quarta-feira, outubro 25, 2006

Aeroporto internacional encerrado devido a confrontos

Dili, 25 Out (Lusa) - O aeroporto internacional Nicolau Lobato, em Díli, Timor-Leste está encerrado desde as primeiras horas de hoje devido aos confrontos iniciados na noite de terça-feira junto daquelas instalações aeroportuárias.

Fonte do Aeroporto disse à Lusa que as instalações se vão manter encerradas até 06:30 de quinta-feira (01:30 em Lisboa) tendo já sido emitido um aviso internacional para que não sejam dirigidos voos para o aeroporto.

Residentes num campo de deslocados situado junto ao aeroporto de Díli tentaram terça-feira impedir o acesso àquelas instalações, daí resultando confrontos com militares australianos e polícias malaios.

A mesma acção tinha sido tentada segunda-feira de manhã, mas a presença de militares da força da GNR em Timor-Leste frustrou a intenção.

Dezenas de militares australianos e elementos da polícia malaia bloquearam, entretanto, os acessos ao aeroporto junto à rotunda de Comoro.

Os incidentes de segunda-feira e terça-feira sucedem-se aos confrontos registados durante o fim-de-semana, na área de Aimutin e em Hera, cinco quilómetros a leste de Díli, de que resultaram dois mortos e um ferido, segundo o director do Hospital Nacional, António Caleres.

EL-Lusa/Fim

Deslocados bloqueiam acessos a aeroporto contra australianos

Díli, 25 Out (Lusa) - Os residentes no campo de deslocados situado junto ao Aeroporto Internacional de Díli justificaram hoje o bloqueio dos acessos com a intervenção dos militares australianos na noite de terça-feira, disse à Lusa José da Costa, responsável do campo.

O aeroporto internacional Nicolau Lobato, em Díli, Timor- Leste, está encerrado desde as primeiras horas de hoje devido aos confrontos iniciados na noite de terça-feira junto daquelas instalações aeroportuárias.

O encerramento vai manter-se assim até às 06:30 de quinta- feira (01:30 em Lisboa,) tendo já sido emitido um aviso internacional para que não sejam dirigidos voos para o aeroporto.

Na terça-feira à noite militares australianos entraram no campo de refugiados situado perto do aeroporto, onde estão registados 15 mil deslocados, com o objectivo de prenderem três pessoas.

Perante a oposição que encontraram por parte dos residentes no campo, efectuaram disparos de granadas de gás lacrimogéneo, o que provocou a revolta dos deslocados e os levou a bloquear os acessos ao aeroporto, em cujo interior se encontra um numero indeterminado de militares australianos.

Segundo José da Costa, os militares australianos "têm que sair de Timor porque não garantem" a segurança da população.

Muitos dos deslocados empunham cartazes com palavras de ordem contra a presença australiana no país, questionando a sua parcialidade.

Os deslocados garantem que vão manter o bloqueio ao aeroporto até que o presidente Xanana Gusmão ou o primeiro-ministro Ramos Horta falem com eles.

Horas depois, deixaram entrar no aeroporto efectivos da polícia malaia, mas continuam a impedir que militares australianos se dirijam para as instalações portuárias.

EL-Lusa/fim
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Dois militares da GNR feridos durante confrontos perto em Díli

Díli, 25 Out (Lusa) - Dois militares da GNR ficaram hoje feridos ligeir amente durante os confrontos registados junto ao Aeroporto Internacional de Díli , disse à Lusa fonte militar.

Os dois elementos da GNR foram atingidos por pedras lançadas pelos mora dores do bairro Marinir, vizinho das instalações aeroportuárias.

A fonte contactada pela Lusa acrescentou que a GNR efectuou uma detençã o.

A Lusa contactou o director do Hospital Nacional, António Caleres Júnio r, que disse terem dado entrada hoje naquele estabelecimento quatro vítimas dos confrontos, uma delas mortal.

A vítima mortal e um dos feridos foram atingidos por balas, e os restan tes dois feridos por "rama-ambon", pequenas flechas impulsionadas por fisgas art esanais.

Relativamente aos confrontos registados durante a noite na sequência da intervenção de militares australianos no aeroporto, António Caleres Júnior adia ntou que três pessoas deram entrada no hospital, tendo uma delas morrido devido a ferimentos de múltiplas facadas.

Os confrontos registados ao final da tarde de terça-feira (hora local) junto ao aeroporto estenderam-se depois a outras zonas da cidade, tendo os agent es do Grupo de Operações Especiais (GOE), da PSP, sido obrigados a efectuar disp aros para o ar para manter à distância elementos de um grupo que fugia de confro ntos com um grupo rival.

Estes incidentes ocorreram junto ao Ministério da Educação, que fica pa redes meias com o chamado Bairro da Vila Verde, onde residem professores portugu eses, e no qual se encontram também alojados agentes dos GOE, para garantir a se gurança do local.

Entretanto, após os incidentes de hoje junto ao aeroporto - que se enco ntra encerrado temporariamente até às 06:30 horas de quinta-feira (22:30 horas d e quarta-feira em Lisboa) - verificaram-se focos de violência nos bairros de Aim utin e Fatuhada.

As fontes policiais e militares contactadas pela Lusa desconhecem por e nquanto se foram feitas mais detenções.

EL-Lusa/Fim

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Comunicado - PM

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO
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25 October 2006 For immediate release


Statement issued by Prime Minister Dr José Ramos-Horta

“The incidents in Dili in the last 24 hours have caused me great concern, disappointment and sadness, and heartache.

Concern because the ramifications that the temporary closure - hopefully less than 24 hours -of the Dili airport will have on Timor-Leste’s immediate future.

Today’s temporary closure was necessary because the staff felt unsafe to travel to work.

Today’s closure is ironic, as we survived the worst of the crisis without any closure, and now due to a gang of common criminals, who deliberately targeted defenceless citizens, we had to close it.

We have now made the airport precinct safe for the staff and airlines to go about their business.

I want to thank UNPOL and the international forces JTF631 for their well coordinated effort to secure the airport area and restore law and order.

As UNPOL, working with PNTL, deploy in the country, law and order is gradually being brought under control.

I feel disappointed and sad because once again we see our people fighting each other resulting in pointless deaths.

Heartache because of the unnecessary loss of life and to see how we ourselves are weakening the very values we showed in our struggle to be free.

Despite this current setback, I have faith that normalcy will soon return, due to the courageous spirit of our people. I appeal to all sectors of our population to be mindful that peace has to be worked at and all have to maintain their commitment to it.

Timor-Leste’s Armed Forces, the F-FDTL, led by Brigadier General Taur Matan Ruak, demonstrated that courageous spirit, in a public statement issued today. They apologised to all Timorese for all the damage caused directly and indirectly by them during the crisis and they also offered their condolences to the families of the people who died during that time. They also stressed the need for us all to strengthen our national unity and our supreme interests as a people and a nation.

In Rome, on the eve of meeting His Holiness Pope Benedict XVI, I have been in constant contact with the Vice Prime Minister Eng Estanislau Silva who, with other Cabinet colleagues, has been coordinating the response to the incidents of the last 24 hours.

I have been in contact with my President H.E. Kay Rala Xanana Gusmao to review the situation and discuss a coordinated response to this new development.

I also spoke with many other Timorese religious, civic and political leaders including Secretary General of Fretilin and former Prime Minister Dr. Mari Alkatiri, who indicated to me his readiness to help lessen the tension and violence. He said that he would visit the Airport IDP camp to talk to people there, to seek their cooperation. I fully support this initiative.

Besides discussing many issues with His Holiness, I will brief him on the current situation in Timor-Leste and ask him to pray for our country and for our people in this hour of need.” – ENDS.

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Versão oficial australiana...

Sydney Morning Herald - October 26, 2006
Timor in chaos as leader murdered
Lindsay Murdoch

SECURITY forces in East Timor fear violence will dramatically escalate in Dili after the execution of a leader of one of East Timor's biggest gangs.

The martial arts gang leader was shot in the head on a Dili street, where for weeks rival gangs have fought fiercely.

An Australian soldier was also involved in a shooting incident yesterday (!), the Australian Defence Force says, amid violence in Dili in which at least two people died and dozens were injured.

East Timor's army is also preparing to address the nation declaring its troops should no longer be confined to barracks because of the lawlessness, sources in Dili said last night.

The army's top officers will declare that the forced removal from office of former prime minister Mari Alkatiri amounted to a coup and that those responsible should be investigated by East Timorese, sources said.

The army was expected to make the address last night but state television went off the air, citing technical problems.

If the army goes ahead with the address it would be seen by Dili's political elite as criticism of the President, Xanana Gusmao, who is strongly supported by the Prime Minister, Jose Ramos-Horta. Mr Ramos-Horta is visiting the Pope at the Vatican.

Such provocative comments by the army's top officers would almost certainly wreck efforts to bring an end to months of violence in the country of 1 million people. The army's move follows the release last week of a United Nations report that recommended the army's commander, Taur Matan Ruak, be prosecuted for illegally arming civilians with weapons when violence erupted in the country in April and May.

Since May East Timor's troops have been confined to barracks.

Dili erupted in violence yesterday when Assis Hendrique da Silva, 27, was shot in the head on a street near Dili's airport.

Mr da Silva was a "master" of the Sacred Heart martial arts gang, whose thousands of members have been fighting rival gangs on Dili's streets for weeks.

