segunda-feira, julho 30, 2007

Xanana

SOL - 28-07-07
Luís Reto

Quinta, 26 – Xanana Gusmão é seguramente a personagem mais enigmática da saga de libertação do povo de Timor. De herói mítico da resistência armada nas montanhas de Timor passou a ser suspeito de colaboracionismo com as autoridades indonésias.

Apesar de várias vezes ter afirmado que não queria protagonismo político acabou por ser o primeiro Presidente da República de Timor. Afinal, este pretenso distanciamento do poder confirmou mais uma vez a veracidade da afirmação popular "quem desdenha quer comprar" uma vez que Xanana acabou por fundar um novo partido político para disputar o poder à Fretilin.

Do grande factor de união do povo de Timor, Xanana transformou-se hoje no principal obstáculo a um governo de reconstrução nacional.

Razão tinha os antigos gregos. Heróis verdadeiros só jovens e mortos!

Timor-Leste: o Estado falhando

Diário Económico - 30-07-07
Pedro Rosa Mendes
Delegado da Agência Lusa em Timor

A crise actual em Timor resulta das rivalidades pessoais, insanáveis, de quatro ou cinco homens; é triste que tanto lastro sepulte tanto génio e adie um projecto nacional.

Uma ilha é Sísifo naufragado numa elipse: quanto mais se afasta de um ponto, mais perto está de voltar a esse porto. Este o problema endémico de Timor. Numa geografia virada para dentro, o tempo arrisca-se à sua própria repetição. E a política, por autofagia, faz-se imune à História.

Alguns factos soltos, na semana mais difícil do mandato do Presidente José Ramos-Horta:

1. Em nenhum outro país do mundo as instituições democráticas e a normalidade constitucional estão reféns de um homem com 19 (dezanove) armas automáticas;

2. O major Alfredo Reinado, por uma questão de escala e de capacidade, não é um rebelde, no sentido, por exemplo, em que Jonas Savimbi o foi em Angola, ou que Mokhtada al-Sadr o é no Iraque; Reinado não propõe uma ordem diferente, apenas nunca se adaptou à ordem existente; nesse sentido, é um caso de ordem pública e não um problema de Estado; a confusão entre uma coisa e outra produziu um herói;

3. Um herói, em Timor, é alguém que não morre, porque sempre sobrevive a si próprio; os vivos, aqui, não vivem no seu corpo mas no seu símbolo; Reinado já é imortal - após ter "suicidado" cinco dos seus homens em Same;

4. A nova geração procura heróis da sua idade; os velhos sabem desta ingratidão: a luta alimenta apenas aqueles que a fizeram; os outros pedem pão, paz e emprego;

5. A ossatura de um Estado faz-se de dois pilares: o da segurança e o da justiça; em Timor-Leste, o pilar da segurança ruiu há um ano e ainda convalesce; foi o sistema de justiça que segurou a soberania da jovem nação; é o sistema de justiça que está, agora, a ser bombardeado - pelos órgãos de soberania;

6. Timor-Leste é o país para onde Portugal canaliza mais dinheiro dos seus contribuintes; os sectores estratégicos da Cooperação Portuguesa aqui são a Língua e a justiça; o silêncio português é preocupante e humilhante; exige-se a Lisboa que relacione, depressa, os 'cocktail molotov' lançados contra a GNR no Bairro Pité com a frustração de uma geração integrada, de facto, pelo 'bahasa' indonésio; uma Língua de inclusão é uma aposta de sucesso; uma Língua de exclusão é uma bomba-relógio;

7. "Não devo favores a ninguém", repetiu José Ramos-Horta esta semana; é verdade: nenhum outro político ou partido timorense tem uma legitimidade de 70 por cento do eleitorado desde que, na euforia da independência, Xanana Gusmão foi plebiscitado com mais de 80 por cento dos votos; é surpreendente o receio do Presidente em usar essa legitimidade, agora, sobre aqueles que, `hélas!', a desconseguiram: Xanana Gusmão e Mari Alkatiri;

8. Nenhum outro país lusófono atingiu a independência com um naipe de líderes tão inteligentes, tão honestos e tão carismáticos como Timor-Leste (bispos incluídos); o que eles fizeram disso, porém, demonstra que a soma das partes pode ser muito inferior ao valor individual;

