segunda-feira, setembro 10, 2007

Mari Alkatiri: “Negando a História, perdemos a identidade”

Jornal Nacional Semanário – 08 de Setembro de 2007

O Secretário-Geral do partido FRETILIN e ex-Primeiro-Ministro, Mari Alkatiri, afirma que quem nega a sua própria História perde a sua identidade. Portanto, pela sua parte, não dará importância ao discurso do Presidente da República, proferido na cerimónia solene da comemoração do dia 30 de Agosto, onde atacou a FRETILIN com várias acusações. «Por ter atacado a FRETILIN com várias acusações, Ramos Horta está a negar a sua História e assim perdeu a sua identidade, a sua identidade como nacionalista», referiu Mari Alkatiri ao Jornal Nacional Semanário , na semana passada, na sua residência (Farol, Díli), após a visita do Ministro dos Negócios Estrangeiros australiano, Alexander Downer.

Afirma ainda que, no seu discurso, Ramos Horta negou que a Nação seja dele mas que ele deve saber qual é a sua origem.

«Ao negarmos a nossa origem ou donde viemos significa que não vamos durar», salienta Mari Alkatiri.

Segundo ele, Ramos Horta deve pensar muito bem que também foi membro do Primeiro Governo Constitucional e Primeiro-Ministro no Segundo Governo Constitucional.

«Neste momento, já não é necessário, estamos habituados com aqueles que perderam as suas identidades, porque neste momento tentam negar a História por terem perdido a sua identidade. Isto demonstra claramente que o Presidente da República perdeu a sua identidade como nacionalista», afirma Mari Alkatiri.

As declarações de Ramos Horta, no seu discurso, acusaram a FRETILIN de ter cometido um erro quando obrigou as Nações Unidas (UNTAET) a terminarem de imediato a sua missão em Timor-Leste, que não estava preparado para o processo de transferência total do poder para a independência.

E assim também após 1975, quando os líderes políticos saíram para países como Portugal, Moçambique, Austrália e EUA, cujas experiências são diferentes da dinâmica real em Timor-Leste. Entre 1999 e 2000, regressaram a Timor-Leste, acumularam poder, foram considerados pela nova geração como líderes arrogantes, que não conhecem a realidade em Timor-Leste.
A liderança na diáspora não compreendeu a transformação no País, por terem vivido em países com condições diferentes.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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