quarta-feira, junho 06, 2007

Calls for ETimor commission to seek 'justice'

Radio Australia - 06/06/2007, 18:24

The leader of East Timor's Republican party says the Truth and Reconciliation Commission is flawed because it fails to make perpetrators accountable for the violence of the country's 1999 independence vote.

Joao Saldahna told Radio Australia's Sen Lam that achieving reconciliation between East Timor and Indonesia should not be the commission's only goal. "It's important that while both countries work in terms of improving the relationship in a number of areas, the area of justice should be also tackled head on," he said.

President Jose Ramos-Horta and his Indonesian counterpart, Susilo Bambang Yudhyono, have agreed to extend to mandate of the commission by another six months.

But the body, modelled on South Africa's Truth and Reconciliation Commission, has no power to prosecute, something which Mr Salsahna sees as a significant flaw.

"It's about going to the bottom of the case, knowing who did what," he said. "Then when we know who did what, the next stage is to say, 'You go to jail or you go for the amnesty.'" The United Nations estimates about 1,000 East Timorese died during the violence surrounding the independence vote, blamed largely on pro-Jakarta militias backed by elements of the Indonesian army. The two nations set up a truth commission in 2005 to investigate the bloody events.

Reconciliation, not justice

Defending the body, Dr Jose Ramos-Horta said the commission was a "noble approach" to dealing with the past.

"The important thing is that we do not allow ourselves to be hostage of the past, that we look forward with courage," he said.

He was speaking at a joint news conference after talks with Mr Yudhoyono, in which both leaders pledged to increase cooperation in trade, energy and education.

Dr Ramos-Horta says he is satisfied with progress made by the commission, which has been working since August 2005, summoning victims and alleged perpetrators of the violence.
Mr Yudhoyono said the two countries must "move forward" and leave the past behind.

"The government of Timor Leste and the government of Indonesia agreed and are committed to solving our past problems based on the principle of friendship and reconciliation, of truth, of friendships, and reconciliation and not a justice in this context."

But Mr Saldahna does not agree that improved ties should be given priority over achieving justice for victims and their families.

"Yes, there is a mood of reconciliation, yes, there is a mood of promoting better relationship between both countries, given the fact that Timor Leste's economic relations are in greater advantage if it's done with Indonesia," he said.

"But on the other hand, [there's] the issue of how do we know the situation, how do we know those who committed the crimes. "How do we know what is going to happen to them?"
Indonesia invaded East Timor in 1975 at the end of Portuguese rule and annexed the territory later that year, maintaining a heavy and sometimes harsh military presence.

East Timorese voted overwhelmingly to split from Indonesian rule but some pro-Jakarta voters and officials argued that the referendum had been rigged by the United Nations, although independent observers concluded the ballot was largely fair.

Militia leader Eurico Guterres, the only person jailed in Indonesia for the violence, is serving a 10-year sentence.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:

Apelos para a comissão sobre Timor-Leste procurar 'justiça'
Radio Australia - 06/06/2007, 18:24

O líder do partido Republicano de Timor-Leste diz que a Comissão da Verdade e Reconciliação é defeituosa porque falha em responsabilizar os perpetradores pela violência no país na votação pela independência em 1999.

João Saldanha disse a Sen Lam da Rádio Austrália que o único objectivo da comissão não devia ser alcançar a reconciliação entre Timor-Leste e a Indonésia. "É importante que ao mesmo tempo que ambos os países trabalham em termos de melhorar as relações numa série de áreas, se avance também na área da justiça," disse.

O presidente José Ramos-Horta e o seu colega Indonésio, Susilo Bambang Yudhyono, concordaram em prolongar o mandato da comissão por mais seis meses.

Mas o órgão, modelado pela Comissão da Verdade e Reconciliação da África do Sul, não tem poder para processar, algo que o Sr Saldanha vê como uma falha significativa.

"Há que ir ao fundo do caso, saber quem fez o quê," disse. "depois quando soubermos quem fez o quê, o próximo passo é dizer, 'Tu vais para a cadeia ou tu vais ser amnistiado.'" A ONU estima que morreram cerca de 1,000 Timorenses durante a violência que rodeou a votação pela independência, acusada largamente a milícias pró-Jacarta apoiadas por elementos das forças armadas Indonésias. As duas nações montaram uma comissão de verdade em 2005 para investigar os eventos sangrentos.

Reconciliação, não justiça

Defendendo o órgão, o Dr José Ramos-Horta disse que a comissão era uma "abordagem nobre" para lidar com o passado.

"A coisa importante é que não nos permitamos nós próprios ficar reféns do passado, que olhamos para a frente com coragem," disse.

Falava numa conferência de imprensa conjunta depois de conversações com o Sr Yudhoyono, na qual ambos os líderes prometeram aumentar a cooperação no comércio, energia e educação.

O Dr Ramos-Horta diz que está satisfeito com o progresso feito pela comissão, que tem estado a trabalhar desde Agosto de 2005, convocando vítimas e alegados perpetradores de violência.
O Sr Yudhoyono disse que os dois países devem "andar para a frente" e deixar o passado para trás.

"O governo de Timor-Leste e o governo da Indonésia concordam e estão comprometidos em resolver os nossos problemas do passado com base nos princípios da amizade e da reconciliação, verdade, amizade, e reconciliação e não uma justiça neste contexto."

Mas o Sr Saldahna não concorda que deva ser dada a prioridade a laços melhorados por cima de alcançar a justiça para as vítimas e suas famílias.

"Sim, há um clima de reconciliação, sim, há um clima para promover melhores relações entre ambos os países, dado o facto de as relações económicas de Timor-Leste terem grandes vantagens se forem feitas com a Indonésia," disse.

"Mas por outro lado, [há] a questão de como conhecemos a situação, de como sabemos quem é que cometeu crimes. "Como é que sabemos o que vai acontecer a eles?"
A Indonésia invadiu Timor-Leste em 1975 no fim da governação Portuguesa e mais tarde nesse ano anexou o território, mantendo uma pesada e às vezes brutal presença militar.

Os Timorenses votaram preponderantemente separar-se da governação Indonésia mas alguns eleitores e funcionários pró-Jacarta argumentaram que o referendo fora aldrabado pela ONU, apesar de observadores independentes terem concluído que a votação fora largamente correcta.

O líder da milícia Eurico Guterres, a única pessoa presa na Indonésia por causa da violência, está a servir uma sentença de 10 anos.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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