sexta-feira, março 16, 2007

Notícias - 13 de Março de 2007 em inglês - traduzidas pela Margarida


WSWS – 13 Março 2007

Escalada da repressão em Timor-Leste pelas tropas Australianas
Por Patrick O’Connor, candidato do SEP em Marrickville, NSW (Australia)

Militares Australianos balearam e mataram cinco soldados amotinados em Timor-Leste em 4 de Março, durante uma operação que supostamente visava capturar o antigo major Alfredo Reinado. As mortes vieram precisamente uma semana depois de soldados Australianos terem morto dois deslocados na capital de Timor-Leste, Dili. A crescente contagem de mortes, que acontecem no meio do elevado desassossego social e um crescente sentimento anti-Australiano, testemunha a vontade de Canberra de aumentar a violência e a repressão de maneira a consolidar a sua ocupação neo-colonial.

O governo Howard despachou secretamente 100 tropas SAS para Timor-Leste em 3 de Março. Não se sabe se isso foi autorizado pelo governo Timorense, ou se nem foi informado disso, do aumento das tropas. Os soldados de elite foram supostamente enviados para liderar a operação Reinado, mas Canberra não explicou porque é que as 800 tropas Australianas e as 120 da Nova Zelândia que já lá estão não eram suficientes para prender o antigo comandante militar e os seus homens. Há poucas dúvidas que Canberra aproveitou a oportunidade do assalto à base de Reinado como um meio de reforçar as suas garras em Timor-Leste por meio do aumento do número de tropas.

As circunstâncias exactas da operação de 4 de Março são desconhecidas e mantém-se muitas perguntas sem respostas. No meio da noite, bastantes tropas Australianas pesadamente armadas, apoiadas por um pelotão de soldados da Nova Zelândia bem como dois helicópteros Black Hawk e três carros de transporte blindados, atacaram a base de Reinado na cidade da montanha central de Same, a sul de Dili. Cinco dos seus apoiantes foram mortos na batalha que se seguiu, mas Reinado e muitos outros escaparam para o mato.

Não foi explicado como é que o antigo major conseguiu escapar. As tropas SAS tinham armas e equipamentos superiores, incluindo óculos para visão nocturna. Nas semanas que antecederam a operação, as forças Australianas tiveram extensas oportunidades de vigilância em Same e tinham bloqueado a base de Reinado seis dias antes do assalto.

Os poucos relatos dos media que descreveram a operação levantam mais questões que respostas. Em 5 de Março, o Sydney Morning Herald relatava: “O amotinado treinado pelos Australianos [i.e. Reinado] sabia que eles estavam a vir e tinha mandado pelo menos seis mensagens telefónicas a jornalistas e diplomatas. ‘Estamos em alerta para receber um ataque de qualquer tipo,’ disse pouco antes do assalto.” Em 8 de Março, o Time afirmava: “menos de 30 minutos depois do tiroteio ter começado, os Australianos por razões ainda desconhecidas pararam os disparos e recuaram, permitindo que Reinado e os seus homens sobreviventes escapassem através da espessa floresta para a lado ocidental do monte.”

Há todas as possibilidades de as forças Australianas nunca terem tido a intenção de capturar Reinado. Afinal de contas, o antigo major teve um papel altamente valioso para Canberra no passado. Em Maio de 2006, Reinado ajudou a dar o pretexto necessário para o destacamento das tropas Australianas em Timor-Leste.

O “major” é uma figura altamente suspeita com laços próximos das forças militares Australianas. Tornou-se um foragido em Maio passado depois dele e dos seus apoiantes terem desertado das forças armadas e terem atacado tropas leais ao governo do antigo Primeiro-Ministro Mari Alkatiri. O governo de Howard usou o desassossego que se seguiu como um pretexto para despachar centenas de tropas Australianas para o país empobrecido e para forçar a saída de Alkatiri do seu cargo. Depois da emissão das incríveis alegações sem qualquer base do programa “Four Corners” da ABC, de que Alkatiri tinha formado um esquadrão de ataque para assassinar os seus opositores, ele resignou em 26 de Junho e sucedeu-lhe o candidato favorito de Canberra, José Ramos-Horta.

O crime de Alkatiri, no que respeitava ao governo de Howard, foi a sua tentativa para contrabalançar a influência da Austrália ao garantir o patrocínio da China, Portugal, e outros poderes rivais. O primeiro-ministro da Fretilin tinha ainda pressionado o governo de Howard ao emitir um número de concessões, limitadas mas mesmo assim significativas, para a divisão dos rendimentos do gás e do petróleo de Timor.

