sexta-feira, março 30, 2007

Avaliação das próximas eleições em Timor-Leste

(Tradução da Margarida)

RSIS. Copyright (c) 2007 S Rajaratnam School of International Studies, Nanyang Technological University

Depois de meses de especulação e adiamentos, o governo Timorense e a ONU acordaram finalmente na realização das primeiras eleições do país desde a independência há 5 anos. De RSIS.

Por: Loro Horta para RSIS (29/03/07)

Muitos esperam que a votação possa pôr finalmente um fim na crise política em curso que atingiu a nação nos seus alicerces. Porque as próxmas eleições podem ser decisivas para a estabilidade futura de Timor-Leste, são por isso relevantes para os interesses gerais de segurança dos países vizinhos.

Provavelmente as eleições vão-se centrar numa disputa entre duas forças políticas maiores, ambas que por sua vez são apoiadas por um vasto conjunto de pequenas associações sociais e cívicas. Num lado estará o corrente Presidente Xanana Gusmão a tentar o cargo de Primeiro-Ministro e o seu aliado, Ramos Horta, o corrente PM, que tenta o cargo de Presidente. O seu opositor mais sério será certamente o antigo Primeiro-Ministro Mari Alkatiri e a Fretilin.

Para concorrer a PM, Gusmão formou recentemente o seu próprio partido político, o CNRT. O seu partido provavelmente formará uma coligação com vários partidos menores, tais como o Partido Democrático (PD) e o Partido Social Democrata (PSD). Gusmão pode ainda contra muito provavelmente com o apoio da influente igreja católica e os seus poderosos bispos. O poder da igreja é preponderante.

Os padres e as freiras estão presentes em cada aspecto da vida dos nativos até às mais pequenas questões sociais. Uma outra fonte de imenso poder disponível para a igreja são as várias organizações de caridade e escolas, que lhe dão alavancas significativas para a mobilização social.

Conquanto Gusmão possa enfrentar o maior desafio na sua esperança de se tornar PM, Horta terá também os seus desafiantes. Francisco Guterres (Loholo), presidente da Fretilin, desafiará Ramos Horta para a presidência. Conquanto seja uma figura relativamente obscura, é conhecido pela sua modéstia e dedicação ao partido. Tal como Alkatiri tem a sua arma principal na máquina bem disciplinada da Fretilin.

O outro lado

À primeira vista pode parecer que as eleições são favas contadas – que os líderes mais influentes como Gusmão e Horta e que as organizações sociais mais poderosas como a igreja católica juntaram forças para tratar de uma vez por todas do “diabo comunista” Alkatiri.

Contudo, Alkatiri não parece impressionado com a poderosa coligação engendrada contra ele. No princípio de Fevereiro, no seu típico estilo desafiante, Alkatiri anunciou que se candidatava a primeiro-ministro e que de uma vez por todas ia mostrar quem é que o povo de Timor apoiava. Prometeu derrotar os seus opositores sem margem de dúvidas e pôr fim à "hipocrisia."

Conquanto pareça improvável que Alkatiri consiga derrotar a poderosa coligação engendrada contra ele, devemos esperar que ele consiga muito melhor do que alguém tão isolado quanto ele. Uma combinação de factores, alguns derivados das qualidades pessoais do homem, e outros resultantes de oportunidades e circunstâncias, podem fazer com que ele sobreviva outra vez.

Como pessoa, Alkatiri está longe de ter um carácter de que se goste, (anda) sempre com uma expressão séria e tem um sentido de humor bastante ofensivo. Contudo, continua a ter o controlo da Fretilin, o único verdadeiro partido político do país. Independentemente da controvérsia que rodeou a sua re-eleição no ano passado com 98 por cento dos votos no último congresso do partido, Alkatiri ainda se mantém secretário-geral da Fretilin. Devido ao seu papel na luta pela independência, o partido ainda retém um considerável número de seguidores. Em 2005 o partido venceu em 31 das 32 áreas nas eleições regionais.

Graças à sua luta de 24 anos como força de guerrilha contra a ocupação Indonésia, a Fretilin desenvolveu uma estrutura partidária sem rival em qualquer outra força no país. O aparelho partidário vai desde o nível da aldeia tendo quadros políticos mesmo nas aldeias mais pequenas. Somente a igreja católica se aproxima de uma tal organização. Os anos de luta da Fretilin e a dureza (da luta) deram aos seus membros um forte e persistente sentido de identidade e de lealdade. Como outros antigos movimentos de guerrilha de esquerda, a Fretilin ié de muito longe uma força mais disciplinada e organizada do que qualquer outro partido. A sua estrutura pode ser uma vantagem poderosa nas mãos de um líder experiente, mesmo que não muito popular.

Alkatiri é conhecido pelas suas notáveis qualidades organizacionais e (pela) discipline. Uma das suas características são as longas horas de trabalho. Enquanto os incompetentes líderes da oposição de Timor-Leste passavam o tempo nos cafés de Dili, Alkatiri passou para a ofensiva. No fim de Fevereiro, bem antes das eleições, Alkatiri tinha visitado quase todos os 13 distritos do país galvanizando as massas e mobilizando os membros do partido.

Alkatiri tem nas suas mãos uma arma poderosa forjada durante 24 anos de guerra com o custo de 200,000 vidas. Gusmão e Horta, por outro lado, serão apoiados por um conjunto de pequenos e incompetentes partidos que provavelmente cavalgarão no carisma dos dois líderes. Contudo, ambos os homens não têm outra escolha senão aproveitarem o apoio (deles) e rezarem para que esses partidos se limitem às formalidades.

Um novo factor que pode melhorar as possibilidades de Alkatiri é a questão regional da divisão leste-oeste que emergiu com uma vingança depois da crise militar de Abril de 2006. A Fretilin tradicionalmente tem tido um forte apoio nom lado leste da ilha onde a maioria da luta pela independência se desenrolou. Depois da crise militar muitos no leste sentiram que o Presidente Gusmão foi parcial com os soldados amotinados na sua maioria do oeste. Este percepção pode ter um efeito negativo sobre Gusmão nas eleições, ao levar certas partes de gente do leste a votarem na Fretilin para retaliarem contra a percebida parcialidade de Gusmão.

É também provável que Alkatiri obtenha algum apoio dos Timorenses mais radicais e nacionalistas ao afirmar-se como um patriota em luta pelos interesses do povo contra a Austrália e as suas marionetas locais. Na verdade, em tempos recentes, Alkatiri adoptou uma retórica crescentemente nacionalista, afirmando que foi derrubado numa conspiração orquestrada por actores estrangeiros e domésticos. Se se considerar os níveis significativos do sentimento anti-Australiano entre muitos Timorenses, não se deve desvalorizar tais tácticas.

O poder e a reputação da Fretilin e da liderança enérgica de Alkatiri são uma combinação tão poderosa que muitos partidos da oposição e grupos pseudo políticos têm andado a fomentar a violência numa tentativa de adiar as eleições. Os ataques de Reinaldo aos postos de polícia e os distúrbios subsequentes desencadeados em Dili pela operação Australiana para o capturar podem fazer parte de tais tentativas.

Conclusão

Conquanto seja muito improvável que Alkatiri esteja de volta como primeiro-ministro do pequeno inquieto Timor–Leste, é também bastante improvável que ele se vá sem mais reboliço. Muitos estão furiosos com o que entendem ser o seu gesto irresponsável e egoísta de concorrer às eleições. A sua candidatura pode transformar as eleições no caos e na violência tudo por causa do seu ego, gritam alguns. Mas, no fim de contas, numa verdadeira democracia, Alkatiri tem todo o direito de concorrer. É melhor que Gusmão e Horta se preparem para a luta, porque têm que confrontar um opositor sério.

O "Tanque de Guerra"

Jornal de Notícias - Sexta-feira, 30 de Março de 2007

Pedro Sousa Pereira, António Cotrim, em Díli - Exclusivo JN/Lusa

Longos dragões chineses descansam nos braços tatuados dos jovens de Becora, em Díli, Timor-Leste, que se juntam na oficina de motorizadas do "Tanque de Guerra", à beira da estrada asfaltada. A hora de almoçar já passou e, por isso, ao lado da oficina, debaixo de um tecto de chapa um grupo de amigos joga bilhar, enquanto outros rapazes se preparam para novas tatuagens. Apenas um deles, de fato de macaco, desmonta lentamente o motor de uma motocicleta. A vida dos jovens do "Tanque de Guerra" corre normalmente e como indica uma placa aqui pode-se arranjar um motor, jogar bilhar, fazer tatuagens, ou simplesmente ficar a ver os carros a cruzar o último bairro periférico de Díli, antes da estrada que sobe em direcção a Baucau.

Horas antes, as Nações Unidas, no centro da cidade congratulava-se com as informações difundidas pela Comissão Nacional de Eleições e pelo Serviço Técnico da Admnistração Eleitoral sobre o número de votantes e o recenseamento que dizem ter superado as expectativas. Ainda sem números oficiais exactos há cerca de meio milhão de eleitores. Os novos eleitores são, ou os jovens que atingem os 17 anos de idade até ao próximo dia 9 de Abril, data da realização das presidenciais, ou então eleitores que tinham perdido o cartão para votar.

De acordo com informações oficiais, a nível nacional, não se registaram até ao momento situações irregulares, apenas incidentes esporádicos que, segundo as autoridades, não perturbam o processo eleitoral.

No "Tanque de Guerra", em Becora, os rapazes que têm idade para votar não falam de eleições. Encolhem os ombros e passam o tempo a batalhar sobre um pano de bilhar que já foi verde enquanto outros dormem estendidos em cadeiras de plástico ou fumam cigarros indonésios que cheiram a cravinho na casa do tatuador, atrás da oficina.

Sem cartazes de campanha

No "Tanque de Guerra" não há cartazes de campanha de qualquer um dos oito candidatos que andam na estrada desde sexta-feira passada. Em plena campanha para as presidenciais, o presidente da República Xanana Gusmão aceitou juntar-se ao Congresso Nacional da Reconstrução Timorense, um novo partido com a velha sigla do extinto Conselho Nacional da Resistência Timorense e já afirmou que está "preparado" para ser primeiro-ministro após as eleições legislativas de 2007 que ainda não têm data marcada.

José Ramos-Horta, chefe do Governo, afirma que tem o apoio da Igreja timorense e do presidente da República e a FRETILIN, o partido maioritário que domina a Assembleia Nacional, mobilizou a máquina partidária.

Francisco Guterres "Lu Olo", presidente do Parlamento, que faz campanha ao lado do ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri, disse esta semana que conseguiu juntar 10 mil pessoas em Ossu, na zona leste do país e cerca de três mil apoiantes na vila de Liquiçá, a pouco menos de 40 quilómetros a oeste de Díli.

"Nós conseguimos fazer muita coisa mas as pessoas só vêm o lado negativo e não o lado positivo de tudo o que a FRETILIN fez enquanto Governo.

Conseguimos erguer uma estrutura de Estado através da maioria no Parlamento. Conseguimos implementar coisas prioritárias como escolas, postos sanitários, em todos os distritos, e água potável para parte da população. A FRETILIN tentou avançar mais para a frente mas, entretanto, deu-se esta crise e houve um retrocesso. Mas a FRETILIN continua determinada em viabilizar o país, num futuro próximo, depois das eleições", afirmou Francisco Guterres "Lu Olo" sobre o desempenho da FRETILIN como partido de Governo.

A imprensa timorense publica sondagens. José Ramos-Horta e Francisco Guterres "Lu Olo" são os favoritos, mas os jornais que se vendem no centro da cidade, onde há estrangeiros, não chegam a Becora, no sopé da montanha, onde os jovens timorenses com idade para votar jogam bilhar e não falam de política.

Aqui os dias são todos iguais. Não há empregos, desmontam-se motores e fazem-se tatuagens. Pode ser que até ao dia das eleições nasçam mais dragões chineses no "Tanque de Guerra".

