segunda-feira, fevereiro 19, 2007

A Justiça Não Pode Ser Influenciada Por Interesses Políticos

Jornal Nacional Semanário - 18 de Fevereiro de 2007
Presidente do Parlamento Nacional, Francisco Guterres “Lú-Olo”.

O Presidente do Parlamento Nacional, Francisco Guterres “Lú-Olo” advertiu para não obrigarmos a justiça prosseguir os interesses individuais, porque o Órgão Judiciário é independente e tem a sua própria competência para tomar decisões jurídicos sem ser influenciados por interesses políticos.

Lú-Olo falou sobre este assunto aos jornalistas no Aeroporto Internacional Presidente Nicolau Lobato Comoro, Díli, sexta-feira (9/2) , após o regresso de visita a Portugal durante uma semana, comentando as declarações do Presidente da República que lamentou a decisão do Ministério Público em arquivar o caso do ex. Primeiro-Ministro, Mari Alkatiri.

Lú-Olo afirma que o arquivamento do caso de alegação do caso do ex. Primeiro-Ministro Mari Alkatiri e Secretário Geral da FRETILIN porque a visão do sistema judiciário não há evidências ou dados concretos para condenar o mesmo continuar o seu processo no Tribunal, portanto o Ministério Público tem toda a competência para arquivar o caso.

“Não foi uma exigência política ou por ordem de outros Órgãos para condenar uma pessoa que não tem culpa. Penso que isto não pode ser. Isto significa que a nossa cabeça não está a regular bem. O Ministério Público estudou e analisou os dados que quando não há evidências fortes para condenar alguém levar o caso ao Tribunal, então o Ministério Público tem que arquivar o caso e o acusado regressa a sua vida anterior ou a sua vida normal. Portanto não devemos utilizar força e obrigar a justiça para seguir os nossos interesses, se não já não é processo judiciário mas é um processo político,” afirmou.

O Presidente do Parlamento Nacional assegurou que o Presidente da República compreende perfeitamente o sistema judicial vigorado no País, significa que o sistema judiciário deve seguir o seu rumo. Ninguém pode interferir a política na área judiciária e dizer que a justiça tem que andar assim.

“No Estado de direito democrático a justiça tem a sua área para julgar os casos, e ver a gravidade dos casos para algum processo e condenação. Portanto não há intervenção ou alguma acção política que obriga a levar o Dr. Mari Alkatiri para a cadeia. Se formos para outros Países então as pessoas riem-nos,” explica Lú-Olo.

O Chefe do Órgão Legislativo declara que os Juristas da CPLP que estão ao serviço de Timor-Leste ninguém os possa expulsa-los de Timor-Leste. A presença dos juristas da CPLP baseada no dacordo entre o Governo de Timor-Leste através da UNDP, por razões de que os juristas da CPLP conhecem o processo e a lei de Timor-Leste. Portanto ninguém vai expulsar os juristas da CPLP.

Lú-Olo esclarece que apesar da exigência dos manifestantes foi publicamente acompanhado na CPLP mas não afecta as relações entre a CPLP e Timor-Leste.

“Encontrei-me com o Secretário-Geral da CPLP em Lisboa, afirmou que se sente satisfeito e até deseja enviar a sua delegação a Timor-Leste para assistir a nossa eleição presidencial e parlamentar. Continuam a considerar-nos como um irmão mais novo que nasceu há cinco anos,” salientou Lú-Olo.

O Presidente do Parlamento Nacional confessou que durante a sua visita a Portugal por sua parte informou sobre a situação actual enfrentado por Timor-Leste. Portugal preocupa-se bastante com a situação dos refugiados.

“Mas disse-lhes que esta questão constitui a preocupação dos timorenses. Porque é tempo da chuva portanto afecta bastante a saúde da população nos campos de deslocados. Informei-lhes que o Governo tomou algumas medidas como solução a condição dos refugiados mas estas soluções ocorrem bastante lentas. Por isso os refugiados continuam a permanecer nos campos de deslocados e outras condições,” esclarece Lú-Olo.

Lú-Olo informou ainda que apesar da maioria das populações se encontrarem nos campos de deslocados, mas até a data ainda não há mortes de refugiados. Mas continuam com condições desfavoráveis. Alguns deslocados concordam regressar aos seus Distritos e outros concordam residir nos novos bairros preparados pelo Governo.

Segundo Lú-Olo, além de preocupações relativamente a situação das populações, preocupam também com a questão de segurança das populações em Timor-Leste. Pediram para que Timor-Leste procure algumas medidas para resolver a situação das populações para que não caia novamente no grande desastre.
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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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