo de Timor-Leste:

4. Estabelecem um conselho de segurança nacional baseado na revisão acima (descrita), na qual os comandantes da polícia e das F-FDTL, os responsáveis das agências de informações, e os ministros da defesa e do interior se sentam.

5. Resolvam como matéria urgente a questão dos desertores das F-FDTL, processando onde for apropriado e absorvendo o resto, ou de volta para a força de defesa ou em empregos civis.

6. Desenvolvam um plano para a reforma gradual dos veteranos da resistência no seio das F-FDTL e um pacote mais compreensivo de segurança social para todos os veteranos.

7. Absorvam as unidades de polícia especiais criadas por Rogério Lobato na polícia regular como uma medida temporária até a revisão de segurança estar completa e qualquer reestruturação posterior puder ser baseada em necessidades identificadas.

8. Revejam o plano de escrutínio da polícia depois de um mês ou dois para ver se pode ser apressada no interesse de pôr a polícia de volta ao trabalho mais rapidamente.

9. Procurem acordo com todos os partidos políticos para um código de ética político para as eleições de 2007, anunciem-no na rádio e na televisão e assegurem que é levado para todos os níveis das estruturas dos partidos.

10. Assegurem que o presidente e todos os ministros dão apoio total ao projecto de reconciliação Simu-Malu e explorem outras vias para tratar as fendas leste.oeste (loromonu-lorosae), com atenção especial para o papel que as mulheres podem desempenhar nas comunidades afectadas.

11. Adoptem as recomendações do relatório da Missão da Verdade, Recepção e Reconciliação [Chega!], dando prioridade aos relacionados com a segurança das pessoas, o sector da segurança, protecção dos direitos dos vulneráveis e reconciliação, e disseminem o relatório completo alargadamente.

Para o Conselho-Geral da ONU e Secretariado:

12. Apontem um activista Representante especial do Secretário-Geral (SRSG) que engaje membros da elite política mas que não fuja do conflito, intervindo onde for necessário para ultrapassar fraccionismos, ajustar programas que estejam em caminhos errados e ajudar a limpar obstáculos políticos.

13. Instituam processos para melhorar o recrutamento de juízes internacionais, procuradores e advogados para servir nos tribunais de Timor-Leste.

14. Convidem um colega para rever periodicamente a actuação judicial, incluindo a do Tribunal de recurso, por um painel independente.

15. Assegurem que há vigilância regular dos programas financiados pela ONU na área da lei e do desenvolvimento legal por um funcionário de topo da ONU com especialidade na área.

Jakarta/Bruxelas, 10 Outubro 2006


O International Crisis Group é uma ONG independente, não-lucrativa, com perto de 120 membros do pessoal em cinco continentes, trabalhando através da análises com base no terreno e advocacia de alto nível para prevenir e resolver conflitos mortais.

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De um leitor

Ramos Horta, como é habitual, dá uma no cravo e outra na ferradura.

Depois de afirmar que "if there is any merit for further investigation it will have to be left to the court system, and not the Government", aparentemente respeitando a soberania judicial, mais à frente já diz que "Then we should have separate special council with international prosecutors, judges, so that we don't burden our already stretched court system".

Coitadinho do sistema judicial... ficou sobrecarregado com Rogério Lobato e Alkatiri, não aguenta com mais ninguém. Apesar de Xanana ter dito há dias que estava pronto a enfrentar um tribunal, Ramos Horta entende que quaisquer outros que venham a ser considerados responsáveis pelo relatório, que não RL ou MA devem ter o privilégio de ser "julgados" por um "conselho especial" de procuradores e juízes "internacionais" (australianos?), para não sobrecarregar ainda mais o sistema judicial, que pelos vistos só dá para julgar duas pessoas de cada vez.

Mas a ânsia de RH aliviar os tribunais de tal peso vai ao ponto de tentar substituí-los: "Alfredo Reinado, has not caused any problem". Assim mesmo: o "juíz" Ramos Horta já decidiu.

Só assim se explica a espantosa passividade da tropa australiana, apesar de, como ele diz, "[the] Australian army know exactly his whereabouts".

Ou RH demonstra uma estonteante ingenuidade ou então tem ideias com um cheirinho a Ilhas Salomão...

H. Correia.

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Comunicado - FRETILIN

Reunião da Comissão Politica Nacional da FRETILIN

Dili, 9 e 10 de Outubro de 2006

Declaração

A Comissão Política Nacional da FRETILIN reuniu-se nos dias 9 e 10 de Outubro para passar em revista a situação vigente no país com o fim de se definirem posições face às exigências actuais.

A reunião foi co-presidida pelo Presidente e pelo Secretário Geral da FRETILIN, respectivamente Francisco Guterres (LU OLO) e Mari Alkatiri.

Para além dos membros da Comissão Política Nacional, participaram também alguns membros da Comissão Nacional de Jurisdição e da Comissão Nacional de Fiscalização.