João da Silva, o halterofilista de Becora

Não muito longe do "Tanque de Guerra" vive João da Silva, na casa onde sempre viveu. Como muitos jovens de Díli vive entre halteres e máquinas de ginástica.

No final de Julho de 1999, nos dias que antecederam a consulta popular, João da Silva, membro da rede clandestina e líder do grupo "Choque" durante a ocupação indonésia, armado de catana, arco e flecha defendeu o bairro da milícia pró-indonésia e um dia não deixou passar Eurico Guterres, líder Aitarak. Nesse dia morreram pelos menos duas pessoas, uma de cada lado.

"Em 1999, depois do referendo, tudo foi queimado e fui deportado para o lado indonésio, mas eu não morri", diz, em inglês, enquanto mostra os halteres que o ajudam a manter a forma.

"Não tenho trabalho e isto não anda para a frente", referindo-se à situação em que vive. Sobre as eleições diz apenas que vai votar mas não diz em quem.
Entretanto, vai continuar a levantar halteres, como sempre, no pátio da casa, em Becora.

Gusmao hopes to 'reform Govt' if elected PM

ABC - Friday, March 30, 2007. 10:42am (AEST)

East Timor's outgoing president, Xanana Gusmao, says he wants to become the country's next prime minister to reform the Government.

Mr Gusmao has agreed to stand as a new opposition party candidate in the general elections later this year.

He says he has been forced by East Timor's crisis to abandon his plan to retire after his five-year presidential term finishes in May.

"In April we came to a situation that we allowed our people to kill each other again," he said. "All of this made us concerned about the future. "During the crisis at the beginning, I was accused of doing coup d'etat, now I'm going to do democratic coup d'etat by elections."

Timorense conta como foi seviciada pelas milícias em 1999


Lisboa, 30 Mar (Lusa) - Uma mulher timorense testemunhou hoje na Comissão da Verdade e Amizade como foi repetidamente violada, mesmo já grávida, pelas milícias pró integracionistas em Timor-Leste na sequência da vitória do "sim" no referendo sobre a independência, em 1999.

Depondo na Comissão, que integra personalidades timorenses e indonésias, Esmeralda dos Santos afirmou que, na altura dos incidentes, era uma jovem estudante residente em Suai, 80 quilómetros a sul de Díli, e que, tal como pelo menos 45 outras raparigas, foi alvo de frequentes violações sexuais.

Num testemunho que chocou os membros da Comissão, citado pela imprensa australiana e indonésia, a jovem contou que, no seu caso, foi pontapeada por um membro das milícias mal se soube que estava grávida, tendo sublinhando que as agressões visavam obrigá-la a abortar, o que nunca chegou a acontecer.

"Lembro-me bem da cara do meu violador que, depois de saber que eu estava grávida, continuou a violar-me e pontapeava-me para que eu abortasse", narrou Esmeralda dos Santos, que explicou que, caso se recusasse a manter relações sexuais, era ameaçada de morte.

Esmeralda dos Santos referiu que no início de Setembro de 2005, em conjunto com mais três jovens estudantes, foi raptada da sua escola em Suai inicialmente pelo exército indonésio, tendo, depois, "ficado à guarda" de um membro das milícias, que a violava "quase todos os dias, de manhã e à noite".

"Depois de me roubarem o dinheiro, brincos e anéis, e como não tinha mais nada, começaram a violar-me dia e noite", relatou, lembrando que as três colegas de escola sofreram os mesmos "tratamentos" e que três familiares seus, todas mulheres, foram também violadas.

"às vezes, obrigavam-me a ter relações sexuais em frente aos meus familiares", sublinhou Esmeralda dos Santos Oito dias mais tarde, a jovem, que nunca saíra de Suai, foi levada para uma pequena localidade de Timor Oriental, onde foi mantida cativa pelo mesmo membro das milícias, que continuou sistematicamente a violá-la.

"Durante um mês foi espancada e pontapeada porque ele queria que eu abortasse. Depois, consegui fugir e, em Novembro (de 2005), regressei a Timor-Leste", acrescentou, sublinhando que, quando relatou o sucedido às autoridades de Suai, foi-lhe respondido que a questão era um "assunto pessoal".

Esmeralda dos Santos contou, por outro lado, que, enquanto durou a repressão em Suai e antes de ser raptada, se refugiava todas as noites numa igreja local porque a população era "aterrorizada quer pelas TNI (Forças Armadas indonésias) quer pelas milícias".

A jovem afirmou perante a Comissão que a igreja estava repleta, com mais de meio milhar de refugiados, quando o complexo religioso de Suai começou a ser atacado pelo exército indonésio pelas milícias, a 06 de Setembro de 1999, uma semana após o referendo e dois dias após o anúncio da vitória do "sim" à independência.

"Morreram muitas pessoas atingidas por tiros", afirmou Esmeralda dos Santos, corroborando os dados oficiais do ataque à igreja, que provocaram 31 mortos, dos quais dois sacerdotes católicos, entre as mais de 1.500 vítimas da onda de violência que assolou então Timor-Leste.

A Comissão da Verdade e Amizade, que tem por missão averiguar e julgar os acontecimentos violentos que se registaram em Timor-Leste antes e depois do referendo, iniciou em Fevereiro último os seus trabalhos em Bali, tendo a segunda fase começado há uma semana em Jacarta.

Além de Esmeralda dos Santos, foram ouvidas quinta-feira 18 outras mulheres que testemunharam os incidentes e que foram alvo de idênticas privações.
JSD-Lusa/Fim

Troops deployed to Timor border

Jakarta Post - March 30, 2007

Kupang, East Nusa Tenggara: The Indonesian Military (TNI) has deployed 1,000 soldiers along the border between Indonesia and Timor Leste to prevent possible unrest inside Indonesian territory before and after the presidential election in the neighboring country on April 9.

The commander of the Indonesian Border Security Unit, Lt. Col. J. Hotma Hutahaen, said via cell phone Thursday that TNI troops had been entrusted with securing state territory and preventing rebels from entering the country through West Timor, East Nusa Tenggara.

"Chaos is escalating in Dili ahead of the election, but has not yet had any serious impact along the border of both countries," said Hutahaen.
He said border troops had been tolerant toward sick residents crossing over despite the closure of the border.

"President Xanana has officially sent a letter to President Susilo Bambang Yudhoyono requesting him to open the border point to expedite supplies for the needs of Timor Leste people, but the TNI headquarters has yet to order all four entry points open," he said.

The government will likely open the border points after the election.

Barómetro

Diário Económico, 30/03/07
Por: Francisco Teixeira, Editor de Política

Xanana Gusmão

Xanana tem, mais do que qualquer timorense, a autoridade para fazer uma análise crítica da actual situação do país. Mas comparar a vida num país democrático com as atrocidades cometidas pela Indonésia, revela, no mínimo, falta de sentido de oportunidade.

Acima de tudo, porque foi ele a mais mediática “vítima” da invasão indonésia. Em democracia, ao contrário da ditadura, as armas não matam.

Xanana Gusmão acusa Fretilin de estar “totalmente corrompida”

Diário Económico, 30/03/07
Timor 2007-03-30 00:05

A poucos dias de deixar a presidência de Timor, Xanana lança duras críticas ao seu antigo partido.

Por: John Aglionby, em Díli

Xanana Gusmão, Presidente de Timor Lorosae, acusou ontem a Fretilin de corrupção, arrogância e má gestão, e responsabilizou o partido no poder pela violência e estagnação económica que grassam no país desde a sua independência em 2002.

Xanana, cujo actual papel é meramente simbólico, declarou em entrevista ao “FT” que o desempenho da elite governativa só tem comparação com o regime brutal que a Indonésia impôs ao território durante 24 anos, e que culminou na sua quase total destruição em 1999, após o referendo sobre a independência. “A Indonésia mentia e matava, mas a economia continuava a funcionar”, diz Xanana. “Agora somos uma nação independente, mas a economia estagnou. As estradas continuam por reparar e as escolas estão a funcionar, mas a construção não é a melhor. E os edifícios que se constroem são para abrigar os ministérios, ou seja, o povo continua a sofrer”.

Explica ainda que a estrada junto a sua casa “tem de ser reparada duas vezes por ano, todos os anos. Tapam um buraco e, três meses depois, está maior do que estava inicialmente, Se tivéssemos um governo sério, isto não seria assim”.

Xanana Gusmão termina o seu mandato em Maio. As eleições presidenciais são a 9 de Abril e o sucessor será escolhido entre os oito candidatos que se perfilam. José Ramos-Horta, actual primeiro-ministro, será muito provavelmente o sucessor.

Xanana, que abandonou a Fretilin no início da década de 80, anunciou esta semana que tenciona formar um novo partido e que está preparado para enfrentar a Fretilin já nas próximas eleições parlamentares, no final do ano. Para o Presidente, o seu antigo partido “está totalmente corrompido: as mãos pedem dinheiro e a boca limita-se a dizer “Sim, senhor…Sim, senhora”. Se Xanana Gusmão ganhar as parlamentares tudo indica que manterá melhores relações com a ONU do que a Fretilin. O ex-líder da guerrilha timorense dez questão de dizer que a presença da missão das Nações Unidas, enviada para o território após a vaga de violência no ano passado, só se justifica até meados de 2008. O mesmo não se aplica a agências especializadas da ONU: “Estas serão necessárias no terreno durante largos anos para ajudar Timor”, declara. A ONU governou Timor durante três anos, na sequência da retirada da Indonésia em 1999.

O líder da Fretilin, Mari Alkatiri, foi obrigado a demitir-se do cargo de primeiro-ministro em Agosto, após uma nova vaga de violência que provocou a morte de, pelo menos, 37 pessoas, obrigando 150 mil a abandonar as suas casas e ditando o fim da estrutura militar e policial. Foram então enviados para o terreno 2,500 efectivos militares estrangeiros para impor a ordem.

Ontem, Alkatiri qualificou o futuro partido de Xanana – Conselho Nacional de Reconstrução de Timor – de “bando de mentirosos” e acusou-os de fomentarem a violência que acabou por ditar a sua saída. “Xanana Gusmão nunca concretizará o sonho de ser primeiro-ministro. A Fretilin vencerá as eleições quaisquer que sejam os seus adversários”

Tradução Ana Pina

Exclusivo DE/”Financial Times”

O major Reinado está na capital?

Público, 30.03.2007,
Por: Adelino Gomes

Comandante das forças internacionais diz que Reinado "já não é uma ameaça"

O brigadeiro Rerden sublinha que as forças que comanda têm treino de "consciência cultural timorense"


No final dos primeiros sete dias da campanha eleitoral para as eleições presidenciais de 9 de Abril, em Timor-Leste, a candidatura de Lu-Olo (Fretilin) realça as grandes afluências que os seus comícios estão a registar, em contraste com uma alegada menor capacidade de mobilização dos rivais, entre eles o actual primeiro-ministro e Prémio Nobel da Paz, José Ramos-Horta.

Segundo o blogue da sua campanha, Lu-Olo reuniu ontem, na região fronteiriça de Maliana, "cerca de oito mil pessoas". Nos dias anteriores, contou com "mais de 10 mil pessoas", em Ossu (sua terra natal), "mais de seis mil" em Gleno, "mais de três mil" em Liquiçá e "mais de duas mil" em Laclubar.

A decisão do Tribunal de Recursos, que considerou legal a utilização de símbolos partidários nos boletins de voto, constitui outro motivo de satisfação para Lu-Olo. O candidato pretende colocar a bandeira da Fretilin, de que é Presidente, junto do seu nome, de acordo com uma decisão do Parlamento Nacional, onde a Fretilin detém a maioria.

