sexta-feira, junho 15, 2007

Gusmao's party tipped to win Timor polls despite lack of policies: ICG

Jakarta, June 13 (AFP) - The new party of East Timor's ex-president Xanana Gusmao appears likely to head a government after parliamentary polls this month despite a lack of policies to lure voters, a report said Wednesday.

The International Crisis Group said that ahead of the June 30 polls, personalities rather than party platforms were swaying East Timor's voters and that no party was offering concrete solutions to the tiny country's problems.

Gusmao, a former independence fighter who remains popular across the impoverished half-island nation, has formed a new party in a bid to take the prime ministership after stepping down as president last month.

But his party, the Congresso Nacional De Reconstrucao de Timor-Leste (CNRT), "has a poorly developed structure, no policies and little more going for it than its leader's charisma," the ICG report said.

"That, however, may be sufficient," it added, noting that based on last month's presidential polls, the CNRT is likely to win 20 to 25 percent of the vote and then ally with smaller parties to form a parliamentary majority.

Gusmao's ally, President and Nobel peace laureate Jose Ramos-Horta, won 22 percent of the vote in the first round and 69 percent of the presidential run-off.

A CNRT-led coalition, the Brussels-based think tank said, would be more consultative and transparent than the Fretilin-led government of Mari Alkatiri, though it may be less cohesive and less competent in economic management.

Of all the parties contesting the polls, only Fretilin, the ICG said, "seems to have any understanding of the complex technical issues involved in management of revenues and regulation of the petroleum sector."

East Timor has more than one billion dollars from oil and gas revenues locked away in a Petroleum Fund, and a debate over how, and how quickly, the money should be spent has emerged.

Fretilin has dominated parliament since East Timor officially gained independence from Indonesia after decades of occupation in 2002.

Alkatiri was forced however to resign last year amid unrest in the wake of his sacking of around a third of the army.
Street battles between rival security factions led to at least 37 deaths and forced Dili to ask for international peacekeepers to be dispatched to restore a fragile calm.

The ICG said that a CNRT-led coalition would be in a better position to address the political and social divides exposed by last year's bloodshed and more open to advice on how to rebuild and strengthen national institutions.

"But implementation of programmes... will depend not just on political will, but also on professional skills," it warned.

The ICG noted that Gusmao was not widely seen as a promising prime minister "because of his impatience with detail, among other things," so his advisers are recommending he have two deputies.

The report also warned that while presidential elections were largely peaceful, "accusations and inflammatory rhetoric may feature heavily in the parliamentary campaign in a way that could heighten tensions and lead to more violence."

Nevertheless, the fact that the presidential vote took place with few serious incidents showed that the country may emerge from last year's crisis more easily than first thought, it concluded.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
ICG: Partido de Gusmão inclinado para ganhar eleições de Timor apesar da falta de políticas
Jacarta, Junho 13 (AFP) – O novo partido do ex-presidente de Timor-Leste Xanana Gusmão parece ter probabilidades de liderar um governo depois das eleições legislativas deste mês apesar da sua falta de políticas para enganar os eleitores, disse um relatório na Quarta-feira.

O ICG (International Crisis Group) disse que antes das eleições de 30 de Junho, quem influencia os eleitores em Timor-Leste são mais personalidades do que plataformas políticas e que nenhum partido está a oferecer soluções concretas para os problemas do pequeno país.

Gusmão, um antigo lutador da resistência que se mantém popular na empobrecida nação da meia-ilha, formou um novo partido numa tentativa de deitar mão ao cargo de primeiro-ministro depois de sair da presidência no mês passado.

Mas o seu partido, o CNRT, "tem uma estrutura pobremente desenvolvida, não tem políticas e pouco mais tem além do carisma do líder," disse o relatório do ICG.

"Isso, contudo, pode ser suficiente," acrescentou, anotando que com base nas eleições presidenciais do mês passado, é provável que o CNRT ganhe entre 20 a 25 por cento da votação e que depois se alie com partidos mais pequenos para formar uma maioria parlamentar.

O aliado de Gusmão, o Presidente e laureado do Nobel José Ramos-Horta, ganhou 22 por cento dos votos na primeira volta e 69 por cento na segunda volta presidencial.

Uma coligação liderada pelo CNRT, disse o ICG com base em Bruxelas, será mais consultivo e transparente do que o governo da Fretilin liderado por Mari Alkatiri, apesar de ser menos coeso e menos competente na gestão económica.

De todos os partidos que disputam as eleições, apenas a Fretilin, disse o ICG, "parece ter conhecimento das questões técnicas complexas envolvidas na gestão de rendimentos e na governação do sector do petróleo."

Timor-Leste tem mais de um bilião de dólares dos rendimentos do petróleo e do gás guardados num Fundo de Petróleo, e emergiu um debate sobre como e quão rapidamente deve ser gasto o dinheiro.

A Fretilin tem dominado o parlamento desde que Timor-Leste ganhou oficialmente a independência da Indonésia depois de décadas de ocupação em 2002.

Contudo Alkatiri foi forçado a resignar o ano passado no meio de distúrbios no princípio do despedimento de cerca de um terço das forças armadas.
Lutas de rua entra facções rivais das forças de segurança levaram à morte de pelo menos 37 pessoas e forçaram Dili a pedir o destacamento de tropas internacionais para restaurar uma calma frágil.

O ICG disse que uma coligação liderada pelo CNRT estará em melhor posição para responder à divisão política e social exposta pelo derramamento de sangue do ano passado e mais aberta para aconselhar em como reconstruir e reforçar as instituições nacionais.

"Mas a implementação de programas... dependerá não apenas da vontade política, mas também de capacidades profissionais," avisou.

O ICG sublinhou que Gusmão não é visto como um primeiro-ministro que tem futuro "por causa da sua impaciência com detalhes, entre outras coisas," por isso os seus conselheiros estão a recomendar que tenha dois vice-primeiros-ministros.

O relatório avisou também que conquanto as eleições presidenciais tenham sido largamente pacíficas, "acusações e retórica inflamada podem aparecer na campanha das legislativas numa maneira que pode aumentar as tensões e levar a mais violência."

Contudo, o facto de as eleições presidenciais terem ocorrido com poucos incidentes sérios mostrou que o país pode emergir da crise do ano passado mais facilmente do que se pensava ao princípio, concluiu.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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