sexta-feira, novembro 10, 2006

Comunicado - PM - em português traduzido pela Margarida.

Comunicado - PM
REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO

COMUNICADO DE IMPRENSA

Dili, Novembro 10 2006

O mais precioso recurso de todos de Timor-Leste – os seus jovens

O recurso mais precioso de Timor-Leste não é o seu petróleo nem o seu gás mas as suas crianças e jovens, disse hoje o Dr José Ramos-Horta.

“Obviamente que o petróleo e o gás é importante, mas os jovens de Timor-Leste são de longe mais preciosos. Enquanto a maioria do mundo enfrenta populações a envelhecer, temos uma população a crescer cada vez mais jovem,” disse o Dr Ramos-Horta.

“E esses jovens podem mostrar aos adultos como perdoar e viver em paz.”

O Primeiro-Ministro estava a falar em honra do Dia Nacional da Juventude, este Domingo (Novembro 12) que comemora as centenas, na maioria jovens, de manifestantes Timorenses assassinados por militares Indonésios no massacre de Santa Cruz em 12 de Novembro de 1991.

Os manifestantes eram principalmente estudantes e lançaram o seu protesto contra a governação Indonésia durante o funeral de um colega que tinha sido baleado até à morte por tropas Indonésias no mês anterior.

No cortejo funerário, os estudantes desfraldaram cartazes apelando à auto-determinação e independência, mostraram cartazes do líder da independência Xanana Gusmão (agora o Presidente da República). Quando o cortejo funerário entrou no cemitério, as tropas Indonésias abriram fogo. Das pessoas que se manifestavam no cemitério, 271 foram mortas, 382 feridas e 250 desapareceram.

“Há tantas famílias no nosso país ainda a chorar pelos seus filhos queridos desse dia terrível,” disse o Dr Ramos-Horta.

“E muitos dos feridos no cemitério ainda carregam as cicatrizes.”

Realiza-se no Cemitério de Santa Cruz no Domingo uma missa especial, procissão e reflexão, seguida por cerimónias tradicionais.

“Mas Timor-Leste é um país especial e forte,” disse o Primeiro-Ministro. “Ao mesmo tempo que choramos os nossos filhos que nos foram tirados, perdoamos e também celebramos o futuro.

“Esta é a nossa força. Lembramos o passado mas vivemos para o futuro. Peço a todos para deixarem de ver os desafios de volleyball no fim-de-semana e os brutamontes das competições de guerra. Haverá poesia e concertos de música.

“Os nossos jovens estão a mostrar-nos como viver pacificamente e a perdoar vidas e acredito que o futuro de Timor-Leste está garantido pela qualidade dos jovens que encontro em cada dia.”

Os jovens representam um quarto da população total de Timor-Leste. Em cada ano o número de jovens com quinze anos é maior do que no ano anterior. De acordo com o Censo de 2004 cerca de 230,000 Timorenses têm idades entre 15 e 30 anos.

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A ONU aumenta as patrulhas em Timor-Leste

ABC Online
Sexta-feira, Novembro 10, 2006

A ONU diz que aumentou as patrulhas da polícia na capital de Timor-Leste, Dili, para prevenir o desassossego.

Quase 1,000 oficiais de polícia da ONU estão agora a trabalhar no país, com cerca de 50 patrulhas a operaram 24 horas por dia em Dili.

Mais de 900 tropas Australianas permanecem em Timor-Leste para assistir o Governo e a ONU a restaurarem a segurança depois de ter irrompido desassossego civil em Maio.

Antigo PM de Timor culpa a Igreja pela sua saída

Tradução da Margarida.

Catholic Telecommunications - Novembro 10, 2006

O antigo primeiro-ministro de Timor Mari Alkatiri acusou os líderes da Igreja Católica de uma conspiração para destruir o seu governo da Fretilin acerca da sua recente saída.

O Sydney Morning Herald relata que o Dr Alkatiri criticou os líderes da igreja numa entrevista antes de partir de Timor-Leste para Portugal na Quarta-feira, dizendo que a razão principal porque eles o quiseram depor foi por ele não ser católico.

"Não digo que fosse toda a Igreja Católica, mas foi a hierarquia," disse. "E a eles juntaram-se outros grupos … gente dos partidos da oposição e grupos ilegais de dentro do país."

O Dr Alkatiri é um muçulmano num país onde 96 por cento de um milhão de habitantes são católicos e onde a Igreja disfruta de uma significativa influência política.

Desde que foi forçado a sair do gabinete no meio de violência em Junho, o Dr Alkatiri recusou dizer quem é que acredita ter estado por detrás do que ele chama uma bem planeada conspiração para o derrubar.

Mas disse ao online South-East Asian Times em Dili que a conspiração para deitar abaixo o seu governo começou em 2001 e incluiu três semanas de protestos de rua no ano passado.

"A Igreja Católica organizou as pessoas para as manifestações durante três semanas e falharam," disse o Dr Alkatiri. "Desde então estiveram sempre a tentar obter apoio de instituições e indivíduos de dentro do país … sempre com o mesmo propósito, forçar o governo a sair."

Domingos Soares, o porta-voz da Igreja Católica em Dili, disse ao Herald na última noite que a Igreja não responderá às alegações do Dr Alkatiri. "Todos os Timorenses sabem que o papel da igreja é promover a paz e a prosperidade," disse o Fr Domingos. "Não temos resposta a dar … Alkatiri não é o nosso patrão. Pode dizer o que lhe apetecer."

Contudo, num discurso no qual também louvou o seu "amigo”, Altatiri, ontem, o novo Primeieo-Ministro, José Ramos-Horta, disse no Parlamento que ter uma “boa e frutuosa relação” com a Igreja era uma prioridade do seu governo. "A Igreja Católica Timorense é uma dessas únicas instituições que é a cola que mantém junto o tecido social," disse o Dr Ramos-Horta num discurso que marca os 100 dias do seu novo governo.

Renovando um apelo para a Igreja assumir um papel maior na educação e no desenvolvimento do desenvolvimento humano da nossa gente e na luta contra a pobreza, o Dr Ramos-Horta disse que o governo de Timor espera abrir uma terceira diocese em Timor-Leste bem como o estabelecimento de uma nunciatura em Dili.

O relatório da comissão da verdade lançado na Austrália

Entretanto, uma coligação Australiana para a justice em Timor-Leste, montada por um centro Jesuíta, anunciou o lançamento de um relatório pioneiro de 2500 páginas que documenta os abusos contra os direitos humanos sobre a nação durante a ocupação Indonésia.

O Dr Mark Byrne, um investigador de topo na Uniya, diz que o relatório da Comissão de Verdade e Reconciliação de Timor-Leste, que está para ser lançado à volta da Austrália este mês, fornece uma oportunidade aos Australianos para entenderem algumas das causas que estão por baixo das recentes confusões em Timor-Leste. "A crise em Dili este ano é uma lembrança que sem justice e reconciliação, o passado continuará a perseguir as pessoas numa nação nova pós-conflito tal como é Timor-Leste," disse.

De acordo com Sr Susan Connelly, Directora Assistente da Mary MacKillop East Timor, o lançamento Australiano do relatório Chega! É também uma oportunidade para reflector no papel da Austrália no passado e no futuro de Timor-Leste. "Com o anúncio [na Quarta-feira] de um novo tratado de segurança com a Indonésia, estamos preocupados que a responsabilização por violações no passado de direitos humanos em Timor-Leste terá outra vez um lugar secundário para garantir a nossa relação com a Indonésia," disse.

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Oficial filipino vai comandar polícia da ONU

Manila, 10 Nov (Lusa) - A ONU designou um oficial filipino para comissá rio da Polícia das Nações Unidas (UNPOL) em Timor-Leste, actualmente sob comando interino do comissário português Antero Lopes, anunciou hoje o embaixador das Filipinas junto da organização.

Segundo o embaixador Lauro Baja, o comando da UNPOL será confiado a Rodolfo Tor, um oficial da Polícia Nacional das Filipinas, que deverá assumir o cargo até ao final do mês, em Díli.

Rodolfo Tor, 55 anos, comandará a força policial da Missão Integrada da s Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT), criada no âmbito da resolução 1704 do Conselho de Segurança da ONU, aprovada em 25 de Agosto, em resposta à violência qu e afectava o país desde Abril.

Tor será o segundo oficial da polícia filipina a comandar uma força da ONU, depois de o ex-chefe das forças armadas das Filipinas ter liderado, em 2000 , a força da então Administração Transitória das Nações Unidas em Timor-Leste (UNTAET), missão que supervisionou o período de transição até à independência do país, em 20 de Maio de 2002, após o fim da ocupação indonésia (1975-1999).

A UNPOL conta actualmente com cerca de mil efectivos, de 19 países, e espera-se que o total da força, de 1.608 polícias, estabelecido na resolução da ONU, seja preenchido até ao final do ano.

Actualmente, Portugal participa na UNPOL com 143 efectivos da GNR e 42 da PSP.

O comissário da PSP Antero Lopes, 38 anos, assumiu interinamente o comando da UNPOL a 01 de Setembro.

Antero Lopes já tinha estado anteriormente em Timor-Leste, onde em 2000 desempenhou as funções de vice-comissário da força de polícia da UNTAET, tendo participado na formação da Polícia Nacional de Timor-Leste e na criação da Acade mia de Polícia.

Depois da missão em Timor-Leste, Antero Lopes passou a integrar o Departamento de Operações de Manutenção de Paz da ONU, em Nova Iorque.

PNG-Lusa/Fim
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Livro Online - TIMOR - PARAÍSO DO ORIENTE

Título: TIMOR - PARAÍSO DO ORIENTE (Memórias de um malaio - estranho)

e-book por ADRIANO DE ALMEIDA GOMINHO
[ex-administrador do Concelho de Aileu-Timor]

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UNMIT Revista dos Media Diários

Tradução da Margarida.

Quinta-feira, 09 Novembro 2006

Relatos dos Media Nacionais
TP - Timor Post
DN - Diario Nacional
STL - Suara Timor Lorosae
RTTL - Radio e Televisão de Timor-Leste


As F-FDTL não podem ser activadas até o problema estar resolvido

O Presidente do PSD, Mário Carrascalão disse que o governo deve primeiro resolver os problemas dos peticionários e do Major Alfredo Reinado antes das F-FDTL serem activadas, sublinhando que a crise começou com os peticionários.

