sábado, outubro 20, 2007

Horta quis dizer que a solução é a reciclagem

Blog Timor Lorosae Nação - Quinta-feira, 18 de Outubro de 2007

Nobel de Al Gore foi imerecido

António Veríssimo

O actual presidente timorense, Horta, suposto sucessor do anterior presidente, Xanana, que actualmente exerce o cargo de primeiro-ministro, Xanana, que anteriormente pertencia ao actual presidente, Horta, mostrou sérias reservas à atribuição do Nobel da Paz às questões do ambiente na pessoa de Al Gore.

O reciclado presidente - que trocou de cargo com Xanana, como alguns certamente já perceberam – não se mostrou favorável à entrega do prémio e distinção ao ex-vice-presidente estadunidense Al Gore, por considerar que ele é muito recente na luta por melhor ambiente, não o tendo feito quando exercia as suas importantes funções ao lado de Bill Clinton - também conhecido pelo “Havaninsky".

Há imenso tempo que não se vislumbrava pingo de decência declarativa em Ramos Horta.

Aquilo que quis dizer tem razão que baste. Al Gore é um novato trapaceiro nestas coisas do ambiente e outros indivíduos muito mais antigos se têm destacado na defesa do ambiente: Horta, por exemplo.

Ramos Horta possui uma casa construída com material reciclado. Ramos Horta recicla-se enquanto o diabo esfrega um cornicho ou coça o rabo bifurcado. Ramos Horta era ministro e reciclou-se para primeiro-ministro, para não poluir…

Meses volvidos, voltou a reciclar-se com a bênção de uma igreja aflitinha de dólares verdes e defensores do ambiente. Horta reciclou-se então de primeiro-ministro para presidente e teve a ousadia de ganhar mais um adepto para a defesa do ambiente, tendo convencido Xanana Gusmão de que a reciclagem pode ser a salvação.

Xanana, então presidente, novo militante da defesa do ambiente, reciclou-se primeiro-ministro.

A inovação destes novos conceitos, superiormente desenvolvidos por Ramos Horta, demonstrou a importância que os doutoramentos a ele confiados tiveram em elevados valores contributivos para a melhoria das esterqueiras políticas que poluem o planeta.

Aos políticos deve-se exigir reciclagens que nos poupem a formação de mais uns milhares dessa praga. Sem dúvida que a solução é a reciclagem.

Qualquer mau político deve ser bom para o ambiente e reciclar-se para que não venha outro. Deve ainda fazer-se acompanhar de outro mau político devidamente reciclado, fazendo com que assim se limite a poluição e só se estrague um país em vez de mais.

Se soubermos contemplar com isenção este esforço intelectual e inovador de José Ramos Horta facilmente compreenderemos que não devia ter sido Al Gore o galardoado Nobel.

A falta de sensibilidade do colégio que atribuiu os galardões foi indecente e não justifica que tenham ignorado os dois timorenses que se destacaram na defesa real dos valores que trarão melhor qualidade de vida à humanidade. A reciclagem dos políticos, quando atingir níveis superiores e constantes, contribuirá para que respiremos melhor e a poluição politica não nos afecte como ora acontece.

Com esta inovação, melhores dias virão.

Ramos Horta provou que é na reciclagem que está a solução.

* Também publicado em "Vox Populi"

2 comentários:

Anónimo disse...

Sobre este texto apenas posso dizer que está fabulosamente direccionado para a caracterização de Ramos-Horta. As palavras aqui escritas, no texto, são fantásticas e dizem claramente quem é Ramos-Horta. Pena é que o Povo de Timor-Leste não acorde para esse manipulador das mentes e traidor do seu país.

Ramos-Horta é um catavento da desgraça e um jogador em pleno.

Se Al Gore não merece o prémio, então ele, Ramos Horta, também não o merece. Para mim, Oslo, a Academia deveria ter o poder de retirar aquilo que um dia deu. Ramos-Horta não mereceu e não merece ser portador de um t´tulo como o de Nobel da Paz.

Para mim, Nobel da Paz, 1996, é mesmo e só D.Carlos Filipe Ximenes Belo.

Anónimo disse...

O que nos vale neste momento difícil é o sorriso que a ironia apuradíssima de António Veríssimo nos arrancou.

Os meus parabéns.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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