The killer has been identified as a man from eastern East Timor, a gang social worker told the Herald last night.

A Timorese witness has said he saw the shooting. The killer leaned out from behind a building and shot at da Silva with a pistol, he has been reported as saying.

"It's crazy here tonight," the social worker said. "Members of the gang believe that the killer is hiding out in a refugee camp near the airport ... they want revenge and I don't think anything will stop them getting it."

For 40 minutes late yesterday, Portuguese security forces battled members of the gang as they attended a wake for da Silva. The Portuguese fired rubber bullets and tear gas while gang members pelted them with rocks. Gangs fought running battles at the airport camp most of the day forcing the closure of the airport.

Several sustained attacks by rock-throwing youths were made on Australian and other security forces during the day.

An Australian soldier attempting to quell the violence shot at a gun-wielding East Timorese man near the airport, the Australian Defence Force said.

A Defence spokesman in Canberra said the soldier, whose name has been withheld, fired a number of shots in self-defence after another man approached a military checkpoint.

"Initial reports are that the man had a weapon which he raised in a threatening manner and took a firing position," the spokesman said. "That is when the soldier retaliated in self-defence." The man "fled the scene and it cannot be confirmed whether he was injured in the incident", he said.

A foreign businessman in Dili said by telephone last night that street protagonists suddenly appear to have obtained weapons they have not previously produced. "The guns are out again. It's not as bad as in May but the situation is serious," he said.

About 33 people were killed in April and May and 155,000 forced into refugee camps where most remain.

Shots are believed to have been fired at Australian security forces during one of yesterday's battles. The gang social worker said money appears to have been paid to gang members to cause trouble this week. "There's political money up for grabs all over the place at the moment," he said.

Mr da Silva's murder came after the most violent night in Dili for weeks. Twelve houses were set alight in the nearby Comoro area, witnesses said.

Earlier gang members had vandalised a Ministry of Education building and seriously injured a security guard.

A employee of CHC Helicopters Australia, a company that flies workers to oil and gas rigs in the Timor Sea, was chased and attacked near the airport. He suffered minor injuries.

MPs fled the parliament in Dili yesterday afternoon after hearing rumours the building was about to be attacked. Four people have been killed and 47 wounded in Dili since the weekend when two men were decapitated after being attacked outside a church.

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Notícias - em inglês

Airline Industry Information - Wednesday, 25 October 2006, 10:51 GMT
East Timor airport closed due to violence

The international airport in East Timor was closed today (25 October) after a man was shot and killed near the airport.

Aviation authority and hospital officials reportedly said that the killing was due to clashes between rival gangs. Antonio Caleres, director of East Timor's main hospital, said that the shooting was part of increasing violence recently in which four people have been killed and 47 wounded.

Additionally, the Australian Defence Force reported that one of its soldiers, part of a foreign peace-keeping mission, today fired shots in self defence at an armed man who approached one the positions at the airport.

According to The Associated Press, the man fled. it was not clear whether the two incidents were related.

Romaldo da Silva, director of East Timor's Civil Aviation Authority, said the airport was completely closed due to security reasons as there was no security for the staff.

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Radio Australia - 25/10/2006, 12:12:43
Australian troop commander warns of humanitarian crisis in East Timor

The commander of Australian troops in East Timor says a humanitarian disaster could happen in the troubled nation, unless housing for refugees fleeing the unrest in Dili can be arranged before the approaching wet season.


The call comes almost five months after Australian troops were deployed to East Timor to help settle an outbreak of fighting which saw thousands flee the capital.

The commanding officer, Brigadier Mick Slater, says Dili is more stable than when Australian troops first arrived, but there's an undercurrent of criminal activity in camps that were set up for those fleeing the capital:

"The longer the camps are here the more difficult it will be to solve the social and community problems in Dili itself," he said.

"And of course with the approaching wet season there's the potential for a humanitarian disaster if we cannot get people back in to their homes before the wet season brings diseases."

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Radio New Zealand - Posted at 10:18pm on 25 Oct 2006
Fighting in Dili reported to be under control

United Nations police and international soldiers have reportedly regained control after an outbreak of gang violence in the East Timorese capital of Dili.


There has been fighting near the road to the city's airport, forcing officials to close the airport for passengers' safety.

Police and residents say a dozen houses were set on fire.

UN spokesperson Adrian Edwards says the fighting appears to be under control. He says there have been similar incidents during recent days, and it is not clear what has sparked the unrest.

Dili has been hit with sporadic violence for several months despite the arrival of international troops and police in May.

New Zealand has136 troops in East Timor as part of the international military contingent of mostly Australian and Malaysian troops.

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Agence France-Presse - October 25, 2006 03:33pm

Bishop tries to stop E Timor unrest
From correspondents in Dili

EAST Timor's Bishop Carlos Belo has reportedly held meetings with a rebel leader and key politicians named in a damning UN report on the country's violence to try to stop the ongoing unrest.

Bishop Belo flew by UN helicopter to a meeting yesterday with rebel leader Alfredo Reinado at a hill in Fohorem, Suai district on the southern coast, a source said today.

He was greeted by Reinado, who was wearing combat fatigues, and the two then held private discussions, the source said.

Reinado has been in hiding since he and more than 50 other inmates escaped in August from a prison in Dili, where he was detained following bloody violence which erupted in April and May.

After meeting Reinado, Bishop Belo headed for former prime minister Mari Alkatiri's home for brief talks, the source said.

He then went on to visit former home affairs minister Rogerio Lobato.

A UN report into the violence in East Timor in April and May earlier this month called for Mr Alkatiri, Mr Lobato and a series of senior government and security force members to be criminally investigated.

Mr Alkatiri stepped down as prime minister in June amid allegations that he had armed a hit squad and ordered it to kill his political opponents. He has maintained his innocence.

Dili was rocked by the unrest following the dismissal of soldiers who had deserted, complaining of discrimination from their superiors based on whether they came from the east or west of the country.

Some 37 people were killde in pitched battles between security forces during bloody street violence. More than 150,000 people fled their homes and some 3000 Australian-led peacekeepers were sent to restore calm.

The report cleared President Xanana Gusmao of ordering Reinado, then head of the military police who deserted just ahead of the May unrest, "to carry out criminal actions".

Bishop Belo, who shared a Nobel peace prize with now Prime Minister Jose Ramos Horta in 1996, arrived in Dili from Mozambique on October 18, and is due to leave on Saturday.

On his arrival, the bishop said he had come "to visit and provide you with hope and peace", and warned the people against being disunited.

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The Age - October 25, 2006 - 3:33PM

Digger shot at Timor man
Lindsay Murdoch, with David Braithwaite and agencies

An Australian soldier stationed in East Timor today shot at an armed man near Dili International Airport, the Defence Force has confirmed.

The soldier fired shots at a Timorese man in self defence after he approached in a threatening manner, an ADF spokesman said.

"Initial reports are that a Timor-Leste national approached an ADF position with a firearm and acted in a threatening manner," the statement reads. "His actions led to an ADF member firing a number of shots in self defence. "The man then fled the scene and it can not be confirmed whether he was injured in the incident. "This incident will be investigated."

No further comment would be made until the investigation was complete, the spokesman said.

A Dili medical clinic has confirmed that a Timorese man, believed to be in his early 20s, was today brought to the clinic. The man, who suffered a bullet wound to the head, had died, the clinic said.

The man's body has been taken to Dili general hospital for a post-mortem.

Airport closed

Aviation and hospital officials in East Timor reported that a man was shot to death during clashes between rival gangs near the airport, forcing its closure.

Assis Hendrique da Silva, 25, was shot in the head by unknown gunmen near the airport this morning, his father, Evaresto Hendrique de Silva, 54, told the Associated Press.

"The airport has been totally closed due to security reasons," said Romaldo da Silva, director of East Timor's Civil Aviation Authority.

"There was no security for my staff this morning and I therefore decided to close temporarily until we feel secure enough to reopen it."

The shooting was part of escalating violence in recent days in which four people have been killed and 47 wounded, said Antonio Caleres, director of the Dili National Hospital.

Violent clashes

Reuters is reporting that two people have been killed and that 12 houses were burned in fighting between youth gangs armed with guns, bows and arrows and rocks, according to police and local residents.

The first clash happened late yesterday on a main road leading to the airport with one person killed by gunfire. Another clash broke out early today, killing another resident.

Security forces had closed the road.

"There were provocateurs in the road that leads to the airport. They burned tyres and blocked the road," Nelson, who lives near the area and did not give a second name, told Reuters.

An Australian police officer said many shots were fired during the clashes.

Another man was shot and killed last night and seven were injured in clashes between rival gangs in the Comoro neighbourhood, Caleres said.

The unrest began on Sunday following the release of a UN report on October 17 into the violence that wracked the tiny nation earlier this year.

A special commission largely blamed the government of former prime minister Mari Alkatiri for a wave of killings and arson in April and May that left 33 dead and forced 155,000 people into overcrowded displacement camps.

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New.com.au - October 25, 2006 06:22pm

Injured Aussie evacuated from Dili
By staff writers and wires, With AAP

An Australian has been evacuated from East Timor after suffering injury in clashes around Dili international airport today.

Australian troops are stationed at the airport, which has been closed today because of fighting between rival groups in the area.

Earlier, an Australian soldier opened fire at an East Timorese man during clashes in the area.

