sábado, dezembro 08, 2007

Nobel official says peace prize is no magic wand

Sat Dec 8, 2007 6:08pm EST

By John Acher

OSLO, Dec 9 (Reuters) - The Nobel Peace Prize has occasionally affected world events, but it is more of a microphone to broadcast the views of the winner than a magic wand to change things, a senior Nobel official said.

Geir Lundestad, head of the Nobel Institute in Oslo and secretary to the Norwegian committee that selects the laureates, said the peace prize could open many doors, but it only rarely enabled the winners to change the world.

"The prize is primarily a high honour," Lundestad told reporters during a recent visit to the Institute. "It also acts as a loudspeaker and a microphone for the lesser-known laureates."

"It can obviously not produce peace. It is no magic wand -- that goes without saying," he said.

Former U.S. Vice President Al Gore will receive the Nobel Peace Prize in the Norwegian capital on Monday with the U.N. Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC).

Announced in October, the 10 million Swedish crown ($1.55 million) award went to them for spreading public awareness and furthering the science of climate change.

Gore and IPCC chairman Rajendra Pachauri will receive the prize while governments are convened at a U.N. climate conference in Bali, Indonesia, to try to launch negotiations for a treaty to succeed the Kyoto protocol curbing greenhouse gas emissions.

Gore said upon arriving in Oslo on Friday, that if the prize helped further those talks, it would be a good thing. The peace prize has sometimes offered protection to the winners against their countries' rulers, as noted by the 1983 laureate Lech Walesa of Poland and the Soviet dissident physicist Andrei Sakharov who got the prize in 1975.

"It also opens virtually all doors," Lundestad said, citing the example of South African Bishop Desmond Tutu who was invited to Ronald Reagan's White House to delivery his message about the evils of apartheid only after he won the prize in 1984.

"And very occasionally, but only very occasionally, it can influence politics on the ground," Lundestad said.

Perhaps the best example, he said, was the 1996 prize to Bishop Carlos Belo and Jose Ramos Horta. The prize-winners themselves said the award was influential in helping East Timor break away from Indonesia in 1999 and gain independence in 2002.

Before winning the prize, Ramos Horta travelled the world seeking support, but no one wanted to see him or finance his movement, so he slept in railway stations, Lundestad said.

Lundestad said East Timor gained independence mainly because of economic, social and political collapse in Indonesia at the end of the 1990s.

"But the prize certainly contributed. The world certainly cared about what was happening on that tiny half of that tiny island," he said. (Editing by Caroline Drees)

Tradução:

Entidade do Nobel diz que o prémio da paz não é varinha mágica

Sat Dez 8, 2007 6:08pm EST

Por John Acher

OSLO, Dez 9 (Reuters) – O prémio Nobel da Paz tem afectado ocasionalmente os eventos mundiais, mas é mais um microfone para emitir as opiniões do vencedor do que uma varinha mágica para mudar as coisas, disse uma entidade de topo do Nobel.

Geir Lundestad, responsável do Instituto Nobel em Oslo e secretário do comité Norueguês que escolhe os laureados, disse que o o prémio da paz pode abrir muitas portas, mas que apenas raramente capacita os vencedores a mudar o mundo.

"O prémio é principalmente uma grande honra," disse Lundestad aos repórteres durante uma visita recente ao Instituto. "Actua ainda como um altifalante e um microfone para os laureados menos conhecidos.""Obviamente, pode não produzir a paz. Não é nenhuma varinha mágica – nem vale a pena falar disso," disse.

O antigo Vice Presidente dos USA Al Gore receberá o Prémio Nobel da Paz na capital Norueguesa na Segunda-feira juntamente com o Painel da ONU Inter-governamental para a Mudança Climática (IPCC).

Anunciado em Outubro, o prémio de 10 milhões de coroas Suecas ($1.55 milhões) foi para eles para gastarem em em alertas ao mundo e para avançarem com a ciência da mudança do clima.

Gore e o presidente do IPCC Rajendra Pachauri receberão o prémio ao mesmo tempo que os governos estão reunidos numa conferência da ONU sobre o clima em Bali, Indonésia, para tentarem lançar negociações para um tratado que suceda ao protocolo de Quioto para diminuir as emissões de gás carbónico.

Gore disse ao chegar a Oslo na Sexta-feira, que se o prémio ajudar mais essas conversações, será uma boa coisa. O prémio da paz às vezes tem oferecido protecção aos vencedores contra os governantes dos seus países, como fez notar o laureado de 1983 Lech Walesa da Polónia e o físico Soviético dissidente Andrei Sakharov que obteve o prémio em 1975.

"Também abre virtualmente todas as portas," disse Lundestad, citando o exemplo do Bispo Sul Africano Desmond Tutu que foi convidado pela Casa Branca de Ronald Reagan para emitir a sua mensagem sobre os males do apartheid apenas depois de ter ganho o prémio em 1984.

