sábado, novembro 03, 2007

Historically eclipsed by blue helmets, UN police force prepares for major expansion

Associated Press - October 31, 2007

United Nations: With the world facing new security threats, the United Nations is planning for an unprecedented expansion of its police missions. U.N. officials say a shift in the nature of conflicts requires revamped peacekeeping operations.

Traditionally, the U.N. has facilitated peace between warring states by sending its blue-helmeted soldiers to man buffer zones between their armies. But today, interventions are increasingly focused on settling civil wars.

"In recent years the character of conflicts has changed dramatically from mainly state-to-state wars (to) intra-state conflicts which pit various factions within the boundaries of a single state," U.N. Police Chief Andrew Hughes said.

As a result, there is a greater need than ever for conventional police duties in post-conflict situations.

Nowhere is this highlighted more clearly than in Darfur.

The U.N. is recruiting nearly 7,000 police officers to assist some 20,000 U.N. peacekeeper-soldiers in trying to end the four-year conflict in the desert region of western Sudan.

Police involvement in peacekeeping dates from the inaugural mission in Palestine and Israel in 1948.

At the time, the first Secretary-General Trygve Lie urgently dispatched several dozen U.N. security guards from New York to Jerusalem when Jewish extremists assassinated the U.N. peace envoy Folke Bernadotte.

In later interventions, however, the U.N. has come to rely mostly on soldiers to monitor cease-fires or interpose themselves between warring sides, as happened in the Sinai after the 1956 Egypt-Israel war, or later in disputed Kashmir, Cyprus and Lebanon.


The Balkan wars of the 1990s put renewed focus on peacekeeping by police units.

"In such conflicts, once peace is restored the U.N. then has a key role in re-establishing rule of law, which includes police, courts, prisons and the whole justice sector, and to ensure that they rebuild or build up from scratch their police services," Hughes said.

But Hughes emphasized that police and military missions have critical differences.

Soldiers have different rules of engagement that provide for the use of lethal force and are therefore not suited for such duties such as apprehending criminals, escorting children to schools or calming rioting mobs.

"For us the use of force is absolutely the last option," Hughes said. "Our police are trained much more extensively to defuse the situation, and negotiations are by far and away the biggest tool we have."

A new Police Division was set up in October 2000 as part of the U.N. Department of Peacekeeping Operations with a staff of several dozen experienced police officers from contributing countries.

Currently, there are about 70,000 U.N. peacekeeping troops deployed worldwide, with an additional 9,500 police officers, mostly in African regions such as Liberia, Ivory Coast, Congo, Burundi and Western Sahara, as well as in Haiti, Kosovo and East Timor.

With U.N. missions in Chad and Darfur coming on line in 2008, the ranks of U.N. police are to swell to nearly 17,000 officers from more than 100 countries.

"Our duties included everything a policeman can possibly do, from breaking up domestic disturbances to chasing and arresting armed criminals," said Irhad Campara, a Bosnian policeman who served in the U.N. mission in East Timor.

"In addition, we recruited, vetted and trained from scratch East Timor's new national police force."

Whereas military units are dispatched by governments, police officers are recruited on individual contracts from contributing nations. They continue to collect their home pay but receive an extra daily allowance of US$150 (€104) and accommodation from the U.N.

Not all operations have gone smoothly, however, and the U.N. police force has suffered several high-profile reverses over the past several years.

In 2004, U.N. police officers failed to stem the violence in Kosovo when thousands of ethnic Albanians rioted in a backlash against the Serb minority, killing 19 people, displacing thousands, and destroying hundreds of Serb homes, churches and monasteries.

And in East Timor, the U.N.-trained police force collapsed last year following an army mutiny, necessitating another mission to rebuild it anew.

To hopefully prevent such calamities, the U.N. is preparing two initiatives to facilitate rapid police deployment to crisis areas and to enable them to function more effectively from the outset.

The first is the introduction of Formed Police Units — 160-strong contingents of officers from a single country — skilled in dealing with a wide spectrum of problems, from riot control to arresting armed criminals.

The initial unit, an all-female company of Indian officers, has recently arrived in Liberia to join the U.N. force there.

The second initiative is to create a standing police detachment of about two dozen officers who can be deployed together with U.N. military units to a trouble spot, thus allowing the police to be present from the start of a U.N. mission.

Previously, the slow and complicated process of recruiting volunteers from participating countries meant police recruits lagged an average of nine months behind the soldiers.
But critics say these measures are insufficient.