"We understand one Australian was injured entering the airport this morning and has been medivaced to Australia,'' a Department of Foreign Affairs and Trade spokeswoman said. "The Australian embassy in Dili is seeking to establish whether any other Australians have been affected.''

No details about the identity of the Australian or their level of injury are known.

Australian troops are stationed at Dili airport, which has been closed since yesterday because of violent fighting between rival groups.

Two peole have been reported killed in the gang clashes.

"Initial reports are that a Timor-Leste national approached an Australian Defence Force (ADF) position with a firearm and acted in a threatening manner," a defence spokeswoman said. "His actions led to an ADF member firing a number of shots in self-defence".

The man fled but it was not known whether he was injured.

Defence said it would be inappropriate to provide further information until investigations into the incident, which took place this morning, are complete.

International peacekeepers fired rubber bullets at groups of battling youths last night and this morning, an Associated Press reporter at the scene said.

Australian-led troops patrolled the city in Black Hawk helicopters as ambulances shuttled the wounded to the local hospital, the reporter said.

Gangs armed with guns, bows and arrows and rocks clashed near the airport and several houses were burned.

The first clash happened late yesterday on a main road leading to the airport with one person killed by gunfire. Another clash broke out early today, killing another resident.

Security forces had closed the road.

"There were provocateurs in the road that leads to the airport. They burned tyres and blocked the road," Nelson, who lives near the area and did not give a second name, said.

An Australian police officer said many shots were fired during the clashes.

Battles among gangs of youths are common in the impoverished country, which gained full independence from Indonesia in 2002 and where unemployment is widespread among the young.

The former Portuguese colony plunged into chaos four months ago when a series of protests developed into widespread violence after 600 members of the 1400-strong army were sacked.

An estimated 100,000 people were displaced in the fighting, which led to the deployment of a 2500-strong international peacekeeping force.

A strengthened police element in the force has so far struggled to contain sporadic violence.

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ABC - Wednesday, October 25, 2006. 5:41pm (AEST)

Belo meets with Timor rebel leader

East Timor's Nobel Peace laureate Bishop Carlos Belo has held a series of meetings with a rebel leader and key politicians in an effort to solve ongoing unrest in the country.


He flew in a United Nations (UN) helicopter to a meeting yesterday with rebel leader Alfredo Reinado.

Reinado has been in hiding since he and more than 50 other inmates escaped from a prison in Dili in August.

Later, Bishop Belo met former prime minister Dr Mari Alkatiri and former home affairs minister Rogerio Lobato.

A UN report into the violence in East Timor in April and May called for Dr Alkatiri and Lobato to be criminally investigated.

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ABC - Wednesday, October 25, 2006. 6:17pm (AEST)

Two killed in latest Timor violence

At least two people are now confirmed dead in the latest outbreak of violence in East Timor.


The United Nations (UN) says hundreds of people have engaged in fighting near Dili's airport since last night.

The airport has been closed and the main road to the capital is blocked.

Earlier today, Australian soldiers opened fire on one man who had produced a firearm and threatened to shoot. He fled with no obvious injury.

A UN spokesman, Adrian Edwards, says the situation is still very volatile.

"We've seen ... reports of people being injured and some being brought to the hospital," he said. "We've also heard reports of possible other fatalities, but those are not confirmed at the moment. "We're waiting to see, once we get a clearer picture of them. "But right at the moment, I think the operations to bring it under control are ongoing."

Dili has been hit with ongoing, sporadic violence for months, even since the arrival of international troops and police in May.

The UN is still building its peacekeeping force in Dili, which should eventually include more than 1,600 police.

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ABC - Wednesday, October 25, 2006. 7:05pm (AEST)

Australian injured in Timor violence

An Australian has been evacuated from East Timor after being injured in the violence around Dili airport this morning.


A spokeswoman for the Department of Foreign Affairs and Trade says the airport has now been closed due to civil unrest.

She says the Australian national has been taken to hospital in Darwin.

The Australian Embassy in Dili is checking whether any other Australians have been injured in the violence.

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AAP - October 25, 2006 06:18pm

Australian injured in Timor clashes

An Australian has been evacuated from East Timor after suffering injury in clashes around Dili international airport today.


"We understand one Australian was injured entering the airport this morning and has been medivaced to Australia,'' a Department of Foreign Affairs and Trade spokeswoman said.

"The Australian embassy in Dili is seeking to establish whether any other Australians have been affected.''

No details about the identity of the Australian or their level of injury are known.

Australian troops are stationed at the airport, which was closed today because of fighting between rival groups in the area.

Earlier, an Australian soldier opened fire at an East Timorese man during clashes in the area.

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Airport closed after 2 killed in East Timor clashes

Reuters
Wed Oct 25, 2006 7:09 AM BST


By Lirio da Fonseca

DILI (Reuters) - Dili's airport has been closed following violent clashes between groups of East Timorese youths in which at least two people were killed, officials and residents said on Wednesday.

The closure of the main air hub due to the trouble highlights the fragile security situation in the fledging nation, despite the presence of an Australian-led peacekeeping force.

"All flights since last night have been cancelled until today. The reason for this is because there will be no security guarantee for the passengers," Rosa, an airport official who goes by one name, told Reuters.

The closing came amid violent clashes among youth gangs armed with guns, bows and arrows and rocks near the airport.

Twelve houses were burnt in the fighting, police and local residents said.

The first clash happened late on Tuesday on a main road leading to the airport with one person killed by gunfire. Another clash broke out early on Wednesday, killing another resident.

Australian troops guarding the airport had opened fire on an armed man who approached them in a threatening way, a spokesman for Australian Defence Minister Brendan Nelson said.

"His actions led to an Australian Defence Force member firing a number of shots in self-defence," the spokesman said, adding the man fled and it was unclear whether he was wounded.

Australia led a force of foreign peacekeepers to East Timor in late May to quell fighting that pitted rival factions in the country's police and military against one another.

BURNING TYRES

Battles among gangs of youths are common in the impoverished country, which gained full independence from Indonesia in 2002 and where unemployment is widespread among the young.

The airport road straddles areas known for frequent gang clashes and peacekeepers have struggled to contain the sporadic violence, with gangs often melting away fast after trouble.

"There were provocateurs in the road that leads to the airport. They burnt tyres and blocked the road," Nelson, who lives near the area and did not give a second name, told Reuters.

An Australian police officer said many shots were fired during the clashes.

The former Portuguese colony plunged into chaos four months ago when a series of protests developed into widespread violence after 600 members of the 1,400-strong army were sacked.

An estimated 100,000 people were displaced in the fighting, which led to the deployment of a 2,500-strong international peacekeeping force.

A strengthened police element in the force has so far struggled to contain sporadic violence.

Concerns about East Timor's fragile security grew after rebel leader Major Alfredo Reinado escaped from a Dili prison last month along with 50 other inmates.

Reinado, a key player behind the May revolt, has called for a "people power" revolution in a letter circulating in the tiny country.

A recent U.N. report blamed weaknesses in institutions for the chaos and said there should be a further investigation to determine whether former prime minister Mari Alkatiri should be prosecuted over the arming of civilians during the violence.

(Additional reporting by Rob Taylor in Canberra)

In Público

Público
25.10.2006

"À noite a policia australiana, barrou a estrada de Comoro, por pensar, que estava a ser atacada na sua sede, informou o blog Timor directo de portugueses a trabalhar em TL."

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National liberation comes to South Pacific

The Guardian 25 October, 2006


Although the small Pacific Island nations now exercise a nominal independence very few have sufficient resources and practically no industrial development which would enable them to stand up to the pressures that are being imposed on them by Australia, New Zealand and other nations with more highly industrialised economies.

It has been easy for countries such as Australia to use so-called "aid" programs and loans (and then threatening to withhold them) to demand that the weaker nations adopt policies acceptable to the developed countries.

Australia, in cooperation with the United States, declared the South Pacific Island states to be its area of influence. In this frame of mind the Howard Government declared that it was the policeman of the region and sat in judgement over its neighbours as "rogue" states, "failed" states, not capable of "good governance". The Australian Government used such charges to claim it had the right to carry out pre-emptive strikes, and with assistance from others even went to the length of deliberately engineering crisis situations for that purpose.

Solomon Islands

The Solomon Islands is a classic example. On two occasions the Australian Government and its lapdog ally, New Zealand, sent troops and police to the Solomon Islands as a consequence of some local disturbances. Who stirred up these disturbances has, of course, never been explained.

The troops and police were not alone in moving into the Solomon Islands. Civilian personnel were included, some taking over key positions in government — economic and legal advisers, judges, bankers and election monitors. That these personnel would include members of ASIO and other "intelligence" agents has to be taken for granted.

In the Solomon Islands an Australian policeman took over the position of Police Commissioner and was responsible for last week’s raid on the office of the Prime Minister of the Solomons. The raid was carried out while the PM was out of the country attending a meeting of the Pacific Forum and violence was used to break into his office.

All this was accompanied by vicious verbal attacks on the Solomon Island’s Prime Minister by Foreign Minister Alexander Downer whose arrogant and outrageous behaviour had already been displayed in connection with East Timor and Papua New Guinea. Downer is a typical colonial governor using the stronger economic and military power of Australia and the availability of personnel to effect a virtual colonial take over.