A iniciativa desagradou a Ramos-Horta e a outros seis dos oito candidatos, os quais ameaçaram boicotar as eleições caso não fosse alterada a lei, em conferência de imprensa, a semana passada. "Alguns dizem que a FRETILIN irá perder as eleições porque não tem apoio nas bases, mas estas mesmas pessoas têm medo que o candidato da FRETILIN use a bandeira no boletim de voto", comentou Lu-Olo.

Legislativas em 30 de Junho

Apenas uma mudança de Governo poderá sarar as feridas abertas pela crise de há um ano, considerou Ramos-Horta numa entrevista à agência Efe. Para isso confia na vitória do "carismático" Xanana Gusmão, à frente do novo partido em formação, o CNRT, nas próximas eleições legislativas.

As declarações de Horta confirmam que a sua candidatura presidencial está intimamente ligada à intenção de Xanana Gusmão disputar nas urnas, à Fretilin, a liderança parlamentar. No final da Conferência Nacional do CNRT, esta quarta-feira, em Díli, Xanana declarou-se "preparado" para ser primeiro-ministro, quando os repórteres o questionaram sobre o seu futuro político.

A data das legislativas só será marcada após as eleições de 9 de Abril, mas Xanana Gusmão tenciona fixá-la em 30 de Junho, apurou o PÚBLICO.

Na entrevista a Florentino Goulart, da agência espanhola, Ramos-Horta filia a crise que o país atravessa há um ano na "frustração" especialmente dos jovens, "que não vêem perspectivas nas suas vidas, que não têm carreiras, nem trabalhos, nem dinheiro". Se ganhar, promete, será "os olhos, ouvidos e boca dos pobres para falar ao Governo", prestando atenção, em especial, às crianças de Díli, "que vão atrás das tropas da ONU pedindo dinheiro", e aos idosos ,"que não têm condições para comprar comida e remédios".

Indonésia reabre fronteira

A Indonésia reabriu, ontem, a fronteira com Timor-Leste, a pedido do Governo timorense, considerando que o major rebelde Alfredo Reinado deixou de constituir uma ameaça à segurança nacional e para facilitar a movimentação antes das eleições, noticiou ainda a Efe. "O presidente timorense, Xanana Gusmão, disse que o ex-comandante Alfredo Reinado é um problema interno e em consequência a fronteira deveria ser reaberta para o bem dos dois povos", explicou aos jornalistas, em Díli, o embaixador da Indonésia. O diplomata lembrou que a fronteira foi fechada em 26 de Fevereiro a pedido de Timor-Leste, depois do major rebelde e os seus homens assaltarem dois postos fronteiriços e roubarem as armas dos agentes, conclui a agência.

Díli transpira por todos os poros. O ar, infiltrado de fogo e água invisível, dificulta os movimentos, pesa sobre os ombros como se, a cada passo, tivéssemos de arrastar connosco a própria cidade. Uma menina descalça tem um carrossel de fruta em torno dos braços, para vender. Homens de tronco nu sentam-se, mudos, nas carcaças de carros incendiados. Esgotos fluem pelas valas abertas ao longo das ruas.

"As eleições não podem levar a violência nem a divisões entre os timorenses. Devem antes ter um impacto unificador" diz aos jornalistas, no quartel-general "Obrigado", da UNMIT, o representante especial do secretário-geral da ONU para Timor, Atul Khare.

"Temos 225 membros internacionais e 200 nacionais no nosso staff, para dar assistência às eleições", acrescentou o vice-representante especial do Secretário-Geral, Finn Reske-Nielsen. "Existem 504 centros de votação, assistidos pelo CNE (Comissão Nacional de Eleições), sendo que, desses, 71 são de acesso difícil e 39 são de acesso praticamente impossível".

Em todas as ruas há porcos, cabras e cães. Nalgumas há vacas. Em todas as ruas voam veículos todo-o-terreno da ONU, das forças militares internacionais (ISF), das várias polícias e ONGs. Em todas as ruas há barracas cheias de famílias. Em todas as ruas há casas destruídas, queimadas. Nalgumas, há quarteirões inteiros.

"Temos helicópteros à nossa disposição e vamos ajudar o Governo", continuou o vice-representante especial. "Contamos com cerca de mil observadores nacionais e mais de 200 nacionais. Desenvolvemos um plano que permitirá que todos se desloquem em segurança até às urnas. O número de eleitores inscritos está de acordo com as nossas previsões e ultrapassa os 500 mil".

Um autocarro chamado "Che Guevara" passa a grande velocidade, cruzando-se com outro, auto-designado "Satan". Palmeiras, coqueiros, enormes folhas de fúria tropical querem engolir os bairros destruídos, as casas sem telhado nem janelas.

"As forças da ISF mandaram parar e revistaram um veículo na zona de Gleno", disse o comandante das Forças Internacionais de Estabilização (ISF), o brigadeiro australiano Mal Rerden. "O veículo seguia a grande velocidade e com uma condução perigosa, obrigando um veículo das ISF a uma acção evasiva, e não parou, apesar de claras instruções para o fazer".

Para além dos sofisticados jipes das várias organizações internacionais, circulam pelas ruas táxis de vidros fumados, ailerons, luzes azuis e espaventosos sistemas sonoros, que vivem da clientela internacional. São raros, outros veículos. A atmosfera assemelha-se a uma esponja encharcada, a escorrer líquido pelas fachadas e pelos corpos.

"O veículo acabou por parar num check point das ISF", continua o Brigadeiro Rerden. "Mas os ocupantes continuaram a não respeitar as instruções do pessoal das ISF. Estes tiveram que paralisar o ocupante, que se moveu dentro do veículo como se estivesse a pegar numa arma".

Nuvens de chumbo emergem por trás da montanha contígua à cidade. Lojas de chineses vendem roupa barata na Avenida Presidente Nicolau Lobato, ou telemóveis, ou peças para carros. Escolas abandonadas, edifícios esburacados, bancas de fruta extravagante, aromática. Rebentam os primeiros trovões.

"Os soldados usaram um mínimo de força para controlar a situação. Actuaram com muita contenção, dado o perigo potencial criado pelos ocupantes do veículo. As ISF e todas as outras forças estão aqui para apoiar todos os participantes nas eleições gerais de Timor-Leste".

O céu está negro, pegajoso, e a trovoada revolve-se, como lava a ferver, entre as massas de vapor.

"Soldados das ISF tiveram de conduzir uma inspecção numa igreja em Aileu", continuou o australiano. "Tentaram encontrar alguém que os deixasse entrar no edifício, sem êxito. Entraram na Igreja, por uma porta destrancada, assegurando-se que estava vazia no interior".

As crianças não brincam nos campos de deslocados espalhados pela cidade. Escondem-se nas vielas, espreitam. Juntam-se em cachos junto às barracas. Não olham para o céu. Não querem saber se choverá. Um raio não chega a brilhar por trás das cortinas de fumo"

"Os soldados saíram do edifício pela mesma porta. Nenhuma propriedade foi danificada durante a inspecção. Os membros das ISF têm treino específico de consciência cultural timorense, como parte das suas actividades de preparação".

À noite, não se vê ninguém nas ruas. Quase não há luzes, a rede de electricidade praticamente não funciona. A cidade fica em silêncio, uniformemente acabrunhada e enigmática, quer nos bairros comerciais quer nos perigosos.

Alguém avisa que, em Liquiçá, a uns 30 quilómetros, elementos da Fretilin estão a cercar uma esquadra da UNPOL, como retaliação pelas acções das forças internacionais nos últimos dias. A GNR avança para lá, mas já tudo terminou. Afinal foi uma das campanhas que atacou outra à pedrada. Afinal foi a sede da Fretilin que foi atacada. Afinal foi a caravana de um dos candidatos. Afinal foi outro. É impossível descobrir.

A noite escalda, submerge, estrangula, inchada de humidade, mas não chove.
O ar, infiltrado de fogo e água invisível, dificulta os movimentos, pesa sobre os ombros como se, a cada passo, tivéssemos de arrastar connosco a própria cidade.

O rumor correu pelos circuitos da capital timorense: Alfredo Reinado, o major sublevado e fugitivo, perseguido pelas forças internacionais, que supostamente se esconde em Same, no Sul do país, está afinal em Díli. E mais: as Forças Internacionais de Estabilização (ISF) saberiam disto mas teriam achado "conveniente", para não perturbar a actual calma relativa, não capturar Alfredo Reinado antes das eleições presidenciais.

Numa conferência de imprensa no seu quartel-general em Díli, à frente de uma bandeira australiana e outra timorense, o brigadeiro Mal Rerden, comandante das ISF, negou.

"Se soubéssemos onde ele estava, prendê-lo-íamos imediatamente", declarou. E "não há qualquer "conveniência" na nossa acção. Temos instruções para perseguir e prender Alfredo Reinado e é isso que estamos a tentar fazer".

No entanto, acrescentou o comandante australiano, "Reinado já não representa uma ameaça significativa. Está reduzido a pequenos grupos, com um movimento de apoio muito limitado".

As buscas continuam, "em várias áreas, segundo as informações que temos.

Mas não sabemos exactamente onde ele está. É um fugitivo, que está escondido.

Já não é um actor legítimo. As suas acções não são as de um líder. Alguém que realmente se interessasse pelo seu povo, dar-lhe ia uma oportunidade para a paz. Pode continuar a fugir quanto tempo quiser. Enquanto foge, não está a lidar com a sua situação, nem a resolver os seus problemas - disse o responsável militar australiano. "Um homem que se esconde numa cave vai passar muito tempo escondido numa cave", concluiu.

Political Parties Clash in E. Timor

Associated Press - Mar 30, 2:18 AM EDT

Dili, East Timor - Gangs from rival political parties scuffled and threw rocks in East Timor, injuring at least 20 people, authorities said Friday, in what was believed to be the first violence directly related to next month's presidential elections.

Two of those hurt were police officers, said Geraldo da Silva, of the emergency unit in Viqueque hospital, about 135 miles from the capital Dili.

The unrest broke out Thursday night following a campaign rally by presidential candidate Jose Ramos-Horta, said local police chief Gaspa da Costa.

His supporters brawled with youths aligned with the rival Fretilin, the left-leaning political party of ousted Prime Minister Mari Alkatiri, da Costa said. It was not clear what triggered the dispute.

Eight presidential candidates are midway through two weeks of campaigning. Rallies and speeches are scheduled across 13 districts until a blackout period two days before nationwide polling on April 9.

East Timor, which became Asia's newest nation in 2002, descended into chaos one year ago after Alkatiri dismissed 600 soldiers, a move that split the armed forces into factions and later spilled over into gang warfare. At least 37 people were killed and 150,000 others fled their homes.

The deployment of thousands of international troops helped curb the worst of the violence, and while there have been isolated incidents since then, Thursday's was the first since campaigning began.

The U.N. police force in the country said in a statement that Ramos-Horta supporters were attacked, but did not say by whom. Fretilin spokesman Filomeno Aleixo said the party did not instigate the violence, but denied involvement. "Whoever was involved in this incident should be brought to justice," he told The Associated Press.

East Timor voted to break free from 24 years of Indonesian rule in 1999. The country was administered by the United Nations, and until last year's crisis, which led to the overthrow of the government, had been considered a major success in nation-building.

Incidentes não põem em causa eleições e CNE apela à calma

Díli, 30 Mar (Lusa) - O porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Timor-Leste disse hoje à Agência Lusa que 20 apoiantes do candidato presidencial José Ramos-Horta ficaram feridos após serem apedrejados numa acção de campanha em Viqueque, 220 quilómetros de Díli.

"Fomos informados de que 20 pessoas ficaram feridas em Viqueque, e algumas foram hospitalizadas, e quatro são feridos graves" na noite de quinta-feira, disse à agência Lusa o padre Marinho Gusmão, que apelou aos oito candidatos para controlarem os seus apoiantes.

