sexta-feira, junho 01, 2007

UNMIT – MEDIA MONITORING - Friday, 01 May 2007

National Media Reports

Estanislau: children are the future of the nation
The prime minister, Estanislau Aleixo da Silva has told journalists on the international day of children on Friday that children are the future of the nation. The Prime Minister called upon the parents, communities and families to provide the protection for the children.

Furthermore Mr. Aleixo said that every citizen of the nation has responsibility to pay attention to ensure the health and education of children. (DN, TP, STL and TVTL)

UNPol detained 4 suspects of Ermera incident
At a press conference held by UNMIT on Thursday (31/5) in UNMIT HQ Obrigado Barrack Caicoli Dili, the acting UNPol commissioner, Hermanprit Singh stated that UNPol and PNTL have detained 4 suspects and identified 18 people from the incident took place in Suco Hurahu, Ermera district where 16 houses were burnt.
(DN)

Local organization forcing UN to reform the judicial system
The Director of Judicial System and Monitoring Programme (JSMP), Timotio de Deus told journalists on Tuesday that monitoring in three district courts (Baucau, Oecusse and Covalima) found that people are not satisfied with justice due to political interference and a lack of transparency.

JSMP has asked the UNDP to make contracts with international tribunals to increase the number of judges to facilitate the judicial system in Timor-Leste.

He also said that UN does not have any commitment to follow the recommendations from the Commission of Inquiry.

PNTL deployed URP in Ermera
The minister of interior, Alcino Barris said that the national commander of PNTL will deploy Unidade Reserva Polisia (URP) in Ermera to reinforce the security to stop house burning.

(STL and TP)


Alteration law opens door for religious (priests, nuns and bishops) people to be jailed

The member of the national parliament from the Christian Democratic Party (UDC/PDC), Vicente Guterres said that changes to the law promulgated by president Jose Ramos Horta opens the door for religious (priests, nuns and bishops) people to be jailed.

“I think the law could be unconstitutional and undemocratic.,” revealed Mr. Guterres on Thursday (31/5) in national parliament. (STL)

Jose Teixeira: we, the one who decides the pipeline
The minister of resources natural resources and energy, Jose Teixeira has said that Timorese people have to decide if the pipeline should go to Australia or Timor-Leste.

He said it is the right of the Timorese people to participate in building the oil industry. (TP)

UNMIT asking for contribution of Media – Observers in counting process
At a press conference held by UNMIT on Thursday (31/5) in UNMIT HQ Obrigado Barracks Caicoli Dili, the acting chief of electoral, Andres del Castillo called on the media and observers to guarantee a transparent and impartial counting process in the parliamentary election on 30 June.

Mr. Castillo added that UNMIT is prepared to support all local laws to ensure that the election is conducted freely and fairly. (TP)

Lu-Olo: not easy to do things in 5 years
The president of the ruling party Fretilin, Francisco Guterres Lu-Olo said that it is not easy to do things in five years.

“In 1999 many things were destroyed at least 75% so government started from zero,” Lu-Olo told his supporters when campaigning on Thursday (31/5) in GOR Baucau district. (TP)

Borderline between Timor-Leste and Indonesia reopened
The Indonesian ambassador in Timor Leste, Ahmed Bey Sofwan stated on Wednesday (30/5) in Indonesian Embassy Farol Dili that the district commander of the military said the border between Timor-Leste and Indonesia can reopened.
(TP)

...

Timor-Leste: CNRT preparado para se sentar na oposição

Lusa – 31 Maio 2007 - 15:47

Macau - O Congresso Nacional da Resistência Timorense (CNRT) "está preparado" para se sentar no parlamento como oposição e deseja trabalhar em prol do desenvolvimento do país, afirmou o secretário-geral do partido, Dionísio Babo Soares.

Em Macau a participar num curso de formação contra a corrupção, organizado no Instituto Inter-Universitário, Dionísio Babo sustenta que o partido liderado por Xanana Gusmão "quer ganhar as eleições mas não coloca de parte a possibilidade de ir para a oposição". "Se o povo decidir assim, o CNRT está preparado para ir para a oposição e ajudar quem vier a ser governante de Timor-Leste a desenvolver o país e a ser uma oposição construtiva e não como todos pensam que só quer derrotar a Fretilin", afirmou.

Dionísio Babo defendeu, no entanto, que um governo da Fretilin "tem também que dialogar com a oposição e de se renovar aprendendo com os erros do passado".

"Os problemas entre a Fretilin e a oposição não eram institucionais mas pessoais e se houver uma mudança aceitável dentro da Fretilin que permita o diálogo com a oposição não vejo razões para o CNRT não estar na oposição construtiva", concluiu.

O CNRT é um dos 13 partidos e coligações concorrentes às eleições legislativas timorenses que se realizam a 30 de Junho.
JCS-Lusa/fim

Xanana Gusmão tece duras críticas à Fretilin

Lusa – 31 Maio 2007

O líder do CNRT, Xanana Gusmão, teceu hoje duras críticas à governação da Fretilin, considerando que o partido "não tem visão de médio/longo prazo" e que o fundo petrolífero referente ao Mar de Timor-Leste "não significa desenvolvimento".

Numa entrevista à Agência Lusa em Baucau, segunda cidade timorense, onde se encontra no seu terceiro dia de campanha para as legislativas de 30 de Junho, o presidente do Congresso Nacional da Reconstrução de Timor-Leste (CNRT) e ex-chefe de Estado acusou a Fretilin de não ter um programa para os problemas do país.

"O fundo petrolífero não é desenvolvimento e visão não é plano. (Na qualidade de chefe de Estado timorense - 2002/07) Andei sempre a pedir (ao executivo da Fretilin) qual era o plano do Parlamento e do governo", disse Xanana Gusmão, defendendo que a Assembleia da República timorense "apenas serviu para cerrar os punhos e dar saudações".

"(A Fretilin) Respondia que o plano está na visão. Visão não é plano. A Fretilin não tem médio/longo prazo", respondeu Xanana, quando questionado sobre as opções estratégicas do governo que, de 2002 a 2006, foi liderado pelo secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri.

Para Xanana, que deixou a presidência de Timor-Leste a 20 deste mês, o fundo petrolífero "não é desenvolvimento". "É apenas um factor, aliciante às vezes, que pode alicerçar um programa de desenvolvimento", acrescentou, lembrando que as futuras gerações estão em risco.

"O fundo tem dinheiro para a futura geração, mas a futura geração é doente, analfabeta e morre. Será o fundo para os netos deles?", questionou o ex-Presidente timorense.

Na entrevista à Lusa, concedida no final de um concorrido comício em Baucau, em que também discursaram dois líderes do Grupo de Mudança da Fretilin, o coordenador do grupo, Vítor da Costa, e o ex-chefe da diplomacia timorense, José Luís Guterres, Xanana reiterou ser candidato a primeiro-ministro. "Como cabeça-de-lista do CNRT, sou candidato a primeiro-ministro se o partido vencer as eleições" legislativas de 30 de Junho, afirmou à Lusa naquela cidade situada 150 quilómetros a leste de Díli. Não estou a correr atrás do poder, mas quero arrebatar o poder a pessoas que não têm sensibilidade nenhuma", acrescentou Xanana Gusmão.