Reinado foi festejado na altura pela imprensa Australiana e, gozando do patrocínio do Presidente Gusmão, viveu uma vida encantada em Timor-Leste até à sua detenção sob acusação de crimes de armas pela polícia Portuguesa em 26 de Julho. A casa que Reinado usou para guardar as armas estava directamente do lado oposto duma base das forças militares Australianas. Num episódio que levantou mais questões sobre a conivência de Canberra, Reinado foi de certa forma capaz de literalmente sair a andar da prisão em 30 de Agosto. Continuou depois a sua campanha anti-governo das montanhas, acusando Ramos-Horta de estar refém da Fretilin.

Canberra prepara-se para as eleições Timorenses

O assassinato dos homens de Reinado desencadeou uma resposta imediata, sob condições onde já havia tensões altas após os disparos fatais contra dois homens em Dili em 23 de Fevereiro. Os apoiantes de Reinado em Dili travaram lutes com a predominantemente Portuguesa polícia da ONU, ao mesmo tempo que gangs de jovens armadas com paus e pedras na capital cantavam, “Abaixo a Austrália” e erguiam barricadas nas ruas queimando pneus.

Uma série de reportagens dos media tem iluminado o nível do sentimento anti-Australiano entre os gangs criminosos de Dili, muitos dos quais têm ligações com forças da direita anti-governo ligadas com a igreja católica e partidos da oposição parlamentar. Em 5 de Março, cerca de 20 jovens atacaram o Dili Club, um restaurante e bar que é propriedade de Australianos e frequentado por estrangeiros. A polícia dispersou ainda 500 manifestantes que tentaram manifestar-se no exterior da fortificada embaixada Australiana. Desde então o departamento dos assuntos estrangeiros aconselhou “pessoal não essencial” Australiano a sair do país.

As razões não são difíceis de descobrir. As intervenções lideradas pelos militares do governo de Howard em Timor-Leste em 1999 e em 2006 nunca foram guiadas por preocupações “humanitárias” com o povo do país. Pelo contrário, elas visavam defender interesses económicos e geo-estratégicos da elite Australiana no poder. Acima de tudo, a preocupação de Howard era garantir que as corporações Australianas pudessem continuar a sua pilhagem das reservas de petróleo e gás de Timor de multi-biliões de dólares, minimizando a influência de poderes rivais, principalmente de Portugal e China.

Canberra não tem feito nada para melhorar a vida dos Timorenses comuns. A pobreza e o desemprego são endémicos, e uma estimativa de 100,000 pessoas (numa população de um milhão) mantêm-se classificados como “deslocados”. A recente falta de arroz aumentaram os receios de fome e má-nutrição. As pavorosas condições sociais, combinadas com as tácticas altamente agressivas das forças ocupantes, aumentaram a oposição à ocupação liderada pelos Australianos, particularmente entre os desempregados em Dili e noutros centros urbanos.

A resposta de Canberra a este desassossego crescente tem sido aumentar a repressão. O assassinato dos cinco homens de Reinado é sem dúvida vista como um aviso, designado para aterrorizar a população a aceitar a ocupação em curso do pequeno Estado “independente”. As forças Australianas têm agora poderes abrangentes devido a uma directiva emitida pelo Presidente Xanana Gusmão em 6 de Março que autoriza policies e soldados estrangeiros a fazer buscas e detenções sem mandato de captura e a acabar com quaisquer reuniões ou ajuntamentos públicos.

Tais medidas serão sem nenhuma dúvida utilizadas no decurso da campanha presidencial cuja eleição está marcada para 9 de Abril e para as eleições parlamentares previstas para pouco depois. Canberra tem estado a dirigir uma série de manobras de bastidores que visam garantir um resultado favorável. O Primeiro-Ministro Ramos-Horta anunciou a sua candidatura à presidência, ao mesmo tempo que o Presidente Gusmão tem a intenção de se tornar primeiro-ministro. Gusmão está correntemente a elaborar um novo partido politico e tem esperança de arredar a Fretilin com a ajuda dos partidos políticos de direita. O presidente tem uma história reconhecida de facilitar as intervenções da Austrália em Timor-Leste, enquanto que Ramos-Horta tem laços muito antigos com Canberra. No mês passado assegurou a há muito atrasada ratificação parlamentar do acordo que autoriza a Austráliaa continuar a sua exploração das reservas de petróleo e gás do “Greater Sunrise” no Mar de Timor.

Rivalidade dos grandes poderes

As eleições presidenciais e parlamentares estão a realizar-se no meio de uma grande rivalidade de poder que se intensifica em Timor-Leste, com Canberra a ficar cada vez mais preocupada com a a expansão da influência económica e diplomática da China.