Ao debruçar-se sobre a situação prevalecente no país, a Comissão Política Nacional considerou:

1. Absolutamente inaceitável que se adie sistematicamente a entrega do relatório da Comissão Internacional de Inquérito ao Parlamento Nacional. Este facto, longe de contribuir para atenuar o impacto do mesmo e ajudar a melhor gerir as expectativas só pode provocar incompreensões e reduzir a confiança no processo;

2. Totalmente inaceitável que cidadãos e órgãos de informação que nos últimos meses têm usado do boato, da calúnia e da difamação contra a FRETILIN e a sua Liderança, continuem apostados nesta estratégia de desestabilização com o objectivo único de alienar algumas franjas da população timorense e, daí, retirar dividendos politicos.

3. Ser urgente estabelecer uma plataforma nacional, definindo mecanismos permanentes de trabalho para pôr fim a este clima de desestabilização e controlar os seus autores;

4. Ser necessário que toda a Nação defina um programa mínimo de trabalho de modo a :

a. Repor a autoridade do Estado Democrático e de Direito;
b. Defender a Verdade e a Justiça;
c. Devolver a confiança às populações;
d. Normalizar a vida;
e. Garantir todas as condições para o sucesso das Eleições de Abril/Maio 2007.

Assim, a Comissão Política Nacional deliberou:

I. Exigir das Nações Unidas a entrega imediata do relatório da Comissão Internacional de Inquerito ao Parlamento Nacional até ao dia doze do corrente, na sua versão original em lingua inglesa. As traduções poderão ser concluidas e entregues posteriormente;

II. Apelar a todos os apoiantes, membros e quadros da FRETILIN para conservarem a sua postura de grande maturidade política que têm demonstrado nos últimos tempos, antes e durante a crise vigente;

III. Recorrer às estruturas competentes do Sistema Judicial Timorense e processar criminalmente todos aqueles que insistem em querer usar da mentira, da difamação e da calúnia para manchar a imagem da Liderança da FRETILIN e da própria FRETILIN;

IV. Iniciar diálogo com os órgãos de soberania, com todas as forças políticas e organizações da sociedade civil, com a Igreja Católica, e outras Confissões religiosas, com os veteranos e antigos combatentes e todas as forças vivas da Nação e

V. Instruir todas as estruturas da FRETILIN do topo a base, para a adopção de uma postura pro-activa a favor de uma definição de uma plataforma política de entendimento, visando a reposição da paz e da estabilidade, da lei e da ordem, numa palavra, da autoridade soberana do Estado, a nível nacional;


A Luta Continua!

Tolerância Máxima, Vigilância Total!

Dili, 10 de Outubro de 2006.


Pel´A Comissão Política Nacional da FRETILIN


Francisco GUTERRES (LU OLO) Mari ALKATIRI
Presidente Secretário Geral

Art brings us all together

North Shore Times
Janne Seletto

10Oct06

TONY B paints tightly-packed creatures in the fiery colours of his tropical homeland.


``It's a message for people to help each other,'' the 21-year-old artist said.

``Because in Timor we need help. The painting means we are all living together.''

Living Art, which opens this week at the Ewart Gallery in Willoughby, shines a light on the beauty and struggle of Australia's tiny northern neighbour.

The works on display, from the Arte Moris Free Art School in Dili, include classically-painted landscapes, naive bright-coloured artworks and painting on tais the lovely traditional woven cloth of the island.

As well there are paintings on recycled objects such as sardine cans and a garden trowel, and works with a clear political message.

Three students have come to Sydney with the exhibition and to attend art classes at the Willoughby Workshop Arts Centre, associated with the Ewart Gallery.

``It's important for me to tell people to think for the future,'' said 25-year-old Ino holding his painting of stark burnt wooden poles and the sketched outline of a face.

``Now we have a crisis in Timor. They are burning the houses. The man he is getting stressed for the future.''

While Ino is hopeful that lasting peace will eventually come to the world's youngest democracy, a lot of work still needs to be done. Arte Moris, which was established in Dili in 2003, is part of that process.

The school was set up by Swiss couple Luca and Gabriela Gansser in the aftermath of 25 years of Indonesian military occupation, including the violent events following the 1999 referendum which ultimately led to the restoration of East Timorese independence in 2002.

The Gansser's aim was to use art as a building block in the psychological and social reconstruction of a country devastated by violence.

Living Art, with its 60 vibrant and innovative works, is a testament to their success and the ability of the human spirit to thrive despite adversity.

Living Art runs from October 13 to November 4 at the Ewart Gallery at 33 Laurel St, Willoughby. The exhibition opens at 6.30pm this Friday, then hours are Monday to Friday 9.30am to 4.30pm and Saturday 10am to 3pm. Details: 9958 6540.

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De um leitor

CARTA ABERTA AO SENHOR PRESIDENTE XANANA GUSMÃO

Tomo a liberdade de me dirigir a V.Exa. através do Timor Online porque não consegui obter o seu endereço electronico. Pelo menos um endereço que me permita dar a esperança de obter uma resposta da sua parte.

Assim, considerando o teor, seria ideal que desse a resposta por esta via, se não se importar e não achar improprio do cargo que desempenha.