Timor-Leste: Dionísio Babo defende combate à corrupção e acusa ministros e funcionários de enriquecimento rápido

Lusa – 31 Maio 2007 - 15:58

Macau, China - Timor-Leste deve preparar-se rapidamente com legislação e organismos de combate à corrupção, defendeu hoje em Macau o secretário-geral do CNRT, Dionísio Babo, ao recordar que há ministros e funcionários públicos que, mesmo com salários baixos, “ficaram ricos”. “Não quero ir mais longe mas, de facto, a realidade mostra isso e não são só ministros mas também pessoas que trabalham como funcionários públicos e que estão em posições que permitem adquirir coisas ou dinheiro de forma ilegal”, afirmou, em declarações à agência Lusa.

Já na quarta-feira, Dionísio Babo tinha dito em entrevista ao diário Hoje Macau que houve em Timor-Leste “casos de ministros do governo com um salário muito baixo e que, em pouco tempo, enriqueceram”. Recusando especificar o nomes dos governantes que inclui no leque dos que enriqueceram, Dionísio Babo Soares, que se encontra em Macau a participar num curso sobre combate à corrupção no Instituto Inter-Universitário de Macau, defende, contudo, que a corrupção em Timor-Leste “não vale nada” se for comparada com países ou territórios muito mais avançados como “Macau, Hong Kong ou países europeus”.

E, além dos valores em dinheiro, o mesmo responsável acrescenta aos crimes de corrupção os actos de “abuso de poder” e dá como exemplo “a utilização de carros do Estado para fazer campanha por um candidato, como aconteceu nas eleições presidenciais”, referindo-se a Francisco Guterres “Lu Olo” e aos ministros da Fretilin que participaram em acções de campanha do presidente do Parlamento Nacional.

“Vendo o que está a acontecer e vendo a falta de transparência na gestão dos recursos do Estado , acho que é muito necessário e normal para um país como Timor-Leste ter já não só instituições encarregues de trabalhar nessa área, mas também leis orgânicas que respondam devidamente aos casos de corrupção”, assinalou.

Sublinhando que o Código Penal Indonésio, ainda em vigor no país, não é “muito especifico” no casos de corrupção, Dionísio Babo Soares considera “que qualquer governo que lidere o país depois das eleições legislativas do final de Junho deve tomar medidas nesta direcção”.

É que, disse, “Timor-Leste é um país muito pobre e tem 80 por cento da população a viver na miséria e há pessoas a usar meios públicos sem controlo”.

O CNRT é um dos 13 partidos e coligações concorrentes às eleições legislativas timorenses que se realizam a 30 de Junho.
JCS-Lusa/fim

Jovens timorenses realizam conferência em Lisboa

Notícias Lusófonas - 31 Maio 2007

O processo de construção de Timor-Leste ao longo dos cinco anos de independência vai ser analisado sábado, em Lisboa, numa conferência realizada pelo Fórum Juventude e Estudantes Timorenses (FORUMJET).

De acordo com a organização, a conferência visa celebrar o quinto aniversário da restauração da independência de Timor-Leste, que se assinalou no passado dia 20, tendo como "pano de fundo" a eleição de Ramos Horta para presidente da República e as eleições legislativas, marcadas para 30 de Junho.

A iniciativa pretende igualmente analisar a sustentabilidade do estado timorense após a recente crise político-militar que, segundo a FORUMJET, "quase" levou ao "desmembramento de alguns sectores do Estado".

A conferência "Construção do estado timorense" realiza-se na Universidade Nova de Lisboa e contará com a presença do deputado timorense Abílio Araújo e dos professores Barbedo de Magalhães e Almeida Serra, que há longos anos acompanham as questões timorenses.
"Timor-Opções inadiáveis", "Os desafios da construção do estado" e "Aspectos da construção económica do estado timorense" são os temas em debate.

Criada no final de 2006, o FORUMJET é composto por cerca de 50 jovens e estudantes timorenses em Portugal.

Preservar e divulgar a cultura de Timor-Leste em Portugal, apoiar a inserção dos jovens timorenses e organizar actividades que reforçam a unidade da juventude no seio da comunidade são os principais objectivos da FORUMJET.

Cavalo De Tróia De Xanana Chama-Se Mudança

Blog Página Um – Domingo, Maio 27, 2007
Cavalo De Tróia De Xanana Chama-Se Mudança
António Veríssimo

Eleições Timorenses Prometem Ser Violentas Se...

Apenas a dois dias do inicio da campanha eleitoral para a Assembleia Legislativa de Timor-Leste a refrega entre partidos começa surgir e tudo indica que vai aquecer, mas esperemos que tudo não passe de palavras e pacificas manobras políticas para que assim a integridade física dos timorenses não venha a sofrer novamente com isso.

Está mais que visto que a Fretilin é o partido político a abater. Essa é a vontade de Jonh Howard, passou a ser a de Xanana Gusmão e de Ramos Horta em obediência aos ditames da "democracia" ao seu estilo.

Como Horta nunca se disponibilizou para dar a cara em combate directo com os orgãos directivos do partido, um outro elemento foi recrutado para o fazer: José Luís Guterres.
A contestação vinda deste militante ganhou maior impacto quando se realizou o último congresso da Fretilin, em 2006, tendo havido então grande celeuma pelo facto de as votações serem de braço no ar, o que foi contestado pelo grupo que se viria a denominar "Mudança" - um tribunal reconheceu a legitimidade do método de votação.

Desde então, o Grupo Mudança tem vindo a somar apoios - mais fora da Fretilin que dentro - sendo seus principais apoiantes Xanana Gusmão e Ramos Horta, o que não surpreende.
Reunido na passada sexta-feira, em Díli, os Mudança, exigem à direcção do partido a realização de um Congresso Extraordinário para poderem voltar a pôr em causa tudo aquilo que consideram que está errado no partido. O que não é nada de mais se a intenção fosse realmente transparente e não mais uma operação ao estilo do "Cavalo de Tróia" com remetente de Xanana Gusmão, o corrosivo.

Em despachos das mais diversas agências a operar em Timor-Leste consegue-se perceber que realmente poderão existir coisas menos certas na Fretilin, que devem ser discutidas internamente e corrigidas em conformidade com a vontade dos representantes da maioria dos militantes, ou não. Os militantes do partido são soberanos e desde que cumpram a legalidade têm o direito de decidir como melhor acharem.

Assim não pensa José Luís Guterres, nem o pequeno grupo que o acompanha, tendo vindo a anunciar que não saem da Fretilin mas vão apoiar o CNRT, fazer campanha e integrar as listas electivas, destas eleições legislativas, assim como usar bandeira da Fretilin - são declarações dos próprios.

A acontecer tudo isto, não restam dúvidas que a Mudança é constituída por escroques polítiqueiros da pior fibra humana que possa existir e que ficarão muito bem acompanhados por Xanana Gusmão e todo o seu passado. A não ser que reste alguma dignidade ao ex-presidente Xanana, agora líder do CNRT, que impossibilite os Mudanças de procederem a provocações que certamente irão exaltar ânimos e provocar violências indesejáveis.