William Durch from the Henry L. Stimson Center, a think tank in Washington, proposed creating a ready reserve of about 11,000 police volunteers worldwide who would be paid retainer fees while on standby and who could be quickly mobilized for future U.N. missions.

"The system by which the U.N. recruits its people must be completely revamped to be able to provide security personnel in the critical initial phases of a mission," said Durch, an expert on peacekeeping operations.

TRADUÇÃO:

Historicamente eclipsados pelos capacetes azuis, a força da polícia da ONU prepara-se para grande expansão
Associated Press - Outubro 31, 2007

Nações Unidas: Com o mundo a enfrentar novas ameaças á segurança, as Nações Unidas está a planear uma expansão sem precedentes das suas missões de polícia. Funcionários da ONU dizem que uma mudança na natureza dos conflitos requer operações de manutenção da paz reforçadas.

Tradicionalmente, a ONU tem facilitado a paz entre Estados em guerra enviando os seus soldados de capacetes azuis para operarem em zonas tampão entre os seus exércitos. Mas hoje, as intervenções estão crescentemente focadas na resolução de guerras civis.

"Nos anos recentes o carácter dos conflitos tem mudado dramaticamente de principalmente guerras Estado-a-Estado para conflitos (em) dentro de Estados que opõem várias facções no interior das fronteiras dum único Estado," disse o Chefe da Polícia da ONUAndrew Hughes.

Em resultado disso, há uma maior necessidade do que nunca para serviços convencionais da polícia em situações pós-conflito.

Em mais sítio algum é isto mais sublinhado que no Darfur.

A ONU recrutou perto de 7,000 oficiais da polícia para assistir cerca de 20,000 soldados de manutenção da paz da ONU a tentar acabar um conflito de quatro anos na região desértica do oeste do Sudão.

O envolvimento da polícia na manutenção da paz data da sua missão inaugural na Palestina e em Israel em 1948.

Na altura, o primeiro Secretário-Geral Trygve Lie despachou com urgência várias dúzias de guardas de segurança da ONU de Nova Iorque para Jerusalém quando extremistas judeus assassinaram o enviado de paz da ONU Folke Bernadotte.

Em posteriores intervenções, contudo, a ONU tem vindo a apoiar-se principalmente em soldados para monitorizarem cessar-fogos ou para se interporem eles próprios entre os lados em guerra, como aconteceu no Sinai depois da guerra de 1956 Egipto-Israel, ou mais tarde nas disputadas Cachemira, Chipre e Líbano.


As guerras dos Balcãs nos anos de 990 puseram um foco renovado na manutenção da paz por unidades da polícia.

"Em tais conflitos, uma vez que a paz é restaurada a ONU tem então um papel chave no restabelecimento da aplicação da lei, que inclui polícia, tribunais, prisões a todo o sector da justiça, e para assegurar que reconstruem ou construem a partir do nada os seus serviços da polícia," disse Hughes.

Mas Hughes enfatiza que as missões da polícia e dos militares têm grandes diferenças.

Os soldados têm regras de engajamento diferentes que lhes permitem o uso da força letal e não estão por isso equipados para tais serviços como apreensão de criminosos, escoltar crianças para escolas ou acalmar multidões em tumulto.

"Para nós o uso da força é absolutamente a última escolha," disse Hughes. "a nossa polícia é treinada muito mais extensamente para neutralizar a situação, e as negociações são de longe o melhor e maior instrumento que temos."

Uma nova Divisão da Polícia foi montada em Outubro de 2000 como parte do Departamento das Operações de Manutenção da Paz da ONU com um equipa de várias dúzias de oficiais da polícia experientes de países contribuidores.

Correntemente, há cerca de 70,000 tropas da ONU destacadas em todo o mundo, com uns adicionais 9,500 oficiais da polícia, a maioria em regiões Africanas como a Libéria, Costa do Marfimt, Congo, Burundi e Sahara Ocidental, bem como no Haiti, Kosovo e Timor-Leste.

Com missões da ONU no Chade e Darfur em linha para 2008, as fileiras dos polícias da ONU vão aumentar para perto de 17,000 oficiais de mais de 100 países.

"Os nossos serviços incluem tudo o que om polícia pode fazer, desde acalmar discussões domésticas a perseguir e prender criminosos armados," disse Irhad Campara, um polícia da Bósnia que serviu na missão da ONU em Timor-Leste.

"Em adição, recrutámos, examinámos e formámos desde o princípio a nova força nacional da polícia de Timor-Leste."