Disse ainda que a Comissão dos Notáveis, que foi criada pelo governo, não podia resolver o problema. Entretanto o Primeiro-Ministro Ramos-Horta disse que as forças da defesa seriam activadas e continuariam as suas actividades diárias no seu quartel-general em Tasi Tolu e não fariam segurança interna, porque essa não é a sua função. Ramos-Horta acrescentou que a re-activação segue-se ao resultado do relatório da COI, que limpou a instituição (da alegação) de um massacre. O Primeiro-Ministro e Ministro da Defesa apontou que as F-FDTL dependem do plano 2020, e de como as F-FDTL podem cooperar com as forças internacionais e de qual será o seu papel num contexto global. (STL)

A Vice-Ministra resigna do cargo

Isabel Ferreira entregou ontem uma carta de resignação do seu cargo de Vice-Ministra da Justiça depois de um pedido do Presidente da República ao Primeiro-Ministro devido às duas posições que correntemente ocupa. Ferreira disse que quando foi convidada para assumir a posição de Vice-Ministra tinha concordado na condição de que continua a servir como Comissária da CVA. Mas que agora lhe foi pedido que resignasse do cargo de Vice-Ministra da Justiça. Ela disse que os líderes não foram consistentes com a primeira decisão (deles). (TP)

O PSD duvida da Comissão do Parlamento


O deputado João Gonçalves (PSD) duvida que o trabalho da Comissão Parlamentar, para analisar e avaliar o relatório do COI, seja eficiente pois que não tem o poder de levar os responsáveis a tribunal. Gonçalves disse que a Comissão só pode fazer mais investigações e juntar provas de pessoas que ainda não foram ouvidas. Disse ainda que a Comissão ao menos devia estabelecer um termo de referência para especificar o seu trabalho, acrescentando que investigar o relatório do COI requer muitos recursos. Questiona ainda se, quando a comissão especializada permanente do Parlamento enfrenta dificuldades em desenvolver o seu trabalho, esta nova comissão será capaz de alcançar os seus objectivos? O deputado disse que o PSD fez uma declaração política no Parlamento para pedir que Timor-Leste estabeleça uma comissão composta pelos quarto órgãos de soberania – o presidente da república, o governo, o tribunal e o parlamento –para conduzir um estudo sobre as conclusões e recomendações do relatório da COI.

Com base no estudo, Gonçalves sublinhou que a comissão devia apresentar então recomendações com base na gravidade dos crimes e no interesse nacional. O deputado disse que todos os aspectos estão envolvidos nos termos de referência mas que a proposta não teve o apoio da sessão plenária. A Comissão do Parlamento consiste em sete membros, quatro da FRETILIN e três dos grupos da oposição e espera-se que entreguem o seu relatório ao parlamento dentro de duas semanas. (STL)

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Ramos-Horta optimista ao fim de 100 dias de governo

Público - Sexta, 10 de Novembro de 2006

Militares e polícias timorenses voltam a juntar-se em público

Adelino Gomes

Militares e polícias, que há meses se envolveram em confrontos mortais, em Timor-Leste, vão acompanhar este fim-de-semana o primeiro-ministro, José Ramos-Horta, numa visita a campos de deslocados em Díli, "com o objectivo de os encorajar ao regresso a casa". Ramos-Horta fez esta revelação ontem, num discurso perante o Parlamento em que fez um balaço optimista dos primeiros 100 dias do seu Governo, o segundo constitucional desde a independência, em 2002.

"Os piores momentos já passaram", disse, assegurando que os conflitos "resumem-se quase só à cidade de Díli", e isto devido a distúrbios "com motivações mais criminais do que propriamente políticas".

Estão em curso acções de "diálogo intenso" entre o Presidente Xanana Gusmão e os comandos militar e policial, ao mesmo tempo que Presidência e Governo "têm trabalhado em sintonia" desde meados de Outubro, numa iniciativa de "Diálogo para a Reintegração Comunitária", que cobre os bairros de Díli. Em "futuro próximo", realizar-se-á um "encontro ao mais alto nível" que incluirá os bispos de Díli e de Baucau e "outras entidades nacionais e internacionais".

Ramos-Horta revelou ainda que já foram estabelecidas conversas entre os deslocados e jovens de várias comunidades de Díli e anunciou que vão ser construídos três novos bairros na capital.

As forças militares da Austrália e da Nova Zelândia vão continuar no país, prosseguiu. Um acordo trilateral (Timor-Leste, Austrália e ONU) irá "estabelecer um mecanismo de coordenação de alto nível em que todas as partes estejam representadas, ao mesmo tempo que estão em curso consultas "com outros países amigos" que indicaram disponibilidade para enviar forças militares para o país, revelou.

O sucessor de Mari Alkatiri não quis, entretanto, que subsistisse qualquer dúvida no que respeita à continuidade da política que tem prosseguido em relação ao partido maioritário: "Este é um governo que continua a ser o governo da Fretilin."

Em contraste evidente com críticas contundentes feitas segunda-feira por Xanana, num artigo de cuja segunda parte se continua à espera, Ramos-Horta elogiou a liderança da Fretilin, a quem creditou o mérito de ter evitado que o país resvalasse para uma guerra civil, assim como Mari Alkatiri (o seu antecessor, ontem chegado a Portugal, com a mulher e filha, para exames médicos), designando-o por "amigo", com quem trabalhou mais de 30 anos "na luta de libertação", e lembrando que foi ele quem iniciou "a maioria dos projectos" do Governo actual.

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Dili: East Timor 'needs foreign troops for peace'

Reuters/The Australian - November 10, 2006

EAST Timor Prime Minister Jose Ramos Horta said the worst period of violence in his country was over, but asked Australian and New Zealand troops to stay to keep peace.

Australia led a force of 3200 foreign peacekeepers to East Timor in late May after the tiny country descended into chaos following the sacking of 600 mutinous soldiers.

Fighting that pitted East Timor's police and military against one another spiralled into rioting and looting in the streets of the capital, Dili, leaving about 30 people dead and 150,000 displaced.

There are about 1000 Australian troops in East Timor.

“The worst moments have passed and police authorities are now better equipped,” Mr Ramos Horta said in a speech marking 100 days of his premiership.

But he said the presence of foreign troops was in the best interest of East Timor because they were already familiar with the country and people.

“The Australian and New Zealand military forces are going to continue in Timor-Leste to collaborate with the UNPOL (United Nations police) operations,” he said.


The United Nations has agreed to send 1600 international police to East Timor and proposed a military force of 350 troops under its command.

Mr Ramos Horta said he acknowledged concerns in Parliament about the command arrangements between international troops and UN police.

“We are negotiating a trilateral accord with the United Nations and Australia, its intention to regulate the functions of the military forces and establish a high level coordination mechanism in which all parties are represented,” he said.

Sporadic violence has continued in East Timor and last month fighting flared in Dili between armed youths, killing up to four people and briefly shutting down the main airport.

The territory of around a million people voted in a 1999 referendum for independence from Indonesia, which annexed it after Portugal ended its colonial rule in 1975.

East Timor became fully independent in 2002 after a period of UN administration.

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Comunicado - PM

DEMOCRATIC REPUBLIC OF TIMOR-LESTE
OFFICE OF THE PRIME MINISTER

MEDIA RELEASE
Dili, November 10 2006

Timor-Leste’s most precious resource of all – its young people

Timor-Leste’s most valuable resource is not its oil and gas but its children and young people, Dr José Ramos-Horta said today.

“Of course the oil and gas is important, but the youth of Timor-Leste are far more precious. While most of the world faces aging populations, we have a population that is growing even younger,” Dr Ramos-Horta said.

“And these young people can show the adults how to forgive and live in peace.”

The Prime Minister was speaking to honor this Sunday’s (November 12) National Youth Day which commemorates the hundreds of mostly-young Timorese protesters slaughtered by the Indonesian military in the Santa Cruz massacre on November 12 1991.

The protesters were mainly students and they launched their protest against Indonesian rule during the funeral of a fellow student who had been shot dead by Indonesian troops the month before.

At the funeral procession, students unfurled banners calling for self-determination and independence, displaying pictures of the independence leader Xanana Gusmão (now the President of the Republic). As the procession entered the cemetery, Indonesian troops opened fire. Of the people demonstrating in the cemetery, 271 were killed, 382 wounded, and 250 disappeared.

“There are so many families in our country still grieving for their loved children from that terrible day,” Dr Ramos-Horta said.

“And many of those injured at the cemetery still carry the scars.”

A special Mass, Procession and Reflection will be held at Santa Cruz Cemetery on Sunday, followed by traditional ceremonies.

“But Timor-Leste is a special and strong country,” the Prime Minister said. “While we will cry for our children who were taken from us, we will forgive and also celebrate the future.

“That is our strength. We will remember the past but live for the future. I urge everyone to stop and watch the volleyball matches over the weekend and the tug of war competitions. There will be poetry and music concerts.

“Our youth are showing all of us how to live peaceful and forgiving lives and I believe that Timor-Leste’s future is guaranteed by the quality of the young people I meet every single day.”

Young people account for one in four of the total population of Timor-Leste. Every year the number of young people aged 15 is more than the previous year. According to the 2004 Census about 230,000 Timorese are aged between 15 and 30 years.

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De um leitor

Malai Azul,

Parece-me que não foi dada o devido destaque a esta brilhante ideia da Gala Catana de Ouro. Bolas!

Mesmo assim aqui vão uma nomeações:

Categoria: Campo de deslocados

O Gabinete do Primeiro Ministro: Por aqueles corredores do Palácio parece que grande parte da equipa do PM está completamente deslocada... da realidade!

Categoria: Slogan Turístico

Ver foto: Palavras para quê?? Não se ponham a pau e logo verão!












Um blogueiro.

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UNPOL corta acesso ao aeroporto

O campo de deslocados do aeroporto foi atacado. A UNPOL não deixa passar carros na rotunda do aeroporto.

Mas prevê-se que a situação seja restabelecida em breve.

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S. Korea decides to send 100 police to East Timor upon U.N. request

SEOUL, Nov. 10 (Yonhap) -- South Korea decided to dispatch about 100 police officers to East Timor early next year in response to a U.N. request to help resolve growing instability in the young Southeast Asian state, the police agency said Friday.

The United Nations Security Council has requested Seoul through the Foreign Ministry that the Korean police participate in the U.N. peacekeeping operations in East Timor, where bloody chaos has deepened since its 1999 independence from Indonesia.

The U.N. passed a resolution in August to deploy about 1,600 police officers from its member nations to the region, and forces from Australia, New Zealand, Malaysia and Portugal have participated in the operations.

The National Police Agency said it will send 5 officers on Nov. 23 before the main body arrives. Equipped with excellency in foreign language skills and physical capability, the officers will be commissioned to exchange security knowhow with the local and U.N. officers and command Korea's squadron-size deployment next year, it said.