Sem conhecer os estatutos do CNRT, arrisco a perguntar se é permitido incluir nas suas listas militantes, de facto, de outros partidos políticos?

Mesmo que seja possível, éticamente está errado!

Considera Xanana, leal, democraticamente saudável e de objectivos pacificos que em comícios do seu partido existam militantes e apoiantes com bandeiras da Fretilin?

Se bem que em política muitas nojeiras se possam considerar democráticas, esta não o é, com toda certeza, o que exige uma demarcação de Xanana Gusmão em relação a todos estes factos ou mais uma certeza de que ele, uma vez mais, assumiu a liderança do descalabro para onde caminha a sociedade timorense.

Ficará claro que J. Luís Guterres e o seu grupelho não passam de paus-mandados que a troco de uns lugarzinhos em lista elegível procuram destruir o partido histórico da resistência timorense em vez de saberem esperar e resolver as suas divergências internamente.

Mudança? Um nojo!

Mensagem do PM no dia Mundial da Criança

Gabinete do primeiro-ministro
MENSAGEM
DE S.E. O PRIMEIRO-MINISTRO Engº ESTANISLAU Aleixo DA SILVA NO DIA INTERNACIONAL DA CRIANÇA

Díli, 1 de Junho de 2007

Caros cidadãos,
e queridas crianças de Timor-Leste.

Em nome de todos os meus colegas do III Governo Constitucional de Timor-Leste, dirijo as minhas saudações com alegria a todas as crianças de Timor-Leste, de Lautem até à fronteira, de Ataúro a Oe-Cusse e a outros lugares, incluindo os que estão longe da pátria.

Queridas crianças, hoje é um dia especial para vós. Convosco, nós, como governantes e como cidadãos de Timor-Leste, celebramos os vossos direitos, satisfeitos pelas múltiplas iniciativas que ajudam a abrir a consciência de todos para a necessidade de prestar atenção às crianças, porque vós sois o futuro de Timor-Leste.

Em nome do Governo, manifesto-vos a nossa especial satisfação às famílias e aos professores, em especial aos professores primários, pelo seu esforço ajudando os pais na educação e acompanhamento das crianças desde pequenas, transmitindo-lhes os valores que todos desejamos ver reforçados na nossa sociedade.

Valores como a honestidade, o sentido de justiça, o respeito mútuo – respeito aos pais e a toda família e respeito por cada um dos nossos concidadãos. Este respeito significa não discriminar ninguém, pelo local de nascimento, pela cor, raça ou etnia, pela condição social, pelo género, pela idade ou pela religião.

Devemos dar muita atenção aos valores que mais contribuem para uma boa relação entre todos os timorenses e para o fortalecimento da estabilidade e da paz em Timor-Leste. Esta é uma condição importante que devemos assegurar para desenvolvermos este nosso país, melhorarmos a nossa vida quotidiana e o nosso futuro.

Hoje realizamos várias iniciativas para celebrar o vosso dia com alegria e para lembrar aos adultos que proteger as crianças é um dever de toda a sociedade.

A Assessoria de Direitos Humanos do Gabinete do Primeiro-Ministro organiza várias actividades com apoio de agências não governamentais e de escolas do Estado e particulares.

Caros cidadãos,
e queridas crianças de Timor-Leste.

Embora haja um grande empenhamento por parte do Estado de Timor-Leste, sabemos que, como nação jovem a viver uma situação pós conflito, temos grandes problemas e grandes desafios que afectam as crianças do país.

Um grande desafio é garantir a protecção das crianças assegurando um desenvolvimento saudável para o seu futuro.

Um grande desafio é conciliar os programas escolares e a vida fora da escola no sentido de promover a criatividade das crianças e a consciência dos seus deveres para viverem com amor e com respeito pelos outros.

Outro desafio é como proteger as crianças da violência. O que se deve fazer a quem destrói a inocência de uma criança? Como tratar e recuperar as crianças que são vítimas da violência?

Como ajudar as crianças a serem adultos responsáveis, amanhã?

Caros pais e mães.

A nossa constituição responsabiliza o Estado, a comunidade e as famílias pela protecção das crianças.

Todos partilhamos a responsabilidade de velar pelas crianças e de garantir o seu direito à saúde e o seu direito à educação, garantindo desse modo o futuro deles e o futuro de Timor-Leste.
Actualmente, 20 por cento das crianças não vão à escola e muitas morrem ainda pequenas com doenças facilmente evitáveis.

Isto acontece porque há ainda muitas famílias a viverem na pobreza e muitos pais e mães que não sabem ler e escrever.

Está em curso uma campanha de alfabetização de adultos em todo o território. Se os pais e as mães souberem ler e escrever poderão compreender melhor como educar as suas crianças, em casa, porque devem mandá-las à escola e como prevenir várias doenças infantis. Isso ensina-nos o caminho para proteger as crianças e assegurar-lhes um crescimento equilibrado e um futuro como cidadãos responsáveis e produtivos.

O governo deve trabalhar para garantir um ambiente mais seguro, um ambiente de paz e tranquilidade para as crianças poderem ir à escola e aprenderem com toda a liberdade o que a escola tem para lhes oferecer.

O Governo continuará a trabalhar no aperfeiçoamento do curriculum nacional da Educação, das infra-estruturas das escolas e da formação contínua dos professores, para melhor assegurar que as crianças podem desenvolver as suas capacidades e ter êxito no futuro.

Todos nós, cidadãos adultos de Timor-Leste, temos o dever de garantir às crianças uma vida pacífica e tranquila, nos seus lares e na comunidade. Nós, que somos mais velhos, devemos ter consciência de que as crianças seguem os adultos. Nós somos o seu modelo. Portanto, devemos dar-lhes o exemplo.

Pais e mães têm o dever de dar amor às suas crianças, em casa. Devemos todos fazer um esforço, na comunidade e individualmente, para diminuir os níveis de violência na nossa sociedade, evitando que as crianças contactem com a violência.

Quero assegurar a todos que o Estado de Timor-Leste continuará a dar atenção às crianças, no cumprimento da Constituição e dos Tratados Internacionais.

De Maio de 2002 a 2004, Timor-Leste ratificou os sete principais tratados internacionais sobre Direitos Humanos, incluindo a Convenção Internacional sobre os Direitos das Crianças. No ano passado apresentámos o nosso primeiro relatório, em cumprimento desta última. A Assessoria de Direitos Humanos do Gabinete do Primeiro-Ministro está a trabalhar para formar uma Comissão Nacional dos Direitos das Crianças, cumprindo as disposições da convenção.

Queridas crianças de Timor-Leste.

Vós sois a nossa riqueza. Vós sois o nosso futuro. O Estado tem o compromisso de vos proteger e dar atenção à vossa vivência.

O esforço de desenvolvimento que estamos a fazer é para assegurar que o vosso futuro será cheio de oportunidades, capacidades e alegrias.

Esta é a nossa promessa e o nosso compromisso convosco.

Queremos que venham a ser bons cidadãos de Timor-Leste, com uma identidade própria timorense. Para isso, o Estado deve criar condições para vos ensinar a nossa história, a história de Timor-Leste, a história dos heróis da Libertação, a história dos timorenses especialmente talentosos, a história das conquistas do povo, dos aspectos culturais e sociais que nos fazem únicos neste mundo.