A campanha para as eleições presidenciais em Timor-Leste, cuja votação decorre a 09 de Abril próximo, começou a 23 deste mês e, até ao momento, registaram-se incidentes em Viqueque, na quarta e quinta-feira, contra apoiantes da campanha de José Ramos-Horta e, na terça-feira, foram lançadas pedras contra a coluna de veículos de campanha da Fretilin em que seguiam o candidato Francisco Guterres "Lu Olo" e o secretário-geral do partido, Mari Alkatiri.

Também terça-feira, a sede da Fretilin na vila de Liquiçá, a 34 quilómetros de Díli, foi apedrejada mas não se registaram feridos.

A CNE foi notificada das ocorrências mas, apesar destes dois incidentes, o padre Martinho Gusmão disse que o processo eleitoral não está posto em causa.
"Não podemos dramatizar. Lamentados o que aconteceu, mas estes casos não vão impedir todo o processo", afirmou o porta-voz da CNE.

Apesar dos dois incidentes registados em Viqueque e Liquiçá não impedirem a continuação do processo eleitoral a CNE vai apelar aos oito candidatos presidenciais para que controlem os seus apoiantes.

"Vamos mandar uma carta de repreensão a todos os candidatos para tomarem conta dos seus apoiantes, para que não se repitam os incidentes que aconteceram esta semana", adiantou à Lusa o porta-voz da CNE.

De acordo com Dionísio Soares, porta-voz de campanha de José Ramos-Horta, as vítimas do ataque são oriundas de uma povoação da zona de Viqueque e ainda não regressaram a casa. "Nós já mandamos uma informação para a CNE e já contactamos a polícia, que mandou homens do Bangladesh (UNPOL) para ver se estas pessoas podem regressar amanhã (sábado) às suas casas em segurança", disse à Lusa Dionísio Soares, acrescentando que os atacantes não foram identificados. "Não quero acusar ninguém porque, primeiro, tem de ser tudo verificado", disse o porta-voz da campanha de José Ramos-Horta.

Quinta-feira, em Díli, Finn Reske-Nielsen, vice-representante especial do secretário-geral da ONU em Timor-Leste, declarou que o recenseamento eleitoral "superou as expectativas", ao registarem-se mais de 500.000 eleitores, embora o número final oficial de votantes das presidenciais ainda não tenha sido divulgado. Finn Reske-Nielsen e o chefe da missão internacional (UNMIT), Atul Khare, referiram que o processo eleitoral não está posto em causa por questões logísticas, de segurança ou legislativas.

O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), com o apoio da UNMIT, identificou e avaliou 504 mesas de voto nos 13 distritos e concluiu que 71 seriam de acesso muito difícil e 34 não podem ser atingidas por terra.

Nos próximos dias, a UNMIT apoiará a entrega de material eleitoral nos distritos, incluindo as áreas menos acessíveis, com quatro helicópteros, estafetas e cavalo.

As eleições vão ser acompanhadas por mais de mil observadores timorenses e por cerca de 100 observadores internacionais, cuja formação é assegurada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

PSP-Lusa/Fim

A VISION FOR OUR BELOVED COUNTRY

30.03.2007

BY
JOSÉ RAMOS-HORTA

I - Democracy

Democracy is more than a name, a title, it is both an end and a means, a product and a process.

We have to work to make it a way of living, a way of thinking, a way of responding to situations, especially challenges. We need to acculturate it in our hearts and minds. For some it is as natural as breathing, for most of us we have to consciously decide to act democratically.

Timor-Leste, the democratic state, is marked by free and fair elections, free media, freedom of speech, human rights, separation of powers, because we have decided that we want to live in a democracy, and we have to build these based on democratic practices. We can do this in our local communities, in our families as well, we can build small democracies locally and big leaders can do so in their institutions. Institutions must be transparent, accessible and responsive to the people and allocate resources fairly and respond to complaints, to have internal mechanisms for review. This is democracy.

II - Justice

We must ensure that the courts are able to do their work, are resourced, can benefit by cogent plans for judicial administration, have active Ministers, have Ministers that respect the separation of powers, so as to not have the state interfering with justice, as our Constitution demands.

A democracy cannot flourish nor be sustained without the rule of law.
The courts must be accessible, including in languages of the actors, and be open.

The laws must be certain in meaning and equal in application.
The law makers must not be above the law - they are subjects of it as well.

As President I will propose the establishment of a Constitutional Review Committee jointly with the President of National Parliament, the Prime Minister and members of the legal profession to critically review the Constitution as well as existing laws to adapt them to our realities and or to amend them where necessary in order to have a very clear and coherent set of laws and regulations.

III - Church

Timorese people are deeply spiritual. Their day to day is inspired and influenced by the spirits of the past, and at times by supernatural beliefs that are fused with Christianity.

For that reason we cannot import or impose modern beliefs from that secularism or European culture that would disturb the symbiotic relationship of Timorese and Catholic Church culture.

In partnership with our young State, it has helped us in this crisis, and it is helping us heal the wounds.

The Church must continue to serve the people of Timor-Leste in all areas: social, educational, cultural, spiritual and moral.

I favor that the State should provide adequate funding to the Catholic Church so it can more efficiently assume a bigger role in the spiritual and moral guidance of our people in education, health, development of our youth and in the fight against poverty.

If elected I will ask the State to make available to the Church, namely the Dioceses, at least US$10 million a year to cover the expenses associated with its activities.

It is not a favor. It is an obligation of the State towards the oldest and most credible institution in our Nation.

Many foreign missionaries have devoted most of their lives to help the people of this country. Yet after independence instead of being recognized they were treated as foreigners.

Under my Presidency I will ensure that the Government and National Parliament award them Timorese citizenship with all rights and priviledges.

IV - Help the Poor

If elected President it will be my mission to help those who for centuries had very little or nothing at all.

I intend to establish a Presidential Task-Force on Poverty to be co-chaired by the Head of State, the President of National Parliament and the Prime Minister. I will invite experienced members of the civil society to be part of the task-force including the Non-Government sector and the Catholic Church.

It will review past government policies and failures in the area of poverty reduction. It will propose new strategies and budgets. As President I will support a combination of immediate cash transfers to the poorest households.

I will support quick-impact programs, expanding the cash for work program beyond street cleaning into small projects such as rural roads maintenance, repair and or maintenance of schools, hospitals, and clinics.

V - Pensions for the Poor

If elected I will propose a pension plan to help our poorest and most disadvantaged.

I have worked closely with some of the world’s top economists on this matter.I think we can make it work. The country can afford to budget up to US$40 million a year to pay out at the monthly amount of US$40 for the100,000 poorest individuals, elderly, handicapped, war widows and veterans.

The payments should be done on quarterly basis saving on administrative costs. It will be done on location through the government and church network.

VI - Houses for the Poor

Immediately, if elected President, I will propose an ambitious project: houses for the poor, for public servants, members of the FFDTL, PNTL, teachers, in general for those serving the people, educating our children in the remote villages of our nation.

VII - Looking after the Veterans

We have to look after our Veterans, the real heroes of our nation.
The State has been honoring them with valor and decoration in solemn ceremonies.

We must do much more in support of their well deserved retirement.
As President I will ensure that the State is going to do even more for them, for their widows and their orphans.

VIII - F-FDTL and PNTL: Modern institutions to better serve the People

When I became Minister for Defence in June 2006, I said I would be more like a chaplain to the armed forces than a defense minister, and would help lift morale and heal wounds, and re-establish the pride of our liberation army.

Today F-FDTL and PNTL support each other in re-establishing with success law and order in Dili, well on the way to be resurrected from the recent crisis more dignified and more deserving of the trust of our people.

As President I will continue the path I took as Prime Minister to take care of the Defence and Security sectors, through prudent reforms to equip our country with modern institutions to better serve our people and the cause of peace.
The basis of my action as President and Commander-in-Chief to reform F-FDTL is the 20/20 study. We have to learn from our achievements and shortcomings in the Defence sector.

I will propose to establish a High Level Panel led by the President and the Commander of the Defence Force to critically review all reports written on the Defence Force, including the Report of the Commission of the Notables, so that we can learn from our mistakes and forge ahead with greater confidence.

My vision is for a Defence Force that is rooted in the people. In this regard I will advocate that our Defence Force be educated and trained towards a role in Peace Keeping and to assist people in the rural areas with building houses for the poor, schools, repairing secondary roads, providing assistance during natural disasters and providing medical support wherever the civilian help cannot reach.

In regard to Police I will continue to work with UNMIT and other friends to review the reorganization of the Police Force to make it leaner, better trained, equipped and disciplined. We have an unnecessary large number of different branches of the Police withto much mismanagement and waste.

For both our Defence Force and Police, like other categories of public servants who perform critical or dangerous tasks, such as justice sector, doctors and nurses, I will advocate that they be paid significant incentives consistent with the importance and risks of their work.

IX - Public Service

As President I will advocate a thorough reform of our Public Service with a more coherent and national capacity building modeled after the best practices such as those in Singapore or other British tradition.

At the same time, I believe that it is incomprehensible that no special incentives are provided to civil servants, school teachers and nurses who work in remote areas. There has to be a policy of providing incentives in proportion to the distance and isolation of the area in which they serve. If we want a professional and dedicated civil service we must provide them with better training as well as incentives when they perform well, when they work beyond the normal hours.

X - Corruption and mismanagement

Working with the existing national institutions as the Inspector General of the State, Provedor of Justice, National Parliament and civil society I will lead the fight on good governance, transparency and accountability in order to rid the Nation of corruption and waste, of abuses and impunity.

Sadly, much has been said and written about corruption in our country that seems to permeate various layers of government and administration.

We must continue the fight against this cancer that undermines our best intentions and efforts to serve the people with honesty and integrity.

XI - Helping students and youth

We must spend US$10 million for students and youth. I would propose that US$5 million be allocated for scholarships for secondary and university students.

This will enable the poorest families to provide their children with an additional income to buy clothing, food and books. Public schools are free but this is not enough if a student cannot afford to buy food and books.

The other US$5 million would to set up Youth Centers with sports facilities and Internet in all districts.

XII - Gender Equality

Women carry the burden of birthing children, feeding, clothing, educating children, looking after extended families, and get little support, frequently from husbands or the state.

The State has to ensure that women have the resources they need to be healthy, give birth to healthy babies and safely, and have access to clean water, power, communications, transport for them and their children, access to finance for small enterprise, such as small poultry farms and bigger business if they can, free health care including dental care, and to be free from violence in their homes and their communities.

The Constitution of the Republic includes a non-discrimination clause which says that one of the fundamental objectives of the State is to promote equality of opportunities between women and men.

While, over the years, the government has taken steps towards achieving gender equality, there is a need to strengthen ongoing programs to address inequalities and the linkages with poverty.

To that end I have already initiated discussions for the establishment of a Task Force on Gender Equality to be co-chaired by either the President or the Prime Minister with the Deputy SRSG for Governance, Finn Reske-Nilsen.

XIII - Land, water and forest preservation program

I advocate the launching of a major land, water and forest preservation program to save our land and create jobs.

We must remember that Timor-Leste is a relatively arid island with few rivers and lakes. With population growth the available land and water will shrink further in the next 20 years.

If we do not launch this program to replant trees, preserve water and care for our environment, in 20 years from now we will be having wars over water and land. This is a problem in many parts of the world. We cannot let it happen here.

As President I will advocate an ambitious 20-year program investing at least US$10 million a year on tree planting and water preservation.

We can plant trees that grow fast for fire wood. We can plant trees that grow fast such as bamboo for export and earn income for villagers. We can also plant trees that will take 20 to 30 years to mature such as teak and sandal wood.

Such a program can inject millions of dollars into our economy every year.

XIV - Smart Tax System

One way to help the poor is to energise our weak economy. That is why I led a review of our tax system.

We are spending more trying to collect taxes and duties than the amount we actually collect! With oil and gas revenues over US$1 billion, I believe that one way to help stimulate the economy is to put money back into the pockets of the people.