The PNG Government was faced with a similar attempt to take it over but Australia was eventually forced to back off after insisting that Australian personnel in PNG should be above PNG laws. Australian high-handedness was again on display recently in connection with PNG when the Australian Government refused to extend visas to the PNG Prime Minister and other government officials to visit Australia when they were allegedly involved in the Julian Moti affair.

Flagrant interference

The Australian Government’s flagrant interference and standover tactics also being played out in East Timor as it attempts to turn East Timor into an Australian colony. Once again troops and police were rushed in using the pretence of disturbances in Dili. No United Nations authority was sought despite the presence of a UN mission in Dili that dates back to the struggle of the East Timor people against Indonesian occupation.

In the recent discussions in the UN Security Council, Australia argued that it should continue to control the military forces at present in East Timor rather than passing command over to the UN mission.

The UN investigation into the events earlier this year in Dili has concluded that Alfredo Reinado could be prosecuted for his role in the disturbances in which a number of East Timorese were killed. Reinado is said to be in "hiding", yet it is clear that his whereabouts are known to the Australian military and media. His criminal role is also being covered up by the Australian Government with no steps to arrest him despite his escape from jail several months ago.

Reinado, who lived in Australian for about nine years and trained at the military college in Canberra, is clearly working closely with Australian forces and was a useful and willing tool in the vicious Australian-orchestrated campaign to overthrow the elected government of Mari Alkatiri.

Another long-standing Aus­tralian resident who is also playing the Australian Government’s game is the present Prime Minister of East Timor, Ramos Horta.

Growing resistance

Despite these campaigns, occupations, economic and political pressure and blackmail, there is an obviously growing resistance in the island states to the attempts of the Howard Government (and the Keating and Hawke Labor Governments before that) to re-impose a form of colonialism on the island states, to destroy their independence and sovereignty and to install governments that will do the bidding of their Australian masters.

A Communist Party booklet — Recolonising the Solomon Islands — published in 2003 says that the rejection of colonialism and the demand for independence and sovereignty remain strong in the world and the neo-colonialist plan outlined by the Australian Government may yet come crashing down — as it deserves.

In the 1970s and ‘80s the Pacific Island states were given their statehood in the wake of the world-wide anti-colonial movement of the time. Now, the people and governments of these states are beginning to fight for their independence!

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Clashes close East Timor airport

Reuters - 25/10/2006

Oct. 25 - Dili's airport has been closed following violent clashes between groups of East Timorese youths in which at least two people were killed.The closure of the main air hub due to the trouble highlights the fragile security situation in the fledging nation, despite the presence of an Australian-led peacekeeping force.

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Nota: O comando australiano apenas lidera as suas forças e as da Nova Zelândia. As restantes forças são da UN.

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Timor-Leste: Situação tensa

Rádio Renascenca - 25/10/2006, 02:59 (Para ouvir a entrevista na integra: http://www.rr.pt/noticia.asp?idnoticia=178679)


Timor-Leste está sem voos por causa de nova vaga de violência. A polícia da ONU comenta situação na Renascença

O aeroporto está encerrado, a policia internacional está a proteger as instalações.

Os confrontos a envolverem deslocados e tropas internacionais da Austrália começaram ontem e agravaram-se esta quarta-feira.

A Renascença falou há instantes com Antero Lopes, comandante da polícia das Nações Unidas em Timor, que descreve uma situação delicada.

Está prevista uma reunião de emergência com as autoridades timorenses.

A Renascença contactou também a GNR em Dili mas, como os confrontos são fora da sua zona de acção, os militares portugueses não estão envolvidos nesta operação. (Nota: Não estão envolvidos? Não estão outra coisa...)

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Tempestades sobre o Pacífico

Tradução da Margarida.

MRZine.com

Por Tom O'Lincoln

O Primeiro-Ministro Australiano John Howard deve ter uma recepção hostil no Fórum das Ilhas do Pacífico esta semana. O seu imperialismo aberto tem provocado conflitos em três ilhas nações.

As Salomão e a Papua Nova Guiné

No seu ultimo desaforo, a polícia Australiana fez uma busca no gabinete do PM das Salomão Manasseh Sogavare. Entretanto um relatório chave sobre a crise de Timor não saiu tal como Howard gostaria que saísse.

Em 19 de Outubro Sogavare acusou Canberra de tentar minar o seu Governo depois do comissário da polícia Solomão, o Australiano Shane Castles, ter dado ordem de prisão ao Ministro da Imigração Peter Shanel. Sogavare avisou que "ia lidar " com Castles e o seu colega Australiano, o Solicitor-Geral Nathan Moshinsky.

Agora os polícias de Canberra arrombaram a pontapé literalmente a porta de Sogavare. Entretanto Moshinsky, incapaz de impor a sua vontade, regressou a Melbourne.

Esta desordem neo-colonial tem as suas origens em 2003, quando Howard aproveitou as desordens internas para lançar a chamada Missão de Assistência Regional nas Ilhas Salomão (RAMSI). Esta força de policiamento e administrativa é constituída preponderantemente por Australianos. Quando lhe deram a alcunha de Helpem Fren (amigos ajudantes), eu escrevi algures que um dia isso se viraria em "pontapeantes no cú" – e assim aconteceu.

Uma tentativa similar para ocupar uma posição de força no policiamento da Papua Nova Guiné (o Programa de Cooperação Reforçada) rompeu-se quando o Supremo Tribunal do país recusou isentar os polícias Australianos das leis locais. Mas Canberra pressiona com planos para consolidar uma rede regional de polícias sob comando de Canberra. O comissário de polícia nas Fiji é o Australiano Andrew Hughes, e há umas tantas “unidades de crimes transnacionais” apoiadas pelos Australianos pela região.

Em 16 de Setembro Sogavare expulsou o Alto Comissário Australiano Patrick Cole por interferir na política local, particularmente num inquérito aos distúrbios de Abril passado. O Governo Howard diz que o inquérito está cozinhado para tirar as culpas de incitamento aos distúrbios a dois deputados que estão presos e que são aliados de Sogavare. Isso pode ser verdade, Mr Howard, mas aquele é ainda o país deles.

Canberra depois começou com acções para extraditar o Procurador-Geral das Salomão Julian Moti de Papua Nova Guiné. Os Australianos dizem que querem Moti opor acusações de pedofilia. Mas essas acusações são muito velhas, e aparentemente estão cheias de buracos; foram revogadas em Vanuatu em 1999 em processos envolvendo uns tantos juízes distintos. 1 A razão para as retomar agora é para pôr pressão política em cima de Sogavare.

Sogavare encontrou um aliado no líder da Papua Nova Guiné Michael Somare, e Moti conseguiu apanhar um voo militar clandestino para as Ilhas Salomão. Isto provocou um ataque de raiva no Ministro dos Estrangeiros Australiano Alexander Downer. Desde então o governo de Sogavare tem estado num braço de ferro com os polícias liderados pelos Australianos, ao mesmo tempo que Canberra tem proibido Somare e os seus ministros de receberem vistos.

Quando mais duramente Canberra empurra, quando mais os políticos das ilhas parecem radicalizar-se, com o surgimento de políticos nacionalistas a resistirem às exigências Australianas. A promessa de Sogavare para "lidar com ambos Mr Castles e Mr Moshinsky por humilhações desnecessárias a um ministro do Governo " sugere um político frontal. 2 Chegou mesmo a ameaçar expulsar a RAMSI, apesar disto poder ser provavelmente linguagem bombástica.

Mas a linguagem bombástica tem sido boa para Sogavare até agora. Sobreviveu com facilidade a uma moção de não confiança em 11 de Outubro, uma que ao princípio se esperava que perdesse e na semana passada sentiu-se com confiança suficiente para oferecer pomposamente “curar a brecha” com Canberra durante o Fórum do Pacífico – na base da sua própria posição, que era "não-negociável." 3

Timor-Leste

Em Timor-Leste uma comissão especial da ONU relatou sobre os levantamentos de Abril e Maio. Este painel de três estrangeiros não pode realmente ter a certeza dos factos e está sem dúvida influenciada pelo governo Gusmão-Horta. Mesmo assim, o relatório tem uma leitura interessante.4

Em Setembro descrevi como o programa Four Corners da TV Australians tinha acusado o então Primeiro-Ministro Mari Alkatiri de Timor-Leste – a besta negra de Canberra –de organizar um esquadrão de ataque. Um homem conhecido por Railos afirmava ter instruções de Alkaitiri para "eliminar" os opositores do PM. Essas acusações forçaram a resignação de Alkatiri, e os sempre colaborantes media Australianos começaram de modo rotineiro a referir-se a ele como o “caído em desgraça”." Mas no parágrafo 94, o relatório da ONU rejeita especificamente a afirmação de Railos.

Há luz destes desenvolvimentos é interessante que Sogavare tenha comparado explicitamente os ataques a ele com o que aconteceu a Alkatiri.

De facto a comissão não encontrou absolutamente nenhuma evidência sólida contra Mari Alkatiri, apesar de fazer o seu melhor para agradar ao Presidente Xanana Gusmão e ao PM pró-Australiano José Ramos-Horta ao recomendar vagamente mais investigações. Entretanto, contudo, deixou cair uma bomba sobre a figura de topo militar. O Brigadeiro-General Taur Matan Ruak é cúmplice na distribuição de armas a civis e no parágrafo 134 o relatório diz que deve ser processado.