Manifesto-vos, a todos vós, a minha grande alegria por este Dia Mundial da Criança.

Amado foi a Timor-Leste e não esteve com a GNR

Diário de Notícias – Quinta-feira, 31 de Maio de 2007

Manuel Carlos Freire*

O ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) foi a Díli a 20 de Maio para assistir à posse do Chefe do Estado timorense, Ramos-Horta, mas não visitou nem contactou oficialmente com o destacamento de 220 militares da GNR ali estacionado.

Fonte oficial da Guarda confirmou o episódio ao DN mas desvalorizou o incidente, dizendo apenas que "é estranho" ter-se verificado e que só o gabinete do governante poderá explicar o sucedido.

Outras fontes da Guarda, no entanto, mostraram-se bem mais cáusticas a falar do sucedido, uma vez que Luís Amado "nem visitou as instalações [do subagrupamento Bravo] nem chamou o comandante", capitão Jorge Lobato Barradas. Acresce, segundo uma das fontes, que o ministro até ficou na capital timorense mais tempo do que o previsto devido a um atraso na partida - "e nem assim teve tempo para os ver".

Aqueles militares "estão longe do país" e num ambiente operacional hostil. "Mandaram-nos para lá. Dá um certo alento" receber a visita de um representante do Estado, ainda para mais com as responsabilidades políticas de Luís Amado. "Naturalmente que ficaram chocados e irritados", assinalou outra fonte.

Recorde-se que o próprio poder político reconhece a importância que os militares dão a esses gestos simbólicos e o efeito que têm na moral de quem está longe e a representar Portugal - incluindo o próprio Luís Amado, que, como ministro da Defesa, foi ao estrangeiro para visitar expressamente as tropas portuguesas. Há cerca um ano, o próprio Presidente da República, Cavaco Silva, decidiu, como primeiro acto público enquanto Comandante Supremo das Forças Armadas, visitar as tropas estacionadas no Kosovo e na Bósnia.

Contactada pelo DN, a porta-voz do MNE afirma que Luís Amado encontrou-se com o comandante do destacamento da GNR, e com outros agentes, mas que não aceitou o convite para visitar as instalações "por falta de tempo".

"O ministro chegou a Timor domingo, dormiu uma noite e veio embora na manhã seguinte. Foi apenas à cerimónia da posse. Encontrou-se com Ramos-Horta e com o comandante da Guarda". A questão, para a GNR, é que esse não foi um encontro institucional, como é tradição sempre que um governante português vai as lugares onde estão militares portugueses estacionados.

A porta-voz acrescentou que Luís Amado tinha, na terça-feira, "uma reunião às 11 da manhã e veio directamente do aeroporto para o Ministério". "O ministro não teve, humanamente, tempo para visitar as instalações" da GNR, afirmou ao DN.*com A.S.L.

NOTA DE RODAPÉ:

Estas críticas são ridículas. Os Bravos em Timor-Leste não ficam "chocados" ou "irritados" porque um ministro não tem agenda para os visitar "institucionalmente".

Mais parecem dores de outros a tentar desfazer nos nossos Bravos...

Fundamental é Timor inventar um tradição

Hoje (Macau) – 31 de Maio de 2007
Paulo Castro Seixas, antropólogo, debate hoje o futuro da ex-colónia portuguesa

Carlos Picassinos

Para onde vai Timor-Leste? É a pergunta que angustia os timorenses e os observadores quando anteontem começou o início de uma campanha para eleições legislativas que “vão ser a síntese da crise” que afectou o pais, como afirma Paulo Castro Seixas, um dos participantes na mesa redonda de hoje à tarde no Instituto Interuniversitário de Macau, sobre o futuro da ex-colónia portuguesa. Nesta entrevista, o antropólogo fala da importância das próximas legislativas e da necessidade de Timor saber encontrar um alternância política. Mas, acima de tudo, é essencial uma intervenção cultural em Timor-Leste capaz de gerar uma narrativa nacional aberta ao cosmopolitismo aberto ao mundo. “O grande desafio do século XXI é construir países plurinacionais ou pluriétnicos”. E “Timor é o típico país do século XXI”, afirma.

Como é que perspectiva o futuro próximo de Timor-Leste?

Para já, esperemos que com as eleições [legislativas] esta crise acabe. Todos os timorenses esperam isto. Que se vire a página, que este período possa passar. A eleição do presidente Ramos Horta foi um momento importante pelo consenso que gerou. Estivemos diante de um consenso de um presidente eleito com 69 por cento e conseguir o apoio de seis partidos é importante. Estamos no caminho certo mas estas eleições legislativas são fundamentais. Estou com grande expectativas sobre o que vai acontecer, como os diversos partidos se posicionam. Sabemos que há por parte dos partidos, em relação à Fretilin, uma vontade de estabelecer uma alternativa, e a Fretilin sabe disso. Não é tão claro assim que essa alternativa seja fácil. Temos vários partidos, um deles que é novo, o partido do CNRT, do ex-presidente Xanana Gusmão, e vamos ver o que vai acontecer. Eu aponto para a possibilidade de alguma coligação pré ou pós-eleitoral. É um cenário bastante possível. Espero que corram bem estas eleições porque vamos assistir aqui a um flash back, a um resumo de toda a crise. É algo de extremamente interessante e é nesse sentido que vou agora para Timor, durante a campanha. Se houver alternativa, que é bem possível neste horizonte, temos aqui uma verdadeira aprendizagem democrática, muito rápida, num país com cinco anos de independência.

As municipais já tinham corrido bem.

Houve algumas críticas, de manipulações, por exemplo. Mas se tudo correr bem, estamos perante essa aprendizagem. Estamos todos na expectativa sobre como é que Timor vai gerir isso. Mas a minha preocupação em relação a Timor Leste não passa apenas pela questão política. Eu acho que o Estado é como que um telhado de toda uma construção que ainda está a ser feita que é a da própria nação. Se olharmos para o futuro de Timor-Leste apenas do ponto de vista politico estamos a cometer um grave erro. É evidente que neste momento conjuntural o nosso olhar não pode deixar de ser esse, mas temos de olhar para toda a construção e não apenas para o telhado. O que me parece mais importante é a relação entre estado e sociedade e a relação entre passado, presente e futuro. Há aqui uma série de traduções, há uma cultura da tradução em Timor-Leste, todo um conjunto de mecanismos de tradução, não apenas de tipo linguístico. Claro que esta é muito importante porque há cerca de trinta grupos étnico-linguísticos em Timor, mas mais do que isso, há uma tradução social e cultural que é necessário analisar. Ou seja, há mecanismos tradicionais, de vivência e de pensamento, e há mecanismos muito modernos como a constituição, um Estado funcional, e há traduções entres esses diversos níveis. Entre o tradicional e o moderno, entre o passado, o presente e o futuro. Parece extremamente importante compreender as formas, os mecanismos dessa tradução. Não apenas do ponto de vista antropológico, mas sobretudo, é importante para os próprios timorenses. Se perceberam esses mecanismos vão conseguir gerir mais adequadamente a sociedade timorense. Eu acho que esse é verdadeiramente o desafio do futuro. Em muitas outras sociedades, na Europa, - com sociedades mais antigas - conseguimos tomar consciência de narrativas importante para nós. Penso em narrativas relativas aos antepassados de um Estado-nação e também aos heróis de um Estado-nação, reis, e o que seja.