From 1999-2003, South Korea operated a military unit of about 400 soldiers in East Timor to help rebuild the country at the request of the United Nations and the Australia-led multinational forces.

Gun battles and arson heightened in East Timor in March in the process of the dismissal of some 40 percent of local soldiers after the liberation, as government troops and the affected soldiers violently clashed.

In September 1999, East Timor became independent following 24 years of Indonesian rule after a referendum backed by the United Nations.

hkim@yna.co.kr
(END)

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UN increases patrols in E Timor

ABC Online
Friday, November 10, 2006

The United Nations says it has increased police patrols in East Timor's capital Dili to prevent unrest.

Almost 1,000 UN police officers are now working in the country, with about 50 patrols operating around the clock in Dili.

More than 900 Australian troops remain in East Timor to assist the Government and the United Nations to restore security after civil unrest broke out in May.

Comunicado - PM

DEMOCRATIC REPUBLIC OF TIMOR-LESTE
OFFICE OF THE PRIME MINISTER

MEDIA RELEASE


Dili, November 10 2006


New ferry may help farmers get produce to market quicker

A new 50-metre steel ferry boat capable of carrying up to 300 passengers and 170 tonnes of cargo will soon be sailing around the coast of Timor-Leste bringing new wealth and opportunities to our people.

The Prime Minister Dr José Ramos-Horta said today the ferry, a gift from the people of Germany, has the potential to help remote coastal communities become more efficient in getting produce to markets more quickly. It will also provide another cost-efficient means of transport in delivering goods – including food and building materials – to remote areas.

“While I was hoping that the ferry would be operating before Christmas, delays at the boat building company PT PAL Indonesia mean that it will now not be in service until the New Year,” Dr Ramos-Horta said. “While this is disappointing I am confident the new boat will play a major role in the development of Timor-Leste’s coastal and rural areas.”

The Nakroma will also help open up some of Timor-Leste’s magnificent coastal and beach areas to visitors. The Prime Minister believes many people – from Timor-Leste as well as other countries like Australia and Indonesia – will take advantage of the boat to travel around the country.

“As they visit places like Oecussi, Ata Uro, Com and Bacau they will bring investment and wealth to our communities. People from Darwin in Australia could start to holiday around our magnificent island,” Dr Ramos-Horta said.

The Nakroma will carry 20 first class passengers and 280 passengers in economy. The boat’s route has not yet been finalized but this vessel is capable of traveling between Timor-Leste and Darwin and Bali.

“I am determined that the boat will be delivered to Timor-Leste in first class condition as agreed in the contract so I am going to have a third country – possibly Singapore, South Korea, Germany or Australia – conduct the final sea-trials and pre-delivery inspections,” Dr Ramos-Horta said.

“Once the Nakroma is completed and delivered to Timor-Leste the Government will decide on routes that will bring the most benefit to all of us. Government officials will travel to regional areas to discuss these matters with local communities to ensure the ferry delivers the best possible benefits.

“On behalf of Timor-Leste I say a special thank you to the people of Germany for making this possible.”

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Nota:

Mais um comunicado do Gabinete do PM que é enviado só em inglês.

Já nem o nome do país está em português.

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De um leitor

H. Correia deixou um comentário no post "Primeiros 100 dias de governo foram muito difíceis - Ramos-Horta":

"Para Ramos-Horta, os responsáveis pela violência são antigos membros das milícias, que puseram o país a ferro e fogo em 1999."

Afinal Ramos Horta faz as mesmas afirmações que Alkatiri fez quando ainda era 1º Ministro e que na altura quase iam provocando um incidente diplomático, devido à reacção do Presidente indonésio...

Cadê a reacção agora?

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Entrevista com o Secretário-Geral da Fretilin, Mari Alkatiri

em Dili no Domingo, Novembro 6 2006
Por John Loizou

É possível quantificar quanto terá custado o golpe quanto ao desenvolvimento económico de Timor-Leste?

É muito, muito difícil fazer isso agora. Atrasará a execução do orçamento corrente – o orçamento deste ano fiscal – e o orçamento do último ano fiscal. Mas acima de tudo destruiu algumas instituições e suspendeu outras. O resultado é que o maior problema de Timor-Leste agora é a falta de liderança e de autoridade do Estado. Como muito facilmente pode ver, agora não há autoridade do Estado em Timor-Leste; a liderança torna-se cada vez mais fraca e há uma necessidade urgente de recuperar da crise. Isso somente acontecerá através dum esforço conjunto da liderança.

O que quer dizer quando fala em liderança?

A liderança real nacional neste país não totaliza mais de cinco pessoas. O presidente, Xanana Gusmão, o corrente primeiro-ministro, José Ramos Horta, o presidente do parlamento, o comandante das forças armadas … e eu, obviamente. É muito difícil eu dizer isto mas é uma realidade que como secretário-geral do maior partido político do nosso país, eu tenho ainda um papel a desempenhar.

Mas está isto a acontecer? Tem havido um esforço para criar um esforço concertado entre estes cinco?

Ainda não.
Há muitos esforços por muita gente – Timorense e não -Timorense para tornar isso possível – para fazer isso acontecer mas até agora sem resultado.

Qual é o impedimento maior?

Ainda não sei. Mas penso que está ligado a uma falta de capacidade de alguns para reconhecerem os seus erros duma maneira concreta e objectiva e não como uma declaração geral e também uma falta de capacidade para reconhecer que o nosso maior erro como líderes foi começar-se a lutar uns contra os outros como resultante de muita manipulação promovida por outros.

Quem são esses ‘outros’?

Esta crise foi o resultado de uma conspiração. Não tenho qualquer dúvida sobre isso.

Por quem ou de quem?

Não posso realmente identificar indivíduos mas dos factos conclui-se que foi uma conspiração. Começou há muito tempo. Começou em 2001, 2002 e tem estado em curso em todos os anos contra o governo.

No ano passado, como sabe, a Igreja Católica organizou pessoas para manifestações durante três semanas e falharam. Desde então estiveram sempre a tentar obter o apoio de instituições e indivíduos dentro do país. Sempre com o mesmo propósito: forçar o governo a sair.

Está a dizer que a Igreja fez isto?

A Igreja Católica. Mas a Igreja Católica não esteve sozinha. Não digo que foi “toda” a Igreja Católica. Mas foi a hierarquia. E a ela juntaram-se outros grupos. Gente dos partidos da oposição e grupos ilegais do país.

Quer dizer milícias ou grupos de artes marciais?

Não realmente de artes marciais mas organizações irregulares que no tempo da resistência até tiveram um papel no interior do movimento da resistência.

Eram do interior da resistência ou faziam parte da resistência?

Sim.

Mas porque é que estavam tão desafeiçoados para começar a criar problemas ao governo?

Houve alguns grupos que se juntaram à resistência por propósitos deles próprios. Não foi deles o objectivo claro de lutar pela independência. O que queriam era correr com os Indonésios para ocuparem o lugar deles.

Quer dizer que eles queriam os the Indonésios fora e depois herdar a situação?

Sim.

Disse que podia ter havido uma guerra civil se não tivesse resignado?

Não tenho dúvida disso.

Mas quem é que teria lutado (numa) guerra civil e qual seria o resultado?

Eu sabia que se tivesse decidido resistir à pressão para sair, teria tido o apoio da maioria dos membros da Fretilin. Isso significava que ou teriam vindo para Dili para resistir ou que o fariam nos outros distritos. Mas fariam isso e realmente teríamos tido derramamento de sangue e uma guerra civil. Esta é uma das razões porque decidi desistir – para evitar a guerra civil e o derramamento de sangue. E tenho a certeza que se isso acontecesse a Fretilin venceria. Mas este não é o tempo para ganhar poder através do derramamento de sangue e da guerra civil. Nunca aceitaria ficar como primeiro-ministro no governo se isso significasse uma guerra civil.

Qual, se alguma, são as semelhanças do golpe da UDT de Agosto de 1975 e a guerra civil que se seguiu – lembrando especialmente as actividades do movimento anti-comunista?

Há algumas semelhanças mas num contexto diferente. Quando a UDT desencadeou o seu golpe, estávamos totalmente cientes que depois do golpe seríamos invadidos pela Indonésia. Foi por isso que lutámos contra o golpe. Estávamos também totalmente cientes que a guerra civil duraria pouco tempo. Agora a situação é completamente diferente.

Assim, por outras palavras, a guerra civil seria prolongada se acontecesse?

Sim.

Mas foi para a guerra em Agosto de 1975 sabendo que as consequências seriam a chegada dos Indonésios?

Sim.

Voltemos à Igreja. Se é a hierarquia e outros indivíduos porque é que estão a fazer isto?

Algumas pessoas tentam atribuir os seus esforços ao ‘mau’ governo. Mas não conseguem realmente sustentar este argumento porque nos nossos quatro anos de governo fomos considerados por muitos, muitos parceiros do desenvolvimento e instituições como um dos melhores exemplos no mundo. Não há argumento acerca disto. E há evidência para isto. Agora estão a tentar argumentar que foi porque o primeiro-ministro era arrogante. Mas esta não é razão suficiente para um golpe particularmente quando tal golpe ‘empurrará para trás’ o país durante anos. Dizer que a razão é que o primeiro-ministro não sorri não é razão. Não somente ‘empurraria o país para trás’ mas deixaria milhares de pessoas sem abrigo. Não há qualquer argumento para defender esta visão. Mas penso e acredito – apesar de nunca o dizerem – que a razão principal foi que o primeiro-ministro não era um católico. E todas as suas acções foram contra a Constituição.

Mas se eu disser que você disse que a campanha contra si foi montada porque você não era católico qual será a resposta da hierarquia?

Negarão isso. Tentarão dizer que o erro foi meu. Era arrogante q não havia nenhum esforço para criar empregos. Dirão muitas coisas como estas.

Mas o que é que tal alegação fará na sua base de apoio no interior do país?

Quando o governo herda um vácuo nas instituições do Estado a maior prioridade para esse governo é criar o Estado. Isso significa administração pública, outras instituições, defesa e segurança e isso significa que a maioria dos recursos que obtém dos dadores internacionais devem ir para a educação, saúde e algumas infra-estruturas. Foi só há um ano – Agosto, Setembro do ano passado – que começámos a receber dinheiro do petróleo e do gás. É por isso que o nosso orçamento deste ano é um grande orçamento. Não podíamos fazer o mesmo há dois ou há três anos atrás.

Mas o que estou a dizer é que estamos num país supostamente católico e vai estar sentado lá como secretário-geral da Fretilin e diz que a Igreja tentou derrubar-me porque eu não sou católico o que é que a Igreja vai fazer …

Não, não, tenho a certeza que este não é um problema para a gente deste país.