Dirijo-me a V. Exa. com o respeito que me merece e só com esse.

É um respeito antigo, de raiz, que tem tudo a ver com o seu passado de resistente à ocupação indonésia e com a paixão com que lutou e veio a culminar com a independência de Timor-Leste.
Julguei então que finalmente a paz seria propriedade desse martirizado povo e que apesar de terem de enfrentar dias díficeis, caracteristicos de um país em reconstrução, jamais voltariamos a assistir a cenas de terror e chacina.

Para mim V. Exa. era o garante supremo de que tal nunca mais voltaria a acontecer.

Para tristeza e desilusão de meio-mundo o terror e a chacina voltaram a Timor-Leste, os refugiados em campos são aos milhares, as doenças e o terror eliminam-nos.

Desde a "crise", por causas directas e indirectas, quantos timores já morreram, quantos estão ás portas da morte ou com a vida por um fio?

Quantos?

Pelas notícias que nos chegam a situação continua a agravar-se e tanto eu como amigos meus - amigos do Povo de Timor - procuramos vislumbrar aquilo que V. Exa. tem feito para solucionar o problema dos refugiados.

Para nossa tristeza vislumbramos... NADA!

Entenda, por favor, não é perceptivel que tenha mexido um dedo para poupar os refugiados ás péssimas condições em que sobrevivem. Mas é perceptivel, infelizmente, que a situação desses seus compatriotas está a agravar-se.

Assim sendo é inconcebivel!

Por mais que nos queiramos conter e dar tempo ao tempo, há um momento em que não podemos ficar calados.

Não é minha intenção pôr em prática ingerências num país soberano, nada disso.

Quando há um problema humanitário tão grave, que envolve mais de uma centena de milhar de pessoas, seres humanos, o problema é de todo o mundo - como o foi sempre que defendemos Timor-Leste aquando da ocupação indonésia, de Santa Cruz, das semanas seguintes aos resultados do Referendo, e ao regozijo daquela cerimonia da Independência.

Por favor, senhor Presidente, resolva urgentemente a situação dos refugiados.

Não mexa só um dedo mas todos, das mãos e dos pés, em prol dos refugiados e da pacificação dessa Nação que os portugueses também amam apesar da distância.

Sou eu que me dirijo a V. Exa., mas tenho a certeza de que muitos daqueles milhares de portugueses que o receberam comovidos e em apoteose se associariam a esta minha carta franca, suplicante e aberta.

Esperamos que aja claramente como o garante supremo do bem estar desse povo, de modo a que se saiba, se veja e corresponda a uma realidade:

O FINAL DO SOFRIMENTO EM TIMOR-LESTE, MARTIRIZADO POR ESTRANGEIROS E POR IRMÃOS!

Cumprimento-o respeitosamente, grato pela atenção que me dispensar e pela eventual resposta pública que queira fazer o favor de dar.

Mário Motta - Lisboa - Portugal

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Notícias - Traduzidas pela Margarida

Horta em missão para melhorar a economia de Timor-Leste
Lateline
Australian Broadcasting Corporation

Emissão: 10/10/2006
Reporter: John Stewart

O Primeiro-Ministro Timorense José Ramos Horta, está na Austrália numa missão para aumentar o investimento estrangeiro no seu país e melhorar a sua esforçada economia, contudo há ainda preocupações com a violência que continua a alargar-se pelo país.

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Timor 'minado pelo sistema judicial'
News.com.au
Outubro 10, 2006 10:08pm
Artigo de: AAP

A estabilidade de Timor-Leste risca ser minada pelo inexperiente sistema judicial do país, avisa o Primeiro-Ministro José Ramos Horta.

Num discurso que deu em Sydney ontem à noite, o Sr Ramos Horta disse que a situação de segurança no seu país melhorou das cenas violentas que rebentaram em Abril.

Mas disse que a violência tem sido um recuo importante para instituições que ajudam a garantir a estabilidade.

“O sistema policial ... e muito perturbador, o sistema judicial,” disse o Sr Ramos Horta na Universidade de NSW.

“Obviamente que no sistema judicial há gente corajosa, mas (eles) sofrem sempre da falta de juízes e de outro pessoal competente e experiente.”

O Sr Ramos Horta disse que a maioria dos actuais juízes, procuradores e defensores públicos só recentemente se graduaram e estão a tentar lidar com uma carga pesada de casos criminais.

A sua situação ficou ainda mais atrapalhada quando o Tribunal de Recurso, e os escritórios do ministro da justiça e do procurador-geral foram pilhados em Maio.

“Não se deve encarar com ligeireza o impacto possível desses obstáculos,” disse o Sr Ramos Horta.

“O que é que acontece numa sociedade onde não se pode punir os criminosos?

“É aqui que precisamos de ver a procura da lei e da paz juntos e o equilíbrio delicado entre os dois.

”O problema que enfrenta ... toda a nação é como criar o domínio da lei estável no interior de um sistema recentemente criado.”