Em Timor, toda esta estrutura mítica, em parte existe, mas não está oficializada. Ela existe porque é um país muito antigo, um território com uma cultura muito específica. A nação timorense tem uma história muito longa. Há mitos e narrativas perfeitamente estabelecidos e conhecidos, mas é um conhecimento que não foi colectivizado no sentido nacional do termo. É um conhecimento que passa entre gerações e quando nós, antropólogos ou não, perguntamos se dada narrativa também existe aqui ou acolá, nas várias regiões de Timor percebemos que nalgumas existem, e noutras, há versões e variantes. Ainda há narrativas timorenses que se encontram na Indonésia e outra na Nova Guiné. Ora bem, o que é necessário para se construir uma nação com vínculos de todos é criar essas narrativas nacionalistas, de um ponto de vista nacional. Ou seja, que passem a ser estabilizadoras e reconhecidas enquanto património em função do qual podem reflectir sobre eles próprios. Uma espécie de espelho que serve para a construção do futuro. Isso está por fazer. Para mim é claro que existe um Estado, em Timor, existe uma nação com aspectos fortes mas falta um património nacional, para não falarmos de nacionalismo. Falta um património nacional que sustente um nacionalismo.

Acha que essa categoria ‘nação’ é operacional em contextos como o de Timor-Leste, ou em processos de nation building em contextos como o de Timor-Leste?

Não me parece que neste momento o Sudeste Asiático, com as etnias e a nação, seja muito diferente do da Europa. O que me parece é que vivemos num quadro pós-colonial que apresenta, para ser simples, duas características muito evidentes em vários sítios do mundo. Em 1945, havia cerca de cinquenta países no mundo, o resto eram colónias. No ano 2000, o número de países multiplicou por quatro. Houve uma explosão de países ao mesmo tempo que houve uma implosão de identidades. Mesmo nos países europeus como a França, a Bélgica ou os da ex-Jugoslávia, ou mesmo na Espanha, de forma mais conflituosa ou mais latente, mas estando lá, as etnicidades, ou os regionalismos, existem. Agora, temos que construir culturas nacionais ainda que não correspondam a um consenso e correspondam antes a uma pluralidade de vínculos. Esse é o desafio do século XXI, não apenas para Timor-Leste mas para muitos países. Para a Indonésia, para a China. A partir do momento que se democratize mais, os vínculos diferenciais vão vir ao de cima. O grande desafio do século XXI é construir países plurinacionais ou pluriétnicos.

É o caso de Timor?

Sim. Timor é um país de clãs. Nunca se chegou a um nível de tribos nem a uma organização política de diversos clãs. E essa, muitas vezes, é a base da construção política de uma identidade étnica forte. Isso nunca aconteceu. No último ano, houve uma questão que emergiu e que, aparentemente, evidenciava duas entidades étnicas. Mas elas não foram denominadas, pela primeira vez, no ano passado. Já no tempo colonial português. Eu próprio já tinha escrito sobre essa permanência étnica latente. E o que me parece é que estamos perante uma questão politicamente problemática que deve ser analisada com imenso cuidado. Felizmente já está a ser analisada. Teria sido melhor ter-se analisado essa questão antes de 2006. Infelizmente, a ONU, na sua intervenção, não dedicou importância nenhuma a essa questão. Mesmo quando a crise de 2006 revelou a aparente, ou efectiva, existência de duas etnicidades, mesmo assim, havia gente da ONU que estavam há três ou mais anos em Timor que nunca tinham ouvido falar de tal coisa e partiam, mesmo, do princípio completamente errado de que era uma criação, uma invenção recente. Já se sabia muito bem que essa divisão existia e já vinha dos tempos coloniais.

Tem uma tradução partidária?

Não tem de uma forma evidente. Agora é evidente que na segunda volta das eleições presidenciais, Lu Olo, o candidato da Fretilin, ganhou em apenas três distritos. E esses distritos são os três do Leste que correspondem, dois de forma clara, Baucau e Lautem, aos chamados firaku por contraposição aos kaladi que são os do oeste. Esta a grande divisão que emergiu em 2006 entre os lorosae (firaku) e os loromuno (kaladi).

Está dizer que estas eleições presidenciais traduziram essa dicotomia.

Uma coisa é certa. Nestas eleições, na segunda volta, os três distritos da ponta leste votarem em Lu Olo. Já se estava à espera.

Mas isso é relevante?

Eu diria que não. O que se verifica é que há essa tendência dos de leste votarem mais na Fretilin. Os últimos comandantes da Resistência foram maioritariamente da Fretilin. A Falintin-FDTL foi constituída, maioritariamente, por pessoas do leste. Digo apenas que há aqui ligações que são feitas e é evidente que também há um problema a resolver. O país tem um problema mas tal como a Itália tem ou Portugal tem em relação ao norte e o sul. É um problema que devia merecer uma intervenção política mas também cultural. Acho, há muito tempo, que só com uma intervenção política não se vai lá. Volto ao mesmo. Fundamental é, e isso tem que ser feito pelos timorenses, inventar uma tradição. Todos os países que se tornam um Estado-nação inventam as suas tradições. Nós, os portugueses, inventaram que somos descendentes de Lusitanos. Não somos coisíssima nenhuma. Somos descendentes de uma série de migrações imensas, como os timorenses, porque somos uma ponta da Europa. Mas nós inventámos uma tradição no sentido de construir uma identidade. Essa tradição tem que ser inventada pelos timorenses. Inventada e sustentada pelas narrativas, pela sua história oral como nós fizemos as nossas.

Para escapar à tentação étnica?

Não. Não é, de facto, para escapar. Os regionalismo ou as etnicidades são identidades que devem ser assumidas dentro de um Estado-nação que não é mais homogéneo. Hoje os Estados-nação não correspondem mais a um único território, uma língua, um povo. O caso de Portugal é uma excepção, e é pequeno.

Indonésia ameaça rever relações com a Austrália

Jornal de Notícias – Quinta-feira, 31 de Maio de 2007
Orlando Castro

As relações entre a Indonésia e a Austrália conheceram ontem um momento de crispação cujas consequências podem ser ainda mais graves. Um alto responsável indonésio, o ex-general Sutiyoso, afirma ter sido ofendido por polícias australianos que terão invadido o seu quarto, num hotel de Sydney, para o obrigar a prestar declarações sobre a morte em Timor-Leste de cinco jornalistas, em 1975, quando o território foi invadido pela Indonésia.

O tribunal australiano, que investiga a morte dos jornalistas, concluiu que existem provas suficientes para um julgamento por crimes de guerra.
O advogado Mark Tedeschi, conselheiro da juíza Dorelle Pinch, que investiga os factos, concluiu que os indícios apresentados na investigação, iniciada em Fevereiro, demonstram que os cinco jornalistas foram assassinados pelo Exército indonésio.