“A China ofereceu aos líderes de Timor-Leste viagens com todas as despesas pagas na China, estabeleceu relações tentadoras com as forças armadas de Timor-Leste, incluindo a doação de equipamentos como tendas e uniformes, e pagou a pelo menos seis oficiais das forçar armadas para serem treinados na China,” relatou um artigo nos jornais Age e Sydney Morning Herald no Sábado passado. A longa peça anotava que a PetroChina, “uma das maiores companhias estatais de energia da China”, financiou um estudo sísmico na zona do petróleo e do gás em Timor-Leste, e alertava também que a China podia eventualmente controlar as rotas do mar de Timor, podendo potencialmente Pequim “isolar bens e o território das forças militares Australianas”.

A resposta do governo de Howard tem sido utilizar a força militar e a desconsiderar abertamente a soberania nacional (de TL) de modo a assegurar a posição dominante de Canberra. Os assassinatos recentes marcam um divisor de águas e indicam que o governo Australiano está preparado para eliminar qualquer pessoa que esteja no seu caminho à maneira da sua estratégia neo-colonial em Timor-Leste e através do Pacífico Sul.

Todas as instituições políticas e dos media na Austrália são cúmplices dos crimes do governo de Howard. Apesar da corrente campanha eleitoral para a eleição do estado de New South Wales e das eleições federais previstas mais tarde este ano, nenhum dos partidos políticos parlamentares—incluindo os trabalhistas, os verdes e os democratas—levantaram nos media ou no parlamento os assassinatos dos Timorenses. O seu silêncio, mais uma vez comprova o seu apoio total à ocupação de Timor-Leste pela Austrália. A organização de protesto da classe média Aliança Socialista da mesma forma opõe-se à exigência da retirada das forças Australianas, tornando-se com isto cúmplice da intervenção do governo de Howard. As organizações que agora compõem a Aliança Socialista tiveram um papel politico crítico na facilitação da intervenção militar inicial de Canberra em 1999, quando ajudaram a organizar comícios de apoio à ida das tropas.

A Partido Socialista pela Igualdade (SEP) é o único partido que concorre às eleições de New South Wales que levantou como questão central a retirada de todas as forças Australianas de Timor-Leste e do Sul do Pacífico, como parte da oposição de princípio à agressão neo-colonial de Canberra. O SEP opõe-se à roubalheira em curso dos recursos naturais de Timor-Leste e exige a revisão de todos e cada um dos acordos existentes de petróleo e gás de acordo com as legítimas fronteiras marítimas de Timor-Leste. O pequeno Estado deve ser totalmente compensado por rendimentos já roubados por Canberra e por companhias de petróleo e gás Australianas. Deve também iniciar-se um programa de ajuda massiva para levanter o povo Timorense da pobreza e dar-lhes serviços decentes de saúde, educação e outros serviços essenciais.

O SEP apela aos trabalhadores Australianos para se oporem aos crimes do governo de Howard na região e para desenvolverem uma luta política contra a agenda de militarismo e guerra de Canberra. Os trabalhadores da Austrália e as massas empobrecidas do Pacífico partilham um interesse comum opondo-se às actividades predatórias de Canberra na região, que inevitavelmente é acompanhada por ataques globais aos direitos democráticos no país. Apelamos a todos os trabalhadores, jovens e estudantes para apoiarem o SEP e a sua campanha na eleição estadual em New South Wales, e para considerarem com seriedade juntarem-se às suas fileiras.

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Australian Financial Review - Terça-feira, Março 13, 2007

Região precisa de cura não de um penso rápido

Robert McClelland [Robert McClelland é o porta-voz da oposição Australiana sobre negócios estrangeiros.]

O último desassossego em Timor-Leste é uma lembrança poderosa que chegou a altura para a Austrália rever a sua estratégia no modo de lidar com os Estados falhados na região

Nos anos recentes temos testemunhado destacamentos de forças militares em estilo porta giratória para Timor-Leste por causa do governo de Howard ter falhado na tomada de medidas efectivas para responder às pressões sociais, económicas e étnicas subjacentes que provocam desassossego civil. Em vez disso, tem optado por soluções militares a curto prazo tipo "Band-Aid" que abortam mais cedo ou mais tarde.

Em 1999, a Austrália destacou cerca de 5000 tropas para Timor-Leste como parte da missão Interfet que teve sucesso. No início de 2005, com o compromisso das tropas Australianas reduzido a cerca de 450 membros, a Austrália opôs-se ao que teria sido um prolongamento de 12 meses do mandato da ONU até Maio de 2006. Pouco depois disso, a missão central da ADF terminou. O compromisso total da Austrália ficou reduzido a cerca de 30 membros do pessoal das forças de defesa.

Depois, em Fevereiro do ano passado, 400 soldados Timorenses desertaram dos seus quartéis, do que resultou violência, casas destruídas e negócios arruinados. A Austrália tornou a destacar mais de 1000 tropas para lidar com a situação de segurança que se deteriorava e para reforçar a aplicação da lei. Muitos peritos comentadores foram críticos da saída da Austrália em primeiro lugar.