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Relatório sobre a violência em Timor-Leste pode ser explosivo: grupo
Kyodo – Terça-feira Outubro 10, 11:16 PM

Uma organização com base em Bruxelas sobre prevenção de conflitos avisou na Terça-feira que o esperado relatório da ONU sobre confrontos violentos em Timor-Leste mais cedo este ano pode desencadear novo desassossego.

"O relatório tanto é duplamente critico para se andar para a frente e potencialmente explosivo, seja qual for o seu conteúdo," disse o International Crisis Group num relatório.

Protestos depois do despedimento de 600 desertores das forças armadas do país com 1,400 elementos em Março levaram a violência alargada em Maio.

A violência deixou pelo menos 30 pessoas mortas e 150,000 deslocadas.

A violência levou ao destacamento de forças estrangeiras incluindo da Austrália e de Portugal. Contudo, mesmo depois da chegada das tropas internacionais, ainda ocorrem confrontos frequentemente.

De acordo com o relatório do ICG, o inquérito da Comissão Especial Independente de Inquérito da ONU cobre todas as questões mais sensíveis, incluindo o assassinato de polícias desarmadas por soldados. Espera-se que o relatório indique os nomes dos que estiveram por detrás do incidente.

"Pode desencadear pedidos para justiça instantânea, estando os tribunais de Dili mal-equipados para a fazer," diz o relatório.

"A ONU, o governo, as forças de segurança e os líderes comunitários todos precisam de ter respostas prontas, incluindo propostas para processar que assegurem julgamentos justos e razoavelmente rápidos," acrescenta.

Para resolver a crise, o ICG recomenda que os actores políticos chave do país, incluindo o Presidente Xanana Gusmão e o antigo Primeiro-Ministro Alkatiri, a quem Gusmão acusou da confusão, devem sentar-se e concordar nas soluções.

"A reconciliação estará perto do impossível a não ter que aconteça também no topo," diz.

"A crise escalou em parte porque não houve controlo em indivíduos com interesses pessoais e bases de poder privado," disse Robert Templer, o director do programa da Ásia do ICG.

"A saída é através de construção de instituições, precisamente para que as acções de indivíduos não tenham tanto peso," disse.

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Ramos Horta feliz com as tropas Australianas em Timor-Leste
ABC – Terça-feira, Outubro 10, 2006. 11:24pm (AEST)

O Primeiro-Ministro Timorense José Ramos Horta diz que ele e o seu Presidente Xanana Gusmão concordaram que as tropas Australianas em Timor-Leste não devem ser substituídas por capacetes azuis da ONU.

O Dr Ramos Horta está na Austrália para tentar aumentar o investimento estrangeiro em Timor-Leste.

Numa palestra na Universidade de New South Wales, o Dr Ramos Horta disse que não pedirá ao Conselho de Segurança da ONU uma força de capacetes azuis quando discutirem a questão outra vez, porque está feliz com o arranjo corrente.

"A ONU está esticada demais por isso eu proponho, e o meu Presidente e o antigo Primeiro-Ministro concordam, que devemos continuar com o corrente arranjo de força com a Austrália," disse.

"O seu profissionalismo, a eficácia da força, o seu estrito respeito pelos Timorenses sugerem que devemos continuar."

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José Ramos-Horta visita a Austrália
ABC Radio- Terça-feira, Outubro 10, 2006. 18:38:00

Transcrição do Programa do PM
Reporter: Mark Colvin

MARK COLVIN: O Primeiro-Ministro de Timor-Leste José Ramos-Horta está na Austrália para fazer uma palestra na Faculdade de Direito da Universidade de New South Wales esta noite.

O jornal The Age no fim-de-semana relatou que um inquérito da ONU à violência em Timor-Leste este ano ia dar o nome de cerca de 100 pessoas, incluindo figuras de topo das forças políticas e de segurança.

O Sr Ramos-Horta disse-me esta tarde que, fosse o que fosse que estivesse no relatório do inquérito, nenhuma cópia lhe tinha ainda chegado às mãos.

JOSÉ RAMOS-HORTA: Não tenho realmente nenhuma ideia, não sei onde é que ... cerca de 100 pessoas serão nomeadas ou que estejam directamente envolvidas na investigação da violência.

Acharia um tanto estranho que como Primeiro-Ministro do país, não tenha acesso a isso, que é suposto ser um relatório confidencial e que um jornal pareça ter acesso privilegiado.

MARK COLVIN: Se então isso for certo, e diz-se que há descobertas danificadoras que recomenda que alguns deverão enfrentar acusações criminais, está preparado para as levar para o sistema legal desse modo? Acusar pessoas?

JOSÉ RAMOS-HORTA: Com certeza, há alguns dias, o Presidente, o Presidente do Parlamento e eu próprio, aparecemos juntos, e o Presidente leu uma declaração em nosso nome, dizendo à nação que fosse qual fosse o resultado do relatório, toda a nação e todos os líderes deviam encará-la com serenidade dum modo construtivo.

Ver o relatório como se fosse nosso. Compreender os nossos falhanços, aceitar as nossas responsabilidades.