Sim mas qual será a sua resposta quando atacar a Igreja?

Dir-me-ão para não me preocupar com isto. És o secretário-geral da Fretilin porque és um fundador da Fretilin. Estás a trabalhar bem para as pessoas e isto não tem nada a ver com a religião. A maioria das pessoas apoiar-me-á.

Se aceitarmos este tese de que a Igreja fez o que fez …

Não consigo ver outra razão.

Diz que os seus opositores quiseram formar um governo de unidade nacional. Assim que parte gente como o presidente e o novo primeiro-ministro jogam. Foram parte disto antes de tudo ter acontecido ou foram oportunistas?

Não. Enfrentavam um problema claro com alguns grupos a espalhar violência e com o objectivo do primeiro-ministro sair e a situação era difícil de controlar pelas nossas próprias forças porque a polícia e os militarem estavam a lutar uns contra os outros e depois pensaram que era a melhor solução.

Portanto pensa que actuaram de boa fé?

Não de boa fé. A melhor solução teria sido reforçar as instituições em solidariedade. Não forçar o primeiro-ministro a sair porque outros queriam que ele saísse. Deviam ter apoiado a Constituição.

Mas porque é que não o fizeram?

Na minha opinião, por falta de coragem.

Tem argumentado que apesar da força internacional ter estabilizado a situação, eles na realidade não compreendem o que aconteceu. Porquê?

Porque eles ainda pensam que a crise aqui foi uma luta pelo poder entre o primeiro-ministro, o antigo primeiro-ministro e o presidente. Mas eu rejeito totalmente, este argumento.

Portanto eles ainda aderem a esta teoria?

Sim.

Eles conhecem a identidade desses membros dos artistas marciais e das milícias que estão a promover a violência?

Estão a tornar-se mais familiares com a situação mas pensam ainda que a razão inicial pela crise total veio duma luta pelo poder.

Pensa que o ignorar da Constituição torna a Constituição inoperativa?

Não. Está operativa porque sendo nós o partido maior decidimos continuar a defender a Constituição e tentamos ter gente a trabalhar outra vez dentro da moldura da Constituição. Agora estamos a trabalhar dentro da moldura desta Constituição. Aceitámos a situação e o que estamos a fazer é defender a Constituição.

Diz que a liderança nacional – os cinco que mencionou – cometeram erros e que têm que reconhecer esses erros. Então quais pensa que foram os seus erros?

Nunca pensei que pudesse ser possível que grupos menores tivessem sucesso em forçar o primeiro-ministro de um partido maior a sair.

Então subestimou os seus opositores?

Sim, subestimei-os. Mas devia ter também prestado maior atenção às forças armadas e à polícia. E devia ter prestado maior atenção às organizações de base do partido. Devíamos também ter trabalhado melhor com os media para informar a opinião pública. Fizemos muitas coisas e as pessoas não sabiam o que tínhamos feito.

Timor-Leste estava a começar a aumentar a sua produção anual de arroz. Agora voltou para trás. Quanto tempo vai demorar a recuperar?

Não menos de três ou quatro anos.

Se a liderança se reunificasse e o Estado fosse re-estabelecido qual seriam as prioridades?

A prioridade é reconstruir todas as instituições do Estado outra vez.

Mas quais são as prioridades económicas?

Se não se tem uma administração pública eficiente e se se começa a investir dinheiro na economia tem-se corrupção. Portanto temos de tentar e reforçar os sectores sub-nacionais da administração pública. Distritos e sub-distritos. Reforçá-los. E obviamente precisamos de investir.

Infra-estruturas. Desenvolvimento humano. Desenvolvimento comunitário. Todos estão incluídos no plano corrente de acção. Mas agora com esta crise penso que precisamos de investir, precisamos de arranjar empregos. Precisamos de preparar gente com conhecimentos profissionais para os empregos. Mas acima de tudo precisamos de reforçar as instituições do Estado. Tudo isto levará pelo menos três ou quatro anos.

E que tal a fronteira marítima com a Austrália?

A nossa prioridade é tornar o país independente economicamente e evitar empréstimos de outros. Foi por isso que decidimos negociar com a Austrália como uma prioridade a exploração e utilização conjunta dos recursos naturais e foi uma negociação com sucesso com bons resultados para Timor. Noventa por cento da (autoridade conjunta) 50 por cento da Sunrise e estávamos a pensar empurrar o pipeline da Sunrise para Timor-Leste. Agora será mais difícil mas continuaremos a empurrar. Mas estamos agora numa situação financeira muito confortável. Temos os nossos próprios recursos. Temos recursos suficientes para começar a desenvolver o país. Mas do que precisamos agora é de descobrir como refinar a sociedade entre o estado e a sociedade civil e re-definir a sociedade entre Timor-Leste e investidores estrangeiros e países que têm estado a assistirnos durante os últimos cinco ou seis anos.

Então pensa que o parlamento ainda ratificará o acordo?

Penso que sim. Talvez com algumas reservas mas penso que o ratificará.

Quando é que pensa que isso vai acontecer?

Talvez antes do fim do ano.

O comandante das forças armadas disse que as tropas Australianas aqui devem estar sob controlo da ONU. Corcorda?

É a posição comum de muitos líderes e instituições em Timor-Leste, incluindo a minha. Mas a realidade é esta: ter as forças armadas Australianas como parte dos capacetes azuis precisa duma resolução do Conselho de Segurança da ONU e não conseguimos obtê-la sem objecções dos USA e do Reino Unido e por isso é melhor ser criativo aqui e tentar montar um comando unificado. Isso significará um acordo trilateral entre o governo de Timor-Leste, a ONU e a coligação de forças liderada pela Austrália e ter um comando unificado onde o comandante das nossas forças armadas participe.

Então quanto tempo vão ficar as forças armadas Timorenses nos quartéis?

A situação presente é insustentável. Precisamos de envolver as forças armadas e quanto mais cedo melhor. Lado-a-lado com as forças internacionais. É por isso que o comando unificado é tão importante. Não penso que seja difícil obter isso.

Quanto tempo demorará?

Duas, três ou quatro semanas, acredito.

Tem ouvido algum dos Timorenses a queixar-se do comportamento dos Australianos?

Sim e tenho dito que se houve quaisquer queixas é melhor que sejam investigadas. Em vez de resistir a abrir qualquer investigação é melhor abrir uma investigação.

Mas quem são as pessoas que se estão a queixar?

Pessoas normais. Pessoas dos campos de deslocados e do exterior. Muitas têm-se estado a queixar e muitas têm estado a espalhar rumores e é por isso que eu penso que é melhor investigar.

E quem é que deve investigar?

A ONU, a Austrália e o governo de Timor-Leste. Mas nem todas as queixas são genuínas. Algumas pessoas estão a usar a situação para criar problemas.

Mas porque é que as pessoas querem espalhar rumores e manter o descontentamento em andamento?

Porque as pessoas não estão realmente satisfeitas com a situação. Tentaram um golpe e agora não estão satisfeitas até a Fretilin desaparecer.

Como é que explica que os amotinados que fugiram da prisão ainda estão por prender?

Este sentimento de impunidade não ajuda. Já deixei claro ao governo e às forças Australianas que têm que usar a sua autoridade para levar essa gente à justiça.

Porque é que isso não está a acontecer?

Ainda não percebi se (a razão) é técnica ou política. Talvez seja uma mistura.

Mas se (é) política, é por quem?

Tem havido uma tentativa particularmente pelo presidente, mas também do primeiro-ministro, para resolver a crise através do diálogo e de apelos a essa gente. Mas não se pode governar um país através de diálogo e apelos.

Então o que está a dizer é que eles recusam tomar decisões difíceis?

Sim. Têm evitado a decisão.

Tem dito que a investigação pelos três nomeados pelo Secretário-Geral da ONU Kofi Annan não foi satisfatória porque eles não perguntaram como é que isso aconteceu. Então a que perguntas é que deviam ter tentado responder?

Primeiro que tudo, porque é que ignoraram tantos factos.

Tais como?

Reuniões no lugar do presidente com gente que estava a pressioná-lo para me forçar a sair.
Reuniões entre Ramos Horta e Reinado, Ramos Horta e Railos; Ramos Horta e Tara e outros peticionários durante a crise. Prometeram a toda a gente que não re-começariam a violência e depois re-começaram-na. As alegações da distribuição de armas. Eles (os investigadores) fizeram uma investigação completa. Porque é que no seu relatório consideraram isso um problema menor?

Quais são estas alegações de distribuição de armas?

Uma das alegações era que a Fretilin tinha importado ilegalmente dois ou três contentores de armas e que as tinha distribuído a membros da Fretilin. Mas quando investigaram esta questão chegaram à conclusão de que não tinha havido importação ilegal de armas para distribuição aos membros. No relatório simplesmente ignoraram isto. Porquê?

Então quando o agora Primeiro-Ministro Ramos Horta se reuniu com estes homens foi durante a violência?

Durante a confusão.

Então durante a confusão ele reuniu-se com eles?

Sim.

E quem foram as pessoas que tentaram pôr pressão no presidente para que você resignasse?

Pelo menos um dos bispos.

E depois disto tudo está ainda preparado para trabalhar com Gusmão e Horta?

Horta vem aqui para me ver uma vez por semana. No interesse da nação e do governo, estou preparado para trabalhar com eles mas precisamos de definir claramente uma nova moldura.

Não vai concorrer para primeiro-ministro nas eleições de 2007?

Não. Penso que é muito mais importante trabalhar para o partido. Torná-lo mais organizado.

Diz que o apoio à Fretilin tem aumentado. Porquê?

Tenho a certeza disso. Quando estamos numa democracia as pessoas – mesmo os membros da Fretilin – pensam que por causa da democracia podem escolher um outro partido. Mas quando entendem que isso também cria uma oportunidade para serem alvejados por outros, entendem que é melhor apoiar o seu próprio partido. E não se esqueça que a ligação entre a Fretilin e as pessoas vem do tempo do movimento de libertação e isso é ainda muito forte.

Então pensa que ainda apoiarão a Fretilin apesar das críticas que possam ter da Fretilin?

Sim. A única maneira de defender a real independência e a soberania do país é com a Fretilin.

A Indonésia jogou algum papel no que aconteceu?

Como governo não. Mas talvez haja ainda alguma gente a tentar fazer alguma coisa mas o que estamos a ver neste país são ex-milícias que estão por detrás desses grupos que estão a espalhar a violência em Dili e noutros lugares.

A decisão de permitir os membros das milícias de volta a Timor-Leste – foi isso um erro?