9. As legislativas de há um mês (um mês!) produziram um parlamento mais democrático e equilibrado; a crise actual resulta, apenas, das rivalidades pessoais, insanáveis, de quatro ou cinco homens; é triste que tanto lastro sepulte tanto génio e adie um projecto nacional;

10. Mário Carrascalão, ex-governdador na ocupação, foi o único a sugerir um acto patriótico da geração de '75: "Os novos ao poder" (e eles existem); nada de novo, aliás: aconteceu no próprio PSD com a candidatura presidencial de Lúcia Lobato; aconteceu na Letónia nos anos 90; mas em Timor, o mundo e o passado importam pouco;

11. O país é ingovernável e todos o sabem: a Fretilin tem o poder do bloqueio, a oposição tem o poder da inexperiência;

12. Pior: ambos têm o poder da rua.

Timor: Fernando «La Sama» eleito presidente do Parlamento

Diário Digital / Lusa
30-07-2007 8:25:00

O líder do Partido Democrático, Fernando «La Sama» de Araújo, foi hoje eleito presidente do Parlamento Nacional de Timor-Leste.

Fernando «La Sama» de Araújo foi eleito com 41 votos dos 65 deputados do novo Parlamento, contra 24 votos do deputado da Fretilin Aniceto Guterres.

Xanana na iminência de ser convidado por Horta para formar novo governo de Díli

Público, 30.07.2007
Jorge Heitor*

Tudo se prepara em Timor-Leste, para que na quarta-feira, 1 de Agosto, o Presidente da República, José Ramos-Horta, convide o seu antecessor Xanana Gusmão, agora líder do
CNRT e da Aliança com Maioria Parlamentar (AMP), para formar o IV Go-
verno Constitucional. Isto depois do enorme impasse causado pelo resultado pouco concludente das legislativas de 30 de Junho.

Sem esperar mesmo que o chefe de Estado formalize o convite, um porta-voz da AMP, Cecílio Caminho, avançou já na quarta-feira que o novo executivo deverá ter "cerca de 30 membros, entre ministros e secretários de Estado".

Não pormenorizou, contudo, se haverá um ou mais vice-primeiros--ministros, hipótese que durante as últimas semanas viera a ser aventada, para contentar todas as sensibilidades presentes na nova aliança.

Outra coisa que Caminho disse foi que a proposta da AMP para a presidência do Parlamento é o líder do Partido Democrático (PD), Fernando "Lasama" de Araújo, um dos signatários do pacto pós-eleitoral com o CNRT de Xanana. A par dos dirigentes da Associação Social Democrata Timorense (ASDT), Francisco Xavier do Amaral, e do Partido Social Democrata, Mário Viegas Carrascalão.

A sucessão de "Lu Olo"

Entretanto, a Fretilin, partido mais votado, e que sempre tem insistido em que deveria ser convidada a formar o IV Governo (que sucede aos de Mari Alkatiri, Ramos-Horta e Es-
tanislau da Silva), propôs para a presidência do Parlamento o deputado e jurista Aniceto Longuinhos Guterres Lopes.

A antiga força maioritária, que até hoje detinha a liderança parlamentar, na pessoa de Francisco Guterres, "Lu Olo", perdeu uma parte substancial do seu eleitorado durante este último ano, designadamente devido à criação do Congresso Nacional de Reconstrução de Timor--Leste (CNRT).

Entretanto, noutro desenvolvimento da situação timorense, Alkatiri criticou a deslocação a Díli, dias antes, do primeiro-ministro australiano, John Howard, considerando que foi efectuada sem aviso prévio ao Governo de Estanislau da Silva ou sequer à embaixada timorense em Camberra.

A presença estrangeira

"Temos aqui um grande contingente militar australiano, a nosso pedido, mas esperamos tomar conta dos nossos assuntos internos o mais rápido possível. Toda a presença estrangeira que começa a perpetuar-se cria alguns pequenos conflitos com a população", disse o secretário-geral da Fretilin ao programa em português da Rádio SBS, da Austrália.

