quinta-feira, abril 19, 2007

Lu Olo: Nós não estamos a fazer uma campanha comunista contra Ramos-Horta

Francisco Guterres Lu Olo a Presidente

"Serei Presidente de todos e para todos"


Comunicado de Imprensa
Quinta-Feira. 19 de Abril de 2007


O candidato presidencial da FRETILIN, Francisco Guterres Lu Olo, rejeitou hoje as acusações feitas por Ramos-Horta, publicadas recentemente na imprensa local de Dili, de que a FRETILIN está a fazer uma campanha comunista contra ele.

"A FRETILIN é um partido politico que tem como objectivo principal a protecção da soberania nacional de Timor-Leste," disse Lu Olo. "Nós não estamos a fazer uma campanha comunista contra Ramos-Horta, nem somos um partido comunista. Isto é apenas uma acusação enganadora, feita por Ramos-Horta, para tentar ganhar alguns pontos politicos."

"Porque é que Ramos-Horta usa a etiqueta de comunista contra a FRETILIN? Esta é a mesma 'arma' que foi usada em 1975, pelos militares indonésios e seus colaboradores, para justificar a invasão e os assassinatos em massa do povo timorense".

"Também questionamos o porquê de Ramos-Horta estar a atacar Moçambique, uma nação que nunca abandonou o povo de Timor-Leste e a nossa luta pela independência," disse Lu Olo.

"Foram os Moçambicanos que deram um abrigo ao Sr Ramos-Horta, e aos timorenses exilados, quando a Indonésia invadiu Timor-Leste em Dezembro de 1975. Foi com o grande apoio do governo e do povo Moçambicanos que a diáspora timorense foi capaz de iniciar, de forma eficaz, a luta pela independência, na frente diplomatica.

"Enquanto esteve em Moçambique, Ramos-Horta recebeu um passaporte Moçambicano que permitiu que pudesse continuar o seu trabalho diplomatico, e também o seu filho nasceu e cresceu em Moçambique," Lu Olo acrescentou.

"Ramos-Horta usou os Moçambicanos quando o convinha, mas agora que é um candidato presidencial ele despreza-os como uma tentativa desonesta para obter votos. Este não é o tipo de comportamento que se esperaria de um candidato presidencial."

Lu Olo disse também que os acessores Moçambicanos, que vieram recentemente à Timor-Leste para auxiliar a FRETILIN, foram convidados pelo partido para ajudar na formação de fiscais e observadores do partido, para as eleições.

"Isto foi apenas um forma de fortalecer o processo democratico. Insinuar que a utilização de Moçambicanos de certa forma corrompeu o processo eleitoral é uma maneira barata e baixa, por parte de Ramos-Horta, de tentar obter votos."

Lu Olo rejeitou também as acusações feitas por Ramos-Horta de que a FRETILIN havia contractado uma empresa brasileira de relações públicas para gerir a sua campanha.

"Qualquer pessoa pode ver que a FRETILIN estabeleceu uma dedicada equipe de comunição sociale informação para as eleições, que consiste de jovens timorenses, militantes do partido. Ao contrário de Ramos-Horta, que no passado recebeu assistência de acessores de Imprensa Australianos, a FRETILIN deposita total fé e confiança em jovens timorenses, dedicados para fazerem esse trabalho para nós, disse Lu Olo.


Para mais informações, contacte:

Harold Moucho (Assessor Político de Lu Olo) (+670) 723 0048 (Dili)
Jose Manuel Fernandes (Representante Oficial de Lu Olo para as Eleições) (+670) 734 2174 (Dili)

http://www.luolobapresidente.blogspot.com, http://luolo.blogspot.com, http://www.timortruth.com

3 comentários:

Anónimo disse...

Ramos Horta não é serio. É um oportunista. Não é de confiança. Actua à javanesa! É ingrato. A Igreja católica que abra bem os olhos, ou acaba enganada!

Anónimo disse...

Ramos Horta é o homem dos australianos. Com RH na presidência o inglês passará a língua oficial em Timor Leste. O português e o Tetum passarão a ser apenas línguas curriculares com o indonésio.
Numa geração, os timoreses serão australianos de segunda!
É esse opatriotismo de Ramos Horta...

Anónimo disse...

"Lu Olo" e Horta na segunda volta
Jornal de Notícias, 19/04/07

Francisco Guterres "Lu Olo" e José Ramos-Horta foram os mais votados nas eleições presidenciais do passado dia 9 em Timor-Leste, segundo os resultados finais provisórios anunciados pelo presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Faustino Cardoso. Os dois candidatos passam à segunda volta das eleições, dia 9 de Maio, embora seja necessário esperar pela validação dos resultados pelo Tribunal de Recurso.

O anúncio dos resultados finais acabou com uma espera de nove dias, com acusações de irregularidades e informações desencontradas.

O presidente do Parlamento e candidato da Fretilin, Francisco Guterres "Lu Olo", obteve 112666 votos, 27,89%, de um total de 403941 votos válidos (94,56%) dos 427712 registados.

Ramos-Horta, primeiro-ministro e candidato independente, obteve 88102 votos, 21,81%.

Fernando "Lasama" de Araújo, do Partido Democrático, teve 77459 votos, 19, 18%. Registando uma subida sensível em relação a projecções anteriores, Francisco Xavier do Amaral, da ASDT, obteve 58125 votos, 14,39%.

A seguir ficaram Lúcia Lobato, do PSD, com 35789 votos (8,86%), Manuel Tilman, do Partido Kota, com 16 534 votos (4,09%), Avelino Coelho "Shalar Kosi F.F.", com 8338 votos (2,06%) e, em último, João Viegas Carrascalão, com 6928 votos (1,72%).

De um total de 522933 eleitores registados, votaram 427712, o que significa uma taxa de participação de 81,79%.

O Tribunal de Recurso abre durante 24 horas um período para receber queixas e pedidos de impugnação, se os houver. Caso contrário, poderá de imediato decidir pela validação do apuramento e dos resultados.
http://jn.sapo.pt/2007/04/19/mundo/lu_oloe_horta_segunda_volta.html

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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