sábado, agosto 18, 2007

Motins anti-ANZAC atingem Timor-Leste

Tradução da Margarida:

Quinta-feira, Agosto 16 2007 @ 04:04 AM PDT
Contributed by: WorkerFreedom
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Motins têm rebentado nas duas maiores cidades de Timor-Leste quando opositores do novo Primeiro-Ministro Xanana Gusmão confrontaram polícias e militares da Anzac.

O CNRT de Gusmão teve apenas 22% dos votos nas eleições legislativas do mês passado, ficando atrás da sua rival Fretilin. Gusmão conseguiu tomar o poder esta semana por causa da intervenção do seu aliado próximo, Presidente José Ramos-Horta, que invocou uma cláusula na constituição de Timor-Leste e lhe deu poder para formar governo.

Motins anti-ANZAC atingem Timor-Leste
Scott Hamilton
09 Agosto 2007

Motins rebentaram nas duas maiores cidades de Timor-Leste, quando opositores do novo Primeiro-Ministro Xanana Gusmão se confrontaram com polícias e soldados da Anzac. O CNRT de Gusmão teve apenas 22% dos votos nas eleições legislativas do mês passado, ficando atrás da sua rival Fretilin. Gusmão conseguiu tomar o poder esta semana por causa da intervenção do seu aliado próximo, Presidente José Ramos-Horta, que invocou uma cláusula na constituição de Timor-Leste e lhe deu poder para formar governo.

Activistas da Fretilin têm estado indignados com o acto de Horta, insistindo que o seu partido tem o direito de formar a administração porque ganhou a parte maior dos votos e o maior número de lugares no parlamento. O líder da Fretilin e antigo Primeiro-Ministro Mari Alkatiri disse ao Sydney Morning Herald que 'as pessoas estão verdadeiramente frustradas…votaram na Fretilin, esperavam que a Fretilin governe o país e de súbito com uma espécie de interpretação da constituição, o partido que ficou em segundo lugar foi convidado '.

Os motins começaram depois de manifestantes na capital Dili e na cidade de Baucau no leste terem sido confrontados por soldados e polícias Australianos e da Nova Zelândia. Recusando acatar as ordens para dispersar, os manifestantes, que cantavam 'Abaixo John Howard!' e agitavam faixas a denunciar Horta como marioneta Australiana, construíram barricadas com pneus a arder e atiraram pedras a polícias e soldados .

Tropas Australianas abriram fogo depois de jovens terem partido as janelas dos seus veículos perto do campo de deslocados pró-Fretilin de Comoro nos subúrbios de Dili. O campo tem sido um centro de protestos anti-ocupação desde que as tropas Australianas mataram a tiro dois dos seus residentes em 22 de Fevereiro. A embaixada Australiana foi alvo de atiradores de pedras e em Baucau um edifício associado com a ONU foi incendiado. Os manifestantes atacaram veículos das forças armadas de Nova Zelândia em ambas as cidades.

Não é surpreendente que os manifestantes tenham escolhido expressar a sua ira ao ilegítimo governo de Gusmão atacando forças e propriedades da Anzac. Há mais de um ano a administração de John Howard tem interferido descaradamente nos assuntos Timorenses a favo dos aliados próximos, Gusmão e Horta. Na primeira metade de 2006 o governo de Howard desencadeou uma campanha para desestabiliza o governo dominado pela Fretilin de Alkatiri ao dividir as forças militares e policiais, ao financiar manifestações anti-seculares pela poderosa Igreja Católica do país, e ao espalhar difamações anti-Muçulmanas e anti-comunistas contra Alkatiri. O resultado foi uma onda de violência que foi usada para pressionar a Fretilin a concordar no destacamento de tropas e polícias da Anzac.