Sobre quem deverá chefiar o próximo Governo, Mari Alkatiri reconheceu que a última palavra cabe de facto a Ramos-Horta, actualmente um independente, mas disse esperar que o Presidente "decida com base na Constituição". Entre os observadores políticos da situação timorense, reina agora a sensação de que nada do que se diga com alguns dias de antecedência é irreversível, podendo sempre haver uma mudança de rumo à última hora.

*Com Adelino Gomes

ETimor's parliament sits without govt

Published: Monday July 30, 2007
AFP

Lawmakers elected in East Timor's parliamentary elections last month sat for their first session Monday even though they have failed to break the deadlock on the formation of a government.

All 65 members of the tiny nation's parliament turned up for work, including former prime minister Mari Alkatiri and his chief rival, independence hero Xanana Gusmao.

None of the 14 parties contesting last month's polls won an absolute majority of seats. Alkatiri's Fretilin party, which had governed since East Timor's independence in 2002, won just 21 seats.

Gusmao's National Congress for the Reconstruction of East Timor (CNRT) won 18 seats, but has allied with smaller parties and wants to form a coalition government with 37 seats. Seven parties in total won seats.

The constitution is unclear on who should form a government and select the prime minister in such a scenario, but final authority rests with the president, Nobel peace laureate Jose Ramos-Horta.

Ramos-Horta, who has been pushing for a unity government, has warned that if the parties do not reach their own agreement by Monday, he will act unilaterally to make a decision.

The president fears the CNRT-led coalition would be unstable, but has said Fretilin cannot form a government alone as it won insufficient votes.

Elections in the former Portuguese colony followed a year of sporadic violence and political tension since bloodshed on the streets of the capital Dili last year that left at least 37 people dead.

Tensions have risen again on Dili's streets over the past few weeks, with repeated low-level run-ins between UN police and youth gangs. Ten UN vehicles have been damaged in incidents, according to police.

More than 2,000 UN police and Australian-led international peacekeepers, who were first called in to subdue last year's violence, are currently overseeing security in the half-island nation.

East Timor gained independence after a bloody separation from occupying Indonesia, which ruled it for 24 years.

Dos Leitores

Miguel Carreira deixou um novo comentário na sua mensagem "Time to face the raw and naked truth":

Dear Sir,


As you can see, I am a English speaking Portuguese citizen working for a private Portuguese company here in Timor.

I dont believe Australia and Indonesia are ignorant of Timor history, much because they are also part of it. Regarding the knowledge of Portugal of geography, well, you see the world map as it is ? Half of it was made by portuguese travelers, and I would match my knowledge of geography and traveling with you any day, Sir.

Also please consider the fact that there is a Portuguese link with a place on the other side of the world, and respect it, as much as I respect the fact that the Aussies still sing "God save the Queen".

If the choosing of a native language is connected only to economic reasons we would all be speaking English by now. The single fact that I'm writing this comment in English should make you wonder really who has limitations, the ones that only speak one language, or the ones that speak more than one. Any developed country speaks english, yes, even the danes and portuguese learn that in school, as well as geography, as well as history!

So you see, the problem is not teaching the timorese to speak english, they will, once they have a proper education like any one of us, the problem is that the native speaking english nations are not willing to speak anything else than their own. But sir, thats a problem that the rest of the world as left behind a long time ago.

East-Timor is the youngest nation in the world, they value their identity and independence more than anyone else (and they dont sing God save some-other-country Queen, not even a Portuguese one!). Besides beeing catholic you need to consider what makes them diferent from the surrounding countries:

- Just the political borders ?
- Their costumes ?
- Their race ?
- Their Flag ?

Might be all of that those togheter, AS WELL AS LANGUAGE. English makes them citizens of the world, Portuguese makes them Timorese in this part of the world.

So you see, any John Doe little country like Portugal or East-Timor can teach and learn english, but that doesn't make them who they are.

Regarding the Portuguese lack of investment, its a natural resources problem Sir. Compare it with Denmark for example. But that never stopped us of being who we are, we don't speak the danish as a native language because of that either, or spanish, or whoever owns more investment. The economic importance of language is overrated in your assessment Sir. Money speaks no language, its all about profit.