Contudo Ramos-Horta correu a declarar o seu apoio completo ao Brigadeiro Ruak. Assim o duplo critério tornou-se dolorosamente óbvio: Alkatiri "caiu em desgraça" mesmo apesar de não terem encontrado nenhuma evidência sólida contra ele; enquanto Ruak obtém "confiança total " apesar da recomendação que seja levado a tribunal.6

Parece que toda a gente estava também a esconder armas, incluindo dois ministros de Alkatiri.

Mas então se o responsável dos militares estava a fazer isso, porque é que as facções políticas não haviam de fazer o mesmo, com o objectivo de sobreviverem?

O Presidente Gusmão safa-se com uma bofetada na mão. Ele devia ter "exercido mais contenção e respeito pelos canais institucionais " em vez de ter feito um discurso provocador. Nenhuma menção ao facto da sua exigência da resignação de Alkatiri na trilha do programa da Four Corners ter sido baseado em falsas premissas – e ter sido também inconstitucional.7

Duplos critérios em todo o lado! O que se mantém perturbador, contudo, é o nível de violência que persiste na presença de "guardadores da paz." Maryann Keady jornalista de Rádio e veterana em Timor escreveu em 11 de Outubro:

A presença da polícia Australiana e internacional pouco tem feito para garantir aos Timorenses que a sua prioridade é a segurança em curso. Milhares estão ainda a viver em campos de deslocados e têm medo de regressar a casa por causa da violência em curso (e ) por verem o pessoal da segurança – como eu pessoalmente testemunhei – sentados sem tomar atitudes por lá ao mesmo tempo que pequenos grupos de indivíduos criam mais distúrbios.8

Porque é que isto deve ser assim? Keady esboçou algum contexto em Junho passado:

. . . esta é a terceira vez que as forças internacionais falharam ao não evitar os Timorenses de serem aterrorizados por uma terceira parte. Primeiro houve a fúria Indonésia em 1999. Depois, o desassossego de 4 de Dezembro de 2002 (que levou aos primeiros apelos da imprensa Australiana para Alkatiri sair, imediatamente antes das negociações do petróleo e do gás. E agora, o caos civil em 2006.9

Os poderes estrangeiros têm os seus olhos noutras coisas que não em resolver a segurança pública. Timor-Leste tem petróleo; está perto do estrategicamente vital Ombai Straight; os Chineses estão a emergir como um rival diplomático; e daí a busca de Canberra por um governo submisso. Assim, sem dúvida, dá jeito manter os Timorenses num estado de dependência preocupada.

Fontes:

1 David Marr and Marian Wilkinson, "Holes Appear in Case Against Moti," The Age (Melbourne), 7 Outubro 2006.

2 Craig Skehan, "Howard to Fly Into Diplomatic Storm in Pacific," The Age, 20 Out 06.

3 "Solomons PM Ready to Talk, Heal Rift," The Australian, 20 Outubro 2006.

4 Report of the United Nations Independent Special Commission of Inquiry for Timor-Leste, Geneva, 2 Outubro 2006., available at:
http://www.ohchr.org/english/docs/ColReport-English.pdf

5 Tom O'Lincoln, "A New Phase in the East Timor Crisis," MRZine 12 Setembro 2006.

6 AFP, "Ramos-Horta Backs Accused Defence Chief," 19 Outubro 2006.

7 Ver Michael Jones, "Roles of the President and the Prime Minister in the Current Constitutional Crisis in East Timor," in East Timor Law Journal, 25 Junho 2006, available at: http://www.eastimorlawjournal.org/ARTICLES/2006etlj6rolesofpresidentandpmincurrentcrisismjones.html



8 Maryann Keady, "EastTimor: Green Hat, Blue Hat," New Matilda, 11 Outubro 2006.

9 Maryann Keady, "East Timor: A New Cold War," New Matilda, 14 Junho 2006.

In LUSA

GNR iniciou operação de limpeza junto Aeroporto de Díli

Díli, 25 Out (Lusa) - Efectivos militares da GNR iniciaram uma operação de limpeza no bairro adjacente ao Aeroporto Internacional de Díli, na sequência dos confrontos iniciados terça-feira ao fim da tarde e que obrigaram, hoje, ao encerramento das operações aéreas.

Dois militares da GNR feridos durante confrontos perto em Díli

Díli, 25 Out (Lusa) - Dois militares da GNR ficaram hoje feridos ligeir amente durante os confrontos registados junto ao Aeroporto Internacional de Díli , disse à Lusa fonte militar.


Nota: Os militares da GNR ficaram ligeiramente feridos por pedras.

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Veja o Jornal da Tarde na RTPi pelas 18:00 e pelas 21:00 (Timor-Leste)

Jornalistas portugueses (RTP e LUSA) tem estado a fazer a cobertura dos conflitos desde manha.

Aconselhamos que vejam as imagens e a reportagem da RTP nos seguintes horarios:

Jornal da RTPN - 18:00 em Timor-Leste (10:00 em Portugal)

Jornal da Tarde - 21:00 em Timor-Leste (13:00 em Portugal)

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Violencia generalizada entre Aimutin e Comoro

Varios conflitos deflagraram em varios bairros, desde a zona de Aimutin, Bebonuk, Comoro e zona do aeroporto.

A GNR tem estado presente nestes bairros que nao sao da sua responsabilidade.

Testemunhas afirmam que a forca de intervencao da malasia, que tambem faz parte da UNPOL nao tem entrado nos bairros.

Dois militares da GNR foram levemente feridos com pedras.


(nao temos acentos)

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Comunicado / FALINTIL - FDTL

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE

FALINTIL-FDTL


Quartel-General

Gabinete do CEMGFA


Conferência de Imprensa



Posição oficial das FALINTIL – FDTL sobre o Relatório da Comissão Independente de Investigação das Nações Unidas


O conflito no noso país é um conflito político que encobre dois grandes objectivos:

1. Queda do Governo e dissolução do Parlamento e estabelecimento de um governo de unidade nacional.

2. Nos últimos tempos, actos de viiolência sistemáticos têm sido levados a cabo, esporadicamente, pelo país, mas com maior incidência em Dili, cujo objectivo é desestabilizar a governação, inviabilizando-a depois.

3. A Comissão Independente de Investigação acabou por divulgar o seu relatório analisando os factos e as circunstâncias que estiveram na base do conflito, mas esqueceram-se de enquadrá-los no contexto político.

4. Como forma de contribuir para um rápido regresso da paz ao nosso país, as Forças Armadas manifestam:

A. Agradecemos a CII por ter concluído o relatório em tempo útil e por ter confirmado que não houve massacre em Rai Kotu.

B. Para completar a missão da Comissão, propomos ao Estado timorense a criação de uma Comissão Parlamentar de Investigação cuja missãoé determinar os objectivos da crise, as estratégias, os autores intelectuais e morais que estiveram por detrás da crise timorense responsabilizando-os.

C. Reafirmamos a nossa posição de cooperar com a justiça timorense.

D. Apresentamos as nossas sentidas condolências às famílias de todos os timorenses que pereceram no conflito, partindo pelos nossos próprios companheiros das Forças Armadas, a Polícia Nacional, até aos filhos do nosso querido povo.

E. Pedimos desculpa a todos os timorenses pelas ofensas e danos causados, directa ou indirectamente, por nós no decurso da crise.

F. Agradecemos a confiança depositada nas Forças Armadas pelo nosso povo e, em especial, pelos nossos dirigentes políticos no desempenho do nosso papel durante a crise.

G. Apelamos a cooperação de todos os timorenses para pormos fim a crise que tem assolado o nosso país e que tanto mal e dor nos causou, insistindo na unidade do nosso povo, para salvaguardar os seus supremos interesses, como Povo e como Nação.

Por um só Povo e uma só Nação!

Baucau, 25 de Outubro de 2006-10-25

Pelo Comando das FALINTIL – FDTL,

O Chefe de Estado Maior General


Taur Matan Ruak

Brigadeiro General
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Voo da Merpati em Bali cancelado

Ante a confirmação de que o aeroporto de Díli está encerrado, o voo da Merpati de Bali para Díli foi cancelado segundo chefe de escala da Merpati em Denpasar.

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Storms over the Pacific

MRZine.com

by Tom O'Lincoln

Australian Prime Minister John Howard should get a hostile reception at the Pacific Islands Forum this week. His in-your-face imperialism has provoked conflicts in three island nations.

The Solomons and Papua New Guinea

In the latest outrage, Aussie police have raided the office of Solomons PM Manasseh Sogavare. Meanwhile a key report on the Timor crisis hasn't turned out quite as Howard would have liked.

On 19 October Sogavare accused Canberra of trying to undermine his Government after the Solomons police commissioner, Australian Shane Castles, ordered the arrest of Immigration Minister Peter Shanel. Sogavare warned that he would "deal with" Castles and his fellow Australian, Solicitor-General Nathan Moshinsky.

Now Canberra's cops have literally kicked down Sogavare's door. Meanwhile Moshinsky, unable to impose his will, has returned to Melbourne.

This neo-colonial shambles has its origins in 2003, when Howard seized on internal disorder to launch the so-called Regional Assistance Mission to Solomon Islands (RAMSI). This policing and administrative force is made up overwhelmingly of Australians. When they gave it the happy Pidgin sobriquet Helpem Fren (helping friends), I wrote somewhere that one day this would turn into "Kickem butt" -- and so it proved.

