segunda-feira, abril 09, 2007

East Timor's displaced hope elections will end fear

By Ahmad Pathoni
Dili, April 8 (Reuters) - For tens of thousands of East Timorese who fled their homes last year when the tiny nation descended into chaos, the main hope from Monday's presidential election is that it will allow them to go home.

Outgoing President Xanana Gusmao has said that East Timor's presidential poll is a chance to show that his young nation is not a failed state, but the shadow of violence remains.

Supporters of rival candidates clashed during campaigning last week, injuring more than 30 people and prompting international troops to fire tear gas and warning shots.

"I want to return home but I'm still afraid," said Sofia Rofinus, a 38-year-old former teacher who has lived in a tent with her five-year old daughter and husband for almost a year.

At the camp in the capital, children were flying kites in the scorching sun, their hair unkempt and clothes shabby, while older people sat outside their tents to escape the heat inside.

About 150,000 people were driven from their homes last year when violence erupted after the government sacked 600 rebellious soldiers. Foreign troops had to be brought in to restore calm after dozens were killed.

Eight candidates are running in the poll, including interim Prime Minister Jose Ramos-Horta, a Nobel peace prize winner who spearheaded an overseas campaign for independence from Indonesia. If no one wins more than half the votes, there will be a run-off.

President Gusmao, an ally of Ramos-Horta, is not running for re-election but plans to seek the more hands-on post of prime minister in separate parliamentary elections later this year.
"We are ready for the elections. I believe this election will be free and fair," said Gusmao after a ceremony to hand over ballot boxes to officials in Dili, which was calm on Sunday.

Foreign Troops And Observers

Gusmao has blamed election clashes on the Fretilin Party of ousted Prime Minister Mari Alkatiri, accusing its leaders of allowing supporters to provoke violence.

Fretilin's candidate, Francisco Guterres, is a front-runner in the poll, vying for support from just over half a million voters.

A U.N. official said organising a free and peaceful election was not an easy task for a fledgling nation ravaged by conflict. Previous votes have been organised by international agencies.

Around 3,000 international troops and police will go on patrol to safeguard the elections, while about 200 international observers are monitoring the voting.
Many hope the winner will unite a nation beset by regional rivalry, rebellious security forces and disillusionment among citizens five years after the joyous celebrations of independence.

East Timor's vote for independence from Indonesia in 1999 triggered a campaign of violence by pro-Jakarta militiamen, leaving about 1,000 dead and a trail of destruction.

The United Nations ran the country until 2002.

Despite considerable oil reserves, the former Portuguese colony has the lowest per-capita gross domestic product in the world, at only $400, according to the United Nations.

At the Don Bosco refugee camp, Rofinus, the displaced teacher, said food was scarce and people often had to make do with eating boiled papaya leaves and corn, instead of rice.

About 8,000 refugees remain at the camp in a school complex, from 16,000 at the height of the violence. More than 30,000 people live in several camps throughout the city.

"The government said if we still refuse to return, they won't give us food," Rofinus said. "But we're not asking for food. We want security."

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Deslocados de Timor-Leste manifestam esperança de que as eleições acabem com o medo
Por: Ahmad Pathoni
Dili, Abril 8 (Reuters) – Para dezenas de milhares de Timorenses que fugiram das suas casas o ano passado quando a pequena nação caiu no caos, a esperança principal das eleições presidenciais de Segunda-feira é que isso lhes permita regressar a casa.

O Presidente de saída Xanana Gusmão disse que as eleições presidenciais de Timor-Leste são uma oportunidade para mostrar que a sua jovem nação não é um Estado falhado, mas mantém-se a sombra da violência.

Apoiantes de candidatos rivais confrontaram-se durante a campanha na semana passada, ferindo mais de 30 pessoas e levando as tropas internacionais a dispararem gás lacrimogéneo e tiros de aviso.

"Quero voltar a casa mas tenho ainda medo," disse Sofia Rofinus, uma antiga professora de 38 anos que tem vivido numa tenda com a sua filha de cinco anos e o marido há quase um ano.

No campo na capital, crianças faziam voar papagaios no sol escaldante, com o cabelo sujo e as roupas esfarrapadas, enquanto os mais idosos se sentavam no exterior das tendas para escaparem do calor no interior.

À volta de 150,000 pessoas fugiram das suas casas no ano passado quando irrompeu a violência depois do governo ter despedido 600 soldados amotinados. Tropas estrangeiras foram trazidas para restaurar a calma depois de dúzias serem mortas.

Oito candidatos concorrem às eleições incluindo o Primeiro-Ministro interino José Ramos-Horta, um vencedor do Nobel da paz que desencadeou uma campanha o exterior pela independência da Indonésia. Se ninguém ganhar mais de metade dos votos, haverá uma segunda volta.

O Presidente Gusmão, um aliado de Ramos-Horta, não se re-candidata mas planeia tentar ganhar o cargo de primeiro-ministro em eleições parlamentares mais tarde este ano.
"Estamos prontos para as eleições. Acredito que estas eleições serão livres e correctas," disse Gusmão depois de uma cerimónia para entregar caixas de votos a funcionários em Dili, que estava calma no Domingo.

Tropas estrangeiras e observadores

Gusmão culpou confrontos eleitorais na Fretilin o partido do removido Primeiro-Ministro Mari Alkatiri, acusando os seus líderes de ter autorizado que os seus apoiantes provocassem a violência.

O candidato da Fretilin, Francisco Guterres, é um corredor da frente nas eleições competindo pelo apoio de mais de metade de um milhão de eleitores.

Um funcionário da ONU disse que a organização de eleições livres e pacíficas não fora uma tarefa fácil para uma jovem nação invadida por conflitos. Votações anteriores foram organizadas por agências internacionais.

Cerca de 3,000 tropas e polícias internacionais estarão em patrulha para guardar as eleições, ao mesmo tempo que cerca de 200 observadores internacionais estão a monitorizar a votação.
Muitos têm esperança de que o vencedor unirá a nação cercada por rivalidades regionais, forças de segurança amotinadas e desilusão entre os cidadãos cinco anos depois das alegres festividades da independência.

A votação da independência de Timor-Leste da Indonésia em 1999 desencadeou uma campanha de violência por milícias pró-Jacarta, deixando cerca de 1,000 mortos e um trilho de destruição.

A ONU dirigiu o país até 2002.

Apesar de ter consideráveis reservas de petróleo, a antiga colónia Portuguesa tem o mais baixo PIB per capita no mundo, de somente $400, de acordo com a ONU.

No campo de deslocados de Don Bosco, Rofinus, um professor deslocado, disse que a comida era escassa e as pessoas muitas vezes tinham de passar com folhas de papaia e milho em vez de arroz.

Cerca de 8,000 deslocados permanecem no campo num complexo escolar, dos 16,000 no pico da violência. Mais de 30,000 pessoas vivem em vários campos pela cidade.

"O governo disse que se nos recusarmos a regressar, não nos dá comida," disse Rofinus "Mas não estamos a pedir comida. Queremos segurança."

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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