Descrever o destacamento das nossas forças militares como uma porta giratória reflecte uma misallocation de prioridades estratégicas dado que o foco da nossa segurança nacional continua dirigido para o Iraque. Exactamente quando estávamos a tirar as tropas de Dili em 2005, o estava a pô-las na província de al-Muthanna.

Hoje, estão cerca de 800 membros da ADF em Timor-Leste. Até à data, o custo para os pagadores de impostos Australianos para essas operações de segurança e de policiamento já ultrapassou os $3 biliões.

Apesar disso, Timor-Leste permanece um caso problemático sob o ponto de vista social e económico. Agora, Timor-Leste está perto de ter o mais baixo rendimento per capita do mundo. A expectativa média de vida é somente de 55.5 anos e a taxa de iliteracia de adultos é de 50 por cento. Uma estimativa dá cerca de 40 por cento da população a viver abaixo da linha de pobreza e metade da população não tem água potável.

A construção da nação com sucesso em Timor-Leste e noutros Estados falhados na nossa região requerem acção a muito mais longo prazo e intervenções militares substanciais em vez das do tipo "Band-Aid".

Protestos violentos, gangs de rua prowling ou acusações constantes de corrupção no governo ocorrem não somente em Dili, mas também nas capitais das Ilhas Salomão, Tonga, Fiji e Papua Nova Guiné.

A Austrália deve estar preparada para responder a estes desafios regionais de segurança com uma resposta política muito mais sofisticada e de longo prazo. A quase total reliance nas nossas forças armadas, não é suficiente, por mais impressionante que seja.

Como questão de urgência, devemos assumir a responsabilidade da construção de nação em larga escala no interior dos Estados falhados do nosso próprio pátio das traseiras. É uma tarefa para a nossa própria segurança nacional que deve ser desempenhada cuidadosa e completamente. Não há estratégia de saída aqui – é aqui que vivemos.

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Associated Press - Terça-feira, Março 13, 2007

Ramos-Horta diz que desafios mais duros são para o novo governo

Dili, Timor-Leste: José Ramos-Horta, que ganhou um prémio Nobel da paz por ajudar a obter a independência para Timor-Leste e que concorre agora à presidência, prometeu na Terça-feira levar mais prosperidade para a nação atingida pela crise, mas avisou que não será fácil ter progresso.

Ramos-Horta foi instalado como primeiro-ministro o ano passado quando o primeiro governo pós-independência da pequena nação caiu depois de um motim das forças armadas e de violência nas ruas que matou 37 pessoas e levou ao regresso de tropas estrangeiras.

Disse numa entrevista à Associated Press que permanecem os problemas graves, mas "não com a extensão com que alguns pessimistas os pintam - que isto é um Estado falhado ou que o país está em guerra civil."

"Penso que evitámos uma guerra civil," disse.

Disse que os próximos cinco anos são capazes de serem mais duros que os primeiros cinco anos da independência "por cauda da crise que temos tido quase há 12 meses."

"As pessoas perdoarão menos porque já estão à espera há mais de cinco anos pelos frutos da independência e ... há muito desacordo com a liderança," disse.

Timor-Leste libertou-se de 24 anos de governação brutal Indonésia em 1999 depois de uma votação sobre a independência patrocinada pela ONU. Tropas Indonésias vingativas e milicianos mataram centenas de pessoas e destruíram as infra-estruturas da nação antes da chegada de tropas estrangeiras para restaurar a ordem.

Ramos-Horta era a cara pública do movimento de resistência Timorense na ONU durante a ocupação Indonésia. Foi ministro dos estrangeiros antes de se tornar primeiro-ministro em Julho.

Disse que o próximo governo trará aumento da riqueza para o país de 900,000 pessoas que permanece entre os mais pobres na Ásia.

"Apesar de termos muito mais dinheiro, temos de responder muito mais depressa," disse, referindo-se a uma esperada infusão de dinheiro das reservas offshore de petróleo e de gás.

Alguns receiam que a eleição presidencial do próximo mês possa desencadear nova violência no país, que está tenso no meio de uma operação militar Australiana em curso para capturar um soldado foragido ligado ao desassossego do ano passado e explosões de violência de gangs.

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Agence France-Presse - Terça-feira, Março 13, 2007

Ajudante: Foragido de Timor falará se pararem a caça ao homem

Um amotinado foragido de Timor-Leste perseguido pelas tropas Australianas está preparado para negociar se pararem a operação militar contra ele, disse um dos seus ajudantes na Terça-feira.

"Se quiserem entrar num diálogo, é fácil. A operação tem de parar," disse o ajudante à AFP sob anonimato, que disse ter citado Alfredo Reinado.

O ajudante disse estar satisfeito por os dois bispos terem sido recentemente nomeados como mediadores para qualquer diálogo futuro.