"E muito ocasionalmente, mas apenas muito ocasionalmente, pode afectar políticas no terreno," disse Lundestad.

Talvez o melhor exemplo, disse, foi o prémio de 1996 ao Bispo Carlos Belo e a José Ramos Horta. Os próprios vencedores do prémio disseram que o prémio teve influência para ajudar Timor-Leste a separar-se da Indonésia em 1999 e ganhar a a independência em 2002.

Antes de ganhar o prémio, Ramos Horta viajou pelo mundo a procurar apoio mas ninguém o queria ver ou financiar o seu movimento, por isso dormia em estações de caminho de ferro, disse Lundestad.

Lundestad disse que Timor-Leste ganhou a independência principalmente por causa do desmoronamento económico, social e político na Indonésia no final dos anos 1990s.

"Mas o prémio contribuiu certamente. Certamente que o mundo se preocupou com o que estava a acontecer naquela pequena metade daquela pequena ilha," disse. (Edição por Caroline Drees)

3 comentários:

Anónimo disse...

Tradução:
Entidade do Nobel diz que o prémio da paz não é varinha mágica
Sat Dez 8, 2007 6:08pm EST

Por John Acher

OSLO, Dez 9 (Reuters) – O prémio Nobel da Paz tem afectado ocasionalmente os eventos mundiais, mas é mais um microfone para emitir as opiniões do vencedor do que uma varinha mágica para mudar as coisas, disse uma entidade de topo do Nobel.

Geir Lundestad, responsável do Instituto Nobel em Oslo e secretário do comité Norueguês que escolhe os laureados, disse que o o prémio da paz pode abrir muitas portas, mas que apenas raramente capacita os vencedores a mudar o mundo.

"O prémio é principalmente uma grande honra," disse Lundestad aos repórteres durante uma visita recente ao Instituto. "Actua ainda como um altifalante e um microfone para os laureados menos conhecidos."

"Obviamente, pode não produzir a paz. Não é nenhuma varinha mágica – nem vale a pena falar disso," disse.

O antigo Vice Presidente dos USA Al Gore receberá o Prémio Nobel da Paz na capital Norueguesa na Segunda-feira juntamente com o Painel da ONU Inter-governamental para a Mudança Climática (IPCC).

Anunciado em Outubro, o prémio de 10 milhões de coroas Suecas ($1.55 milhões) foi para eles para gastarem em em alertas ao mundo e para avançarem com a ciência da mudança do clima.

Gore e o presidente do IPCC Rajendra Pachauri receberão o prémio ao mesmo tempo que os governos estão reunidos numa conferência da ONU sobre o clima em Bali, Indonésia, para tentarem lançar negociações para um tratado que suceda ao protocolo de Quioto para diminuir as emissões de gás carbónico.

Gore disse ao chegar a Oslo na Sexta-feira, que se o prémio ajudar mais essas conversações, será uma boa coisa. O prémio da paz às vezes tem oferecido protecção aos vencedores contra os governantes dos seus países, como fez notar o laureado de 1983 Lech Walesa da Polónia e o físico Soviético dissidente Andrei Sakharov que obteve o prémio em 1975.

"Também abre virtualmente todas as portas," disse Lundestad, citando o exemplo do Bispo Sul Africano Desmond Tutu que foi convidado pela Casa Branca de Ronald Reagan para emitir a sua mensagem sobre os males do apartheid apenas depois de ter ganho o prémio em 1984.

"E muito ocasionalmente, mas apenas muito ocasionalmente, pode afectar políticas no terreno," disse Lundestad.

Talvez o melhor exemplo, disse, foi o prémio de 1996 ao Bispo Carlos Belo e a José Ramos Horta. Os próprios vencedores do prémio disseram que o prémio teve influência para ajudar Timor-Leste a separar-se da Indonésia em 1999 e ganhar a a independência em 2002.

Antes de ganhar o prémio, Ramos Horta viajou pelo mundo a procurar apoio mas ninguém o queria ver ou financiar o seu movimento, por isso dormia em estações de caminho de ferro, disse Lundestad.

Lundestad disse que Timor-Leste ganhou a independência principalmente por causa do desmoronamento económico, social e político na Indonésia no final dos anos 1990s.

"Mas o prémio contribuiu certamente. Certamente que o mundo se preocupou com o que estava a acontecer naquela pequena metade daquela pequena ilha," disse. (Edição por Caroline Drees)

Anónimo disse...

"Before winning the prize, Ramos Horta travelled the world seeking support, but no one wanted to see him or finance his movement"

Que falta de respeito...

Anónimo disse...

Que hipocrita do caracas este gajo do Horta! Nao e varinha magica? Nao, nao e! E um VARAO MAGICO! Nao foi isto que o pos onde ele esta agora? Um pelintra dos USA!

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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