Tedeschi afirmou que o caso pode constituir um crime de guerra de acordo com as convenções de Genebra e que os possíveis responsáveis poderiam ser julgados na Austrália.

Sutiyoso, ex-general e governador de Jacarta, diz que descansava no hotel depois de uma visita oficial à Austrália, quando os polícias invadiram violentamente o quarto para lhe entregar uma citação para prestar declarações no âmbito de um inquérito sobre o assassinato de cinco jornalistas em Timor-Leste. Nessa data, Sutiyoso fazia parte do Exército que invadiu a ex-colónia portuguesa. Sutiyoso, que antecipou a ida para Jacarta, diz-se ofendido pela actuação das autoridades australianas, exigindo desculpas de Camberra. "Se não pedirem desculpa, serei obrigado a questionar o meu Governo sobre a oportunidade da Indonésia manter relações com a Austrália", diz Sutiyoso.

O presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, declarou-se "surpreendido" e acrescentou "não poder de forma alguma aceitar o incidente que envolveu Sutiyoso na Austrália"
Por outro lado, o embaixador da Indonésia na Austrália enviou um protesto formal ao Governo em Camberra, enquanto centenas de indonésios se manifestaram em frente da Embaixada da Austrália em Jacarta, gritando "Austrália fora".

"Fez-se justiça"

As provas apresentadas num tribunal australiano que investiga a morte de Brian Peters, um dos cinco jornalistas mortos em Timor-Leste há mais de 30 anos, demonstraram que todos eles foram assassinados pelo Exército indonésio.

Além do jornalista português Adelino Gomes, que não foi apanhado pelas tropas de Jacarta, os britânicos Brian Peters e Malcolm Rennie, os australianos Greg Shackleton e Tony Stewart e o neozelandês Gary Cunningham foram as vítimas.

Adelino Gomes afirmou que assim "foi feita justiça". "Fez-se justiça. Tardia, muito tardia... mas justiça, o que é sempre reconfortante para a cidadania", afirmou o jornalista português.

Naquela altura, em Outubro de 1975, Adelino Gomes encontrava-se destacado pela RTP para cobrir uma previsível invasão de Timor-Leste, tendo tido contacto, na véspera, com os cinco jornalistas.

Indonésia e Austrália à beira da ruptura

Diário de Notícias – Quinta-feira, 31 de Maio de 2007
Armando Rafael

Sutiyoso é governador de Jacarta e general. Ou melhor, foi general durante o período em que militares lideravam a ditadura indonésia. Ontem, interrompeu a visita que estava a efectuar à Austrália e regressou de imediato ao seu país, minutos depois da polícia australiana ter irrompido pelo quarto do hotel de Sidney em que Sutiyoso se encontrava, recorrendo a uma chave-mestra. O que pressupõe que não lhe bateram à porta, nem se fizeram anunciar previamente, limitando-se a entrar.

Tudo para que o governador de Jacarta pudesse depor em tribunal, no âmbito do processo que está a julgar o assassínio dos cinco jornalistas que foram mortos pelas tropas indonésias em Balibó, em Outubro de 1975, quando ó regime do general Suharto se preparavam para invadir Timor-Leste. A avaliar pelos depoimentos e pelas provas que já foram apresentadas em tribunal os britânicos Brian Peters e Malcolm Rennie, os australianos Greg Shackleton e Tony Stewart e o neo-zelandês Gary Cunnigham terão sido mortos pelas tropas que se encontravam sob o comando do então capitão Yunus Yosfiah, que veio a ser general do exercito indonésio e ministro da Informação, no final do anos 90.

Mas dentro do tribunal de Sydney há quem suspeite que Sutiyoso também se encontrava em Balibó, na altura em que os cinco jornalistas foram assassinados, numa aparente tentativa para eliminar cinco testemunhas incómodas da invasão que a Indonésia estava a preparar para o início de Dezembro de 1975. Daí a intimação judicial que levou a polícia australiana até ao hotel em que o governador de Jacarta se encontrava instalado.

Indignado, Sutiyoso cancelou o resto da visita e regressou a Jacarta, onde desmentiu qualquer relação com o massacre de Balibó, garantindo que nem ele, nem nenhum dos soldados que comandou em Timor-Leste, se encontrava naquela localidade situada junto à fronteira com a Indonésia, no dia em que os cincos jornalistas foram assassinados.

Declarando-se ultrajado com o comportamento da polícia australiana, o general Sutiyoso queixou-se ao ministro dos Negócios Estrangeiros da Indonésia, tendo Hassan Wirayuda pedido explicações a Camberra e reforçando o protesto que o embaixador de Jacarta já havia apresentado ao Governo australiano.

Sendo que este episódio, que já levou centenas de indonésios a protestarem junto à representação diplomática da Austrália em Jacarta, deixou Camberra sem saber o que fazer.
De início, as autoridades australianas ainda tentaram convencer a Indonésia que tinham sido apanhados de surpresa pelos incidentes e que as ordens para obrigar o general Sutiyoso a haviam partido do próprio tribunal, sem que Camberra soubesse do que estava acontecer.
Mas os comentários do Presidente Susilo Bambang Yudhoyono, considerando o comportamento de Camberra inaceitável , fizeram subir o tom da polémica entre os dois países. Sobretudo depois de Jacarta ter libertado recentemente o líder islamita que foi condenado pelos atentados de Bali, em 2002, em que morreram vários australianos.

Morre um dos cinco feridos em briga após comício no Timor-Leste

EFE - 31 Maio 2007 - 04:10

Díli - As autoridades do Timor-Leste confirmaram hoje a morte de uma das quatro pessoas feridas na véspera numa briga entre militantes dos dois partidos favoritos nas eleições legislativas de 30 de junho.

Fontes do Hospital Nacional de Díli informaram que o morto é Dino Casarua, de 23 anos. Ele entrou em coma pouco depois de ser internado com ferimentos muito graves no lado direito da cabeça. Casarua foi uma das quatro pessoas que ficaram feridas por causa da granada que explodiu durante uma briga ao lado de um escritório da Frente de Resistência do Timor-Leste Independiente (Fretilin) em Díli.

Também ontem, partidários do Fretilin agrediram seguidores do Congresso Nacional de Reconstrução Timorense (CNRT) que assistiam a um comício no leste do país. Uma pessoa ficou ferida. Fretilin e CNRT são os favoritos entre os 16 partidos que disputarão as eleições legislativas de 30 de junho.

Assassinato de jornalistas no Timor-Leste em 1975 pode ser crime de guerra

EFE - 30 Maio 2007 - 09:30

Sydney - O tribunal que investiga a morte de Brian Peters, um dos cinco jornalistas assassinados em Balibo (Timor-Leste) em 1975, concluiu hoje que existem provas suficientes para um julgamento por crimes de guerra.

O advogado Mark Tedeschi, conselheiro da juíza, Dorelle Pinch, que investiga os fatos, concluiu durante a audiência em um tribunal de Sydney que os indícios apresentados na investigação, aberta em fevereiro, demonstram que os cinco jornalistas foram assassinados pelo Exército indonésio. Tedeschi afirmou que o caso pode constituir um crime de guerra sob as convenções de Genebra e que os possíveis responsáveis poderiam ser julgados na Austrália.