"Estou muito feliz," disse Reinado, citado pelo ajudante. "A igreja é um órgão independente, e eu confio mais que eles possam avançar com o diálogo."

Reinado tem sido um problema persistente para o governo de Timor-Leste, uma das nações do mundo mais pobres e a com a independência mais recente.

Está prevista a realização da eleição presidencial no próximo mês e alguns receiam que Reinado possa desestabilizar a eleição.

Ele tem sido criticado por causa do seu papel na violência do ano passado que matou pelo menos 37 pessoas, deslocou 150,000 e levou ao destacamento de tropas estrangeiras.

Tropas Australianas cercaram a base de Reinado nas montanhas em fins de Fevereiro e atacaram-no alguns dias mais tarde, matando quatro dos seus apoiantes armados.

Mas o soldado desertor iludiu a ofensiva e foi lançada uma caça ao homem depois do ataque falhado.

A base de Reinado estava localizada em Same, a cerca de 50 quilometros (30 milhas) a sul da capital, Dili, e o ajudante disse que o amotinado lamentava o incómodo que tinha provocado aos residentes da cidade que sofreram com a acção militar.

"Estou triste e o meu coração chora com o que aconteceu em Same, por causa de gente inocente ter sido vítima," citou que Reinado disse isso.

Apoiantes de Reinado manifestaram-se em Dili e noutros sítios depois da ofensiva militar, levando o Presidente Xanana Gusmão de Timor-Leste a avisar de uma quebra da segurança numa intervenção na televisão.

O presidente deu luz verde às forças internacionais para capturarem Reinado depois de o ter acusado de roubar armas de postos da polícia na fronteira com a vizinha Indonésia, que ocupou Timor-Leste durante 24 anos.

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ABC - Terça-feira, Março 13, 2007. 6:27pm (AEDT)

Não quero disparar contra Australianos, diz o amotinado de Timor-Leste

O homem mais procurado em Timor-Leste diz que não tem qualquer intenção de prejudicar os Australianos, mesmo apesar de cinco dos seus apoiantes terem sido mortos num assalto por militares Australianos no seu esconderijo há quase duas semanas.

O major Alfredo Reinado tem andado a monte desde que escapou da prisão depois de ter pegado em armas contra o governo de Timor-Leste num levantamento violento no ano passado.

Disse a uma equipa do programa da ABC Correspondente Estrangeiro, que o descobriu depois de dois dias no mato, que não tem nenhuma intenção em se entregar às forças especiais Australianas.

"Eu, eu não conheço a palavra rendição," disse. "Render-me-ei à justiça, não a ninguém, não a nenhum comando ou a nenhuma força. Nunca quis disparar contra nenhum Australiano."

Quando questionado porque é que tinha disparado anteriormente contra eles, o major Reinado respondeu, "Defendo-me a mim próprio porque eles dispararam primeiro."

O major Reinado diz que não quer matar em retaliação.

"O Governo foi responsável, não acredito que fossem as pessoas da Austrália a darem estas ordens e se as pessoas da Austrália [perderem] um ser amado, perguntem ao vosso Governo quem é que ordenou isto," disse. "Nunca quisemos fazer mal a ninguém, mas temos o direito de nos protegermos a nós próprios."

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Agence France-Presse – March 13, 2007 07:19pm

Amotinado Timorense promete não se render

O foragido Timorense amotinado major Alfredo Reinado prometeu nunca se render aos soldados Australianos e diz que se defenderá se for atacado.

Usando contactos com base nas montanhas e no mato à volta de Dili, uma equipa do programa da ABC, Correspondente Estrangeiro, encontrou maneira de chegar ao esconderijo do major Reinado e entrevistou-o.

O major Reinado é procurado por ter liderado um bando de soldados desertores em Abril e Maio últimos, quando lutas entre facções rivais das forças de segurança degeneraram em violência em Timor-Leste.

Foi detido e depois escapou-se e tem andado a monte desde então, e mais recentemente eludiu esforços Australianos para o capturarem.

As tensões aumentaram desde 4 de Março, quando soldados Australianos atacaram a sua base na cidade de Same, matando cinco dos seus apoiantes.

In an interview broadcast on the ABC tonight, Maj Reinado vowed he would never surrender to Australian forces and would defend himself if attacked.

"Nunca tenho uma palavra para rendição. Render-me-ei à justiça, não a nenhum comando, a nenhuma força," disse.

Perguntado se atacaria soldados Australianos se fosse cercado, o major Reinado respondeu: "Nunca quis disparar contra nenhum Australiano".

Quando confrontado se tinha disparado contra Australianos no princípio do mês, o major Reinado disse: "Defendo-me a mim proópria porque dispararam primeiro contra nós ".