A similar attempt to take a stranglehold on policing in Papua New Guinea (the Enhanced Cooperation Program) broke down when the country's Supreme Court refused to exempt Australian cops from local laws. But Canberra is pressing on with plans to consolidate a regional police network under Canberra's hold. The police commissioner in Fiji is Australian Andrew Hughes, and there are a number of Australian-backed "transnational crime units" around the region.

On 16 September Sogavare expelled Australian High Commissioner Patrick Cole for interfering in local politics, particularly an inquiry into riots last April. The Howard Government says the inquiry is skewed to get two jailed MPs, allies of Sogavare, off charges of inciting the riots. That might be true, Mr Howard, but it's still their country.

Canberra next began moves to extradite Solomons Attorney-General Julian Moti from Papua New Guinea. The Australians say they want Moti on child-sex charges. But these charges go back many years, and are apparently full of holes; they were quashed in Vanuatu in 1999 in proceedings involving a number of distinguished judges.1 The reason for reviving them now is to put political pressure on Sogavare.

Sogavare found an ally in Papua New Guinea leader Michael Somare, and Moti managed to get a clandestine military flight to the Solomon Islands. This sent Australian Foreign Minister Alexander Downer into a rage. Since then Sogavare's government has been locked in conflict with the Australian-led cops, while Canberra has banned Somare and his ministers receiving visas.

The harder Canberra pushes, the more island politics seems to be polarising, with nationalist politicians popping up to resist Australian demands. Sogavare's promises to "deal with both Mr Castles and Mr Moshinsky for the unnecessary humiliation of a Government minister" suggests a politician on the front foot.2 He's even threatened to expel RAMSI, though this is probably just bombast.

But bombast has served Sogavare well so far. He easily survived a no-confidence motion on 11 October, one he was originally expected to lose; and last week he was feeling confident enough to offer grandly to "heal the rift" with Canberra during the Pacific Forum -- on the basis of his own position, which was "non-negotiable."3

East Timor

In East Timor a United Nations special commission has reported on the upheavals of April and May. This panel of three outsiders can't really be sure of the facts and is undoubtedly influenced by the Gusmao-Horta government. Even so, the report makes interesting reading.4

In September I described5 how the Australian TV program Four Corners had accused East Timor's then Prime Minister Mari Alkatiri -- Canberra's bete noir -- of organizing a hit squad. A man known as Railos claimed to have instructions from Alkaitiri to "eliminate" the PM's opponents. These accusations forced Alkatiri's resignation, and the ever-helpful Australian media began referring to him routinely as "digraced." But in paragraph 94, the UN report specifically rejects Railos' claims.

In light of these developments it's interesting that Sogavare has explicitly compared attacks on him with Alkatiri's fate.

In fact the commission hasn't found any hard evidence at all against Mari Alkatiri, though it does its best to please President Xanana Gusmao and pro-Australian PM Jose Ramos-Horta by vaguely recommending further investigations. Meanwhile, however, it has dropped a bombshell about the top military figure. Brigadier General Taur Matan Ruak connived at the distribution of guns to civilians and in paragraph 134 the report says he should be prosecuted.

Yet Ramos-Horta rushed to declare his complete support for Brigadier Ruak. So the double standards become painfully obvious: Alkatiri is "disgraced" even though there's no hard evidence against him; while Ruak gets "full confidence" despite the recommendation he be put on trial.6

It seems that everyone else was stashing guns too, including two of Alkatiri's ministers. But then if the head of the military's doing it, why wouldn't all the political factions do likewise, for the sake of sheer survival?

President Gusmao gets off with a slap on the wrist. He should have "exercised more restraint and respect for institutional channels" rather than making a provocative speech. No mention of the fact that his demand for Alkatiri's resignation in the wake of the Four Corners program was based on false premises – and was also unconstitutional.7

Double standards everywhere! What remains disturbing, meanwhile, is the level of violence that persists in the presence of "peacekeepers." Radio journalist and Timor veteran Maryann Keady wrote on 11 October:

The Australian and international police presence has done little to reassure the East Timorese people that their ongoing security is a priority. Thousands are still living in refugee camps and are afraid to go home because of ongoing violence [and] security personnel are seen -- as I have witnessed personally -- sitting idly by while small pockets of individuals create more disturbances.8

Why should this be? Keady sketched in some context back in June:

. . . this is the third time international forces have failed to stop the people of East Timor being terrorized by a third party. First there was the Indonesian rampage of 1999. Second, the unrest of 4 December 2002 (leading to the first calls by the Australian press for Alkatiri to step down, just prior to oil and gas negotiations. And now, civil chaos in 2006.9

The outside powers have their eyes on other things that outweigh public safety. East Timor has oil; it's near the strategically vital Ombai Straight; the Chinese are emerging as a diplomatic rival; and therefore Canberra's quest continues for a submissive government. So no doubt it's handy to keep the Timorese in a state of apprehensive dependency.

Sources:

1 David Marr and Marian Wilkinson, "Holes Appear in Case Against Moti," The Age (Melbourne), 7 October 2006.

2 Craig Skehan, "Howard to Fly Into Diplomatic Storm in Pacific," The Age, 20 Oct 06.

3 "Solomons PM Ready to Talk, Heal Rift," The Australian, 20 October 2006.

4 Report of the United Nations Independent Special Commission of Inquiry for Timor-Leste, Geneva, 2 October 2006., available at:
http://www.ohchr.org/english/docs/ColReport-English.pdf

5 Tom O'Lincoln, "A New Phase in the East Timor Crisis," MRZine 12 September 2006.

6 AFP, "Ramos-Horta Backs Accused Defence Chief," 19 October 2006.

7 See Michael Jones, "Roles of the President and the Prime Minister in the Current Constitutional Crisis in East Timor," in East Timor Law Journal, 25 June 2006, available at: http://www.eastimorlawjournal.org/ARTICLES/
2006etlj6rolesofpresidentandpmincurrentcrisismjones.html

8 Maryann Keady, "EastTimor: Green Hat, Blue Hat," New Matilda, 11 October 2006.

9 Maryann Keady, "East Timor: A New Cold War," New Matilda, 14 June 2006.

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Check points à entrada da universidade impedem lorosaes de entrar

E o que faz a UNPOL? Nada...

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A ocupação ainda não acabou...

As forças bilaterais australianas e a própria UN e a UNPOL não ouvem o governo, nem respeitam os líderes timorenses apesar dos esforços destes nesse sentido.

Qual a posição do Presidente da República, comandante supremo? Não está na altura de se pronunciar?

Ou é da mesma opinião que o Primeiro-Ministro Ramos-Horta (contestado pelo resto dos ministros) que elogiou vergonhosamente a actuação das forças australianas na sua visita à Austrália e que culminou na aceitação de que estas forças não precisam de fazer parte dos capacetes azuis?

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Reunião de segurança do Governo

Está a decorrer uma reunião de segurança liderada pelo Vice Primeiro-Ministro.

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Porque é que os campos de deslocados não têm segurança permanente?

A UN e os seus "expertos" pensam que não fazendo segurança aos campos, os deslocados constantemente sujeitos a ataques se irão embora dos campos mais cedo.

Ontem à noite, o campo de deslocados junto ao aeroporto parecia um guetto, de pessoas aterrorizadas e outras com ódios inflamados.

Parecia uma cena de um filme futurista, em que os deslocados se moviam como zombies de um lado para o outro em estado de choque.

Estas decisões dos "expertos" não têm em consideração que os deslocados são pessoas, na sua maioria crianças, mulheres e velhos.

Por outro lado obrigam cada vez mais à existência de grupos organizados de segurança dentro dos campos que inevitavelmente tende a exercer mais violência.

Incompetentes!

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O que estão a fazer os militares australianos numa situação de ordem pública?

Não discutimos a legitimidade do disparo do militar australiano contra o timorense, caso este lhe tenha apontado uma arma.

Mas mais uma vez se prova que os militares australianos não têm meios nem vocação para evitar o tipo de conflitos que existem.

A ser assim, porque estão cá?

Quando deviam dedicar-se a capturar Reinado e os seus comparsas, armados com equipamento de guerra, segundo o comandante das forças militares australianas, General Slater, andam a brincar em Díli.

Não evitam a violência, não protegem os campos e pelo contrário só atiçam cada vez mais os deslocados contra eles.

Incompetentes? Já parece demais...

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Incompetentes ou de má fé?

Desde ontem que a UNPOL e as forças internacionais sabiam que a situação junto do aeroporto estava muito complicada.

Centenas de militares e polícias não conseguiram evitar quer as barreiras dos deslocados, quer os ataques ao campo.

Que coordenação ou descoordenação existe entre as forças policiais da UNPOL (da qual faz parte a força de intervenção da Malásia responsável pela zona) e as forças policiais e militares australianas bilaterais?

É este o resultado da vontade australiana em não integrar a UN como capacetes azuis e apoiada por Ramos-Horta na sua recente vista à Austrália (depois do governo ter inicialmente pedido que as forças fizessem parte da UN?

Ontem foram precisos meia dúzia de militares da GNR para resolver uma situação junto ao campo do aeroporto, que centenas de forças australianas e da Malásia não foram capazes de o fazer.

Há duas UNPOL?

Vergonhoso.

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GNR no campo de deslocados com Ministro do Trabalho e Solidariedade

A GNR acompanha o Ministro Arsénio Bano que se deslocou ao campo junto do aeroporto para falar com os deslocados.