A decisão não foi um erro. O modo como foi feito, talvez. Está certo tê-los de volta. Mas pô-los em instituições como as forças armadas e a polícia foi um erro. Eles foram imediatamente admitidos pela ONU na polícia porque foi pensado que a maneira mais fácil de construir uma força da polícia era usar gente que já tinha sido polícia para os Indonésios porque já tinham algum treino. Por isso foram os primeiros admitidos para a polícia e isso foi um erro.

E agora a irritante questão da língua. Muitos – especialmente os Australianos – desdenham do uso do Português. Qual é a sua resposta às críticas deles?

Isso é um disparate. Faz parte da cultura total da nossa decisão reforçar a nossa independência e soberania. Sabemos que não é fácil tornar o Português outra vez a língua franca de Timor-Leste num prazo muito curto. Mas acreditamos que Timor-Leste precisa de ser diferente nesta região. Mas isso não significa que estamos contra os outros. Precisamos de boas relações com a Austrália e a Indonésia – com todos. Mas como Timorenses, e não como extensões de outros.

Mas não estão os jovens desapontados porque não conseguem encontrar empregos no serviço civil sem o Português?

Não é verdade. A maioria das pessoas no serviço civil está agora a falar algum Português. Mas foram admitidos no emprego sem conhecimento do Português. Não há discriminação.

Porque é que a violência não se espalhou para além de Díli?

Esta é uma boa pergunta. A maioria dos desempregados estão em Dili. É em Dili que há os gangs. Alguns organizados través das artes marciais, outros não. É a única grande cidade do país. Temos mais ou menos 200,000 pessoas em Dili – demasiadas para uma cidade muito pequena. É por isso que é fácil espalhar a confusão em Dili e espalhar violência.

Não devia ter um programa para travar os jovens de virem para Dili?

Esta é uma das nossas políticas e planos. Criar novas oportunidades no seio do interior do país e criar cinco ou seis pequenas cidades com uma qualidade de vida melhor que em Dili. Isso pode ser feito e precisa de ser feito para travar as pessoas de virem para Dili.

Então qual deveria ser a população de Dili com uma população no país de cerca de um milhão?

Não mais de 50,000. Riso.

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Alkatiri apela à detenção dos amotinados

Comunicado de Imprensa

De: Timor-Leste Democracy Support Network
Quinta-feira Novembro 9 2006

O Secretário-Geral da Fretilin Mari Alkatiri apelou aos militares Australianos em Timor-Leste para prenderem os militares amotinados e os presos em fuga que permanecem ao largo.

O antigo Primeiro-Ministro Dr Alkatiri diz que os presos em fuga têm “um sentido de impunidade” porque o Presidente Xanana Gusmão e o novo Primeiro-Ministro José Ramos Horta de Timor-Leste têm evitado tomar acções contra eles.

Uma Comissão Especial de Inquérito da ONU recomendou que fossem levantados processos contra os amotinados incluindo o major Alfredo Reinado por ‘crimes contra vidas e pessoas’.

Reinado liderou uma fuga em massa da prisão em Agosto mas tem continuado a agitar contra o governo. Mantém-se em contacto com jornalistas e encontrou-se com o antigo comandante das tropas Australianas em Timor-Leste, Brigadeiro Mick Slater no mês passado.

O Dr Alkatiri resignou do cargo de primeiro-ministro em Junho mas continua a liderar a Fretilin, o partido no poder em Timor-Leste.

Numa longa e reveladora entrevista que vai ser publicada pelo online Southeast Asian Times, o Dr Alkatiri:

Diz que queixas sobre o comportamento das tropas Australianas devem ser investigadas, mas diz também que há rumores falsos que estão a ser espalhados para desacreditar as tropas Australianas como parte duma conspiração para derrubar o governo e destruir a Fretilin.

Prevê que as tropas Timorenses agora confinadas aos quartéis estarão de volta nas ruas de Dili dentro de um mês.

Confirma que não concorrerá ao cargo de primeiro-ministro nas eleições do próximo ano.

Diz que saíu do cargo de PM para tentar impedir uma guerra civil que a Fretilin poderia ter ganho mas que teria sido “sangrenta e prolongada”.

Diz que o Presidente Xanana Gusmão e o Primeiro-Ministro Ramos Horta tiveram falta de coragem para defender a Constituição durante a violência anti-governo anterior, neste ano.

O texto completo da entrevista está junto.

FIM
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Notícias - Tradução da Margarida


O negócio dos gás de Timor vai ao parlamento
AAP/TVNZ - Novembro 09, 2006

Um negócio que engloba biliões de dólares do petróleo e gás do Mar de Timor irá em breve ao parlamento de Timor-Leste para debate e ratificação, disse hoje o primeiro-ministro de Timor-Leste José Ramos Horta.

Ramos Horta antecipou o gesto num discurso que tratou de várias questões no parlamento de Timor-Leste para marcar os primeiros 100 dias no gabinete.

O laureado do Nobel da Paz foi nomeado primeiro-ministro em Junho depois da resignação de Mari Alkatiri no meio de uma crise política na jovem nação.

Timor-Leste tem sofrido de instabilidade desde que forças de segurança rivais se confrontaram em Dili em Abril e Maio matando dúzias de pessoas e levando mais de 150,000 das suas casas.

"O governo vai mandar para o parlamento para debate e ratificação, o tratado sobre Certos Arranjos Marítimos no Mar de Timor e o Acordo Internacional de Unitização," disse Ramos Horta no parlamento.

"Os honrados representantes eleitos da nação compreenderão que este tratado serve os melhores interesses do nosso país e uma vez ratificado permitirá o desenvolvimento do Greater Sunrise, os recursos que garantirão a independência económica e a prosperidade nacional."

Não ficou imediatamente claro quando é que o negócio será apresentado ao parlamento para ratificação.

O governo poderá enfrentar alguma oposição para a ratificação.

O deputado independente Leandro Isaac disse que o governo tem ainda que explicar a questão do Mar de Timor ao parlamento.

"Muita gente em Timor-Leste está contra a ideia total disto tudo, mas veremos quando apresentarem a proposta," disse.

"A minha esperança é que a Austrália, um país que é grande e rico, compreenda que o petróleo pertence a nós e que o dê a nós.

Não sei quando é que vão apresentar isto no parlamento, o governo nada nos disse."

Está estimado que o campo do Greater Sunrise pode dar um potencial de $US10 biliões para a empobrecida nação num espaço de 20 anos.

Sob o acordo, assinado em Janeiro, a Austrália e Timor-Leste dividirão as royalties do campo 50:50, e atrasarão as negociações duma fronteira permanente marítima por 50 anos.

O operador do Greater Sunrise, a Woodside Petroleum congelou o projecto de $A6.6 biliões em 2004 quando as negociações entre as duas nações se arrastavam.

A outra questão ainda por resolver é a localização duma instalação proposta para o campo para processar o gás natural líquefeito , se em Timor-Leste ou no norte da Austrália.

Falando sobre os seus primeiros 100 dias, Ramos Horta disse que apesar dos “piores momentos terem passado” em Timor-Leste, a situação de segurança interna em Dili permanece tensa.

"Conquanto tenham ocorrido alguns distúrbios, têm sido provocados, especialmente por jovens, organizados em grupos com motivos mais criminosos do que políticos," disse.

"O governo acredita que estas organizações criminosas estão a ser apoiadas por outras pessoas com objectivos claros, determinados em minar a autoridade do Estado."

Ramos Horta disse que o Presidente Xanana Gusmão tinha sido "incansável" na sua procura de uma solução para a crise, através de negociações com jovens, e a liderança da polícia e das forças armadas Timorenses.

Também reiterou que era importante manter o arranjo corrente da força liderada pelos Australianos, trabalhando ao lado da polícia da ONU, apesar da crítica do responsável das forças armadas Timorenses.

Há correntemente cerca de 1000 tropas Australianas em Timor-Leste, e cerca de 900 oficiais de polícia da ONU

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A Igreja forçou a minha saísa, diz Alkatiri
smht.co.au

Lindsay Murdoch em Darwin
Novembro 10, 2006

O deposto primeiro-ministro de Timor-Leste, Mari Alkatiri, acusou a hierarquia da Igreja Católica do país de estar por detrás duma conspiração para destruir o seu governo da Fretilin.

O Dr Alkatiri fustigou os líderes da igreja numa entrevista antes de sair de Timor-Leste para Portugal na Quarta-feira, dizendo que a principal razão porque o quiseram depor foi por não ser católico.

"Não digo que foi toda a Igreja Católica, mas foi a hierarquia," disse.

"E a eles juntaram-se outros grupos … gente dos partidos da oposição e grupos ilegais dentro do país."

O Dr Alkatiri é um muçulmano num país onde 96 por cento de 1 milhões de pessoas são católicas e a Igreja Católica é de longe a instituição mais poderosa.

Desde que foi forçado do gabinete no meio da violência em Junho, o Dr Alkatiri tem recusado dizer quem é que acredita ter estado por detrás do que descreve como uma conspiração bem planeada para o derrubar.

Mas disse ao online South-East Asian Times em Dili que o complot para derrubar o seu governo começou em 2001 e incluiu três semanas de protestos de rua no ano passado. "A Igreja Católica organizou gente para manifestações durante três semanas e falharam," disse o Dr Alkatiri. "Desde então estiveram sempre a tentar arranjar apoio de instituições e indivíduos no país … sempre com o mesmo propósito, forçar o governo a sair."

Domingos Soares, o porta-voz da Igreja Católica em Dili, disse ao Herald ontem à noite que a igreja não responderá às alegações do Dr Alkatiri.

"Todos os Timorenses sabem que o papel da igreja é promover a paz e a prosperidade," disse o padre Domingos.

"Não temos resposta para dar … Alkatiri não é o nosso patrão. Pode dizer o que lhe apetecer."

O Primeiro-Ministro, José Ramos-Horta, disse ontem ao Parlamento que ter uma "boa e frutuosa relação " com a igreja era uma prioridade do seu governo.

"A Igreja Católica Timorense é uma dessas únicas instituições que é a cola que mantém junto o tecido social," disse.

O Dr Alkatiri disse que os amotinados das forças armadas e os presos em fuga parecem ter um "sentido de impunidade " e apelou às tropas Australianas em Timor-Leste para os prender. Disse que o Presidente, Xanana Gusmão, e o Sr Ramos-Horta, que foi ministro dos estrangeiros antes de se tornar Primeiro-Ministro, tiveram falta de coragem para defender a Constituição quando a violência irrompeu em Dili em Abril e Maio.