O amotinado disse que lutava contra o Governo Timorense porque as forças de segurança tinham disparado contra manifestantes anti-governamentais durante o caos que sacudiu Dili no ano passado.

"Tive que sair e pará-los porque esta instituição pertence ao povo, (tive) de me levantar e defender o povo, não matar o povo," disse.

O major Reinado já foi visto como um aliado da Austrália, onde vivem a sua mulher e filhos.

Disse que duvidava que o público Australiano apoiasse a tentativa dos militares para o capturarem.

"O Governo foi responsável, não acredito que (fossem) as pessoas da Austrália a ordenarem isto," disse o major Reinado. "Se as pessoas da Austrália perderem um ente querido, perguntará ao seu governo quem é que ordenou isto. Nunca quisemos magoar ninguém mas temos o direito de nos protegermos a nós próprios."

O programa da ABC também relata acusações de as forças Australianas terem mão pesada quando entraram na aldeia de Sasaneh à procura do major Reinado, não muito depois da tentativa de 4 de Março para o capturarem.

"Partiram mobílias e disseram às pessoas para porem as mãos acima da cabeça. Mulheres e homens," disse um aldeão. "São dez vezes piores que os Indonésios. Os militares Australianos não são bons. Em 24 anos de ocupação Indonésia os Indonésios nunca fizeram isso na nossa aldeia."

Os militares Australianos negaram ter destruído qualquer casa e dizem que ajudaram aldeãos a repararem "estragos muito pequenos " nalguns edifícios.

O Brigadeiro Mal Rerden, que comanda as forças Australianas em Timor-Leste, disse estar confiança que as suas tropas eram capazes de capturar o major Reinado. "Temos, obviamente de o localizar e estamos a trabalhar muito arduamente para isso, sabe, a natureza do terreno é muito rugosa," disse. "Mas os soldados envolvidos na operação estão muito bem treinados, muito bem equipados e são muito bem liderados e tenho muita confiança neles."

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AKI – 13 Março 2007, 09:57 am

Timor-Leste: major desertor diz que conversará com o Governo

Dili - O major desertor Alfredo Alves Reinado está a caminho de Dili para conversações com o governo mediadas pela igreja católica. Numa entrevista com a AdnKronos International (AKI), o soldado amotinado disse que está de boa saúde e que não foi ferido durante o assalto liderado pelos Australianos contra ele e que mataram cinco em 4 de Março. "Estou a usar um uniforme Australiano e estou a caminho da capital (Dili) para conversações mediadas pela igreja católica. Estou muito perto de Dili," disse o major Reinado à AKI via telefone de um local desconhecido na Terça-feira.

"Estou de boa saúde e bem-disposto. O assalto não me afectou," acrescentou o amotinado, que culpou o Presidente Xanana Gusmão e o Primeiro-Ministro José Ramos Horta pela morte dos seus companheiros, em vez de culpar as tropas Australianas.

"Não culpo os soldados Australianos. Culpo os que deram ordens aos soldados," disse.

A disponibilidade da igreja católica para mediar foi confirmada à AKI pelo bispo Alberto Ricardo da Silva da diocese de Dili. "A igreja está pronta para mediar em qualquer diálogo entre o governo e o major Reinado, se ambas as partes quiseram que a igreja se envolva," disse o bispo, anteriormente encontrado.

Contudo o encontro ainda não foi confirmado pelo governo.

Entretanto, o Comandante das Forças de Estabilização Internacional lideradas pelos Australianos (ISF), Brigadeiro Malcolm Rerden, disse que continua a perseguição ao major Reinado. "A ISF manter-se-à firme e continua a sua operação militar até Alfredo e os seus seguidores serem capturados," disse o Brigadeiro Rerden aos repórteres em Dili na Terça-feira.

"Estou a pedir ao Alfredo para evitar mais conflitos, incluindo a possibilidade de poder perder a vida. Deve portanto render-se, com os seus homens, à polícia nacional, à polícia da ONU e às forças internacionais de modo a poder ir a tribunal e enfrentar as acusações contra ele," acrescentou.

Reinado tem andado a monte desde que escapou da prisão da capital de Timor-Leste Dili em Agosto, juntamente com outros 50 presos. O Presidente Xanana Gusmão ordenou a sua detenção depois de ser acusado de assaltar um posto da polícia e ter roubado 25 armas automáticas o mês passado.

Tinha estado preso pelo seu papel na violência que irrompeu em Timor-Leste depois do despedimento de aproximadamente 600 soldados, que se queixavam de discriminação étnica sobre promoções em Abril passado.

Reinado tinha abandonado as forças armadas e juntou-se a eles em 4 de Maio, 2006.