As forças australianas continuam a disparar gás lacrimogéneo junto à rotunda do aeroporto (a única coisa que sabem fazer...).

Dentro do campo não há incidentes.

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Militares australianos matam timorense em incidentes no aeroporto

Díli, 25 Out (Lusa) - Os confrontos registados durante a madrugada junto ao aeroporto de Díli provocaram hoje a primeira vítima mortal timorense resultante da intervenção das forças internacionais estacionadas em Timor-Leste.

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In LUSA

Aeroporto internacional encerrado devido a confrontos

Dili, 25 Out (Lusa) - O aeroporto internacional Nicolau Lobato, em Díli, Timor-Leste está encerrado desde as primeiras horas de hoje devido aos confrontos iniciados na noite de terça-feira junto daquelas instalações aeroportuárias.
Deslocados bloqueiam acessos a aeroporto contra australianos

Deslocados bloqueiam acessos a aeroporto contra australianos

Díli, 25 Out (Lusa) - Os residentes no campo de deslocados situado junto ao Aeroporto Internacional de Díli justificaram hoje o bloqueio dos acessos com a intervenção dos militares australianos na noite de terça-feira, disse à Lusa José da Costa, responsável do campo.

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De um leitor

Não compare situações incomparáveis. Para já, a GNR em Portugal usa a língua oficial do país e fico-me por aqui. Mas voltemos a Timor-Leste.

Mesmo que exista um código da estrada que defina o limite de 45km/h, nada justifica a falta de cortesia, para não dizer outra coisa, dos polícias australianos.

Se a viatura circulava a uma velocidade superior, o agente policial só tem que fazer uma coisa: auto de ocorrência e multa.

O problema é que não acredito que tantos milhares de australianos estejam em Dili só para zelar pelo limite de velocidade, dado o reduzido número de viaturas que circulam (ainda por cima à noite).

Se considerarmos que nunca houve este tipo de controle em TL e que existem outros problemas gravíssimos - enumerados pela autora do texto - que carecem de intervenção policial urgente, concluimos que estes "polícias" australianos só estão lá para ganhar ajudas de custo e humilhar timorenses e portugueses, não para prender os criminosos e evitar os distúrbios.

Já aqui disse que a Austrália só arranja lenha para se queimar. A já habitual reacção de apedrejamento que os refugiados do aeroporto reservaram aos polícias OZ, ainda que possa ser injusta para alguns, acaba por se tornar a regra. É que os agentes policiais deste país fazem por merecer esta reputação negativa, com acções como esta que está descrita no texto. Esta imagem negativa vai ficando gravada no subconsciente do povo, que não gosta do que vê.

H. Correia.

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Militares e polícias australianos não protegem campo dos agressores

Segundo testemunhas que estão junto à entrada do aeroporto é chocante a passividade das forças militares e policiais que estão presentes no local.

O campo está a ser atacado por grupos sem que as dezenas de elementos das forças internacionais o tentem evitar.

A força de intervenção da Malásia encontra-se atrás das barreiras montadas pelos deslocados para se defenderem e afirmam ter ordens para proteger apenas o edifício do aeroporto.

Os deslocados estão a levantar barreiras cada vez mais próximas da rotunda.

Os atacantes pegaram fogo a casas junto da rotunda, sem que os militares australianos o impedissem.

Incompetência ou de propósito?

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Confirmado um morto

Deu entrada no Hospital Guido Valadares um timorense morto a tiro por um militar australiano junto da rotunda do aeroporto. O militar afirma que o timorense lhe apontou uma arma,

Não se sabe se era um deslocado ou um dos atacantes.

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Violência junto ao Hospital Guido Valadares

A GNR foi obrigada a intervir junto do Hospital Guido Valadares. A situação encontra-se mais calma e a polícia australiana está no local.


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Violência junto ao aeroporto de Comoro

Os deslocados montaram hoje de manhã as barreiras que a GNR (cerca de 10 homens)tinha levantado durante a noite.

A polícia e os militares australianos, e a força de intervenção da Malásia não foram capazes de levantar as barreiras hoje de manhã e os empregados do aeroporto não puderam ir trabalhar.

Algumas testemunhas no local afirmam que os empregados puderam passar mas que foram mandados para casa por não existirem condições de segurança.

O campo está a ser atacado por grupos que chegam da rotunda. A polícia, os militares australianos e malaios não tentam impedir os grupos de atacar o campo, dizendo que têm de estar a proteger as instalações do aeroporto.

O carro da RTP que estava parado junto a uma das barreiras foi apedrejado por um grupo que atacou o campo.

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Aeroporto encerrado

O Aeroporto Internacional Nicolau Lobato foi encerrado a todo o trafego internacional desde as 08:00h ate amanha as 06:30.

Se a situacao de seguranca se resolver e os funcionarios puderem ir trabalhar o aeroporto abrira. Ate este momento nao existe qualquer estimativa de quanto tempo podera estar fechado.
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Dili Airport closed from 08:00 local time until further notice due to riots in and around the airport. When and if the situation is controlled by the police the airport will open.

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Discordância quanto ao número de vítimas

Foi noticiado por diversas agências noticiosas que durante o fim-de-semana houve duas mortes, segundo informações do Hospital Guido Valadares em Díli. Uma agência reportou a existência de uma terceira vítima mortal numa igreja em Díli.

A UNPOL apenas confirma a existência de um morto e afirma que o corpo não estava mutilado, segundo os polícias australianos que encontraram a vítima.

O Hospital e familiares da vítima afirmam que o corpo estava mutilado.

As autoridades deviam esclarecer esta situação rapidamente.

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Dos leitores

Em resposta a um leitor:

Repare então como uma autoridade mundial avaliou o que do alto da sua ignorância chama de "governação desastrosa".

"IMF - Outubro 20, 2006

Comunicado de Imprensa No. 06/225
A seguinte declaração foi emitida hoje pelo pessoal da missão do Fundo Menetário Internacional (FMI) em Dili a conclusão da Consulta Discussões de 2006 Artigo IV com Timor-Leste:


"Uma missão do FMI liderada por Ms. Susan Creane, Vice-Chefe da Divisão do Departamento da Àsia-Pacifico, visitou Dili durante 9-20 de Outubro, 2006, para concluir a Consulta Discussões do Artigo IV com autoridades de Timor-Leste. A equipa encontrou-se com um vasto leque de pessoas do governo, sector privado e sociedade civil, para trocar opiniões sobre os recentes desenvolvimentos económicos e o panorama económico a médio prazo.

"Antes do desassossego civil e da perturbação política de meados de 2006, Timor-Leste tinha feito um bom progresso estabelecendo as bases para uma economia estável e saudável. A sua riqueza em petróleo e gás, se usada efectivamente, oferece o potencial de um futuro significativamente mais próspero. Infelizmente, a crise provocou uma queda no momento do crescimento. A missão conclui que a seguir à crise, é agora provável que o crescimento económico em 2006 seja de alguma forma negativo (…). A missão reconhece a necessidade a curto prazo de aliviar as perdas relacionadas com a crise. Ao mesmo tempo, também sublinha a necessidade de retomar tão rapidamente quanto possível a estratégia de desenvolvimento de médio prazo das autoridades (…). Progressos importantes tinham sido feitos antes da crise, e a missão saúda a intenção das autoridades para implementar totalmente esta estratégia sólida. (…)"

PS: já agora, se quer aprender mais alguma coisa, vá ao arquivo de domingo 22 de Outubro que encontra lá o comunicado completo. E não tenha medo de aprender nem tenha complexos de ser Timorense. É que estar constantemente a tentar diminuir outros Timorenses é porque tem vergonha de o ser.

Margarida

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Assalto ao Ministério da Educação

À hora de jantar um grupo tentou assaltar as instalações do Ministério da Educação em Vila Verde, ao lado da residência da Cooperação Portuguesa onde vivem as professoras de portuguesas.

Os GOE dispararam alguns tiros para o ar e luzes de sinalização. A GNR apareceu e perseguiu os assaltantes que fugiram para o lado do Matadouro.

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Violência em Comoro

Ao fim do dia militares e polícias australianos dispararam gás lacrimogéneo no campo de refugiados do aeroporto.

Os polícias tinham lá ido para prenderem dois suspeitos e foram apedrejados pelos deslocados que os acusam de não os protegerem dos ataques de gangs.

Uma criança ficou ferida por um disparo de tiros (sacos pequenos) de munições de borracha e foi levada para o hospital. Outras desmaiaram com o gás.

À noite, a polícia australiana pensou que estava a ser atacada na sua sede, no Timor Lodge, e barrou a estrada de Comoro.

A GNR foi chamada ao local e verificou-se que se tratava de falso alarme e que na rotunda do aeroporto apenas estavam militares australianos. Os deslocados encontravam-se dentro do campo e a pedido da GNR levantaram as barreiras que impediam o acesso ao aeroporto, aos gritos de Viva Portugal! Viva a GNR!

A poucos metros na rotunda do aeroporto, ao lado de várias dezenas de militares australianos, várias barracas foram incendiadas.

Mais do mesmo...

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Mão pesada da polícia Australiana em Dili

Por Lucia Salinas-Briones

Dili, Outubro 22, 2006: Só estou em Dili há cinco dias, era uma destas noites quentes de Dili e fiquei contente quando a minha amiga Timorense Ana sugeriu irmos a um sítio melhor para apreciarmos uma magnífica lua cheia. Eram 7.30pm em 11 de Outubro. Entrámos na Estrada da praia, uma mistura de casas lindas e grandes ao velho estilo português – todas embaixadas – e alguns sítios vazios com planos de desenvolvimento impressionantes à mostra.