As a final note, here in East-Timor, Australians, Indonesians and Portuguese all get along very well and don't give a **** about political empty games.

I do hope you publish this comment as I feel that I'm entitled to the right of reply.

Respectfully

Miguel Carreira
From East-Timor

Time to face the raw and naked truth

Blog Living Timorously - Sunday, 15 July 2007
Time to face the raw and naked truth

In 2004, Aníbal Cavaco Silva, former Portuguese Prime Minister, and now President, delivered a speech, in which he lamented that Portugal was exporting less and less, falling behind neighbouring Spain and other EU countries, saying that "we must face facts, it’s the raw and naked truth that we’re not capable of penetrating international markets where competition is strong and productivity is higher".

He was right then, and he is right now. One of the reasons why it is becoming increasingly difficult to justify East Timor's links with Portugal, is because it is so timid about establishing trade and investment links with the surrounding Asia-Pacific region. If Australia and Indonesia are ignorant of East Timor's history, then Portugal is ignorant of its geography.

The Portuguese like to go on about their historic links with Asia, but that's really all they are: historical. By contrast, countries European that never had any colonial presence in Asia, such as Denmark, are actively involved in trade with it. Despite being half the size of Portugal, Denmark has more embassies in Asia, and more companies investing there. When establishing ties with Asian countries, the Danes ask "can we make money there?", but the Portuguese ask "can we preserve our language there?"

In fairness, the French are also mad keen on promoting their language, despite the fact that even in formerly French Vietnam, Laos and Cambodia, people prefer to learn English. But France still has a degree of economic importance, which Portugal does not, meaning that middle-class types in Singapore or Jakarta will go along to the Alliance Française to learn French. Similarly, Germany's importance means that people will go along to the Goethe Institut to learn German. But would these people go along to the local Instituto Camões to learn Portuguese? Nope, not least as there aren't many branches in Southeast Asia.

It's all well and good to promote learning of languages for learning's sake, rather than just materialistic and utilitarian reasons, but the East Timorese are entirely within their rights to ask proponents of learning Portuguese "what's in it for us?"

As an American advertising slogan in the 1980s put it "where's the beef?" Looking through an Economist Intelligence Unit Country Report on East Timor, I was amazed to find that Portugal not only lagged behind Indonesia and Australia in terms of trade, but Bangladesh!

If Portugal wants to be taken seriously in the Asia-Pacific region, it needs to start taking the Asia-Pacific region seriously.

Ramos Horta vai indigitar Xanana Gusmão para governo AMP

Blog Timor Lorosae Nação – 28 julho 2007
por: Malae Belu

Espera-se muita violência num caso ou noutro!

Os estrategas ao serviço de Xanana Gusmão e de Ramos Horta continuam sem querer aceitar a derrota das eleições legislativas. O tiro saiu-lhes pela culatra quando concluíram que o desgaste infligido à Fretilin durante mais de um ano não obteve os resultados esperados e que apesar de ter perdido quase metade do eleitorado a Fretilin continua a ser o partido mais votado. O preconizado e proclamado “fim da Fretilin” várias vezes anunciado por Ramos Horta durante a campanha eleitoral para a presidência, esfumou-se, não correspondeu à realidade preconizada por si e por Xanana Gusmão.

Agravou ainda mais a situação o facto de o PD ter conseguido uma notável subida na sua representação parlamentar e o recém-criado partido de Xanana, CNRT, não ter merecido a confiança do eleitorado conforme as expectativas – demonstrando reprovação pelos procedimentos e figura do ex-presidente.

As tentativas de “apagar” a Fretilin, com Mari Alkatiri, é um dos objectivos de todos os seus oponentes e de Ramos Horta também – que quer uma Fretilin sem os vícios do passado, impregnados nos históricos – mas o preceitual desempenho do seu cargo torna-se incompatível com uma oposição declarada a Alkatiri, preferindo fazer arrastar a tomada de decisão sobre a indigitação do primeiro-ministro por forma a que não o acusem de não ter esgotado todos os esforços para promover um entendimento entre partidos e respectivos líderes na formação de um governo de Unidade Nacional e alargada inclusão.

