quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Sobre a "fome" em Timor-Leste

Lembramos que o único bem alimentar que escasseia é o arroz.

Não há falta de mandioca, farinha, batata doce, hortaliças, carne ou peixe.

É bom que se entenda que vale tudo para desestabilizar o país...

9 comentários:

Anónimo disse...

Malai Azul,
É muito fácil afirmar que não há alta de mandioca, farinha, batata doce, hortaliças, carne ou peixe...Mas ou pela escasses dos mesmos, ou pelo preço inacessivel para alguns, a maioria da população de Dili, particularmente está quase que cem por cento dependente do arroz.E como tal, se tudo vale para desestabilizar, porquê é que os ilustres governantes/membros da CC e da CPN da FRETILIN não previram isso? Tirariam o tapete aos desestabilizadores pois não? Agora a culpa é só dos desestabilizadores....

Malai Azul 2 disse...

O preço da mandioca, da farinha, da batata doce, do peixe não aumentou.

Não se pode sequer dizer que a população depende do arroz para não ter FOME. É preciso criar hábitos de alimentação saudável, que não existe quando esta é à base de arroz.

Fazer pão, usar a mandioca ou a batata doce, dar leite às crianças, fazer yogurte (veja-se o exemplo da India!) ou produtos derivados do leite, ovos, etc.

Anónimo disse...

NOTICIA DE ULTIMA HORA

Malai Azul resolve sózinho o problema da fome em Timor devido à falta de arroz - o problema não existe, é apenas mais um complot desestabilizador. Brilhante.

Não se contentando com pouco, como já é habitual, o Malai Azul vai mais longe afirmando que o arroz como base da alimentação não é saudável. Eu diria mais, talvez seria bom que os estupidos dos timorenses (e já agora os chineses)fossem habitualmente comer ao Hotel Timor para aprenderem o que é uma dieta equilibrada e saudável...

PS-"O preço da mandioca, da farinha, da batata doce, do peixe não aumentou" - Ok, mas são bastante mais caros que o arroz que têm de substituir (já para não falar na quantidade relativamente limitada destes productos), ERGO, a sua argumentação, neste caso, é de uma imbecilidade total.

Malai Azul 2 disse...

Duvido que se encontre batata doce ou mandioca no restaurante do Hotel Timor...

E não, não fica mais caro usar mandioca ou batata ou outros substitutos que não são precisos importar em Timor-Leste.

Se conhecesse melhor o que se vende no mercado, tinha tido uma oportunidade de não dizer disparates.

Acontece que o arroz é mais fácil de preparar, dá menos trabalho, e os hábitos alimentares são dificeis de mudar. A maior parte da população tem outros géneros alimentares mais saudáveis, com os mesmos custos, que não prefere.

Muitas das doenças e problemas de saúde dos timorenses (e chineses) vêm da alimentação e de carências nutritivas, e não é o Malai Azul que o afirma...


P.S. "Sozinho", não leva acento.

Anónimo disse...

Se aqueles que, incluindo os padres e os dois bishops, tem mobilizado e manipulado o pessoal para as manifs, dirigissem as suas energias (mobilizados e mobilizadores), para producao de bens de primeira necessidade, hoje nao estariamos a lamentar da falta deles. Se anda o pessoal todo nas manifs e a aterrorizar toda a gente, quem fica a produzir?!!

Anónimo disse...

Há falta de arroz em Timor porque os governantes só querem blá,blá,blá ,e não falam ao seu povo sobre a maneira de preparar a terra para o cultivo de arroz. Todos querem falar da política suja que só prejudica a vida do povo. O solo de Timor é fértil capaz de produzir tudo. Mas se não há estabilidade , é óbvio que até o arroz tem que ser importado da Indonésia ou da Tailândia ou do Vietnam. Vergonha , vergonha , vergonha !!!!!!!!!!!!!

Anónimo disse...

É inércia mental e física defender que o arroz é essencial na alimentação. Só para citar dois exemplos, o béri-béri é uma terrível doença causada pelo consumo exclusivo de arroz, devido à carência de vitamina B. Muitas das doenças oftalmológicas devem-se à falta de vitamina A. Outras carências vitamínicas são responsáveis pelo raquitismo, enquanto que a falta de cálcio, presente nos lacticínios, em certos vegetais e peixes, impede o saudável crescimento e manutenção do esqueleto.

A predominância do arroz na dieta timorense tem o seu quê de influência indonésia. Os funcionários públicos recebiam arroz gratuito ou quase, em troca da sua fidelidade.

O arroz não só não é essencial à sobrevivência, como pode ser substituído por vários alimentos, como outros cereais ou seus subprodutos, como o pão.

A banana é um óptimo substituto ou complemento de cereais ou tubérculos. Tem vitaminas e minerais, com destaque para o potássio, elemento essencial. Já provaram fuba com banana?

Para além disso, fica mais barato cultivar mandioca, milho ou batata para alimentar a família do que comprar arroz já processado e embalado. Mas também se pode cultivar chuchu, feijão, couve, etc., sem grande dificuldade.

NOTA: os chineses não se alimentam só de arroz. O arroz é consumido apenas no Sul da China e sempre acompanhando vegetais como couve (pak choi), vários tipos de feijão, tofu, cogumelos, cenoura, etc. Alguma carne ou peixe também entra moderadamente na ementa chinesa, especialmente as aves. No Norte, o arroz é substituído pelo trigo.

Os próprios indonésios também usam o arroz como base para outros ingredientes (vd. o nasi goreng).

Mas é curioso que só há "fome" em Dili, onde os armazéns de arroz são assaltados, como já foram anteriormente os armazéns de sândalo ou de mobiliário escolar...

Anónimo disse...

Como se tem vindo a verificar desde há uns meses até agora, é muito fácil manipular a população no sentido de criar instabilidade. A primeira onda de disparate, foi a questão lorosae/loromonu, como a coisa está a esmorecer e parecia não resultar, passou-se de imediato para a grande catástrofe humanitária que iria surgir nos campos de deslocados com a aproximação da época das chuvas. Criaram-se comissões disto e comissões daquilo apareceram ONG's às "pazadas" cheias de iniciativas e de "boas vontades", construíram-se habitações "transitórias", etc. etc. etc. (o facto é que os deslocados continuam nos campos e não nos parece que queiram sair). Posteriormente aproveitou-se o facto do processo do ex primeiro ministro ter sido arquivado, para se promoverem manifestações, de meia dúzia de gatos pingados, a clamar por justiça nacional, numa tentativa frustrada de causar mais uma onda de instabilidade, neste caso tiveram azar...

Agora inventou-se a história do arroz que tem servido como se pode verificar para criar mais uma vaga de desestabilização, com os governantes a reagirem tipo "baratas tontas" sem saberem bem o que fazer.

A seguir o que será??? Acho bem que estejam atentos porque quem está na realidade por trás disto tudo promete não baixar os braços, parem de reagir como o "burro atrás da cenoura"!!! Perante a iminência de qualquer crise a ponderação é fundamental, de maneira a não seguir o caminho que alguém lhes preparou.

Anónimo disse...

O que eh verdade eh que esquecemos de Deus por isso esquemos tambem o amor e a paz que existia nos nossos coracoes. O que temos eh ambisoes e egoimos que nos faca a ser vigarista ao extremo.

"Who cares with others? All I care is about me, me and me. My income, my party, my salary, my benefit, I'm correct, I'm the best, and my other bla bla which still under explore.

Hell with others..."

That's what we are now. We, the Timorese have lost our dignity and culture.

Where are the sense of Unity that we used to have during the strugle?

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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