Íamos talvez a uns 60 kms por hora quando passámos por um carro estacionado à beira da estrada, com as luzes apagadas. Quando passávamos, saiu uma mão da janela do passageiro, a indicar-nos autoritariamente para pararmos. Imediatamente cinco homens cercaram o nosso carro – fomos confrontadas com polícias Australianos em serviço.

Um pediu em Ínglês a carta de condução à Ana. Assumindo que estava a ser entendido voltou a perguntar-lhe em Inglês se a Ana não sabia que o limite de velocidade nas ruas de Dili era de 45 kms por hora. Uma Ana preocupada pede-me para traduzir que não há limite de velocidade em Dili – “diz-lhe que eu vivo aqui e não temos limites de velocidade”. Ignorando a minha tradução, ele berrou de volta, perguntando se aquele carro era da Ana.

Disse-lhe que não estava a ser muito simpático e pedi-lhe para me mostrar onde é que estava o sinal de limite de velocidade porque eu não via nenhum. A sua resposta foi embaraçada: - “Estou a dizer-lhes que só podem guiar a 45 kms por hora. Estão a agir como se não tivessem muito para fazer por aqui. Além do mais agora temos que educar esta gente. Nem sequer sabem guiar! Agora diga à sua amiga que vai ter que ir a tribunal, pode acabar na prisão. Vá lá, diga-lhe!”

A resposta de Ana foi muito clara – podiam levá-la a tribunal! Ela é Timorense e sabe muito bem que não há limite de velocidade nas ruas de Timor-Leste. De facto oficialmente há um limite de 45 kms por hora, mas não há sinais e pouca gente sabe disso.

Talvez tenha entrado algum senso comum e deixou-nos seguir. Nessa altura a Ana estava muito zangada e perguntava-se qual a verdadeira razão para todo o abuso a que estivéramos sujeitas.

Eu estava furiosa pela atitude “condescendente” destes polícias, e perguntava-me se todos os polícias Australianos em Timor se comportam assim. Porque é que são tão agressivos com os locais? Vai isto escalar de modo igual ao comportamento dos soldados Americanos no Iraque? Está a Austrália a enviar tropes para Timor-Leste para ajudar ao processo ou para abusar Timorenses? Qual é o “trabalho” aqui? Não conseguiram parar os acusados e os condenados quando fugiram da prisão mesmo debaixo dos seus narizes. Em vez disso, andam à volta a controlar os limites de velocidade num país onde na realidade não há limites de velocidade.

O meu choque continuou quando um amigo Português me contou me disse que já tinha sido mandado parar duas vezes pelas tropas Australianas e que eles tinham sido tão brutos e agressivos com ele que ele teve que apresentar uma queixa formal.

Esta manhã Isidoro, um outro amigo Timorense, disse-me que quando estava a vir ter comigo que viu uma grande luta na rua entre dois gangs em Comoro. Batiam-se e atiravam pedras uns aos outros enquanto as tropas e policies Australianas estavam nas calmas a ver. Porque é que não fizeram nada para parar a violência, perguntou? Depois de Isidoro partir foi relatado que esta luta – provocada pela descoberta de dois corpos sem cabeças – eventualmente foi parada e que muitos foram presos.

Outubro, 22, 2006



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De um leitor

Concordo quando dizem que a "Igreja é um lugar sagrado". Mas na Igreja também não é permitido muita coisa, que se verificou em Timor-Leste, ao longo destes últimos anos, pois não?

1. Manipulação de pessoas;
2. Manifestações com Santas;
3. Casas de tortura; (Casa Bispo díli) já estão esquecidos do que aconteceu aos dois portugueses entre outros timorenses de quem nínguém falou....?
4. Obrigar os alunos das escolas Católicas a participar na Manifestação contra o PM do país.

Mas que raio de exemplo tem estado a dar a Igreja Católica em Timor-Leste?
Isto tudo revolta porque a Igreja tem sido tudo menos um bom exemplo a seguir em Timor-Leste.
Deveria sim cumprir o seu papel e não andar a instigar a violência.
Padres como Domingos Maubere, Filomeno Jacob, etc...
Qual a diferença entre estes com Reinado e Railos?
São Padres claro e escondem-se atrás da Igreja.
Vejam o que fizeram ao D. Ximenes Belo. Agora já é importante a presença dele em Timor, para apagar os fogos, claro, ele tem o respeito do povo e esse respeito é de seu mérito próprio.
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Heavy hand of Australian police in Dili

By Lucia Salinas-Briones

Dili, October 22, 2006: I had been in Dili just five days, it was one of those warm Dili nights and I was pleased when my Timorese friend Ana suggested going to a better spot to admire a magnificent full moon. It was 7.30pm on October 11. We entered the seaside road, a mix of beautiful large old-style Portuguese houses - all embassies - and a few empty sites with impressive development plans on display.

We were probably going at 60 kms per hour when we passed a car parked on the side of the road, its lights off. As we passed it, a hand popped out from the passenger window, indicating authoritatively for us to stop. Immediately five men surrounded our car - we were confronted by Australian police on duty.

One asked Ana for her driving license in English. Assuming he was being understood he asked again in English if Ana didn't know that the speed limit in the streets of Dili was 45 kms per hour. A concerned Ana tells me to translate that there is no speed limit in Dili – “tell him that I live here and we don’t have a speed limit”. Ignoring my translation, he shouted back, asking whether that was Ana’s car.

I told him he was not been very kind and asked him to show me where the speed limit sign was as I could not see it. His answer was embarrassing: - “I am telling you that you can only drive at 45 kms per hour. You act as if we didn't have much to do here. On top of everything now we have to educate these people. They don't even know how to drive! Now tell your friend that she will go to court, she might end up in jail. C'mon, tell her!”

Ana’s reply was very clear - they can take her to court! She was Timorese and knew very well that there is no speed limit in the streets of Timor Leste. Actually there is an official limit of 45 kms per hour, but there are no signs and few people are aware of it.

Perhaps common sense kicked in because he then let us go. By then Ana was very angry and wondered what was the real reason for all the abuse we were exposed to.

I was furious for the patronizing attitude of these police, and wondered if all Australian police in Timor behave like that. Why are they so aggressive to locals? Will this escalate to equal the way American soldiers behave in Iraq ? Is Australia sending troops into Timor Leste to help with the process or to abuse Timorese people? What’s ‘the job’ here? They couldn’t stop the accused and convicted when they escaped from prison right under their noses. Instead, they go around controlling speed limits in a country where speed limits don’t really exist.

My shock continued when a Portuguese friend told me that he has been stopped twice by the Australian Army and they were so rude and aggressive to him that he had put in a formal complaint.

This morning Isidoro, another Timorese friend, told me that as he was coming to meet me he saw a big fight in the street between two gangs at Comoro. They were hitting and stoning each other while the Australian police and Army stood there and watched. Why didn't they do anything to stop the violence, he asked? After Isidoro left it was reported that this fight – provoked by the discovery of two headless bodies - was eventually broken up and many were arrested.

October 22, 2006



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Deslocados tentam impedir acesso aeroporto de Díli

Díli, 24 Out (Lusa) - Residentes num campo de deslocados situado junto ao aeroporto de Díli tentaram hoje impedir o acesso àquelas instalações, daí resultando confrontos com militares australianos e polícias malaios, disse à Lusa f onte policial na capital de Timor-Leste.

A mesma acção foi tentada segunda-feira de manhã, mas a presença de militares da força da GNR em Timor-Leste frustrou a intenção.

Moradores na zona de Comoro, onde se situa o Aeroporto Internacional Nicolau Lobato, disseram à Lusa que se verificaram confrontos, com os deslocados, maioritariamente naturais da parte leste do país, a apedrejarem as forças australianas e malaias.

A fonte policial contactada pela Lusa salientou que estão em curso investigações, pelo que não deu mais pormenores sobre os incidentes, registados ao final da tarde (hora local), incluindo se foram feitas detenções.

Tal como na segunda-feira de manhã, militares da GNR foram chamados ao local, mas a sua intervenção não chegou desta vez a ser necessária.

Os incidentes de segunda-feira e de hoje sucedem-se aos confrontos registados durante o fim-de-semana, na área de Aimutin e em Hera, cinco quilómetros a leste de Díli, de que resultaram dois mortos e um ferido, segundo o director do Hospital Nacional, António Caleres.

A fonte policial contactada pela Lusa revelou que estão já montadas novas áreas de intervenção das forças australianas, malaias e portuguesas em Díli.

Os militares da GNR têm a seu cargo a zona situada entre o heliporto, no bairro de Fatuhada e o limite leste da capital, enquanto as forças combinadas da Austrália e Malásia operam entre o heliporto e Taci Tolu, a entrada ocidental da cidade.

De comum à situação anterior continua a ser a necessidade de solicitação de intervenção da GNR sempre que os militares australianos e os polícias malaios não conseguirem controlar os incidentes na sua área.

Milhares de timorenses continuam a viver em campos de deslocados internos em várias zonas de Díli e em diversos distritos fora da capital por as suas casas terem sido destruídas durante a onda de violência de Abril e Maio, ou por recearem pela sua segurança.

EL-Lusa/Fim

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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