terça-feira, agosto 14, 2007

FRETILIN apela por protestos pacíficos contra o governo inconstitucional

FRETILIN - Comunicado de Imprensa - 14 de Agosto de 2007

O maior partido de Timor-Leste e vencedor das eleições legislativas de 30 de Junho, FRETILIN, apelou aos seus apoiantes para que não usem violência e protestem de forma pacífica contra a decisão inconstitucional do Presidente Ramos-Horta em convidar o segundo partido mais votado, CNRT, a formar o governo.

No fim-de-semana passado, líderes seniores da FRETILIN visitaram diversos distritos de Timor-Leste para passar uma mensagem de paz.

Os líderes incluíram Estanislau da Silva, Ex-Primeiro Ministro e deputado parlamentar, nos distritos de Dili e Manatuto, José Reis, Primeiro Secretário-geral Adjunto da FRETILIN, nos distritos de Viqueque e Baucau, José Manuel Fernandes, Segundo Secretário-geral Adjunto da FRETILIN, no distrito de Covalima, Ana Pessoa, deputada parlamentar, no distrito de Bobonaro, e José Teixeira, deputado parlamentar, no distrito de Manufahi.

“Os líderes da FRETILIN passaram o fim-de-semana em diversos distritos, pedindo aos nossos apoiantes para que não usem violência e para fazerem protestos pacíficos contra o governo inconstitucional,” disse Arsénio Bano, Vice-Presidente da FRETILIN.

“A posição da FRETILIN, em relação à violência, tem sido sempre clara e não mudou. Qualquer pessoa que use a violência deve ser levado à justiça, independentemente da sua afiliação política,” afirmou Arsénio Bano.

“Iremos visitar os outros distritos que faltam, nos próximos dias, para passar a mesma mensagem aos nossos apoiantes.

“A decisão de José Ramos-Horta foi inconstitucional porque o primeiro partido mais votado, e não o segundo, é que deveria ter sido convidado a formar o governo e ter tido a oportunidade de negociar a passagem do seu programa para o desenvolvimento nacional no Parlamento.
“Se o programa da FRETILIN fosse rejeitado duas vezes, pelo Parlamento Nacional, aí sim o segundo partido mais votado poderia ser convidado a formar o governo.

“Nós explicamos aos nossos apoiantes que a FRETILIN propôs que se formasse um governo de grande inclusão, com um Primeiro-Ministro independente e dois Vice-Primeiro Ministros, um da FRETILIN e outro do CNRT.

“Nós propusemos a formação de um governo de grande inclusão porque a FRETILIN acredita que as eleições demonstraram que esse é o tipo de governo que o povo quer, com os líderes do país a trabalharem em conjunto para trazer a estabilidade à nação.

“Esta proposta obteve o apoio do Presidente Ramos-Horta mas foi completamente rejeitada pelo Sr. Gusmão, que insistiu que ele próprio deveria tornar-se o Primeiro-Ministro e teria a responsabilidade pela defesa e segurança interna, sabendo que o seu partido ficou em segundo lugar nas eleições.

“Muitos dos 75% das pessoas que não votaram pelo CNRT vêm o Sr Gusmão como uma figura divisiva, responsabilizam-no pela crise do ano passado, e estão agora a protestar contra a decisão de nomearem-no Primeiro-Ministro.

“Informamos também aos nossos militantes que não iremos apelar ao Tribunal de Recursos. A formação de um governo inclusivo para trazer a estabilidade à nação é essencialmente um problema político que necessita ser resolvido pelos líderes políticos de Timor-Leste, trabalhando em conjunto.

“Timor-Leste é uma democracia nova, e precisamos promover o sistema judicial como uma instituição independente, e não pô-lo sob extrema pressão política extrema.”

Para mais informações, contacte: Arsénio Bano (+670) 733 9416, José Teixeira (+670) 728 7080, FRETILIN Media (+670) 733 5060
fretilin.media@gmail.com; www.fretilin-rdtl.blogspot.com, www.timortruth.com

1 comentário:

Anónimo disse...

Perderam o emprego público?

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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