Os confrontos deixaram 37 pessoas mortas, forçaram 155,000 a fugir das suas casas, deitaram abaixo o governo do antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri, e resultaram no destacamento de tropas estrangeiras lideradas pelos Australianos na pequena nação do Sudeste Asiático.

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AAP – Março 13, 2007 04:39pm

Tropas Australianas 'destruiram casas em Timor'

A imagem da Austrália em Timor-Leste sofreu mais estragos com as acusações de as tropas em perseguição do foragido amotinado major Alfredo Reinado ter danificado casas de aldeia num assalto durante a noite.

Um padre da paróquia de Same, a cena da tentativa abortada das tropas Australianas para capturar Reinado em 4 de Março, protestou sobre um assalto quatro dias mais tarde na aldeia próxima de Serema.

O padre David Alves Conceição disse que aldeões tinham sido aterrorizados com a chegada de quatro helicópteros Black Hawk e um transportador de tropas, actuando aparentemente sob a informação que tinham dado abrigo ao major foragido, que se mantém a monte.

"Assaltaram casas e ordenaram às pessoas para saíram para fora a meio da noite para fazerem buscas," disse o padre Conceição.

"Agricultores pobres, gente idosa. Esta é uma população pacífica, e este é um problema que não será resolvido pela força. Se alguém é nosso amigo e usa força isso provocará uma reacção."

Ambos a igreja e pessoas locais afirmam que houve casas destruídas durante o assalto de 8 de Março.

Imagens de cerca de 10 casas danificadas foram mostradas na televisão nacional Timorense ontem à noite, e o deputado Social Democrata Riak Leman protestou ontem no parlamento.

O padre Conceição disse que a operação militar no distrito de Same continuava numa base diária.

"É como estar a viver num campo de batalha," disse.

O comandante da força Australiana Brigadeiro General Mal Rerden negou que tivessem destruído casas.

"As nossas operações em Same foram conduzidas para minimizar prejuízos na população civil e para protegê-los de Reinado e do seu grupo', disse. "Não houve nenhuma casa destruída em resultado das nossas acções ou dos helicópteros."

O Brigadeiro General Rerden disse que houve alguns "estragos muito pequenos nalgumas casas " e que as tropas tinham voltado para ajudar os aldeões nas reparações.

Repetiu que a única opção que Reinado tem é a rendição, descrevendo-o como um foragido à justiça.

"Os que o estão a apoiar directamente estão a infringir a lei," disse.

Reinado permanece um foragido e é relatado que tem um bando de cerca de 100 homens com ele, metade dos quais estão armados. Diz-se que veste um uniforme das forças armadas Australianas.

O Brig. Gen Rerden deu ainda novos detalhes da operação inicial contra Reinado, durante a qual as tropas Australianas cercaram a sua fortaleza em Same e mataram cinco dos seus apoiantes, mas não puderam evitar que o amotinado escapasse.

Perguntado se tinha havido um contacto telefónico com o foragido antes da operação, o Brig. Gen Rerden disse: "Foi dada a Reinado uma outra oportunidade para se render por contacto verbal.”

"Até ao último momento antes de a operação começar foi-lhe dada uma opção verbal para se render."

Perguntado se os tiros de aviso terem sido disparados antes dos cinco associados de Reinado terem sido baleados até à morte, o Brig. Gen Rerden disse que eles estavam "numa posição onde constituíam uma ameaça letal imediata para os meus soldados.

"Os soldados da Força de Estabilização Internacional têm o direito de se defenderem se as suas vidas estiverem ameaçadas."

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TIME – Terça-feira, Março 13, 2007

O assalto que correu mal

Por: Rory Callinan

No papel deve ter parecido uma missão fácil. Na perseguição havia mais de 200 soldados regulares bem armados e soldados das forças especiais, com metralhadoras, gás lacrimogéneo e cães polícias, apoiados por helicópteros e por blindados de transporte do pessoal. O objectivo era prender Alfredo Reinado, o antigo comandante da polícia militar Timorense, e cerca de 60 companheiros desertores, armados somente com espingardas de assalto, que estavam abrigados num complexo no cume do monte da aldeia de Same, a cerca de 50 km a sul de Dili.

Mas os caçadores regressaram de mãos vazias. Reinado e a maioria dos seus homens escaparam (veja caça ao homem: O assalto a Reinado), deixando as tropas da Força de Estabilização Internacional (ISF) sem nada procurando os montes pesadamente florestados. Entretanto, a tentativa de capturar o homem que muitos Timorenses vêem como um herói da resistência desencadeou protestos violentos em Dili e uma vaga de hostilidade contra as ISF.

Mais de uma semana depois da operação, os comandantes da ISF recusam-se ainda a dar detalhes do que aconteceu, dizendo que uma investigação está em curso. Mas um dos amotinados que fugiu com Reinado afirma que foram mortos civis durante o assalto, que dispararam contra os amotinados sem aviso, e que pelo menos um tinha pedido aos soldados para não dispararem.

