segunda-feira, abril 02, 2007

Timor: Reinado «já não representa ameaça», diz Austrália

Diário Digital / Lusa 02-04-2007 8:14:34

O exército australiano continua a tentar encontrar o paradeiro do major Alfredo Reinado, em fuga há cerca de um mês, admitindo, todavia, que o antigo chefe da Polícia Militar de Timor-Leste «já não representa uma ameaça».

Em declarações ao diário australiano Sydney Morning Herald, o comandante das tropas que a Austrália mantém em Timor-Leste, brigadeiro Mal Rerden, admitiu também que as operações militares para tentar capturar Reinado «não têm sido fáceis».

«Está a ser difícil, não o negamos. Se quisermos encontrar duas ou três pessoas que se tenham escondido nas montanhas será muito difícil capturá-las», sublinhou, sustentando, porém, que se Reinado se escondeu nas matas timorenses «nada poderá fazer».

"Se (Reinado) estiver a viver dessa maneira não vai conseguir nada. Já não tem qualquer influência quer sobre a situação política quer sobre a relativa à segurança», acrescentou o comandante australiano.

O brigadeiro Mal Rerden sublinhou que o major Reinado está «reduzido a viver em grutas», na companhia de «apenas dois ou três homens do seu grupo».
«Não tem qualquer maneira de se mover para qualquer outro lado. Terá de andar a pé», acrescentou.

Apesar da caçada, Reinado, que escapou ao cerco australiano efectuado no início de Março último em Same, a sul de Díli, onde cinco dos seus homens terão sido mortos, continua a fazer chegar mensagens aos órgãos de comunicação social.

A 27 de Março último, numa declaração enviada ao Timor Post, Reinado indicou que não é sua intenção prejudicar o processo eleitoral em curso em Timor-Leste, país que será palco de eleições presidenciais a 09 deste mês, a que se apresentam oito candidatos.

No comunicado, Reinado apelou aos eleitores timorenses para votarem na coligação PD/PSD/ASDT e pediu também para que se abstenham de votar quer no candidato da Fretilin, Francisco Guterres «Lu Olo», quer no actual primeiro-ministro José Ramos-Horta, que se apresenta como independente.

Alfredo Reinado, figura central da crise militar de Abril e Maio de 2006, evadiu-se da prisão de Becora, Díli, a 30 de Agosto desse mesmo ano, quando cumpria prisão preventiva por alegada posse de armas de guerra.

2 comentários:

Anónimo disse...

A Austrália ocupou o país mas parece que isso não preocupa alguma liderança timorense. Ramos Horta até já disse, como proposta eleitoral, que a ocupação deve continuar pelo menos por mais cinco anos. Aliás parece ser esse o seu projecto político como titular do órgão de soberania presidente da república: entregar a soberania a estrangeiros!E assim já poderá passear pelo mundo à vontade, à conta do orçamento timorense - o dinheiro do petróleo vai dar para muita passeata!

Anónimo disse...

Xanana tem revelado pouco respeito pela independência e imparcialidade com que o cargo de presidente da república deve ser exercido. Por isso tem sido, enquanto presidente incompetente e muito desastrado.
Alguns exemplos: o caso Rogério lobato é um caso claro de perseguição política de um ex- Ministro. Ninguém mais foi julgado, nem Rai.Lós, nem Reinado, nem Leandro Isaac...por um erro político, quando o país estava a saque, Ramos Horta aproveitou para se vigar pessoalmente de Lobato. à javanesa!
As eleições são marcadas na data que pessoalmente mais servirem os seus interesses partidários e do seu novo partido...uma vergonha!

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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