Assim, obviamente se o relatório concluir que terá que haver algum tratamento de processos, bem, isso não é uma matéria do Governo como tal, mas acredito do procurador, do sistema judicial do país, do sistema dos tribunais, a ONU deve encontrar maneiras para garantir que seja quem for que o relatório mencionar que não tenha estado envolvido directa ou indirectamente, e se há qualquer mérito em mais investigação, então terá de ser deixado para o sistema dos tribunais, e não para o Governo.

MARK COLVIN: Como é que está o sistema dos tribunais? Parece-me que o caso contra o antigo Primeiro-Ministro Mari Alkatiri, e Rogério Lobato efectivamente foi para o limbo porque os juízes internacionais partiram do país. É assim?

JOSÉ RAMOS-HORTA: Não, não foi por causa disso, na verdade. Do que sei, o procurador e outros, abrandaram porque estão à espera do relatório da Comissão Internacional de Investigação, que pode deitar luz e clarificar algumas dúvidas factos que eles podiam não ter.

Assim não é por causa da falta de juízes, ou da falta de vontade da parte do sistema dos tribunais. Em qualquer caso, em qualquer caso a minha opinião é que se o relatório produzir suficiente evidência credível que justifique investigação adicional pelo procurador.

E se sentirmos a necessidade de estabelecer um comité especial, um tribunal especial para julgar os casos que aparecem da violência desde fim de Abril até fim de Maio. Então deveremos ter comités especiais separados com procuradores internacionais, juízes, para não carregarmos o nosso já carregado sistema do tribunal. Mas isto, deixarei para os nossos próprios tribunais para decidirem juntos com a nossa nação seja se se requer um tribunal especial, um tribunal especial para julgar estes casos.

MARK COLVIN: Entretanto Alfredo Reinado, o oficial das forças armadas amotinado que fugiu duma prisão de Dili há um par de meses continua ao largo. Quão seguro está neste momento o seu país?

JOSÉ RAMOS-HORTA: Bem A, deixe-me dizer-lhe o pais está muito pacífico no momento. Há dezenas de milhares de pessoas nas ruas todos os dias...

MARK COLVIN: Houve uma outra luta de gangs na qual foi morto um jovem somente ontem.

JOSÉ RAMOS-HORTA: Sim, sim mas sabe, isso de modo algum desestabilizou toda a cidade ou o país. A cidade durante o dia está muito, muito agitada com milhares, milhares de pessoas a irem às suas vidas. Centenas e centenas de lojas estão abertas, todos os serviços estão abertos. Mas temos esta rivalidade em curso entre alguns dos jovens.

Mas mesmo com isso comparado com algumas semanas atrás, a situação está muito mais pacífica e estabilizada do que há algumas semanas atrás.

O Sr Reinado, Alfredo Reinado, não causou nenhum problema, está preso algures. E as forças armadas Australianas sabem exactamente onde se encontra. Bastantes pessoas tiveram contactos com ele. Ele indicou que quer enfrentar a justiça, e quer contribuir para o diálogo e para resolver a tensão política em Timor-Leste.

Está a criar-se um clima de diálogo. Há um clima para o diálogo que está a prevalecer bastante em Timor, toda a gente quer falar, ninguém quer a violência.

Portanto acredito, tenho esperança que ultrapassaremos esta crise política.

MARK COLVIN: Uma questão final, e é uma pessoal. Nunca quis ser Primeiro-Ministro. Como é que aguenta a pressão do cargo?

JOSÉ RAMOS-HORTA: Bem tento dar o meu melhor para prestar um serviço aos mais pobres.

Em somente três meses desde que ocupo o lugar, tem havido muitas mais propostas de investimento do que durante o inteiro ano anterior.

Aprovei até agora cerca de 20 investimentos de cerca de $700 milhões para criar vários milhares de empregos nos próximos meses, no próximo ano.

Assim farei o melhor para preencher a minha data limite. A minha data limite é 20 de Maio de 2007. Então o país terá eleito um novo governo, um novo Parlamento, e eu regressarei à minha vida irrelevante e insignificante.

MARK COLVIN: Uma pequena desnecessária humildade aqui de José Ramos-Horta, o Primeiro-Ministro Timorense.

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Reforma do sector de segurança é necessária em Timor-Leste
AFP – Terça-feira, Outubro 10, 2006

JAKARTA – Timor-Leste precisa de cuidar da reforma do sector da segurança para regressar aos carris depois do desassossego mortal mais cedo este ano, disse num relatório o International Crisis Group (ICG).

A pequena nação de quatro anos desceu no caos em Abril e Maio depois do governo ter demitido mais de um terço das suas forças armadas, que desertaram dos seus quartéis queixando-se de discriminação.

Os protestos degeneraram em batalhas entre facções dos militares e da polícia e gangs de rua rivais, matando mais de 30 pessoas de acordo com a contagem do ICG. Mais de 3,200 tropas foram despachadas para restaurar a segurança.

"A resolução da crise dependerá da reforma compreensiva do sector de segurança e de melhor vigilância dos tribunais," disse o relatório do think tank baseado em Bruxelas.