After extensive consultation I have proposed a new tax system for Timor-Leste based on these recommendations:

We should not be collecting any tax from the poor or from small businesses. Under my plan, persons and businesses earning less than US$1000 a month will not pay tax. After that they will pay only 10 percent.

Eliminate tariffs, sales tax, and excise so that Timor-Leste become a ‘Free Trade’ country. I advocate this because Timor-Leste does not receive much revenue from tariffs levied on imports, but these taxes are an administrative burden and discourage trade. In my view Timor-Leste should become a ‘Free Trade State’ by eliminating tariffs on all imports.

Income and corporate tax at a low flat rate of 5-10% - Well-respected experts tell me that for any income earned over $1,000 Timor-Leste should impose a very low rate of tax of 5-10%. I do agree with this.

Remove the 1% tax on business turnover- This tax does not raise much revenue, but it is an administrative burden. It should be removed.

If and where necessary I would propose to the new Government that it outsource services such as Procurement, Customs, Port and Airport management to reputed international consultants with a track record in these areas.

XV - Investment

In today’s globalised economy, the competition for foreign investment is intense. That’s why we must work to improve conditions to attract investment – both national and foreign. It is a critical area of the nation’s economic policy.

In a study of the World Bank, Timor-Leste was listed in 2005 as one of the most difficult countries of the world to register a company. Among 175 countries, Timor-Leste was in 174. Only Congo is worse.

One immediate way is to make changes to the Commercial Law. These changes will radically improve the ranking of Timor-Leste in respect to Easiness to start a Business by 98 positions (from 141st to 43rd place), and 11 positions overall.

If elected President, I will not rest until Timor-Leste is listed with the easiest countries in the world to do business and create opportunity. As well, upon being sworn-in as Prime Minister I met with a group of key public servants who deal with investors. Our aim was to simplify procedures, making it easier to invest in Timor-Leste. As a result, under my leadership, investors started to show a renewed interest in Timor-Leste. Since I took office, 34 companies have been granted the status of foreign investors as compared with only 12 in 2002-2006. Of those, 15 are new projects worth almost US$112 million that are estimated to create 4897 jobs. If we add to this the $80 million project from Thailand for green power generation, it is almost $200 million in new projects in just 8 months.

XVI - Accessible and cheaper telecommunications
Less than 3 in 100 Timorese has access to telephone and internet. Almost the entire rural population does not have access.

We must provide accessible, reliable and cheaper services to the sub-districts and villages. We must provide strict obligations to roll-out network infrastructure or to expand the coverage of the service.

That is why we must establish a new telecommunications policy framework based on current international standard, aimed at promoting fair competition and private investment in the telecommunications sector.

It will mean rural and remote access to telecommunications services, cheaper and accessible internet to businesses and students.

I have started friendly discussion with Timor Telecom to resolve this situation. If I am elected I would urge the new Government to accelerate the negotiations with TT so that we can reach a win-win resolution that must be beneficial to both sides.

XVII - Timor-Leste, an ‘ISLAND OF PEACE’

National unity comes two-ways: leadership from the top and working in partnership with communities.

In recent years I have articulated a vision for a Timor-Leste that responds to the needs and aspirations of the people – for security, education, health, relationship with the government, and for improved economic well-being.

I have described this vision in the framework of an ‘Island of Peace’. This is not a kind of idealistic mission to contain conflict, stop violence, and, magically, achieve peace and prosperity. It is a comprehensive and integrated framework in which tiers of activity and roles and responsibilities are clearly assigned to the institutions of government, the international community, and the private sector. The recent turmoil tells us that it is time to proceed promptly and efficiently with the implementation of this vision.

As President I will advocate the following principles:

Peace begins in the home. Domestic violence is unacceptable.

Communal and political violence must be rejected.

A culture of tolerance and non-violence must be rooted in our society.

Local dialogue and dispute resolution processes will be implemented.

People will be empowered to participate in matters important to them, their families, and communities without distinction of gender, age, race, religion, economic status, or political affiliation.

Community resources will serve the interests of the community, including the preservation of a healthy and sustainable environment.

To bring substance to this vision and provide the building blocks for creating the Island of Peace, I foresee the creation of a network of Zones of Peace within Timor-Leste that reflect the unique character of the Timorese people and affirm the principles of a peaceful and prosperous life for all. Commitment to the principles and commitment to the partnership are keys to making the Zone of Peace meaningful.

If all this is accepted, as President I will be asking all government ministries to commit to achieving results in their particular realms of service and expertise. Justice, for example, will be asked to devise methods for resolving the lingering property disputes in a timely and sustainable way. Interior will be asked to establish a true, non-politicized national police. Public Works, Agriculture, Education, and Health will be expected to fulfill their responsibilities for effective infrastructure building.

The NGO community will be asked, similarly, to focus a significant part of their resources and expertise on establishing participatory and sustained dialogue as an integral part of how Timorese identify and resolve issues.

The private sector will be asked to commit investment resources and help with building organizational capacity. The international aid community will be asked to focus their funding and capacity building capabilities on the priority needs for security, inclusiveness, and economic development.

For their role in the partnership, Timorese citizens in every Suco will be asked to join with their neighbors, work with their Suco Council, and come together to discuss and expand upon the principles of the Zone of Peace that I propose. Through this process, each community will define the meaning and significance that a Zone of Peace designation will have for their own particular community.
In my vision, the Zone of Peace will be the organizational vehicle – the building block – through which this partnership between the presidency, the government, the people, and the support community is implemented and the principles of a peaceful and prospering East Timor are achieved.

I would like to see a network of 416 Zones of Peace that fit together to form an Island of Peace in much the same way that a family of diverse individuals come together to serve the needs and interests of that family. Communities will not only foster non-violent approaches to solving problems and finding new opportunity but also will work with government bodies to foster mutual definition of cultural and economic goals along with the corresponding responsibility for achieving them.

This will be a rallying point for Unity of vision, Unity of purpose, National vision and National Unity.

XVIII - International relations

A small and vulnerable country needs a dynamic, creative and pragmatic foreign policy, inspired by our national interests.

National interests are not an abstract academic matter. They are real issues that are related to our internal and external security, peace and stability, and economic well-being of our nation.

We are not alone in this world; we are part of an increasingly globalised world, interconnected by investments, tourism, trade, knowledge, information, science, technology, and diseases.

We have two neighbors, Australia and Indonesia, who have been good friends to us. Both are democratic countries, and we share with them land and sea boundaries, airspace, and a long history that is both rich in what is positive and negative, painful and liberating.

The two countries are very different. Indonesia, an Asian country, with 240 million people, with the largest Islamic faith in the world, still poor, though generously endowed by God with vast natural resources, a creative people, many are highly educated.

Australia is one of the richest industrialized countries in the world, with only 20 million people, a rock solid democracy and a bastion of Christianity, an open and tolerant country, founded by convicts, many innocently convicted by the Crown.

Australians, by their very origin, as sons and daughters whose ancestors were unjustly deported into exile in that vast and hostile environment, are very attached to the ideals of justice and freedom. Australians are instinctively sympathetic to the weak and persecuted.

As President I shall continue the policies of the recent past of further enhancing our existing relations with Indonesia and Australia our two neighbors at official level as well as at people to people level.

Timor-Leste is now preparing to join the Association of South East Asian Nations - ASEAN over the coming five years and to share in the fruits of a trading block representing close to a trillion dollars and 500 million people. The opportunities are immense.

If elected I shall make it a priority our accession to ASEAN. Timor-Leste is part of Southeast Asia. It is here that we belong hence we must work harder and faster to join this region of the world, integrating ourselves into this dynamic economic community of more than 500 million people.

In foreign policy I have been always inspired by the best interests of our country, consolidating existing friendly relations, harnessing good will and forging new friendships and potential trading partners. The record speaks for itself.

The US remains the sole economic and military super-power, a continent on its own, that will continue to lead for many decades … in the fields of innovation, creativity, science and technology. The US produces more Nobel Laureates in Sciences than any country in the world. That’s why I say they will continue to lead for many decades more.

We have many friends in the US and if elected President I will make it a priority to continue this special relationship based on shared values and beliefs.
I strongly believe in our relationship with China, Japan, Republic of Korea, India. I will continue to enhance such relationship that can only serve our best national interests.

I am proud that I have contributed to our special relationship with the countries of the European Union.

The European Union is the single most important regional economic and diplomatic power bloc in the world.

Because of our shared history of centuries, shared beliefs in human rights, democracy and justice, the Europeans have a deep understating and sympathy towards peoples in all continents.

XIX – Membership in the Commonwealth

I will make it a priority accession to membership in the Commonwealth.

I will propose to the Government that Timor-Leste seek assistance from the Commonwealth to expand the teaching of English in the country. English is the universal language for science, technology, commerce and tourism. We should provide our youth with this universal language so that they are better equipped for the future.

XX - The United Nations

This multilateral organization of which we are the 191st member is vital and indispensable for the entire world, for large and rich, for poor and small nations.

We are in a globalised world where people and diseases travel almost freely.
No country is immune from certain diseases that travel from one country to another, from one air traveller to another. This is only a small illustration of how our planet has become smaller and how we have become interconnected through science and technology, international trade and tourism.

To address issues of poverty and diseases we need the joint efforts of the international community.

To advance into the 21st century of the digital knowledge we need the know-how and technology of others.

To improve the lives of our poor rural people, we need them to improve their productivity and quality of products and then find markets abroad for these goods.

The United Nations is vital to all of us and specially to small countries like Timor-Leste.

The U.N. can give us a larger space where our voice can be heard and the U. N. can be a sympathetic and neutral force that give us more power where we can negotiate with larger powers.

The United Nations have been in the forefront in assisting us through our many conflicts and crises of the past, helping us winning our freedom, helping us building up our new nation.

Let’s show gratitude to the U. N. and one way to show our gratitude is to support the U. N. personnel in Timor-Leste to do the job they were mandated to do here.

They are not the new colonisers as some radical elements in our society might say. A coloniser usually stays in a colony for several centuries. The U. N. usually stays in a country for a few years, too few.

So let’s be intelligent and pragmatic, let’s try to get the U.N. to stay here for many years, so that they help us build our institutions, provide us with security, let them spend money in our hotels and restaurants, rent our houses, employ our people, etc.

- END

East Timor will need help for a long time - army chief

NZPA Friday, 30 March 2007

One of the world's newest independent countries may have been allowed to develop too quickly by the international community, says a New Zealand army officer.

Lieutenant Colonel Kent Collard, who commands the 150 New Zealand peacekeeping soldiers in Timor Leste (East Timor), which gained independence in 2002, said the strike-torn country would take a long time to become viable.

"With the benefit of hindsight if we look back over the past seven years, perhaps the international community let East Timor develop too quickly," he said from Dili.

He said it was total devastation in 1999 but there was still not the bureaucracy or the experience to run the country.

"Although they are developing those aspects they are still really short of skills on how to run the country - how to organise a sewerage system or power grid or rubbish collection, anything like that. They need help in real basic things."

Lt Col Collard said when he first went to Dili in 1999 it was burning and there were bodies lying in the streets.

Since then it had come a long way. A lot of the infrastructure, including water, power, and telecommunications was working but there was still a long way to go.

"The country needs help, it needs assistance and it needs expertise and it will need that guidance for a long time into the future before it is fully able to generate the people who have the skills to run the country," he said.

FRETILIN CRITICA O USO DA BANDEIRA NACIONAL NO BOLETIM DE VOTO

FRENTE REVOLUCIONÁRIA DO TIMOR-LESTE INDEPENDENTE
FRETILIN

Comunicado de Imprensa 30 de Março de 2007

FRETILIN, o maior partido politico de Timor-Leste, criticou hoje a decisão tomada por quatro candidatos presidenciais em usarem a bandeira nacional como símbolo da sua candidatura às eleições presidenciais de 9 de Abril.