O Dr Alkatiri disse que regressará de Portugal antes das eleições agendadas para Maio do próximo ano mas que não concorrerá ao posto de primeiro-ministro.

O Gabinete do Procurador-Geral de Timor-Leste autorizou o Dr Alkatiri a viajar para Portugal para tratamento médico mesmo apesar de estar sob investigação por alegadamente ter entregue armas a um esquadrão de ataque civil montado para matar opositores políticos. Ele nega as alegações.

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Nota:

O Procurador-Geral da República não autorizou, nem deixou de autorizar.

Porque Mari Alkatiri pode deslocar-se sempre que quiser, tendo apenas de o comunicar à Procuradoria, assim como onde pode ser contactado, caso a sua ausência seja superior a 5 dias.

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Ramos-Horta apela à reconciliação e tolerância

TSF - 5a-feira, 09 de Novembro 06, 11:51

No discurso do balanço dos primeiros cem dias de governação, o primeiro-ministro de Timor-Leste, Ramos-Horta, apontou a reconciliação e a tolerância como a receita para a crise.

José Ramos-Horta apontou, esta quinta-feira, a reconciliação e a tolerância como a receita para a crise, durante um discurso no Parlamento Nacional, em que fez o balanço dos primeiros cem dias de governação.

Entre as prioridades imediatas, o primeiro-ministro timorense destacou o regresso dos deslocados às áreas de residência e a construção de casas e acolhimento provisórios.

Por outro lado, apelou à reactivação das forças de defesa e segurança, uma maior execução dos projectos orçamentados, a preparação das eleições de 2007 e a ratificação parlamentar dos documentos que regulamentam a exploração petrolífera conjunta no Mar de Timor com a Austrália.

Na sua intervenção, Ramos-Horta disse ainda que o II Governo Constitucional «continua a ser o governo da FRETILIN», partido maioritário timorense, cuja liderança felicitou por ter sabido «sempre reagir com seriedade evitando o agravamento da crise» e impedindo o país de «resvalar para uma guerra civil».

Logo de seguida, o governante fez uma referência especial ao seu antecessor Mari Alkatiri, realçando que trabalhou com «um amigo durante mais de 30 anos na luta pela libertação» do país.

Sobre o problema da segurança interna em Timor-Leste, Ramos-Horta considerou que evoluiu de «modo positivo» nos últimos dias, apesar de reconhecer que, em Díli, a situação «permanece ainda intensa».

No entender do chefe do Governo, a responsabilidade dos actos de violência que ainda se verificam deve-se a «jovens organizados em grupos com motivações mais crimimais do que propriamente políticas».

No domínio da política externa, o governante anunciou uma visita a Portugal no início de 2007, país com quem disse estarem a decorrer, de forma «favorável», as negociações com vista à definição do programa de cooperação para os próximos três anos, com prioridade nas áreas da Educação e Justiça.

O relacionamento com a vizinha Austrália mereceu igualmente destaque no seu discurso, tendo Ramos-Horta justificado a proximidade geográfica como imperativo para o desenvolvimento de relações «cada vez mais estreitas em todos os domínios».

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Former Timor PM blames Church over ouster

Catholic Telecommunications - November 10, 2006

East Timor's former prime minister Mari Alkatiri has accused Catholic Church leaders of a conspiracy to destroy his Fretilin government over his recent ouster.

The Sydney Morning Herald reports that Dr Alkatiri has lashed out at the church's leaders in an interview before leaving East Timor for Portugal on Wednesday, saying the main reason they wanted to depose him was because he is not Catholic.

"I don't say it was the whole of the Catholic Church, but it was the hierarchy," he said. "And they were joined by other groups … people from the opposition parties and illegal groups within the country."

Dr Alkatiri is a Muslim in a country where 96 per cent of the 1 million people are Catholics and the Church enjoys significant political influence.

Since being forced from office amid violence in June, Dr Alkatiri has refused to say who he believes was behind what he describes as a well-planned conspiracy to topple him.

But he told the online South-East Asian Times in Dili that the plot to bring down his government began in 2001 and included three weeks of street protests last year.

"The Catholic Church organised the people for demonstrations for three weeks and they failed," Dr Alkatiri said. "Since then they were always trying to get support from institutions and individuals within the country … always with the same purpose, to force the government to step down."

Domingos Soares, the Catholic Church's spokesman in Dili, told the Herald last night the Church would not respond to Dr Alkatiri's allegations. "All Timorese know that the role of church is to promote peace and prosperity," Fr Domingos said. "We have no response to make … Alkatiri is not our boss. He can say what he likes."

However, in a speech in which he also praised his "friend", Altatiri, new Prime Minister, Jose Ramos-Horta, yesterday told Parliament that having a "good and fruitful relationship" with the Church was a priority of his government. "The Timorese Catholic Church is one of those unique institutions that is the glue that holds the social fabric together," Dr Ramos-Horta said in a speech marking 100 days of his new government.

Renewing a call to the Church to assume a major role in education and development of our people in human development and the struggle against poverty, Dr Ramos-Horta said the Timor government is expecting the opening of a third Timor-Leste diocese as well as the establishment of a nunciature in Dili.

Truth commission report to launched in Australia

Meanwhile, an Australian coalition for justice in East Timor, set up by a Jesuit centre, has announced the launch of a groundbreaking 2500-page report which documents the nation's human rights abuses under Indonesian occupation.

Dr Mark Byrne, a senior researcher at Uniya, says the report of East Timor's Reception, Truth and Reconciliation Commission, which is to be launched around Australia this month, provides an opportunity for Australians to understand some of the underlying causes of the recent troubles in East Timor. "The crisis in Dili this year is a reminder that without justice and reconciliation, the past will continue to haunt the people of a new post-conflict nation such as East Timor," he said.

According to Sr Susan Connelly, Assistant Director of Mary MacKillop East Timor, the Australian launches of the Chega! report are also an opportunity to reflect on Australia's role in the past and future of East Timor. "With the announcement [on Wednesday] of a new security treaty with Indonesia, we are concerned that accountability for past human rights violations in East Timor will once again take a back seat to securing our relationship with Indonesia," she said.

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PM de Timor-Leste compromete-se com solução para milhares de deslocados

Fonte: Agence France-Presse (AFP)
Data: 09 Nov 2006

Por Nelson da Cruz

DILI, Nov 9, 2006 (AFP) – O Primeiro-Ministro de Timor-Leste José Ramos-Horta prometeu na Quinta-feira que o seu governo trabalhará para apressar o regresso e a re-colocação de mais de 90,000 pessoas que estão ainda a padecer em abrigos temporários.

Ramos-Horta também prometeu melhorar a segurança na pequena nação atingida pela violência em Abril e Maio.

Falando no parlamento para marcar o 100º dia do governo, Ramos-Horta disse que havia ainda "um número considerável de deslocados ", citando relatórios do princípio do mês que mostravam mais de 70,000 a viverem em campos nos distritos e 23,000 em campos na capital, Dili.

Fugiram das suas casas durante a violência em Abril e Maio que se seguiu ao despedimento de cerca de um terço das forças militares do jovem país, que tinham desertado citando discriminação entre as fileiras.

O primeiro-ministro disse que uma iniciativa de prioridade do governo era "facilitar o regresso dos deslocados em Dili `` às suas casas, ou re-alojá-los," e "criar um ambiente seguro para todos ".

"Foi feito um esforço para garantir a segurança tanto nos campos, como no país; mas esta é uma tarefa difícil que requer um reforço constante de todas as tarefas que possam levar à consolidação das instituições de defesa e da polícia," disse o primeiro-ministro.

As duas questões eram "a estratégia de reconciliação mais importante " em Timor-Leste, disse Ramos-Horta.

Desde que a violência atingiu Dili em Maio, os residentes dos campos têm sofrido intimidação e ataques por gangs de jovens enraivecidos e têm-se queixado que o governo não tem feito o suficiente para garantir a sua segurança.

A ONU concordou no mês passado em enviar mais de 1,600 polícias internacionais para restaurar totalmente a estabilidade. Juntaram-se a mais de 3,000 tropas internacionais lideradas pelos Australianos destacados lá desde Maio.

Ramos-Horta também apontou que a violência entre gangs de jovens que recentemente atingiu Dili foi apoiada por "motivos mais criminosos do que políticos".

"O governo acredita que estas organizações criminosas estão a ser apoiadas por outra gente com objectivos claros, determinadas a minar a autoridade do Estado," disse o primeiro-ministro sem elaborar mais.

Ramos-Horta disse que o seu governo tinha concordado em reconstruir ou substituir as casas danificadas ou destruídas durante a violência de Abril-Maio, que resultou em mais de 60 campos de deslocados através de Dili.

O Presidente Xanana Gusmão, juntamente com a influente comunidade Católica e a liderança militar e da polícia estavam "constantemente à procura duma solução para a crise, tentando o regresso da paz e da tranquilidade" para os Timorenses, disse o primeiro-ministro.

Disse que a sua principal tarefa como primeiro-ministro e ministro da defesa era "tentar curar as feridas abertas no seio " das forças militares e policiais de Timor-Leste.

Conversas longas e separadas entre Gusmão e as lideranças militares e policiais do país mais cedo, nesta semana foram evidência deste esforço, disse Ramos-Horta.

"O diálogo é o caminho para a reconciliação," acrescentou o primeiro-ministro.

Timor-Leste, uma das nações mais pobres da Ásia, caíu no caos depois de protestos de ruas iniciais por soldados demitidos terem rapidamente degenerado em violência de rua envolvendo gangs de jovens.

str/vt/bs/jc
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Alkatiri admite voltar a chefiar governo se FRETILIN o desejar

Lisboa, 09 Nov (Lusa) - O ex-primeiro-ministro de Timor-Leste Mari Alkatiri admitiu hoje, em Lisboa, candidatar-se às eleições legislativas do próximo ano, mas sublinhou que a última palavra caberá à FRETILIN, partido que lidera.

"Nunca me candidatei a primeiro-ministro", afirmou Alkatiri pouco depois de chegar a Lisboa para efectuar exames médicos de rotina, adiantando que foi nomeado para a chefia do governo pela FRETILIN depois deste partido ter sido o mais votado nas eleições de 2001.

Em relação às próximas eleições, e apesar de referir que a última palavra caberá à FRETILIN, Mari Alkatiri sublinhou que a experiência o "levará a reflectir", mas admitiu que aceitará candidatar-se a primeiro-ministro, se for esse o desejo do partido que lidera.

Secretário-geral da FRETILIN, o partido maioritário em Timor-Leste, Mari Alkatiri assumiu o cargo de primeiro-ministro logo após a independência, a 20 de Maio de 2002, e demitiu-se a 16 de Junho deste ano, na sequência da crise político-militar que afectou o país.