O processo prosseguirá na sexta-feira e a juíza Pinch, quando tiver as próprias conclusões sobre os crimes, deverá apontar os responsáveis pelos assassinatos.

Os britânicos Brian Peters e Malcolm Rennie, os australianos Greg Shackleton e Tony Stewart e o neozelandês Gary Cunningham foram os únicos jornalistas estrangeiros a permanecer no Timor-Leste quando a Indonésia se preparava para invadir o território.

A versão oficial da Indonésia diz que os repórteres ficaram entre o fogo do Exército indonésio e da resistência timorense em Balibo, onde em 16 de outubro de 1975 começou a invasão. Tedeschi disse que a explicação foi completamente desmentida pelas declarações dadas por testemunhas indonésias, timorenses e australianas durante a investigação judicial.

"O Governo e os chefes militares da Indonésia sabiam, em outubro de 1975, que qualquer informação que aparecesse nos meios de comunicação sobre a participação de soldados indonésios nos ataques na fronteira com o Timor-Leste levaria a Austrália a protestar formalmente contra tais ações", afirmou.

Tedeschi acrescentou que o protesto australiano induziria "muito provavelmente" outros Governos a tomarem a mesma posição, também dentro da ONU.

"Parece que os líderes indonésios entraram em um magistral jogo de poderes, utilizando autoridades australianas como peões", segundo Tedeschi.

As testemunhas, assim como as famílias dos jornalistas mortos e o presidente do Timor-Leste, José Ramos Horta, asseguraram que os cinco homens, que morreram desarmados, foram assassinados por militares indonésios.

Tedeschi expôs em sua conclusão que os jornalistas se entregaram às tropas indonésias comandadas pelo capitão Yunus Yosfiah, na praça do povo de Balibo. No entanto, Yosfiah ordenou seus homens a abrir fogo e depois se uniu a eles e disparou contra os repórteres.
O advogado considerou pouco provável que o capitão indonésio tomasse a decisão de assassinar os jornalistas sem receber ordens superiores.

Tedeschi afirmou que a investigação prova que o oficial indonésio Christoforus da Silva ameaçou lançar uma granada contra um banheiro no qual se escondia um dos jornalistas e, quando este saiu, foi apunhalado pelas costas e morto.

A Indonésia anexou unilateralmente a antiga colônia portuguesa do Timor-Leste em 1976, embora a ONU nunca tenha reconhecido o ato.

O Timor-Leste conseguiu a independência em 20 de maio de 2002, após uma sangrenta transição.

Demonstrators demand Australian Embassy in Indonesia be burned down

Jakarta, May 30 (AP) - Protesters called for the Australian Embassy to be burned down Wednesday after Jakarta's governor cut short a visit to Sydney because police asked him to testify about journalists killed during Indonesia's invasion of East Timor in 1975.

Indonesia's foreign minister, meanwhile, summoned Ambassador Bill Farmer to ask why Australian police entered the hotel room of Gov. Sutiyoso, who was part of the invading forces but denied involvement in the deaths.

"The Foreign Minister has made a number of points to me about the view of the Indoneisia Govnment about events during Governo Sutiyoso's visit to Australia," Farmer said after a meeting with Minister Hassan Wirajuda.

"I think its up the Foreign Minister to say anything he wants to about his views and I wont say anything more about that," he said, adding that he would be reporting Wirajuda's view to the Ausralian authorities to night.

Farmer said he was seeking to call on Sutiyoso to "saying something to him" but added it was not propoer to say anything in public before his talk with the the governor.

"They barged into my room after forcing the hotel to give them a duplicate key," Sutiyoso told reporters in Jakarta, though the New South Wales state deputy coroner denied police let themselves in. "I feel harassed as an official state guest from a sovereign country."

The dispute threatened to re-ignite diplomatic tensions that have simmered for decades between Indonesia and neighboring Australia over the deaths of five Australia-based journalists in the East Timor town of Balibo.

The two governments have long claimed the five were accidentally killed by crossfire.

Hundreds of protesters rallied in front the Australian Embassy in Jakarta on Wednesday afternoon, some shouting "Burn it down! Burn it down!" while others yelled "Go to hell Australia."

Sutiyoso, who goes by one name, was in Australia as part of efforts to build stronger ties between Jakarta and New South Wales. He was originally scheduled to return home on Sunday.

Sutiyoso, 62, is a retired lieutenant-general in the Indonesian army who was part of the special forces unit that attacked Balibo where the five journalists died on Oct. 16, 1975.

Australian hospitality, a trick or a treat?

The Jakarta Post - Thursday, May 31, 2007

Meidyatama Suryodiningrat

The year is 1830. Dutch Governor-General Markus de Kock invites Pangeran Diponegoro to meet in Magelang to negotiate a cessation of a five-year uprising in Java.

But it was all a trick. By the end of the meeting the Javanese prince had been taken captive and exiled in the most devious of deceptions.

It would be pure hyperbole to mention Sutiyoso's name in the same breath as the legendary Javanese prince, but Jakarta's 12th governor surely feels the same kind of rage and betrayal suffered by Diponegoro.

At least Diponegoro knew he was betrayed by the enemy.

Tuesday's incident in Sydney, in which Australian officials attempted to serve Sutiyoso with a subpoena in his hotel room, leaves much to be regretted and underscores why relations between the two nations are (still) burdened with a deep-seated mistrust.

Despite the treaties, embraces between dignitaries, charity and unending exchange of peoples, Australia remains a nice destination but never home for Indonesians.

A sociocultural anomaly on the fringes of Asia proper.

Don't believe the propaganda of "good relations". There is a large portion of Indonesians, not least officials, who are genuinely wary of that large island - excuse me continent – to the south. They just don't admit it in public.

Jakartans are not in love with their governor. In fact, if a popularity contest were to be held here today Australian Prime Minister John Howard would likely score as high, or low, as Sutiyoso. But the manner in which he was reportedly treated in Sydney was just plain rude.

According to Indonesian officials, two Australian officers snuck into the governor's hotel room without his permission, waving around a summons to appear before an inquest into a 32-year-old case which, by all accounts, Sutiyoso probably had nothing to do with.

Even if Sutiyoso was traveling as a private citizen this behavior would be uncouth. But he was there in his capacity as governor, an official guest of the New South Wales premier.

There are more appropriate means by which his testimony could have been sought, and if pursued many Indonesians may even have been supportive of the endeavor.

The zealousness with which the attempted subpoena was handled raises distressing questions for Indonesians heading to Australia. Many officials have a military background. Most served tours of duty in East Timor, including President Susilo Bambang Yudhoyono. Is this the kind of treatment they can expect?

Forget diplomatic immunity, what about courtesy?

Even hosts are expected to knock first when they have a guest staying in their extra bedroom.

Australia is a great nation in which many things can be admired. Its democratic traditions, the inherent sense of personal manifestation and its strong vein of egalitarianism.

But it is this unbridled sense of impartiality which leads to unnecessarily rude assaults on propriety.

Two years ago the speaker of India's lower house, Somnath Chatterjee, canceled a planned visit to meet with the executive committee of the Commonwealth Parliament Association after Australian authorities refused to grant a waiver which would have ensured he and his wife would not be frisked by airport security.