"Mas com eleições previstas para Maio de 2007, também dependerá da reforma no interior do partido dominante, a Fretilin, e da vontade de actores políticos chave para se sentarem juntos e acordarem sem soluções," disse.

Robert Templer, o director do Programa da Ásia do ICG', disse que a "crise escalou em parte porque não houve controlo em indivíduos com interesses pessoais e bases de poder privadas.

"A saída é através da construção de instituições precisamente para que as acções de indivíduos não tenham tanto peso."

As raízes da crise, disse o relatório, situam-se nas tensões dentro da Fretilin antes e durante a ocupação Indonésia de Timor-Leste. Os Timorenses votaram pela independência da Indonésia em 1999.

"Disputas ideológicas e políticas nos anos de 1980s e 1990s, particularmente entre membros do comité central da Fretilin e o (agora Presidente) Xanana Gusmão, então o comandante da guerrilha Falintil, continuaram no governo póst-conflict," diz.

Uma outra semente foi plantada quando os guerrilheiros da Falintil foram desmobilizados em 2000. Uma nova força de defesa absorveu alguns mas deixou outros desempregados e ressentidos enquanto a comunidade internacional se focava na criação duma nova força de polícia.

"Que muitos dos polícias, checados e retreinados, tinham trabalhado para a administração Indonésia, foi mais sal nas feridas dos ex-guerrilheiros," diz o relatório.

As rivalidades entre o largamente sem poderes Gusmão comprometido com o pluralismo democrático e um partido no poder com tendências autoritárias foi um outro factor, diz.

O antigo ministro do interior Rogério Lobato – que agora enfrenta acusações de distribuição de armas – foi apontado pelo ICG pela sua manipulação de tensões.

"Como ministro do interior, controlava a força da polícia, encorajou rivalidades nas forças de defesa, a maioria dos quais eram pessoalmente leais a Xanana Gusmão, e criou unidades especializadas de polícia que efectivamente se tornaram uma força de segurança privada," diz o ICG.

"A polícia sob as suas ordens eram responsáveis pela lei e ordem, patrulha da fronteira, controlo de motins e imigração. Nunca esteve claro qual era o papel da força da defesa."

O relatório saíu antes da emissão do da Comissão Especial Independente de Inquérito da ONU, que é esperado mais tarde este mês e provavelmente indicará os nomes por detrás dos piores incidentes de violência este ano.

E avisou que a saída do relatório da ONU pode desencadear pedidos de justiça instantânea que os tribunais de Dili estão mal equipados para dar.

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Aust not to blame for coup: Ramos Horta

ABC/AFP - Wednesday, October 11, 2006. 5:04am (AEST)

East Timor's Prime Minister, Jose Ramos Horta, says reports Australia played a role in a coup against his predecessor, Mari Alkatiri, are nonsense.

Dr Alkatiri was forced from office in late May when rebel leader Alfredo Renaido led fellow military police into the mountains behind Dili.

The rebels refused to surrender until Dr Alkatiri resigned.

SBS television has aired a report claiming two English-speaking foreigners and two Timorese soldiers approached senior Timorese officers and encouraged them to mount a coup.

Dr Ramos Horta has told ABC TV's Lateline program the report is not credible.

"As I say, absolute nonsense," he said. "To immediately point the finger at Australia or any other neighbour of ours is just plain wrong. "I would have known and I know there was no involvement from Australia or the US or Indonesia in our troubles."

Dr Ramos Horta says he does not know why Australia would have wanted Dr Alkatiri out of the leadership.

"I was a member of Alkatiri's cabinet," he said. "He was the one who successfully secured two important agreements, making us financially independent, and he was praised for that so I don't see what reason Australia would have for wanting him out."

Meanwhile, the International Crisis Group has released a report saying East Timor will need to tackle security sector reform to get back on track after the unrest that culminated in Dr Alkatiri's resignation.

The tiny four-year-old nation descended into chaos in April and May after the Government's dismissal of more than a third of its armed forces.

The troops had deserted their barracks complaining of discrimination.

Protests degenerated into battles between rival factions of the military and police and rival street gangs.

The ICG puts the toll at more than 30 people.

More than 3,200 peacekeepers, mainly Australians, were deployed to restore security.

"Resolving the crisis will depend on comprehensive security sector reform and better oversight of the courts," a report from the Brussels-based think tank said.

"But with elections due in May 2007, it will also depend on reform within the dominant party, Fretilin, and on the willingness of key political actors to sit down together and agree on solutions."

Robert Templer, ICG's Asia program director, says the "crisis escalated in part because there were no checks on individuals with personal interests and private power bases".

"The way out is through institution-building precisely so that the actions of individuals will not carry so much weight," he said.

Historical causes

The report says the roots of the crisis lie partly in tensions within Fretilin before and during Indonesia's occupation of East Timor.

The East Timorese voted for independence from Indonesia in 1999.

"Ideological and political disputes in the 1980s and 1990s, particularly between Fretilin central committee members and [now President] Xanana Gusmao, then commander of the guerrilla army Falintil, carried over into the post-conflict government," it said.