Os quatro candidatos que decidiram usar a bandeira nacional como símbolo da sua candidatura são: Ramos Horta (candidato independente), Avelino Coelho (PST), Lúcia Lobato (PSD) e Xavier do Amaral (ASDT). O candidato da FRETILIN, Francisco Guterres “Lu Olo” usará a bandeira do FRETILIN como símbolo da sua candidatura.

Um membro do escalão superior da FRETILIN, Filomeno Aleixo, disse que era desonesto e perigoso fazer uso da bandeira desta maneira uma vez que os candidatos, ou são candidatos independentes ou são candidatos propostos pelos respectivos partidos.

“O uso da bandeira nacional no boletim de voto é uma tentativa deliberada de enganar o eleitorado quando se sabe que há mais de 50% de analfabetos”, disse Filomeno.

“Quatro candidatos levarão o mesmo símbolo no mesmo boletim de voto sendo assim difícil de distingui-los”, acrescentou Aleixo, membro da Comissão Política Nacional.

O mesmo disse também que a decisão de se permitir usar a bandeira como símbolo de candidatura no boletim de voto afectará seriamente as eleições deixando de ser justas e transparentes.

FRETILIN apresentou recurso ao Tribunal de Recurso no sentido de anular a decisão da Comissão Nacional de Eleições (CNE) mas o Tribunal decidiu que o uso da bandeira no boletim de voto não era ilegal.

Entretanto, a campanha do candidato da FRETILIN, Lu Olo, continuou ontem em Maliana – distrito de Covalima, junto a fronteira com a Indonésia. O comício foi um grande sucesso tendo atraído cerca de 8000 apoiantes.

Lu Olo disse que essa grande afluência das populações é um indicativo de que goza de um forte apoio nos distritos da parte ocidental de Timor-Leste apesar de haver tentativas de mobilização das populações destes distritos contra a FRETILIN.

Para mais informações, contacte com: Mari Alkatiri ( +670) 7332360; Filomeno Aleixo (+670) 7230089; Arsénio Bano (+670) 7230023; José Manuel Fernandes (+670) 7230049; Alex Tilman (+612) 419 281 175 (Melbourne , Austrália)

Notícias- Tradução da Margarida

Angola: Chefes de Polícia da CPLP Expressam Solidariedade com Timor-Leste
Angola Press Agency (Luanda)

Março 28, 2007
Luanda

Na Terça-feira Timor-Leste recebeu em Luanda uma mensagem de encorajamento do chefe da polícia da Comunidade dos países de língua oficial Portuguesa (CPLP), que expressou ainda o desejo de ajudar aquele Estado Asiático na implementação da democracia.

Na comunicação, lida por Carlos Mourato Nunes, um general da Guarda Nacional Republicana de Portugal, pouco antes do encerramento do encontro de chefes de polícias da CPLP, reafirmou o desejo de assistir também aquele país a realizar eleições.

"Seja permitida nesta ocasião, uma palavra para o país que está ausente, Timor-Leste, que nesta altura passa por um período difícil. Neste caso particular, Portugal conhece de modo muito próximo, dado que estamos nesta altura a ajudar a democracia e o processo eleitoral que está em curso e que vai acontecer ao longo deste ano," lê-se na mensagem.

"Em nome dos chefes de polícia presentes, deixem-nos enviar o nosso abraço e desejo que os caminhos desejados sejam atingidos e pelos quais lutaram durante tanto tempo," lê-se ainda na nota.

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General reformado nega abusos em Timor-Leste

Última actualização 29/03/2007, 05:21:26
ABC Rádio Austrália

Um general reformado Indonésio acusado de violações dos direitos humanos por altura da votação da independência de Timor-Leste negou que tivessem ocorrido.

O Major General Zacky Anwar Makarim estava a testemunhar na audição acerca da violência e da destruição por altura da votação de 1999.

Diz que não houve grandes violações dos direitos humanos porque não havia nenhuma política de Estado ou ordem do presidente Indonésio para exterminar ou queimar Timor-Leste.

A ONU tem dito que gangs de milícias foram recrutados e dirigidos pelas forças militares da Indonésia, e que mataram cerca de 1,400 pessoas e destruíram muitas das infra-estruturas.

O General Makarim foi o conselheiro de defesa da equipa Indonésia que tinha por missão a protecção do referendo administrado pela ONU.

A Unidade para Crimes Sérios em Timor-Leste estabelecida pela ONU culpou-o de homicídio, deportação e perseguição.

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TIMOR-LESTE: O PARTIDO DE GUSMÃO É 'UM NINHO DE MENTIROSOS', DIZ ANTIGO PM ALKATIRI

Dili, 28 Março (AKI) – A tensão política cresce na capital Timorense, Dili onde o Presidente Xanana Gusmão aceitou a liderança de um novo partido que tem sido apelidade de ser "um ninho de mentirosos," pelo antigo primeiro-ministro, Mari Alkatiri. "Temos de ter cuidado com o CNRT porque o CNRT mente ao povo," disse Alkatiri aos jornalistas sem elaborar, durante uma visita ao campo de deslocados na Quarta-feira.

O CNRT é a sigla de ‘Conselho Nacional Reconstrucao Timor’, e é o último partido que se juntou ao desafio político em Timor-Leste.

O nome do novo partido é uma referência deliberada ao antigo CNRT – o Conselho Nacional da Resistência Timorense – um órgão não-partidário formado por Gusmão em 1998 e que ganhou a votação para a independência da Indonésia no referendo de 1999.

Apesar de Gusmão ter aceite a liderança, o presidente não aceitará o novo papel até ser eleito um novo presidente nas eleições marcadas para 9 de Abril.

"Estou pronto para liderar o CNRT. Liderarei o CNRT para ajudar as pessoas a viverem numa condição calma e pacífica," disse Gusmão aos repórteres que se juntaram no Palácio das Cinzas em Dili, Caicoli, na Quarta-feira.

A decisão de Gusmão é um desafio aberto à Fretilin de Alkatiri, o maior partido do parlamento. As eleições parlamentares realizar-se-ão em breve depois de o noco presidente estar instalado.

Falando ao Adnkronos International (AKI) sobre o quente clima político, Martinho Gusmão, porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE) lamentou o último comentário de Alkatiri.

"Esses líderes que gostam de insultar os outros na campanha, mostram que não têm qualidade intelectual ou capacidade de liderança," disse ao AKI.

Acrescentou que a CNE prestará atenção ao que se passa e verificará se candidatos e representantes que se insultam uns aos outros estão a violar o código de conduta que foi assinado recentemente.

(Fsc/Ner/Aki)

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Homem da milícia preso pede o arquivo do caos em Timor
Por: Telly Nathalia

Jacarta, Março 28 (Reuters) – O único Indonésio preso por envolvimento na violência que rodeou a votação em 1999 de Timor-Leste pela liberdade, o líder de milícia Eurico Guterres, disse na Quarta-feira que uma investigação aos eventos faria mais mal do que bem.

Ele estava a falar numa audição pública de uma comissão da verdade montada pela Indonésia e Timor-Leste para examinar o que aconteceu relacionado com o referendo sangrento de Agosto de 1999.

A segunda série de audições da comissão começou na Segunda-feira, com o ex-bispo de Dili e vencedor do Nobel da Paz Carlos Belo dizendo que soldados Indonésios tinham participado em ataques a propriedades da igreja e a clérigos antes e depois da votação.

Testemunhando na Terça-feira, B.J. Habibie, que era o presidente Indonésio na altura e que deu a luz verde para um referendo à independência no maioritariamente católico Timor-Leste, acusou a ONU por ajudar a estimular a violência.

A ONU estima que morreram cerca de 1,000 Timorenses durante a balbúrdia no pós-votação, de que foram largamente acusadas milícias pró-Jacarta apoiadas por elementos das forças armadas Indonésias.

Guterres, que liderou a infame gang da milícia Aitarak que provocou massacres na capital de Timor-Leste Dili, disse à comissão que falharia, especialmente quando analisava somente um período específico.

"A comissão somente prolongará, agudizará e acrescentará mais dor, ódio e hostilidade entre os Timorenses," disse Guterres, um nativo de Timor-Leste que escolheu a cidadania Indonésia depois do referendo e que foi mais tarde condenado por liderar gangs responsáveis por violência e mortes.

"Acredito que não precisamos de escavar na miséria do passado que os Timorenses sofreram e que o tempo já enterrou. Nunca encontraremos a verdade culpando os outros e procurando os erros dos outros, especialmente quando nos auto-limitamos a um certo período," disse o barbudo e com cabelo comprido Guterres.

Usava um lenço vermelho e a camisa branca, as cores nacionais da Indonésia, mas apesar dessa exibição de patriotismo, ele pôs algumas das culpas do caos de 1999 no governo Indonésio.
Guterres disse que a culpa deve ser também partilhada pela ONU e por Portugal, que governou Timor-Leste como uma colónia durante séculos antes de sair abruptamente em 1975 no decurso de uma revolução em casa.

Críticos dizem que Portugal pouco tinha feito antes para construir infra-estruturas e administração no território, deixando para trás um vácuo de poder que convidou problemas.

A Indonésia anexou mais tarde Timor-Leste nesse ano e fez dele uma província, mantendo uma enorme e algumas vezes dura presença militar e lutando contra resistentes durante mais de duas décadas.

A ONU, Indonésia e Portugal têm todos responsabilidades pela violência, disse Guterres, "porque não asseguraram que o referendo fosse conduzido numa situação normal".

Os Timorenses votaram massivamente para separar-se da governação Indonésia mas alguns eleitores pró-Jacarta dizem que o referendo foi falsificado pela ONU, apesar da presença de numerosos observadores independentes que concluíram que a votação foi largamente correcta.

Timor-Leste tornou-se totalmente independente em Maio de 2002 depois de uma administração transitória da ONU.
Guterres começou a servir uma sentença de 10 anos numa prisão de Jacarta em Maio de 2006 depois de um demorado processo judicial.

Alguns dos outros 17 acusados sobre os eventos de 1999 receberam sentenças de prisão em certos estágios do processo, mas foram todos eventualmente inocentados pelo Tribunal Supremo da Indonésia.
Críticos da comissão da verdade dizem que é impotente porque lhe falta o poder para punir os que se concluir serem responsáveis de abusos.

Dos leitores

Margarida deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Se for eleito no Timor-Leste, Ramos Horta diz que ...":

O Horta diz que o Alfredo "tem senso de responsabilidade", ele Horta é que não tem qualquer senso.

Notícias - 28 de Março de 2007

(Tradução da Margarida)
Quarta-feira, Março 28, 2007

SOBRE A CAMPANHA - PRESIDENCIAIS

Radio Australia - 28/03/2007, 02:17

Violência esporádica na campanha para as eleições presidenciais em Timor-Leste

Há receios renovados que a violência possa perturbar as eleiuções em Timor-Leste.

O nosso repórter em Dili, Karon Snowdon, relata que vários ataques contra indivíduos levaram líderes políticos a apelar à contenção.

O dia cinco da campanha para as eleições presidenciais em Timor-Leste trouxe relatos de violência esporádica, no que parece ser uma explosão de tensões entre facções rivais no partido Fretilin.

Victor da Costa, o líder de uma facção reformista em em ruptura, Fretilin Mudansa, foi atacado por apoiantes da maioria da Fretilin por estar a fazer campanha pelo candidato presidencial independente José Ramos Horta, que apelou à calma de ambos os lados.

Noutro incidente, um comício da Fretilin foi perturbado por mais de 20 homens que atiravam pedras associados com milícias do amotinado Rai Los, Cujas acusações contra o antigo Primeiro-Ministro e Secretário-Geral da Fretilin Mari Alkitiri levaram à sua resignação no ano passado.

O Sr Alkitiri apoia apelos à contenção.