Howard usou a força ocupante para assegurar a resignação de Alkatiri, e para fazer de Horta Primeiro-Ministro temporário e pô-lo no seu lugar. Em resposta, Horta louvou abundantemente a política estrangeira Australiana e Americana e tomou uma atitude muito mais conciliatória para planos para expandir a exploração Australiana dos campos de petróleo no Timor Gap. Mas a estabilidade política e social provou difícil de restaurar, e em Fevereiro e Março últimos motins atingiram Dili em resposta ao assassinato de civis Timorenses por tropas da Anzac que foram enviadas contra inimigos de Horta.

Durante as eleições Presidenciais e legislativas deste ano, tropas da Anzac foram usadas muitas vezes para intimidar a Fretilin, opositora de Horta e de Gusmão. Quando John Howard visitou Dili no fim de Julho para dar apoio ao governo de Gusmão, manifestantes foram ao seu encontro exigindo o fim da presença da Anzac no país. O novo levantamento em Dili e Baucau apenas comprova a oposição alargada à ocupação.

3 comentários:

Anónimo disse...

Presidente timorense apela à estabilidade das instituições
Público, 18.08.2007
Jorge Heitor

O Presidente da República de Timor-Leste, José Ramos-Horta, declarou ontem, num comunicado à imprensa, que "o povo saberá julgar, nos próximos actos eleitorais, as posições que estão a ser assumidas por todos", depois de ele haver convidado este mês a formar Governo a Aliança com Maioria Parlamentar (AMP). E que, até lá, todos os seus compatriotas "têm o dever de contribuir para a estabilidade das instituições" e para a solução dos problemas do país.

Enquanto isto, a Fretilin, partido mais votado nas legislativas de 30 de Junho, voltou a pedir aos seus apoiantes que não usem a violência nos protestos contra uma decisão presidencial que considera "inconstitucional", por a remeter para a oposição. Deputados e dirigentes do grupo liderado pelo antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri têm visitado vários distritos, no sentido de explicar às bases que todas as manifestações devem ser pacíficas, de modo a que não prossigam os desacatos que nas últimas semanas já obrigaram mais alguns milhares de pessoas a deixar as suas casas, acrescentando-se aos perto de 100.000 deslocados do ano passado.

Quinta-feira, depois de uma reunião com investidores nacionais e internacionais, na capital, Ramos-Horta declarou que, se a Fretilin insiste em que o Governo da AMP, liderado pelo antigo Presidente Xanana Gusmão, é ilegal, então que coloque o caso ao Tribunal de Recurso. Este tem funções de Supremo e é presidido por Claúdio de Jesus Ximenes, antigo juiz que trabalhou duas décadas em Portugal e foi desembargador no Tribunal da Relação de Lisboa.

Na semana passada, o presidente da Frente Revolucionária, Francisco Guterres, "Lu Olo", em Maio derrotado por Ramos-Horta na segunda volta das eleições para a chefia do Estado, falou em constituir uma "grande família", na qual participem pessoas que têm militado em grupos como o Conselho Popular de Defesa e a Unidade Nacional Democrática.

Quem entretanto manifestou a sua solidariedade à Fretilin, por ter sido preterida na escolha do Executivo, foram os partidos que constituem a coligação governamental guineense: PAIGC, PRS e PUSD.

Anónimo disse...

Ex-Soldier Confesses: The Conspiracy Between Xanana Gusmão and Mahidiin Simbolon

The Dark Side of the President of Timor-Leste
Jakarta, 6 September 2004, 14:55

The office of the magazine Gatra, was surprised by the presence this morning of a man with the initials JM in the office of the paper’s editor. This man with short cropped hair, revealed his identity as an ex-soldier of Division I of the Brawijaya Battalion, manifesting that he could no longer suppress his frustration and stress, which he had suffered for the past years resulting from his participation in military operations by ABRI/POLRI (TNI/POLRI Editor) in Timor-Leste from 1994 until the end of 1996.

His story aroused sensations of incredulity amongst the journalists present. But minutes later the ex-soldier started to explain to the Gatra correspondent about his participation in killing operations launched in 1994 until 1996, with its main targets, some Timorese pro-independence leaders.