The report says another seed was planted when Falintil fighters were demobilised in 2000.

A new Defence Force absorbed some but left others unemployed and resentful as the international community focused on the creation of a new police force.

"That many of the police, vetted and retrained, had worked for the Indonesian administration, was more salt in the wounds of the ex-fighters," the report said.

The ICG says rivalry between the largely powerless Mr Gusmao, who is committed to democratic pluralism, and a ruling party with authoritarian tendencies is another factor.

Lobato criticised

Former interior minister Rogerio Lobato, who now faces weapons distribution charges, has been singled out by the ICG for his manipulation of the tensions.

"As interior minister, he controlled the police force, encouraged rivalry with the Defence Force, most of whom were personally loyal to Xanana Gusmao, and created specialised police units that effectively became a private security force," the ICG said.

"The police under him were in charge of law and order, border patrol, riot control and immigration.

"It was never clear what the role of the Defence Force was."

The report comes ahead of the release of a UN-appointed Independent Special Commission of Inquiry, which is expected later this month.

The inquiry will likely name those behind the worst incidents of violence this year.

The ICG report warns that the release of the UN report could trigger demands for instant justice which Dili courts are ill-equipped to provide.

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E Timor calls for Aussies to stay

The Australian

Simon Kearney
October 11, 2006

EAST Timor will push for Australian troops to stay in the country in anticipation of the UN rejecting calls for a peacekeeping force.
The nation's new Prime Minister, Jose Ramos Horta, said the UN security operations had left the world body "over-stretched".

"If we have such a good arrangement, why should we change?" he said.

Dr Ramos Horta said the position had the backing of East Timorese President Xanana Gusmao and former prime minister Mari Alkatiri.

He said Australia and New Zealand would not have to take such a heavy load if Asia had a regional group such as the African Union, which was providing troops for peacekeeping missions in Africa.

Having spent 100 days in office, Dr Ramos Horta criticised the UN for leaving East Timor in 2002.

He used the example of a friend in Sydney who told him it took three to five years to establish a small business.

"They think you can build a nation in two years," he said.

"The Security Council think it is easier to have a functioning nation started than a Chinese restaurant."

In a wide-ranging speech for the inaugural Hal Wootten lecture at the University of NSW, Dr Ramos Horta said East Timor could not afford its complex tax system when it could not supply street lights in the capital, Dili.

"I want more or less most taxes in Timor Leste to be eliminated," Dr Horta said, but he did not go into detail.

Meetings with a team from the International Monetary Fund to plan the new tax system were expected to be held soon.

The Nobel Peace Prize laureate talked freely about his country's problems, saying a civil war had only narrowly been avoided during an outbreak of violence in the capital in April.

"We were on the verge of civil war. All the elements were there," he said.

Dr Ramos Horta recently met some of the rebel soldiers who plunged his country into chaos when they fled the capital and took to the hills, citing problems with the military hierarchy.

He said he explained to them that just as he had learned to forgive people who had ignored and insulted him during his fight to win East Timor's independence from Indonesia, they would have to forgive those they had grievances with in the military.

"I do not think back on what was done to me or to us," he said. "If we can reconcile with them then why don't you? They looked down and were silent ... it must have made an impact."

Dr Ramos Horta said there had been a lessening of tension in East Timor and there were signs of an "outbreak of talks".

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UNMIT Revista dos Media Diários

Terça-feira, 10 Outubro 2006

Reportagens dos Media Nacionais
TP - Timor Post
DN - Diario Nacional
STL - Suara Timor Lorosae
RTTL - Radio e Televisao de Timor-Leste

Jovem morto em Colmera

Um jovem de 18 anos morreu esfaqueado por um grupo de desconhecidos em Colmera, Dili, ontem. De acordo com relatos dos media, o jovem foi a um dos supermercados comprar papel de alumínio e foi atacado quando saia do supermercado na sua bicicleta. Foi também relatado que o grupo já tinha ameaçado esfaqueá-lo ou cortar-lhe uma das orelhas antes ainda dele entrar no supermercado. De acordo com membros da família, Santino não tinha feito mal a ninguém e estava simplesmente a fazer o seu trabalho, conforme lhe tinha sido pedido pelo dono do restaurante onde trabalhava. A polícia da ONU chegou ao local do crime mas não fez prisões porque os atacantes já tinham fugido. (STL, TP)


