sexta-feira, agosto 31, 2007

«Português não pode ser língua de exclusão», diz Gomes Cravinho

30 Agosto 2007
Notícias Lusófonas

O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação de Portugal defendeu hoje que "a língua portuguesa não pode ser de exclusão" em Timor-Leste e considerou "uma questão delicada" a discussão sobre a língua oficial do país.

"Temos de assegurar que a língua portuguesa não seja de exclusão mas de inclusão", afirmou João Gomes Cravinho em declarações à Agência Lusa, no primeiro da visita oficial a Timor-Leste.

"Não estamos complacentes, estamos disponíveis", salientou João Gomes Cravinho quanto às opções de Lisboa para a cooperação na área da língua portuguesa em Timor-Leste.

"O português desempenha um papel único na identidade timorense", salientou o responsável da Cooperação, que acredita que um número cada vez maior de timorenses "terá a língua portuguesa como língua materna".

"A implantação de uma língua demora muito tempo. As críticas que são feitas ao Programa de Reintrodução da Língua Portuguesa não têm uma boa radicação na realidade", afirmou João Gomes Cravinho.

"O mundo actual não se coaduna com regimes monolinguísticos", segundo o secretário de Estado português.

"O bahasa indonésio é importante para Timor-Leste como o espanhol é importante para Portugal", explicou João Gomes Cravinho sobre as hipotéticas "ameaças" ao português das línguas indonésia e inglesa.

João Gomes Cravinho frisou, porém, que a escolha do português como língua oficial "foi uma opção de fundo dos timorenses depois da ocupação, reiterada no momento da independência".

"Essa opção não é posta em causa, antes pelo contrário", nos contactos que João Gomes Cravinho teve com a nova geração de líderes timorenses, como o presidente do Parlamento Nacional, Fernando "La Sama" de Araújo, líder do Partido Democrático.

Na sexta-feira, o secretário de Estado inaugura a segunda fase da Escola Portuguesa de Díli.

A educação e promoção da língua portuguesa são dois dos pilares da Cooperação Portuguesa em Timor-Leste, a par do apoio ao sector da justiça.

Estas linhas não serão substancialmente alteradas com a assinatura, durante esta visita oficial, do novo Programa Indicativo de Cooperação (PIC) entre os dois Estados para o quadriénio 2007-2010, afirmou Gomes Cravinho.

NOTA DE RODAPÉ:

Mais um iluminado, que nem uma idéia consegue articular. Portugal começa a deixar de esconder o seu desinteresse por Timor-Leste.

Faça-se a vontade australiana... Sempre dá menos trabalho ao MNEC.

Sem comentários:

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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