"Temos tentado o nosso melhor para travar as pessoas da violência (desde Junho e Julho do ano passado até agora," disse.

"Obviamente que há provocações todos os dias e em cada dia [há] novos tipos de provocações."

A polícia do Japão permanece

Entretanto, o Japão decidiu prolongar a missão da sua polícia civil em Timor-Leste até ao fim de Agosto, em linha com o prolongamento da operação dos capacetes azuis da ONU lá.

Era previsto a missão terminar em 31 de Março.

A decisão do Gabinete de a prolongar segue-se a uma decisão do Conselho de Segurança da ONU no mês passado para prolongar e reforçar temporariamente a operação da UNMIT até Fevereiro do próximo ano.

A UNMIT está a assistir com segurança nas eleições presidenciais de 9 de Abril e nas eleições parlamentares.

Dois oficiais da polícia Japonesa e um oficial de ligação têm estado em Timor-Leste desde o princípio de Fevereiro a aconselhar e a instruir o sector da polícia da UNMIT para ajudar a reconstruir a força da polícia local.

Nota: Este mesmo artigo (até ao parágrafo ’Japan police to stay on’) foi divulgado na ABC, 8 horas mais tarde sob o título: líderes politicos Timorenses apelam à contenção

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Ramos Horta de Timor-Leste descreve a visão para o país

Jacarta, Março 27 (AAP) – O candidato presidencial de Timor-Leste José Ramos Horta diz que quer liderar um país "onde não haja líderes amotinados ".


O laureado do Nobel da Paz é um dos oito candidatos a concorrer ao cargo de presidente nas eleições do próximo mês, e retirou-se do cargo de primeiro-ministro antes das eleições em 9 de Abril.

O foragido mais procurado de Timor-Leste Alfredo Reinado pediu aos apoiantes para não votarem no Dr Ramos Horta nas eleições de 9 de Abril.

O líder amotinado mantém-se em fuga depois de ter fugido de um assalto das tropas Australianas ao seu esconderijo em Same, a 50 km de Dili, há três semanas no qual cinco dos seus apoiantes armados foram mortos.

A segurança está a sair do controlo em Timor-Leste antes das eleições, no meio de receios de que Reinado ou os apoiantes possam perturbar as eleições.

Os jornais Fairfax disseram hoje que Reinado tinha escrito uma carta apelando aos apoiantes para não votarem em Ramos Horta ou no presidente do Parlamento de Timor-Leste Francisco Guterres, dizendo que ambos tinham falhado.

Mas Reinado, que tem sido criticado pelo seu papel no desassossego do ano passado no qual morreram 37 pessoas, disse também que não tem planos para perturbar a eleição.

Milhares de policies da ONU e Timorenses estarão de serviço durante a eleição, a primeira votação presidencial desde que Timor-Leste alcançou a independência da Indonésia em 2002.

Ramos Horta disse que quer "liderar um Timor-Leste onde não haja líderes amotinados, somente líderes ".

"Homens e mulheres que apoiam um Timor-Leste pacífico e democrático, e celebram as liberdades da democracia – livre expressão e debates abertos – condições para a paz e prosperidade," disse numa declaração.

"Isto só pode acontecer quando todos os Timorenses tiverem uma voz que possa ser ouvida pelo governo."

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Blog Lu-Olo ba Presidente – 28 de Março de 2007
Campanha em Liquiça: cerca de 3000 pessoas

Ontem, 27 de Marco de 2007, Presidente Lu Olo e a sua comitiva realizaram a campanha em Liquica onde contaram com a presenca de cerca de 3000 pessoas.

Fotografias do comício em: http://www.luolobapresidente.blogspot.com/

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The Age - Março 28, 2007
Lindsay Murdoch, Darwin

Timor protesta contra soldado Australiano

O partido no poder em Timor-Leste, a Fretilin, vai hoje apresentar um protesto sobre um alegado incidente durante o qual é dito que um soldado Australiano puxou um condutor Timorense para fora de um veículo, pisou-o, encostou uma arma à sua cabeça e gritou: "f … . Vou matar-te."

Um porta-voz da Fretilin em Dili disse ontem à noite que o antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri estava no grupo que presenciou o incidente na cidade da região produtora de café em Gleno, (que aconteceu) depois de um comício político da Fretilin.

Disse que o Secretário-geral da Fretilin, Sr Alkatiri, apresentará hoje o protesto a Mal Rerden, comandante da força militar da Austrália de 800 membros em Timor-Leste.

Membros da Fretilin disseram que o incidente ocorreu quando um blindado Australiano forçou a sua entrada numa caravana de carros que acompanhavam membros da Fretilin que foram a Gleno a um comício de apoio ao candidato presidencial do partido, Francisco Guterres, na Segunda-feira.

Houve, segundo foi relatado, um aparente finca-pé entre um conductor da Fretilin e soldados Australianos. Os membros da Fretilin dizem que depois do Timorense ter sido atacado, os guarda-costas do Sr Alkatiri tentaram intervir mas que um soldado Australiano apontou uma arma à sua cabeça.

Oficiais disseram que o soldado recuou por ordem de um comandante Australiano.

O sentimento anti-Australiano é forte nas montanhas à volta de Gleno depois de os soldados Australianas terem morto cinco homens da área durante um ataque abortado à base do líder amotinado Alfredo Reinado em 4 de Março.

Não foi possível contactar o oficial para os media do Brigadeiro Rerden, ontem à noite, para um comentário.

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Radio Australia - 28/03/2007, 13:19

Dili calma enquanto continua a campanha presidencial

A capital de Timor-Leste Dili mantém-se calma quando a campanha para as eleições presidenciais se aproximam da metade do caminho.

Contudo a segurança mantém-se apertada para os candidatos depois de vários incidentes violentos no exterior da capital na Terça-feira.

Líderes políticos apelaram à contenção depois do quinto dia da campanha para as presidenciais ter sido marcado por relatos do escalar da tensão entre facções rivais da Fretilin.

Victor da Costa, o líder da facção reformista em ruptura, foi atacado por apoiantes da maioria da Fretilin quando fazia campanha pelo candidato presidencial independente José Ramos Horta.

Noutro incidente,um comício da Fretilinfoi perturbado por mais de 20 homens que atiravam pedras associados com o amotinado Rai Los.

O representante especial da ONU em Timor-Leste, Atul Khare, diz que continua a haver alta segurança.

"Tenho de sublinhar este ponto, que qualquer violência ou malfeitoria durante o período eleitoral ou no dia da eleição ou no imediato período pós-eleitoral encontrarão a resposta mais forte possível," disse.

Dili tem sofrido explosões de violência de gangs no ultimo ano, tendo o mais recente sido no princípio deste mês.

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OUTRAS NOTÍCIAS

The Financial Times - Março 26 2007 15:29
Por: John Aglionby em Dili, Timor-Leste

Gusmão vai concorrer a PM de Timor-Leste

Xanana Gusmão, o presidente de Timor-Leste, anunciou na Segunda-feira que se juntará a um novo partido político da oposição e que vai concorrer às eleições gerais que se devem realizar nos próximos três meses.


O gesto fará o Sr Gusmão, um antigo líder da guerrilha reverenciado e um poeta que tinha dito que se queria reformar da vida pública, tornar-se o candidato liderante para o trabalho mais executivo de primeiro-ministro nas eleições gerais.

Caso ganhe, o Sr Gusmão substituirá José Ramos Horta, o laureado do Nobel que subiu ao cargo de primeiro-ministro da pequena antiga colónia Portuguese a seguir à crise violenta do ano passado. O Sr Ramos Horta, por seu lado, é o favorito para ganhar uma eleição para o cargo presidencial grandemente cerimonial agendado para 9 de Abril, apesar de o antigo ministro dos estrangeiros ser um dos oito candidatos.

Os movimentos dos dois líderes mais conhecidos de Timor-Leste são vistos como um aumento da pressão sobre a liderança da Fretilin, o partido de esquerda no poder cujo líder, o antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri, foi extensamente acusado pela crise do ano passado.

O Sr Alkatiri foi forçado a resignar do cargo de primeiro-ministro em Maio passado depois de ter sido acusado de envolvimento em desassossego comunitário que deixou mortas 37 pessoas e viu mais de 150,000 residentes da capital Dili fugirem das suas casas. Cerca de 2,500 tropas estrangeiras foram destacadas para restaurar a ordem.

O Sr Gusmão disse na Segunda-feira que se juntará ao Congresso Nacional para a Reconstrução Timorense, ou CNRT, que se espera se registe formalmente como partido nas próximas semanas. Está a usar a sigla usada pela organização abrangente de 1990s que liderou a luta internacional contra a governação Indonésia, que terminou com uma votação patrocinada pela ONU em 1999.

Ao anunciar a sua decisão de se manter na política, o Sr Gusmão disse a um grupo de membros do CNRT que quer acabar com o sofrimento alargado que atinge muita da população de Timor-Leste de 1 milhão depois de um ano de turbulência política. “Quando sair da presidência vamos juntar-nos para a salvação do povo, porque ele não devem sofrer outra vez,” disse.

O anúncio do Sr Gusmão foi feito depois de ter sido presenteado com uma petição que os membros do CNRT disseram que tinha sido assinada por 6,250 pessoas ansiosas para ver o presidente permanecer na política. “Timor-Leste precisa de um partido político forte com boa liderança, com um líder que ame as pessoas,” diz a petição. „É por isso que te queremos Xanana. Só confiamos em ti.”

Filomeno Aleixo, um membro do comité central da Fretilin, na Segunda-feira condenou o uso pelo Sr Gusmão da sigla CNRT, que permanece emotiva em Timor-Leste. „Tem o direito de fazer o que está a fazer mas não é ético porque está de facto a apoderar-se de um símbolo histórico poderoso, a sigla CNRT que todos os Timorenses conhecem como algo completamente diferente daquilo para que o está a usar,” disse o Sr Aleixo.

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O presidente de Timor-Leste junta-se a um novo partido controverso

Dili, Março 26 (AFP) - O Presidente de Timor-Leste Xanana Gusmão disse na Segunda-feira que em breve se juntará a um novo partido político, mesmo quando a organização nascente foi criticada por falta de transparência.


Gusmão, que não concorrerá às eleições presidenciais do próximo mês, disse que se juntará ao Congresso Nacional da Reconstrução de Timor depois de deixar a liderança da antiga colónia Portuguesa empobrecida.

O novo partido terá a mesma sigla - CNRT, com base na versão Portuguesa do nome -- do movimento pró-independência agora desmantelado, activo durante a ocupação de Timor-Leste pela Indonésia.

Mari Alkatiri, Secretário-Geral da Fretilin, o maior partido político de Timor-Leste, disse que o uso da sigla era "cínico" e "oportunista" e ameaçou com acção legal. "Quando mais de metade do eleitorado é analfabeto, há uma obrigação moral de todos os partidos serem transparentes e sem ambiguidade na sua identidade, mensagens de campanha e políticas," disse numa declaração o antigo primeiro-ministro.

Disse que foi dado um nome enganador ao novo partido para confundir e enganar os eleitores.

Alkatiri saiu no meio de desassossego crescente e pressão pública em Junho de 2006.

Foi interrogado sobre alegações de que estava envolvido na armação de civis durante a violência sangrenta em Maio, mas o caso foi arquivado por falta de evidência.

Pelo menos 37 pessoas foram mortas e 150,000 forçadas a fugir durante o desassossego, que levou ao destacamento de forças militares internacionais lideradas pelos Australianos para estabilizar o país.

A eleição presidencial de 9 de Abril será a primeira no inquieto Timor-Leste desde que alcançou a independência em 2002 depois de 24 anos de ocupação da Indonésia até 1999.

Gusmão, que combateu a governação Indonésia, concorreu como independente numa eleição presidencial antes da independência formal de Timor-Leste.