Alkatiri voltou a defender que a crise política em Timor-Leste resultou de "um golpe de Estado que não foi concluído" e que "foi a FRETILIN que evitou uma guerra civil", ao aceitar que abandonasse a chefia do governo, em que foi substituído por José Ramos-Horta.

Questionado sobre o processo em que foi constituído arguido por alegado envolvimento na distribuição de armas a civis durante a crise, Alkatiri alegou o segredo de justiça para não fazer qualquer comentário e afirmou-se totalmente disponível para colaborar com a Justiça.

Terça-feira passada, Mari Alkatiri foi ouvido em Díli pelo Ministério P úblico no âmbito do processo, depois de ter feito as primeiras declarações perante os procuradores a 20 de Julho.

Alkatiri foi constituído arguido no mesmo processo em que figura o ex-ministro do Interior Rogério Lobato, que já foi formalmente acusado.

Em causa está a alegada distribuição de armas a civis denunciada por Vicente da Conceição "Railos", antigo comandante da guerrilha contra a ocupação indonésia, que figura no processo como testemunha.

Alkatiri tem repetidamente negado as acusações, insistindo ao mesmo tem po na rápida resolução da investigação em curso.

Num relatório divulgado a 17 de Outubro, uma comissão de investigação da ONU indicou não ter encontrado provas sobre o alegado envolvimento de Mari Alkatiri na distribuição de armas a civis, mas recomendou uma investigação adicional para determinar se o ex-primeiro-ministro deve ser responsabilizado criminalmente sobre a questão.

Nas declarações aos jornalistas à chegada hoje a Lisboa, Alkatiri reconheceu que actualmente, Timor-Leste "está bem melhor, mas o problema dos deslocados mantém-se", numa referência às dezenas de milhares de timorenses que continuam a viver em campos de acolhimento depois da violência ocorrida no país.

Alkatiri adiantou ainda que tem colaborado com o actual governo timorense, salientando que o executivo liderado por José Ramos-Horta está a seguir o programa por si delineado.

O dirigente timorense chegou hoje a Portugal para efectuar exames médic os de rotina, estando o seu regresso a Timor-Leste previsto para o final do mês.

MC/EL-Lusa/Fim

UNMIT Daily Media Review

Thursday, 09 November 2006

National Media Reports
TP - Timor Post
DN - Diario Nacional
STL - Suara Timor Lorosae
RTTL - Radio e Televisao de Timor-Leste


F-FDTL Cannot Be Active Until Problem Is Resolved

President of PSD, Mario Carrascalão said the government must first resolve the problems of the petitioners and Major Alfredo Reinado before F-FDTL becomes active stressing the crisis began with the petitioners.

He further said the Notable Commission, which was established by the government, could now resolve the problem. Meanwhile Prime Minister Ramos-Horta said the Defence Forces would become active and continue their daily activities at their headquarters in Tasi Tolu and will not provide internal security, as it is not their role. Ramos-Horta added their reactivation follows the result of the COI report, clearing the institution of a massacre. The Prime Minister and Minister of Defence pointed out that the F-FDTL depends on the 20:20 plan, and how F-FDTL can cooperate with the international forces and what their role in a global context will be. (STL)

Vice-Minister Resigns From Post

Isabel Ferreira yesterday submitted her resignation letter for her post as Vice-Minister for Justice following a request by the President of the Republic to the Prime Minister due to the dual positions she is currently holding. Ferreira said when she was invited to take on the position of Vice-Minister she agreed on the condition that she would continue to serve as the CVA Commissioner. But now she has been asked to resign as Vice-Minister of Justice. She said the leaders have not been consistent with their original decision. (TP)

PSD Doubts Parliament Commission

MP João Gonçalves (PSD) doubts that the work of the Parliamentary Commission, to analyse and evaluate the COI report, would be efficient as it does not have the power to take those responsible to court. Gonçalves said the Commission could only carry out further investigations and gathering evidence from people who have not been heard yet. He further said the Commission should at least establish a terms-of-reference to specify their work, adding that to investigate the COI report requires a lot of resources. He further questions if, when the specialized permanent commission of the Parliament faces difficulties in delivering their work, this new commission would be able to achieve its objective? The MP said that PSD made a political statement in the Parliament to request Timor-Leste to establish a commission composed of the four sovereign states--the president of the republic, government, the court and the parliament--to conduct a study on the conclusions and recommendations of the COI report.

Based on the study, Gonçalves stressed that the commission should present further recommendations based on the seriousness of the crimes and national interest. The MP said all aspects are involved in the terms-of-reference but the proposal did not have the support of the plenary session. The Parliament Commission consists of seven-members, four from FRETILIN party and three from opposition groups and they are expected to report back to the legislature within two weeks. (STL)

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Interview with General Secretary of Fretilin, Mari Alkatiri

in Dilion Sunday, November 6 2006
By John Loizou

Is it possible to quantify how much the coup has cost East Timor’s economic development?

It’s very, very difficult to do that now. It will delay the execution of the current budget – the budget of this fiscal year - and the budget for the last fiscal year. But above all it has destroyed some institutions and suspended others. The result is that East Timor’s major problem now is its lack of leadership and State authority. As you can very easily see, there is no State authority in East Timor now; the leadership is getting weaker and weaker and there is an urgent need to recover from the crisis. This will only happen through a joint effort of the leadership.

Who do you mean when you say the leadership?

The real national leadership in this country totals no more than five people. The president, Xanana Gusmao, the current prime minister, Jose Ramos Horta, the president of the parliament, the commander of the army…and myself of course. It’s very difficult for me to say this but it’s a reality that as secretary general of the country’s major political party, I still have a role to play.

But is this happening? Is there an effort to create a concerted effort among this five?

Not yet.
There is much effort by many people – Timorese and non-Timorese to make it possible - to make it happen but up till now no result.

What’s the major impediment?

I still don’t know. But I think it’s linked to a lack of capacity by some to recognise their mistakes in a concrete and objective way and not as a general statement and a lack of capacity also to recognise that our major mistake as leaders was to start fighting each other as the result of much manipulation promoted by others.

Who are these ‘others’?

This crisis was the result of a conspiracy. I have no doubt about that.

By who or whom?

I can’t really identify individuals but from the facts you can conclude that it was a conspiracy. It started long ago. It started in 2001, 2002 and it’s going on and on every year against the government.

Last year, as you know, the Catholic Church organized the people for demonstrations for three weeks and they failed. Since then they were always trying to get support from institutions and individuals within the country. Always with the same purpose: To force the government to step down.

You are saying that the Church did this?

The Catholic Church. But the Catholic Church was not alone. I don’t say it was the ‘whole’ Catholic Church. But it was the hierarchy. And they were joined by other groups. People from the opposition parties and illegal groups within the country.

You mean militia or martial arts groups?

Not really martial arts but irregular organizations that at the time of resistance even played a role within the resistance movement.

They were from within the resistance or were part of the resistance?

Yes.

But why were they so disaffected that they started causing trouble for the government?

There were some groups who joined the resistance for their own purpose. It was not their clear objective to fight for independence. What they were looking for was to get the Indonesians out and then take their place.

You mean they wanted to get the Indonesians out and then inherit the situation?

Yes.

You have said there might have been a civil war if you had not resigned?

I have no doubt of it.

But who would have fought the civil war and what would have been the outcome?

I knew that if I had decided to resist all the pressure to step down, I would have got support from most of the members of Fretilin. It meant that they would either have come down to Dili to resist or they would do it in other districts. But they would do it and we would really have had bloodshed and a civil war. This is one of the reasons why I decided to give up – to avoid the civil war and bloodshed. And I’m sure that if it happened Fretilin would win. But this is not the time to win power through bloodshed and civil war. I would never accept staying as prime minister in the government if it meant a civil war.

What, if any, are the similarities of UDT’s coup of August 1975 and the civil war that followed – especially remembering the activities of the anti-communist movement?

There are some similarities but in a different context. When UDT staged its coup, we were fully aware that after the coup we would be invaded by Indonesia. That is why we fought against the coup. We were also fully aware that the civil war would take a short time. Now the situation is completely different.

So in other words the civil war would have been very protracted if it came?

Yes.

But you went to war in August 1975 knowing that the consequences would be the arrival of the Indonesians?

Yes.

Let us return to the Church. If it is the hierarchy and other individuals why are they doing it?

Some people try to attribute their effort to ‘bad’ government. But they can’t really sustain this argument because in our four years of government we were considered by many, many development parties and institutions as one of the best examples in the world. There is no argument about this. And there is evidence for it. Now they are trying to argue that it was because the prime minister was arrogant. But this is not reason enough for a coup particularly when such a coup will ‘push back’ the country for years. To say the reason is that the prime minister doesn’t smile is no reason. Not only ‘push the country back’ but leave thousands of people homeless. There is no argument to defend this view. But I think and I do believe – although they never say it – that the main reason was that the prime minister was not a Catholic. And all their actions were against the constitution.

But if I was to say that you have said that the campaign against you was mounted because you were not Catholic what will be the hierarchy’s response?

They will deny it. They will try to say it was my mistake. I was arrogant and there was no effort to create jobs. They will say many things like that.

But what would such an allegation do to your support base within the country?

When the government inherits a vacuum in State institutions the major priority for this government is to create the State. It means public administration, other institutions, defence and security and it means most of the resources they get from international donors must go to education, health and some infrastructure. It was only a year ago – August September last year - that we started to receive money from oil and gas. That is why our budget this year is a big budget. We couldn’t do the same two or three years ago.

But what I’m saying is that we are in a supposedly Catholic country so if you are going to sit there as general secretary of Fretilin and say the Church tried to bring me down because I’m not a Catholic what is that Church going to do…

No, no, I’m sure that this is not a problem for the people of this country.

Yes but what will be their response when you attack the Church?

They will tell me not to worry about this. You are the secretary general of Fretilin because you are a founder of Fretilin. You are working well for the people and this has nothing to do with religion. A majority of the people will support me.

If we accept this thesis that the Church did what it did…

I can’t see another reason.

You say that your opponents wanted to form a government of national unity. So what part did people like the president and the new prime minister play. Were they part of it before it all happened or were they opportunist?

No. They were facing a clear problem with some groups spreading violence and aiming to have the prime minister step down and the situation was difficult to control by our own forces because the police and army were fighting each other and then they thought it was the best solution.

So you think they acted in good faith?

Not in good faith. The best solution would have been to strengthen the institutions in solidarity. Not to force the prime minister to step down because others wanted them to do so. They should have supported the constitution.

But why didn’t they?

