segunda-feira, novembro 12, 2007

Em aniversário de massacre, líder de Timor cobra Indonésia

12-11-2007 08:11:10

Dili, 12 nov (Lusa) - A Indonésia "sabe onde estão os corpos" das vítimas do Massacre de Santa Cruz, que aconteceu em 1991, afirmou nesta segunda-feira o presidente do Parlamento de Timor Leste, Fernando "La Sama" de Araújo.

"O governo de Timor Leste tem informações" sobre o que foi feito aos corpos das vítimas, "mas estamos à espera da abertura do governo da Indonésia e, especialmente, dos militares indonésios, para nos dizer onde estão os corpos, porque eles sabem" declarou o presidente do Parlamento Nacional no final da cerimônia que assinalou mais um aniversário do massacre de 12 de novembro de 1991.

Fernando "La Sama" de Araújo considerou "política" a inexistência de qualquer investigação forense até o momento sobre o Massacre de Santa Cruz.

"É um problema político. [A ocupação indonésia] foi um crime, mas relacionado com a política. E temos que ver as duas partes", explicou Fernando "La Sama" de Araújo.

A única comissão de inquérito criada em 16 anos foi a que as autoridades indonésias enviaram a Dili logo após o massacre.

Em relação à exigência de um tribunal internacional para Timor Leste, formulada por muitos jovens nas comemorações do aniversário desta segunda-feira, o presidente do Parlamento Nacional considerou que "o processo de justiça não está a ser travado".

"O processo político não vai travar o processo da justiça", garantiu, falando sobre a Comissão da Verdade e Amizade criada pela Indonésia e por Timor Leste para investigar os crimes cometidos em 1999.

No seu discurso diante do Cemitério de Santa Cruz, Fernando "La Sama" de Araújo pediu que o 12 de novembro, feriado nacional em Timor Leste, fosse "um dia de reflexão sobre o idealismo, o nacionalismo e o patriotismo daquela geração".

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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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