Enquanto as unidades militares são despachadas pelos governos, os oficiais da polícia são recrutados com contratos individuais das nações contribuidoras. Continuam a receber o seu salário nacional mas recebem diariamente uma prestação extra de US$150 (€104) e acomodações da ONU.

Nem todas as operações têm corrido bem, contudo, a a força da polícia da ONU tem sofrido vários falhanços de alto perfil nos últimos anos.

Em 2004, oficiais da polícia da ONU falharam em acalmar a violência no Kosovo quando milhares de etnia Albanesa se amotinaram num retrocesso contra a minoria Sérvia, matando 19 pessoas, deslocando milhares e destruindo centenas de casas Sérvias, igrejas e mosteiros.

E em Timor, a força da polícia treinada pela ONU desmoronou-se no ano passado depois dum motim de militares, necessitando duma nova missão para a reconstruir de novo.

Para esperançosamente prevenir tais calamidades, a ONU está a preparar duas iniciativas para facilitar o destacamento rápido da polícia para áreas de crise e para as capacitar em agirem com mais eficácia desde o início.

A primeira é a introdução de Unidades de Polícia Formada — contingentes de 160 membros de oficiais dum único país — especializados em lidar com um espectro largo de problemas, desde controlo de motins à prisão de criminosos armados.

A unidade inicial, uma companhia inteira de mulheres polícias Indianas, chegou recentemente à Libéria para se juntar lá à força da ONU.

A segunda iniciativa é criar um destacamento de polícia de cerca de duas dúzias de oficiais que podem ser destacados juntamente com unidades de militares da ONU para locais problemáticos, possibilitando assim à polícia estar presente desde o início duma missão da ONU.

Anteriormente, o vagaroso e complicado processo de recrutar voluntários dos países participantes significava que o recrutamento da polícia se arrastava nove meses em média por detrás dos soldados.
Mas os críticos dizem que essas medidas são insuficientes.

William Durch do Centro Henry L. Stimson, um think tank em Washington, propôr criar uma reserva de prontidão de cerca de 11,000 voluntários da polícia a quem seriam pagos salários de retenção enquanto estivessem á espera e que podiam ser rapidamente mobilizados para futuras missões da ONU.

"O sistema pelo qual a ONU recruta a sua gente deve ser completamente alterado para ser capaz de fornecer pessoal de segurança na fase crítica inicial duma missão," disse Durch, um perito em operações de manutenção da paz.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Historicamente eclipsados pelos capacetes azuis, a força da polícia da ONU prepara-se para grande expansão
Associated Press - Outubro 31, 2007

Nações Unidas: Com o mundo a enfrentar novas ameaças á segurança, as Nações Unidas está a planear uma expansão sem precedentes das suas missões de polícia. Funcionários da ONU dizem que uma mudança na natureza dos conflitos requer operações de manutenção da paz reforçadas.

Tradicionalmente, a ONU tem facilitado a paz entre Estados em guerra enviando os seus soldados de capacetes azuis para operarem em zonas tampão entre os seus exércitos. Mas hoje, as intervenções estão crescentemente focadas na resolução de guerras civis.

"Nos anos recentes o carácter dos conflitos tem mudado dramaticamente de principalmente guerras Estado-a-Estado para conflitos (em) dentro de Estados que opõem várias facções no interior das fronteiras dum único Estado," disse o Chefe da Polícia da ONUAndrew Hughes.

Em resultado disso, há uma maior necessidade do que nunca para serviços convencionais da polícia em situações pós-conflito.

Em mais sítio algum é isto mais sublinhado que no Darfur.

A ONU recrutou perto de 7,000 oficiais da polícia para assistir cerca de 20,000 soldados de manutenção da paz da ONU a tentar acabar um conflito de quatro anos na região desértica do oeste do Sudão.

O envolvimento da polícia na manutenção da paz data da sua missão inaugural na Palestina e em Israel em 1948.

Na altura, o primeiro Secretário-Geral Trygve Lie despachou com urgência várias dúzias de guardas de segurança da ONU de Nova Iorque para Jerusalém quando extremistas judeus assassinaram o enviado de paz da ONU Folke Bernadotte.

Em posteriores intervenções, contudo, a ONU tem vindo a apoiar-se principalmente em soldados para monitorizarem cessar-fogos ou para se interporem eles próprios entre os lados em guerra, como aconteceu no Sinai depois da guerra de 1956 Egipto-Israel, ou mais tarde nas disputadas Cachemira, Chipre e Líbano.