In my view, lack of courage.

You have argued that although the international force has stabilized the situation, they really don’t understand what has happened. Why?

Because they still think that the crisis here is a power struggle between the prime minister, the former prime minister and the president. But I reject fully, this argument.

So they still adhere to this theory?

Yes.

Do they know the identity of those members of the martial artists and the militia who are promoting the violence?

They are becoming more familiar with the situation but still they think that the initial reason for the whole crisis came from a power struggle.

Do you think the ignoring of the constitution makes the constitution inoperative?

No. It’s operative because as the major party we decided to keep defending the constitution and try to have people work again within the framework of the constitution. Now we are working within the framework of that constitution. We have accepted the situation and what we are doing is defending the constitution.

You say the national leadership – the five you have listed – made mistakes and they have to recognise those mistakes. So what do you think were your mistakes?

I never thought that it would be possible for minor groups to be successful in forcing the prime minister of a major party to step down.

So you underestimated your opponents?

Yes, I underestimated them. But in I also should have paid more attention to the army and to the police. And I should have paid more attention to the grassroots organization of the party. We should also have worked better with the media to inform public opinion. We did a lot of things and people didn’t know.

East Timor was beginning to increase its yearly rice production. Now it’s gone back. How long will that take to recover?

Not less than three or four years.

If the leadership was to reunite and the State was re-established what would be the priorities.
The priority is to rebuild the entire State institutions again.

But what are the economic priorities?

If you don’t have an efficient public administration and you start investing money in the economy you will have corruption. So we must try and strengthen the sub-national sectors of the public administration. Districts and sub-districts. Strengthen them. And of course you need to invest.

Infrastructure. Human development. Community development. All are included in the current action plan. But now with this crisis I think we need to invest, we need to get jobs. We need to prepare the people with skills for the jobs. But above all we need to strengthen State institutions. All this will take at least three or four years.

And what about the marine boundary with Australia?

Our priority is to make the country economically independent and to avoid getting loans from others. That’s why we decided to negotiate with Australia as a priority the joint exploration and exploitation of natural resources and it was a successful negotiation with good results for Timor. Ninety percent from the (joint authority) 50 percent from Sunrise and we were thinking of pushing for the pipeline from Sunrise to Timor-Leste. Now it will be more difficult but we will keep pushing. But we are now in a very comfortable financial situation. We have our own resources. We have enough resources to start developing the country. But what we need now is find out how to refine the partnership between the state and civil society and to redefine the partnership between Timor-Leste and foreign investors and countries that have been assisting us during the last five or six years.

So do you think parliament will still ratify the agreement?

I think so. Maybe with some reservations but I think they will ratify it.

When do you think it will happen?

Maybe before the end of the year.

The commander of the army has said that Australian troops here should be under UN control . Do you agree?

It’s the common position of many leaders and institutions in Timor-Leste, including me. But the reality is this: To have the Australian army as part of the blue berets needs a resolution from the UN Security Council and we can’t get it without objections from the United States and Britain and that's why it’s better to be creative here and try to set up a unified command. That would mean a trilateral agreement between the government of Timor-Leste, the United Nations and the coalition of forces led by Australia and to have a unified command where the commander of our army would participate.

So how long will the Timorese army stay in its barracks?

The present situation is unsustainable. We need to get the army involved and the sooner the better. Side-by-side with the international forces. This is why the unified command is so important. I don’t think it’s difficult to get it.

How long will it take?

Two, three or four weeks I do believe.

Have you heard any of the East Timorese complaining about the behaviour of the Australians?

Yes and I have been saying that if there are any complaints it’s better that they be investigated. Instead of resisting any investigation it’s better to open an investigation.

But who are the people complaining?

Normal people. People from the displaced people camps and outside. Many have been complaining and many have been spreading rumours and that’s why I believe it’s best to investigate.

And who should investigate?

The United Nations, Australia and the government of Timor-Leste. But not all the complaints are genuine. Some people are using the situation to create problems.

But why do people want to spread rumours and keep the discontent going?

Because people are not really happy with the situation. They tried for a coup and now they will not be happy until Fretilin disappears.

How do you explain that the two mutineers who escaped from jail are still to be arrested?

This sense of impunity doesn’t help. I have made it clear already to the government and to the Australian forces that they must use their authority to bring those people to justice.

Why is that not happening?

I still don’t understand if it’s technical or political. Perhaps it’s a mixture.

But if political by whom?

There has been an attempt particularly by the president, but also the prime minister, to settle the crisis through dialogue and appeal to those people. But you can’t really govern a country through dialogue and appeal.

So what you are saying is that they refuse to make a hard decision?

Yes. They have avoided the decision.

You have said the investigation by the three men appointed by United Nations General Secretary Kofi Annan was not satisfactory because they did not ask how it happened. So what questions should they have attempted to answer?

Firstly, why they ignored so many facts.

Such as?

Meetings at the president’s place with people who were putting pressure on him to force me to step down. Meetings between Ramos Horta and Reinado, Ramos Horta and Railos; Ramos Horta and Tara and other petitioners during the crisis. They promised everybody that they would not restart the violence and then restarted it. The allegations of weapons distribution. They (the investigators) made a thorough investigation. Why in their report do they consider it a minor problem?

What are these allegations of weapon distribution?

One of the allegations was that Fretilin had imported illegally two or three containers of weapons and distributed them to Fretilin members. But when they investigated this issue they came to the conclusion that there had been no illegal import of weapons for distribution to the members. In the report they simply ignore it. Why?

So when the now Prime Minister Ramos Horta met with these men was it during the violence?

During the trouble.

So during the trouble he met with them?

Yes.

And who were the people who tried to put pressure on the president to have you resign?

At least one of the bishops.

And after all that you’re still prepared to work with Gusmao and Horta?

Horta comes here to see me once a week. In the interest of the nation and the government, I’m prepared to work with them but we need to define clearly a new framework .

You are not going to stand for prime minister at the 2007 election?

No. I think it’s much more important to work for the party. To make it better organised.

You say that Fretilin’s support has grown. Why?

I’m sure of that. When you are in a democracy people – even Fretilin members – think that because of the democracy they can chose another party. But when they realise that it also creates an opportunity for them to be targeted by others, they realise it’s better to support their own party. And don’t forget the link between Fretilin and the people comes from the time of the liberation movement and it’s still very strong.

So you think they will support Fretilin despite the criticisms they might have of Fretilin?

Yes. The only way to defend real independence and the sovereignty of the country is with Fretilin.

Has Indonesia played any role in what has happened?

As a government no. But maybe there are still some people trying to do something but what we are seeing in this country is ex-militias that are behind these groups that are spreading violence in Dili and other places.

The decision to allow militia members back to East Timor – was that a mistake?

The decision was not a mistake. The way it was done, maybe. To have them back is right. But to put them into institutions like the army and the police was a mistake. They were immediately admitted by the United Nations into the police because it was thought the easiest way to build the police force was to use people who had already been police for the Indonesians because they had had some training. So they were the very first admitted to the police and that was a mistake.

And now the vexed question of language. Many – especially the Australians – scorn the use of Portuguese. What is your answer to their criticism?

This is nonsense. It’s part of the whole culture of our decision to strengthen our independence and sovereignty. We know it’s not easy to make Portuguese again the lingua franca of East Timor in a very short time. But we do believe that Timor-Leste needs to be different in this region. But it doesn’t mean that we are against others. We need good relations with Australia and Indonesia – all over. But as Timorese, and not an extension of others.

But aren’t the young disappointed because they can’t find jobs in the civil service without Portuguese?

It’s not true. Most of the people in the civil service are now speaking some Portuguese. But they were admitted to the job with no knowledge of Portuguese. There is no discrimination.

Why has the violence not spread beyond Dili?

This is a good question. Most of the jobless people are in Dili. It’s in Dili that you have the gangs. Some organized through martial arts, others not. It’s the country’s only big city. We have more or less 200,000 people in Dili – too many for a very small city. That’s why it’s easy to spread trouble in Dili and spread violence.

Should you have had a program to stop young people coming to Dili?

This is one of our policies and plans. To create new opportunities and jobs within the interior of the country and create five or six small cities with a quality of life better than in Dili. It can be done and it needs to be done to stop people coming down to Dili.

So what should be the population of Dili in the country’s population of about one million?

Not more than 50,000. Laughter.

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PM de Timor-Leste quer que as tropas estrangeiras fiquem

Tradução da Margarida.


09 Nov 2006 08:25:54 GMT
Fonte: Reuters

More JAKARTA, Nov 9 (Reuters) – O Primeiro-Ministro de Timor-Leste José Ramos-Horta disse na Quinta-feira que o pior período de violência no seu país acabou, mas pediu aos Australianos e Neo-zelandeses para ficarem e manterem a paz.

A Austrália liderou uma força de 3,200 tropas estrangeiras para Timor-Leste em Maio depois do pequeno país cair no caos a seguir ao despedimento de 600 soldados amotinados.

As lutas que opuseram polícias e militares de Timor-Leste uns contra outros transbordaram em motins e pilhagens nas ruas da capital, Dili, deixando cerca de 30 pessoas mortas e 150,000 deslocadas.

Há correntemente cerca de 1,000 tropas Australianas em Timor-Leste.

"Os piores momentos passaram e as autoridades policiais estão melhor equipadas," disse Ramos Horta num discurso a marcar os 100 dias do seu governo.

Mas disse que a presença de tropas estrangeiras era no melhor interesse de Timor-Leste porque elas já estavam familiarizadas com o pais e as pessoas.

"As forças militares Australianas e da Nova Zelândia vão continuar em Timor-Leste a colaborar com as operações da UNPOL (polícia da ONU)," disse.

A ONU concordou em mandar 1,600 polícias internacionais para Timor-Leste e propôs uma força militar de 350 tropas sob o seu comando.

O primeiro-ministro diz que reconhece as preocupações do parlamento sobre os arranjos de comando entre as tropas internacionais e a polícia da ONU.

"Estamos a negociar um acordo trilateral com a ONU e a Austrália, a sua intenção (é) regular as funções das forças militares e estabelecer um mecanismo de coordenação a alto nível no qual todas as partes estejam representadas," disse.

A violência esporádica tem continuado em Timor-Leste e no mês passado rebentaram lutes entre jovens armadas em Dili, matando quatro pessoas e fechando por um curto período de tempo o aeroporto principal.

O território de cerca de um milhão de pessoas votou em 1999 num referendo pela independência da Indonésia, que o anexou depois de Portugal ter terminado o seu domínio colonial em 1975.

Timor-Leste tornou-se totalmente independente em 2002 depois de um período de administração da ONU.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.