domingo, dezembro 02, 2007

Timor Leste: Declarações do chefe da delegação do CS da ONU

Angola Press

Díli, 30/11 - O chefe da delegação a Timor-Leste do Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas afirmou hoje que o grupo "não sabe se encontrou Alfredo Reinado" durante a visita ao país porque "não conhece" o major fugitivo.

"Não sei quem é Reinado", ironizou o chefe da delegação do CS, o embaixador da África do Sul na ONU, Dumisani Kumalo.

"Posso ter-me até cruzado com ele na rua. Não o procurámos. Falámos com quantas pessoas pudemos. Ninguém da parte dele nos contactou", respondeu Dumisani Kumalo numa conferência de imprensa que marcou o final dos quatro dias de visita da delegação ao país.

Logo a seguir, o embaixador sul-africano esclareceu quais são "os 3 principais problemas repetidos em todos os sítios” onde a delegação foi:“a situação do major Alfredo Reinado, a situação dos peticionários e os deslocados internos".

O diplomata sul-africano respondeu à Agência Lusa que a delegação "desconhece" a carta enviada por Alfredo Reinado e pelo tenente Gastão Salsinha, líder dos peticionários, ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

"Se foi dirigida ao secretário-geral, talvez saibamos da carta quando chegarmos de volta a Nova Iorque", acrescentou Dumisani Kumalo.

Fonte oficial da missão internacional (UNMIT) confirmou à Lusa que a carta de Reinado e Salsinha, data de 27 de Novembro e escrita em inglês, "já é do conhecimento da missão".

O embaixador da África do Sul na ONU declarou na conferência de imprensa que "a delegação do CS não veio a Timor-Leste para ver se se pode criar um tribunal internacional" para os crimes cometidos durante a ocupação indonésia.

"A criação de um tribunal é um processo complicado que tem que partir do governo", explicou o chefe da delegação do CS.

"Ninguém mencionou esse ponto embora as pessoas tenham falado de lei e ordem e de justiça", referiu.

"A prioridade continua a ser a reconciliação nacional e o diálogo entre todas as partes", afirmou também Dumisani Kumalo.

A delegação recomendará aos 15 membros do CS que prolongue o mandato da UNMIT, que termina no final de Fevereiro.

"A UNMIT continua a ser necessária em Timor-Leste, disso não há dúvida", acrescentou.

Integraram a delegação do Conselho de Segurança da ONU os embaixadores da África do Sul, Dumisani Kumalo, da China, Liu Zhenmin, da Indonésia, Muhammad Anshor, da Federação Russa, Diana Eloeva, da Eslováquia, Peter Burian, e dos EUA, Jackie Wolcott.

A conferência de imprensa, onde os diplomatas do CS chegaram atrasados, a meio da tarde (madrugada em Lisboa), foi interrompida abruptamente porque ia "começar a chover e o avião da delegação tem que levantar voo", informou a porta-voz da UNMIT, Alison Cooper.

1 comentário:

Anónimo disse...

"os 3 principais problemas repetidos em todos os sítios” onde a delegação foi:“a situação do major Alfredo Reinado, a situação dos peticionários e os deslocados internos".

Esses 3 problemas são precisamente os mesmos que este Governo disse que ia resolver mas não resolve. Já lá vão mais de 100 dias. Inclusive, declarou que o problema dos refugiados não é "prioritário".

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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