terça-feira, novembro 13, 2007

ONU pede mais combate à impunidade no Timor-Leste

Rádio ONU - 8 de Novembro de 2007

Por Mônica Valéria Grayley

Um relatório da Missão Integrada da Nações Unidas no Timor-Leste, Unmit, revela que a situação dos direitos humanos no país melhorou, mas ainda é delicada.

Segundo o documento, que analisou o período de agosto de 2006 a agosto de 2007, o país precisa fazer mais para ajudar os deslocados internos e evitar a impunidade.

Cerca de 155 mil pessoas, ou 15% da população, estão deslocadas na ex-colônia portuguesa.

Medidas

A situação piorou no ano passado, após a onda de violência que deixou dezenas de mortos.

O embaixador do Timor-Leste nas Nações Unidas, Nelson Santos, disse à Rádio ONU, que o governo tem tomado medidas para resolver a questão.

"Resolver a questão dos deslocados é uma das prioridades do governo atual. O governo tem uma força-tarefa que está trabalhando neste sentido juntamente com as organizações internacionais, e a Unmit, para ver como resolver, de uma vez por todas, estas questões dos deslocados. E neste sentido esta é uma questão que devemos resolver em longo prazo", contou.

Uma outra recomendação do relatório da ONU refere-se a casos de impunidade principalmente nas forças de segurança.

De acordo com o documento, há "incidentes sérios de influência política que estaria comprometendo à imparcialidade da polícia" no país.

Liberdade

Segundo o embaixador Nelson Santos, o governo timorense aprendeu com as lições do passado, e já começou a renovar a polícia.

"A polícia de fato foi bastante politizada desde a sua criação. Por isso nós os timorenses devemos aprender para que os mesmos erros não se repitam no futuro. Estamos trabalhando seriamente para isto. Nós temos uma força-tarefa liderada pelo sr. presidente, que está trabalhando em sintonia com a Unmit e a comunidade internacional para ver se evitamos que a nossa polícia se torne, novamente, uma polícia politizada e creio que vamos conseguir evitar isto", disse.

O relatório da ONU afirma que os cidadãos do Timor-Leste gozam de liberdade de expressão, de crítica ao governo, de se reunir e de praticar livremente sua escolha religiosa.

Mas para atingir o objetivo dos líderes timorenses de construir uma sociedade pacífica e próspera, é preciso que o país combata a pobreza, reforme as forças de segurança e o sistema judiciário.

Uma ex-colônia portuguesa, no sudeste da Ásia, o Timor-Leste foi anexado pela Indonésia na década de 1970 e se tornou independente após um referendo da ONU em 2002.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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