Earlier a diplomatic row erupted when Papua New Guinea Prime Minister Michael Somare was made to remove his shoes during a security check at Brisbane airport.

If Australia takes so much pride in the way it treats a neighboring head of state, the governor of Southeast Asia's biggest metropolis and the speaker of a parliament which represents the world's largest democracy, then Sutiyoso would do well to echo Chatterjee's remark: "If I am not trusted then I should not go there."

Perhaps the legal advances of the Australian inquest were done in view of transnational justice.

But Sutiyoso is hardly in the same league as Chile's Augusto Pinochet who was detained in London in 1998, or Chad's Hissein Habre who was arrested in Senegal two years later.

The Vienna Convention on Diplomatic Relations regulates the concept of immunity. Nevertheless its application depends on a quid pro quo that all countries honor our rights as scrupulously as we honor theirs.

Though Indonesians do not perceive their former colonial masters the Dutch with loathing, neither do they remember them with any fondness.

It is not that they were especially brutal - all colonial powers had bouts of butchery - instead it was probably their deceitful ways and means which left a spiteful aftertaste.

The Dutch eventually only became part of history, but never a memory.

More incidents like that which befell Sutiyoso will result in an equally apathetic association with Australia – acquaintances not friends, neighbors not allies.

Perhaps we in Indonesia are at fault for expecting too much from one who is merely an acquaintance and neighbor.

The worst part of it all is that the impetuousness of two Australian officers will elevate Sutiyoso to a martyr for the next few days.

That is something we could have done without; a tribute the governor does not deserve.

Iemma to ease Indonesian tensions

ABC - Thursday, May 31, 2007

The New South Wales Premier will meet with Indonesian officials early next week in an effort to ease a diplomatic storm involving the Governor of Jakarta.

The state's Police Minister has asked for a report into the incident involving Governor Sutiyoso, who was asked by a NSW police officer to appear before an inquiry into the death of one of the Balibo Five journalists in 1975.

The Indonesian Government has lodged a formal protest against what it calls the "rude" and "inappropriate" treatment of the former general, who served in East Timor at the time of the deaths.

Governor Sutiyoso cut short his official visit this week due to the incident.

Morris Iemma says the police officer was not acting under the instruction of the Government. "The coroner and the police were undertaking their duties, not at the direction of the Government," he said.

"We have a system that is different to the Indonesians, where the political arm [of government] is independent from the judiciary and the police. No offence was meant and I'll be seeking to explain that to the consul general."

The Indonesian Foreign Ministry says any allegations emerging from the coronial inquiry into the death of cameraman Brian Peters are "useless" and will only serve to damage the bilateral relationship.

Yesterday, hundreds of protesters rallied outside the Australian Embassy in Jakarta, demanding an apology from the Federal Government and threatening to conduct "sweeping operations" to find Australians living in the city and force them to leave the country.

Spying fears haunted Timorese during oil talks

Tom Allard
June 1, 2007

EAST TIMOR's former prime minister, Mari Alkatiri, and his officials were convinced the Australian Government was spying on them during the often heated negotiations for a treaty over oil and gas in the Timor Sea.

A book on the $41 billion energy deal - Shakedown: Australia's Grab for Timor Oil - also says Australian foreign affairs officials intimated to their Timorese counterparts that they were eavesdropping on them.

Its author, Paul Cleary, a former Herald journalist, was part of the Timorese team led by Peter Galbraith, a former US diplomat.

During talks in Canberra in September 2004 Mr Galbraith told colleagues to stop holding meetings in their hotel, fearing their rooms were bugged. The officials threw their mobile phones in a bag, which was dumped while they held their talks in the National Gallery's sculpture garden 100 metres away.

The phones were considered potential receptors for eavesdropping devices but the meeting was adjourned when a security guard became suspicious about the bag.

Other counterespionage efforts included the use of secret passwords for emails.

Mr Alkatiri, East Timor's prime minister through the negotiations, was also convinced his office was bugged. He would turn up the volume on his television during sensitive talks with his advisers.

Cleary also writes that a foreign affairs official, Doug Chester, joked that the Timorese negotiators had made a wrong bet on the Labor leader, Mark Latham, winning the 2004 election.

He suggested the Australians had been monitoring a Timorese official who had visited a website to bet on the poll.

But Foreign Affairs sources said the remark could more likely be explained by East Timor's well-known wish that a more sympathetic Mr Latham would win.

Australia apologizes to Indonesian official over East Timor killings

© AP

2007-05-31 12:17:50 -


SYDNEY, Australia (AP) - Australian officials sought to ease tensions with Indonesia Thursday after police confronted Jakarta's governor in Sydney to ask him to appear at an inquest into the killing of Western journalists in East Timor 32 years ago.

Gov. Sutiyoso _ considered a potential candidate for presidential elections in 2009 _ cut short
a visit to Australia on Wednesday and returned to Jakarta claiming police barged into his Sydney hotel room and asked him to testify.

Jakarta lodged a formal protest to Canberra, saying it «deeply regretted» Sutiyoso's treatment, a spokesman for President Susilo Bambang Yudhoyono said.

After meeting Australian Ambassador Bill Farmer in Jakarta on Thursday, Sutiyoso said that he had received an apology and was satisfied.

«As the Indonesians would see it, this is an enormous humiliation for a major Indonesian figure,» Foreign Minister Alexander Downer told Australian Broadcasting Corp. radio on Thursday.

But Downer and Prime Minister John Howard deflected questions about whether they would offer an official apology to Sutiyoso on behalf of the federal government. They said it was a matter for the New South Wales state government, because Sutiyoso was visiting Australia as a guest of the state.

As a second day of anti-Australia protests broke out in Jakarta on Thursday, New South Wales Premier Morris Iemma wrote to Sutiyoso to say sorry.

«I apologize for the distress and inconvenience caused and regret your early departure from New South Wales,» Iemma wrote in the letter, which was released to news outlets.

New South Wales deputy coroner Dorelle Pinch is investigating the killing of one of five Australia-based journalists as Indonesian forces invaded East Timor in the town of Balibo on Oct. 16, 1975.

Canberra and Jakarta consider the newsmen were killed in crossfire; their families claim they were slain by Indonesian troops.

Pinch has said evidence indicated Sutiyoso was a member of the Indonesian special forces that attacked Balibo, and that she sent police to seek Sutiyoso's appearance at her inquest after learning he was in Australia. She denies police let themselves into his room.

Sutiyoso denies being involved in the Balibo attack.

The inquest could cause further trouble between Australia and Indonesia.

The senior lawyer working for Pinch urged her on Wednesday to recommend that war crimes proceedings be launched against two unnamed former Indonesian troops over the killings, saying evidence proved Indonesian forces deliberately shot the newsmen.

If Pinch follows the lawyer's advice, it could lead to proceedings against the Indonesians to extradite them to Australia and put them on trial. Her ruling is expected soon.

In Canberra, Howard told reporters that he respected «the role of coroners in the Australian legal system and they are entitled to act independently.»

Nota de Rodapé:

Será que Howard apenas respeita o sistema judicial do seu país? E o de Timor-Leste, nem por isso?...

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.