The journalists were not astounded with this information provided by him because it was a public secret that in the years 1990’s, ABRI/POLRI (TNI/POLRI) mounted operations against the Timorese guerillas’ bases or the name by which they were better known to ABRI, the GPK (Public Order Disturbers Movement) – FRETILIN.
Meanwhile the story reached a decisive moment with the journalists being astounded when the ex-soldier (demanding that his identity be maintained secret for reasons of security for his family) showed documents relating to the operations by the Indonesian Armed Forces against Timor-Leste’s Clandestine Front and Armed Front.

The principal targets of these operations were the leaders of the clandestine organization, which was commanded by the late Keri Laran Sabalae. It was not only interesting but also shocking because of the dilemmatic nature of these operations under the command of colonel Mahidiin Simbolon (Simbolon’s military rank at the time) in that Simbolon cooperated with Timor-Leste’s “leader of the resistance”, Xanana Gusmão, who was at the time imprisoned in Cipinang Prison, Jakarta.

The former Chief Sergeant JM revealed that he was also present at a meeting between Colonel M. Simbolon and Xanana Gusmão, which took place in a room inside Cipinang Prison, Jakarta. The main point of the meeting was the desire and willingness of Xanana Gusmão to neutralize radical groups of the struggle movement, who according to Xanana, were hindering efforts of a “peaceful struggle” and reconciliation that he himself was launching with various Timorese political groups with the objective of reuniting the Timorese people.




Consequently, Xanana manifested his willingness to cooperate with Colonel M. Simbolon to wipe out the radical factions inside the GPK-FRETILIN, constituted by various FRETILIN commanders and their followers, amongst them, Rodak Timor, Keri Laran Sabalae, David Alex, Konis Santana and Eli Fohorai Boot.

Their names were visibly written on the documents of the military operations between 1994-1996 quoted by JM, the former Chief Sergeant. The fundamental basis for the “cooperation” between Xanana and M. Simbolon was the principle of mutual benefit; Simbolon would come out well in his military career and Xanana would be capable, with more flexibility, of controlling the movement with he personally directed from inside Cipinang Prison. It was very clear that the new nation’s president was ingeniously maintaining his group’s interest in killing those of his own commanders who he regarded as disloyal or even if they were loyal, those who Xanana regarded as having opted more for the “armed struggle” in the pursuit of the national cause.

After having scrutinized the documents and various photographs obtained by JM, it was difficult to doubt the veracity of his story. This is the side of the story that has been hidden and the dark side of the “charismatic” Xanana, who is highly eulogized by his own people, collaborating with the “enemy” to eliminate his own comrades.

JM, the former Chief Sergeant confessed that, after having made this denouncement, he felt the weight that he had carried during this whole time lift off his body. He said that he lamented the motive form which the president of Timor-Leste ingeniously sacrificed a part of his own people for the sake of his political strategy.

In relation to Major-General Mahidiin Simbolon, Chief Sergeant JM pleaded that the Headquarters of the Indonesian Armed Forces immediately investigate the case. Because the nature of these military operations were secret to the unit directed by Colonel M. Simbolon, the Indonesian Armed Forces Headquarters only received copies of the results of the operations after the deaths of the GPJ-FRETILIN commanders. Because of this, retired Major-General Mahidiin Simbolon should be immediately investigated given that the military rank he was attributed was the result of a conspiracy with an enemy of the Republic of Indonesia. JM, former Chief Sergeant (IY, GAT)

By Imung Yuniardi (Semarang)
Law and Politics, GATRA No. 42, 6th Edition, 7 September 2004.

Anónimo disse...

a fretilin esta a um passo de ser tomada como partido proibido em timor. todas as accoes estao a ir no sentido de tornar ilegal o partido mais historico de timor.
se os dirigentes e o povo nao souberem ler o caminho cairao em mais uma armadilha do atual presidente e a fretilin vai passar a partido ilegal e proibido no pais.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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