Quando a TIME visitou a cena do assalto—uma antiga casa do administrador em Same em mau-estado, a cerca de 50 km a sul de Dili, que os amotinados ocuparam em 26 de Fevereiro—os soldados Australianos estavam ainda a fazer bloqueios nas estradas de acesso das proximidades. Partes do telhado do edifício tinham tinham sido varridas, aparentemente pela ventania dos dois helicópteros Black Hawk usados no assalto, e havia buracos de balas nalgumas árvores ao longo das estradas. Duas caixas de artigos médicos e um gerador pareciam ter sido abandonos pelos amotinados.

No fim-de-semana de 10-11 de Março, a TIME viajou no mato remoto para se encontrar com o seguidor de Reinado, Nelson Galucho, que tem estado a monte desde o assalto. Galucho disse que três dias antes da operação, soldados da ISF tinham-no apanhado no distrito de Ermera e tinham-no levado para Dili, onde foi interrogado durante duas horas acerca das operações de Reinado, armas e o número de seguidores, depois levaram-no de regresso a casa. Diz que os soldados lhe pediram desculpa mais tarde por o terem detido.

Cercado por guarda-costas irascíveis, Galucho fez o relato do assalto abortado. Disse que o seu companheiro amotinado Deolindo Barros tinha sido morto por tropas Australianas de um dos helicópteros que sobrevoava o complexo dos amotinados. "Deolindo viu os soldados e gritou-lhes para não dispararem, mas eles balearam-no," disse Galucho. "Não avisaram nem nada." Galucho, cujo irmão Nikson ficou ferido no assalto (está agora sob custódia em Dili), disse ainda que três civis foram mortos no assalto, mas foi incapaz de dar detalhes ou evidência.

A ISF tem dito que cinco homens foram mortos no assalto. Quatro eram tidos como seguidores de Reinado (veja Caça ao homem: O assalto a Reinado). O nome do quinto homem não foi divulgado, mas a ISF diz que o seu corpo foi encontrado no mato espesso num monte perto do complexo.

Os soldados Australianos guardaram o corpo de Barros durande dois dias depois do assalto; depois foi entregue na morgue improvisada do Hospital Guido Valadares em Dili, tinha as marcas de ter sido autopsiado—o que a família de Barros disse ter sido feito se a sua autorização. Buracos e marcas nas roupas de Barros sugerem que foi ferido na parte detrás do pescoço, na nádega direita e no peito. A irmã de Barros, Francesca da Cruz, especula que foi atingido pelas costas por balas disparadas de um helicóptero.

Barros foi enterrado no fim-de-semana na sua aldeia no cimo da montanha de Houba, a 100 km a sul de Dili. Mais de 500 pessoas enchiam a sua casa de quinta simples para verem o corpo de Barros que jazia num caixão aberto ao lado de fotos dele e de Reinado. A perturbada viúva de Barros quer que os governos Timorense e Australiano paguem a educação dos três filhos. A meio do funeral, um helicóptero da ISF sobrevoou vagarosamente por cima. Jovens locais gritaram, "F__k off, Aussie," mas a maioria dos enlutados disse que não responsabilizavam a Austrália pela morte de Barros. Alguns, contudo, disseram que a ISF estava a ser usada como um instrumento do governo Timorense.

Quatro dias depois do assalto, algumas duas dúzias de soldados das forças especiais Australianas bloquearam uma intersecção a sul de Same e interrogaram as pessoas que passavam. O oficial que comandava o grupo disse que estavam lá "para proteger a segurança das pessoas." Residentes locais disseram que um grupo de homens de Reinado tinha-se dirigido para oeste para a pequena cidade da montanha de Alas, acerca de 65 km a sul de Dili, e que tropas têm andado pela área rugosa a pé e por helicóptero.

Galucho disse à TIME que Reinado continua escondido mas capaz de comunicar com apoiantes. "É muito triste o que eles [a ISF] têm feito, e o governo devia ter uma mente aberta e não actuar de modo a criar um problema," disse Galucho. Ele e outros amotinados querem negociar, disse, mas que não o fariam enquanto as tropas Australianas estiverem no país: "Podem tentar matar-nos, então porque é que tentaríamos negociar com eles?"

Um porta-voz do ISF, o líder de esquadráo Ivan Benitez, disse, "Cinco Timorenses foram mortos durante a operação de Same quando se tornaram uma ameaça imediata para os soldados da ISF." Recusou dar qualquer detalhe acerca da missão ou das circunstâncias das mortes, ou comentar as alegações de Galucho acerca das mortes de civis. Em adição à corrente investigação da ISF ao incidente, uma investigação da polícia da ONU vai começar dentro de dias.

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Traduções

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Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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