Railos anda a assustar pessoas

Um comunicado emitido pelo Comité Central da Fretilin e relatado nos media disse que Vicente Railos anda a assustar pessoas em Timor-Leste porque em breve a COI sairá com o relatório da investigação. O documento disse ainda que Railos abusou verbalmente e bateu na mulher do Administrador de Maubara, sub-distrito de Liquiça acusando-a de negar conhecer sobre a distribuição de armas pelas autoridades locais para matar os peticionários e ele. De acordo com o relatório do Administrador, Railos ameaçou matar ambos os Administradores de Liquiça e de Maubara, abusar da sua mulher e queimar as suas casas se o antigo Primeiro-Ministro Mari Alkatiri não for preso depois da saída do relatório do COI. Railos também declarou que não está preocupado se eles quiserem apresentar queixas aos ‘seus ministros’ porque ele tem o apoio do ‘número um’ e tem o controlo da polícia de Liquiça, disse o comunicado. De acordo com o relatório do Administrador de Maubara, Félix da Costa, na noite de 29 de Setembro, Railos e o seu grupo incluindo alguns membros da PNTL forçaram a entrada na sua casa com uma pistola na sua ausência e fizeram acusações contra a sua mulher Railos tem rejeitado as acusações como falsas e disse que algumas pessoas estavam a tentar manipular a verdade que alguns membros da Fretilin distribuíram armas a civis. Acrescentou que a acusação é uma manipulação pelo Administrador de Maubara porque agora está envolvido com o grupo de segurança que foi formado pelo Vice-Ministro da Saúde, Luis Lobato. Railos disse ainda que está à espera do relatório do COI e que rejeita a violência. (STL, TP)

A Fretilin quer o relatório da COI esta semana

O deputado Elizário Ferreira (Fretilin) fez uma declaração política durante a sessão plenária do Parlamento na Segunda-feira (9/10) (dizendo) que o relatório do COI tem de ser apresentado no Parlamento Nacional por volta de 12 de Outubro. Ferreira deu este prazo sublinhando que a Fretilin quer uma via que salvaguarde a justiça e evite qualquer conspiração política. Disse que a Fretilin está também preparada para receber o resultado da Comissão e as consequências se houver membros seus envolvidos na crise. A deputada Lúcia Lobato (PSD) disse que não seria possível ter o relatório na data pedida porque está a ser traduzido em três línguas, sublinhando que é imperativo que todos recebam bem os resultados da investigação e as recomendações de modo a ajudar o processo da justiça. O deputado Rui Menezes (PD) disse que o Parlamento Nacional deve depois do relatório tomar medidas legais como meio de encontrar uma solução para a crise política. Menezes disse que o relatório não deve ser tratado como foi a CAVR onde as recomendações foram ignoradas.

Entretanto, o Brigadeiro-General das F-FDTL Taur Matan Ruak disse aos media na Segunda-feira que está preparado para ir a tribunal responder a quaisquer acusações contra ele em relação aos incidentes de Abril e Maio de 2006. Ruak reiterou que tinha já sublinhado a sua vontade para aceitar qualquer acusação e recusou comentar se alguns dos membros das forças armadas estiveram envolvidos nos incidentes, acrescentando somente que precisamos de esperar pelo relatório da Comissão. (STL, TP)

O tribunal não tem medo de processar Rogério

Em resposta a algumas preocupações levantadas por deputados e pela sociedade civil de que o tribunal não deve ter medo de processar Rogério, o Presidente do Tribunal de Recurso, Cláudio Ximenes disse que o Tribunal está a processar o caso de Rogério Lobato de acordo com a lei, e de modo independente e imparcial. Ximenes disse que sublinhou vezes sem conta, no Parlamento, que o tribunal não tem medo de processar o antigo Ministro do Interior Rogério Lobato nem de tomar uma decisão dependente da lei e com base em factos e evidências. Disse que o tribunal não se pode submeter a pressões de ninguém para a decisão que tem de tomar, acrescentando que qualquer decisão do tribunal contribuirá para que os Timorenses sejam capazes de viver pacificamente especialmente agora durante a crise. Ximenes não revelou o processo de julgamento de Lobato dizendo que não é ele quem tem a responsabilidade do caso. (TP)

O Secretário-Geral da ONU ainda procura um novo SRSG

José Luís Guterres, Ministro dos Negócios Estrangeiros disse que o Gabinete do Secretário-Geral da ONU procura ainda um novo SRSG para Timor-Leste. Guterres disse que o Secretário-Geral está a consultar várias nações para eleger a nova pessoa para liderar a nova missão da ONU. Também disse aos media, na ocasião da sua chegada de New York que a ONU concordou num total de 1600 polícias que deverão estar todos em breve em Timor. (TP)

RTTL Notícias relatadas
10 – 10 – 2006

Contingente da UNPOL chega a TL:

A RTTL relatou que no Domingo, chegaram a Dili 45 Polícias da ONU (UNPOL) vindos das Filipinas. A RTTL relatou que no mesmo dia, chegaram a Dili mais 75 UNPOL da Malásia, num voo especial. De acordo com os planos vão ainda chegar, 180 UNPols de Bangladesh e 25 da Nova Zelândia.

O Parlamento Nacional está pronto para aceitar o resultado da Comissão de Inquérito:

O Parlamento Nacional declarou que todos devem aceitar os resultados da investigação feita pela COI de modo a solucionar os problemas e a crise em curso ainda no país. Elizário Ferreira da bancada da Fretilin declarou que o resultado da investigação deve ser anunciado antes de 12 de Outubro, de outro modo pode-se criar instabilidade. Em relação aos resultados da investigação, o director da ONG Forum declarou que a sociedade civil pede a todas as componentes para aceitarem os resultados da investigação.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.