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Global Insight Daily Analysis - Março 27, 2007
Tanja Vestergaard

Presidente de Timor-Leste junta-se a novo partido da oposição

O presidente de Timor-Leste, Xanana Gusmão, anunciou ontem a sua intenção de se juntar a um novo partido político da oposição, o Congresso Nacional para a Reconstrução Timorense (CNRT), abrindo caminho para se tornar um concorrente nas eleições gerais marcadas para Abril deste ano, de acordo com o Financial Times. Gusmão, que tem dado sinais que sai do posto grandemente cerimonial de presidente do país destroçado pelo conflito, anunciou a sua intenção de se manter na política quando foi presenteado com uma petição assinada por 6,250 membros do CNRT pedindo-lhe para se manter na política.


O novo partido de Gusmão, o CNRT, usa a sigla usada pela organização abrangente dos anos de 1990s que coordenou a luta internacional contra a governação Indonésia, que acabou com uma votação patrocinada pela ONU em 1999.

Entretanto, o Comité Central do partido no poder, a Fretilin, condenou o uso por Gusmão da sigla CNRT, defendendo que isso é "high-jacking de um símbolo histórico poderoso ". Significado: o gesto de Gusmão é +rovável que o torne o candidato de topo para o cargo de primeiro-ministro nas próximas eleições. Este é correntemente ocupado pelo seu aliado José Ramos Horta, que tirou o cargo de Mari Alkatiri depois de alegações de que esteve envolvido no patrocínio de esquadrões de ataque na violência política que tomou conta da nação no ano passado. Ramos Horta é por sua vez o favorito para ganhar a presidência, com sete outros também a concorrerem ao cargo. Isto pode ser entendido como um movimento estratégico dos líderes de topo do país para aumentar a pressão sobre o partido de esquerda no poder, a Fretilin, que foi colocada numa posição difícil depois de o seu líder, Alkatiri, ter estado debaixo de fogo pelo papel na violência que desestabilizou sériamente a nação nascente no ano passado.

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Catholic Telecommunications - 28 Março 2007

Soldados Australianos acusados por vandalismo na igreja em Timor

Um padre de Timor acusou tropas Australianas de terem destruído bens num assalto a uma igreja durante uma busca ao líder amotinado foragido Alfredo Reinado.

"Por volta das 2 a.m. de 23 de Março, soldados Australianos completamente armados vieram aqui quando não havia electricidade. Andaram à volta da igreja, pontapearam a porta de trás e forçaram a entrada. Pensavam que escondíamos aqui o líder amotinado," disse aos repórteres o padre Heremenio Gonçalves.

O padre não estava certo da quantidade de soldados Australianos que assaltaram a igreja. "Só ouvi os gritos deles a dizerem que Alfredo estava dentro da igreja, para o apanharem dentro da igreja," lembrou.

Alfredo Alves Reinado, que liderou uma revolta que mergulhou Timor-Leste para o caos em Abril passado, escapou da captura pelas forças internacionais lideradas pelos Australianos em Timor-Leste. Tem andado foragido desde que fugiu de uma prisão de Dili em Agosto ao lado doutros 50 presos.

O padre Gonçalves suspeita que os soldados Australianos pensavam que Reinado estava escondido na igreja porque muitos jornalistas que cobrem a campanha das eleições presidenciais pararam lá no dia anterior a caminho de Suai. A eleição está agendada para 9 de Abril.

"Os soldados Australian podem ter pensado que os jornalistas tinham vindo entrevistar Reinado," disse o padre Gonçalves, questionando como é que os soldados Australianos podiam mesmo pensar que a igreja católica daria abrigo a um foragido num local de culto. "Não é adequado," disse sobre a acção dos soldados Australianos, pedindo-lhes para respeitarem e para não destruírem locais de culto no desempenho da sua função.

O padre disse que vai pedir ao Presidente Alexandre "Xanana" Gusmão e ao Primeiro-Ministro José Ramos-Horta para examinarem o incidente. Disse que pedirá ainda aos bispos Alberto Ricardo da Silva de Dili e Basilio do Nascimento de Baucau, cujas dioceses cobrem o país, para dizerem aos soldados Australianos para não invadirem a sua igreja outra vez.

O padre Gonçalves disse que as tropas Indonésias durante a ocupação não eram "rudes como os soldados brancos, que entraram na igreja aos ponta-pés e a destruir a casa de culto."

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AAP – Quarta-feira Março 28 09:23 AEST

Habibie culpa a ONU pela confusão em 1999 em Timor

O presidente Indonésio que autorizou o referendo em Timor-Leste sobre a independência disse na Terça-feira que a confusão que se seguiu à votação podia ter sido evitada se a ONU não tivesse divulgado o resultado mais cedo do que o acordado.

BJ Habibie, que tem vivido na Alemanha desde que terminou o seu mandato em 1999, fez uma declaração durante uma audição à porta-fechada em Jacarta feita por uma comissão da verdade montada pela Indonésia e Timor-Leste numa tentativa para descobrir os eventos que rodearam o sangrento referendo em Agosto de 1999. Os seus comentários foram transmitidos por funcionários da comissão.

A votação mostrou que os Timorense de forma massiva queria que acabasse a ocupação da Indonésia da antiga pequena colónia Portuguesa.

A ONU estima que cerca de 1,000 Timorenses foram mortos na violência depois da votação de que foram acusadas milícias pro-Jacarta apoiadas por elementos das forças armadas Indonésias.

Habibie não falou aos media depois da audição mas a comissão deu uma conferência de imprensa descrevendo o testemunho.

Um comissário Indonésio, Achmad Ali, disse que Habibie tinha culpado a ONU, que organizou a votação, por excitar a situação ao declarar os resultados em 4 de Setembro de 1999, três dias antes do agendado.

"Disse que se a escala da violência que tinha ocorrido fosse 100, podia ter sido minimizada para 10 se Kofi Annan não tivesse quebrado a sua promessa. O acordo com Kofi Annan de facto era que antes de 7 de Setembro seria declarada a lei marcial," disse.

Annan era o Secretário-Geral da ONU nessa altura.

Perguntado sobre como se sentiu Habibie quando a sua política de autorizar um referendo terminou com violência, Ali disse: "Lamentou-o. Disse que chorou e que se perguntou como é que as coisas podiam acontecer daquela maneira."

O co-presidente da comissão Benjamin Mangkoedilaga disse que Habibie tinha negado que Jacarta tivesse um plano de contingência de terra queimada para Timor-Leste se votasse a saída.

Na Segunda-feira, o dia de abertura da segunda série de audições da comissão, o laureado do Nobel da Paz Carlos Belo – bispo católico de Dili de 1996 a 2002 – disse que soldados Indonésios tinham tomado parte na violência contra a igreja e o clérigo em Timor-Leste antes e depois da votação da liberdade.

A audição corrente decorre até Sexta-feira vai ouvir também o testemunho de vítimas, de três generais Indonésios conectados com operações em Timor-Leste em 1999, e do único Indonésio encarcerado por causa do seu envolvimento na violência – o líder de milícia Eurico Guterres.

Outros dezassete homens indiciados por procuradores de Jacarta sobre o caos de 1999 foram inocentados em vários estágios judiciais. Eram todos soldados Indonésios, polícias ou funcionários do governo.

Críticos dizem que a comissão é impotente porque lge falta o poder para punir os responsáveis pelos abusos.

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The Jakarta Post – Quarta-feira, Março 28, 2007
Alvin Darlanika Soedarjo, The Jakarta Post, Jakarta

Habibie: Annan é o culpado

A comissão Indonésia-Timor-Leste da Verdade e da Amizade (CTF) pode convocar o antigo chefe da ONU Kofi Annan para falar acerca da sua decisão sobre o referendo de 1999, que permitiu então que Timor-Leste rompesse com a Indonésia e foi seguido por tumultos massivos.

A comissão conjunta examinou o papel do antigo presidente Bacharuddin Jusuf Habibie no referendo num encontro à porta-fechada na Terça-feira no Centro Habibie em vez de no Hotel Crowne Plaza.

"Habibie disse que Annan quebrou a sua promessa de anunciar os resultados do referendo em 4 de Setembro de 1999, muito mais cedo do que a data acordada de 7 de Setembro," disse o membro da comissão Achmad Ali depois do interrogatório a Habibie.

Habibie disse à comissão que o anúncio prematuro significou que as tropas Indonésias chegaram demasiado tarde para travar a violência que já tinha irrompido. Tinham planeado inicialmente pôr Timor-Leste sob o estado de emergência militar.

"Se for possível, podemos convidar Annan a clarificar a declaração de Habibie. Vamos recomendar isto no próximo encontro da comissão. Annan ainda não explicou a situação histórica na sua perspectiva," disse Achmad depois da audição da comissão no Hotel Crowne Plaza.

Habibie estava no poder na altura em que a maioria dos eleitores Timorenses decidiram romper da Indonésia, desencadeando desassossego entre milícias opostas.

A comissão começou na Segunda-feira a sua segunda audição questionando o antigo bispo de Dili Carlos Felipe Ximenes Belo. A comissão interrogará vários antigos membros das Forças Armadas, testemunhas e vítimas das atrocidades.

A comissão realizou a sua primeira audição em 19 e 20 de Fevereiro em Bali, questionando, entre outros, o antigo ministro dos estrangeiros Ali Alatas e o embaixador da Indonésia em Lisboa Francisco Lopez da Cruz.

Estabelecida pelo Presidente Susilo Bambang Yudhoyono e pelo Presidente de Timor-Leste Xanana Gusmão em 9 de Março de 2005, a comissão é composta de 10 membros de Timor-Leste e da Indonésia.

Às vítimas é dada a oportunidade de contar as suas histórias enquanto os que participaram na violência têm uma oportunidade de confessar erros do passado e serem perdoados.

Achmad disse que ao contrário de outros testemunhos, Habibie não prestou juramento na comissão, de modo a respeitá-lo como antigo presidente.

"Habibie não lamenta que Timor-Leste optasse pela independência. Contudo, disse-nos que estava triste de separar-se dos Timorenses, a quem chamou irmãos," disse Achmad.

O co-presidente da comissão Benjamin Mangkoedilaga disse que Habibie, que sentiu que fez a coisa correcta com o referendo, faria o seu melhor para o povo da jovem nação.

"Habibie nega que desse ordens para a destruição que se seguiu ao anúncio do resultado do anúncio. Conta totalmente connosco (para a clarificação)," disse Benjamin.

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The Jakarta Post – Quarta-feira, Março 28, 2007

Eurico Gutteres está pessimista que a KKP revele a verdade

Jakarta: O antigo líder da milícia de Timor-Leste Eurico Gutteres expressou o seu pessimismo que a Comissão sobre a Verdade e a Amizade (KKP) tenha capacidade para revelar a verdade acerca do pós-referendo em Timor-Leste

Eurico deu o seu testemunho frente aos membros da Comissão acerca da violência em Timor-Leste depois da maioria dos seus cidadãos terem votado pela separação da Indonésia no referendo de 1999.

Eurico, que foi preso pelos incidentes, disse que a KKP não terá capacidade para tirar conclusões correctas dos testemunhos porque cada uma das partes tem a sua própria versão sobre os incidentes, relatou a televisão MetroTV.

A KKP tinha questionado muitas outras figuras de ambos os países incluindo o antigo Presidente B.J. Habibie, o antigo ministro dos estrangeiros Ali Alatas, e o bispo Timorense Carlos Pilipe Ximenes Belo.

A comissão foi estabelecida pela Indonésia e Timor-Leste, que votou em massa para acabar com a governação de quase um quarto de século da Indonésia num referendo público há oito anos. Isso desencadeou uma explosão de mortes, pilhagens e fogos-postos.

Somente uma pessoa foi punida pela violência. Líderes políticos em ambas as nações parecem relutantes em pressionar por mais julgamentos. A ONU tem dito que considerará montar um tribunal internacional se não se fizer justiça.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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