As guerras dos Balcãs nos anos de 990 puseram um foco renovado na manutenção da paz por unidades da polícia.

"Em tais conflitos, uma vez que a paz é restaurada a ONU tem então um papel chave no restabelecimento da aplicação da lei, que inclui polícia, tribunais, prisões a todo o sector da justiça, e para assegurar que reconstruem ou construem a partir do nada os seus serviços da polícia," disse Hughes.

Mas Hughes enfatiza que as missões da polícia e dos militares têm grandes diferenças.

Os soldados têm regras de engajamento diferentes que lhes permitem o uso da força letal e não estão por isso equipados para tais serviços como apreensão de criminosos, escoltar crianças para escolas ou acalmar multidões em tumulto.

"Para nós o uso da força é absolutamente a última escolha," disse Hughes. "a nossa polícia é treinada muito mais extensamente para neutralizar a situação, e as negociações são de longe o melhor e maior instrumento que temos."

Uma nova Divisão da Polícia foi montada em Outubro de 2000 como parte do Departamento das Operações de Manutenção da Paz da ONU com um equipa de várias dúzias de oficiais da polícia experientes de países contribuidores.

Correntemente, há cerca de 70,000 tropas da ONU destacadas em todo o mundo, com uns adicionais 9,500 oficiais da polícia, a maioria em regiões Africanas como a Libéria, Costa do Marfimt, Congo, Burundi e Sahara Ocidental, bem como no Haiti, Kosovo e Timor-Leste.

Com missões da ONU no Chade e Darfur em linha para 2008, as fileiras dos polícias da ONU vão aumentar para perto de 17,000 oficiais de mais de 100 países.

"Os nossos serviços incluem tudo o que om polícia pode fazer, desde acalmar discussões domésticas a perseguir e prender criminosos armados," disse Irhad Campara, um polícia da Bósnia que serviu na missão da ONU em Timor-Leste.

"Em adição, recrutámos, examinámos e formámos desde o princípio a nova força nacional da polícia de Timor-Leste."

Enquanto as unidades militares são despachadas pelos governos, os oficiais da polícia são recrutados com contratos individuais das nações contribuidoras. Continuam a receber o seu salário nacional mas recebem diariamente uma prestação extra de US$150 (€104) e acomodações da ONU.

Nem todas as operações têm corrido bem, contudo, a a força da polícia da ONU tem sofrido vários falhanços de alto perfil nos últimos anos.

Em 2004, oficiais da polícia da ONU falharam em acalmar a violência no Kosovo quando milhares de etnia Albanesa se amotinaram num retrocesso contra a minoria Sérvia, matando 19 pessoas, deslocando milhares e destruindo centenas de casas Sérvias, igrejas e mosteiros.

E em Timor, a força da polícia treinada pela ONU desmoronou-se no ano passado depois dum motim de militares, necessitando duma nova missão para a reconstruir de novo.

Para esperançosamente prevenir tais calamidades, a ONU está a preparar duas iniciativas para facilitar o destacamento rápido da polícia para áreas de crise e para as capacitar em agirem com mais eficácia desde o início.

A primeira é a introdução de Unidades de Polícia Formada — contingentes de 160 membros de oficiais dum único país — especializados em lidar com um espectro largo de problemas, desde controlo de motins à prisão de criminosos armados.

A unidade inicial, uma companhia inteira de mulheres polícias Indianas, chegou recentemente à Libéria para se juntar lá à força da ONU.

A segunda iniciativa é criar um destacamento de polícia de cerca de duas dúzias de oficiais que podem ser destacados juntamente com unidades de militares da ONU para locais problemáticos, possibilitando assim à polícia estar presente desde o início duma missão da ONU.

Anteriormente, o vagaroso e complicado processo de recrutar voluntários dos países participantes significava que o recrutamento da polícia se arrastava nove meses em média por detrás dos soldados.
Mas os críticos dizem que essas medidas são insuficientes.

William Durch do Centro Henry L. Stimson, um think tank em Washington, propôr criar uma reserva de prontidão de cerca de 11,000 voluntários da polícia a quem seriam pagos salários de retenção enquanto estivessem á espera e que podiam ser rapidamente mobilizados para futuras missões da ONU.

"O sistema pelo qual a ONU recruta a sua gente deve ser completamente alterado para ser capaz de fornecer pessoal de segurança na fase crítica inicial duma missão," disse Durch, um perito em operações de manutenção da paz.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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