Fontes afectas ao PR não escamoteiam a intenção de Ramos Horta prosseguir os seus objectivos de afastar do poder decisório os históricos como Alkatiri e Lu-Olo, entre outros, remetendo o partido para a oposição, para a travessia do deserto que supostamente dará origem às naturais convulsões que purgarão o aparelho antagónico à abertura às políticas australianas e de grupos económicos do sector energético, turístico, da construção, etc, que no seu entender dinamizarão a economia timorense, mas que acabarão por comprometer a independência do país segundo outras opiniões.

As mesmas fontes, próximas dos desígnios presidenciais, deixam perceber que Ramos Horta irá indigitar Xanana Gusmão, como representante da AMP, para formar governo, alegando a inutilidade de decidir pelo partido mais votado, a Fretilin, pelo facto de que se o fizer este seria um governo para cair imediatamente através da não aprovação do seu programa de governo pela AMP, que detém a maioria parlamentar. Aquilo que Ramos Horta tem procurado evitar é que os eleitores e apoiantes da Fretilin não compreendam a sua decisão e o culpem de ser parcial, tendencioso, CNRT e xananista, o que viria a complicar os necessários diálogos que Horta terá de ter para aplacar a violência e inevitável agitação social que irá ocorrer pelas ruas de Díli – não é por acaso que os líderes de artes marciais afectos à FRETILIN, Korka e outros de menor dimensão, já estão sob a vigilância das forças de segurança.

Dando crédito ao perspectivado, esperam-se dias, semanas, talvez meses, muito agitados e sangrentos para Timor-Leste – principalmente para Dili -, mas é certo que o mesmo acontecerá se o PR indigitar alguém da Fretilin para formar governo. A violência é inevitável, num caso ou noutro, e a consciência da perturbadora realidade está na posse do Presidente da República, que falou com Howard sobre o assunto, disponibilizando-se o PM australiano a enviar reforços militares, que neste momento já estão de prevenção. Nuvens negras pairam sobre Timor-Leste, parecendo que o pior, o indesejável, está para vir.

Dois candidatos disputam o Parlamento até 3ª feira no Timor

Lusa Brasil – 29 de Julho de 2007, 10:25

Díli, 29 Jul (Lusa) - Dois candidatos disputam a Presidência do Parlamento no Timor Leste. Aniceto Guterres, da situacionista Frente Revolucionária do Timor Leste Independente (Fretilin), e Fernando (La Sama) de Araújo, da Aliança para Maioria Parlamentar (AMP), são os candidatos da escolha que deve ser feita até terça-feira.

A Fretilin venceu as eleições legislativas de 30 de junho sem maioria absoluta, com 29,02% dos votos válidos, enquanto os quatro maiores partidos da oposição (CNRT, ASDT/PSD e PD) constituíram a chamada AMP.

A escolha de Guterres, aprovada hoje pelo Comitê Central da Fretilin, foi justificada pelo "seu envolvimento na luta de libertação nacional e na defesa consistente e intransigente dos direitos humanos". Um comunicado da Fretilin, divulgado no início da noite deste domingo em Díli (manhã no Brasil) acrescentou "as suas qualidades em termos de clareza de princípios, integridade e capacidades de liderança". Guterres é membro do Conselho de Estado e co-fundador da organização de Direitos Humanos Yayasan HAK. Foi também membro de uma das principais organizações estudantis, a Renetil, durante a ocupação Indonésia do território timorense.

A Renetil foi liderada por La Sama e foi nas estruturas juvenis e clandestinas da resistência timorense que começou o percurso político do atual presidente do Partido Democrático (PD).

O líder da Renetil, preso pela Indonésia, passou seis anos e quatro meses na cadeia de Cipinang, Jacarta, a mesma onde esteve Xanana Gusmão, ex-presidente do Timor Leste e atual presidente da legenda oposicionista Congresso Nacional de Recontrução do Timor Leste (CNRT).

"Foi nos anos de Cipinang que aprendi com Xanana, com outros prisioneiros políticos. A minha formação política vem de Cipinang", afirmou o líder do PD durante a campanha para as eleições presidenciais de 9 de abril.

La Sama foi o terceiro candidato mais votado no primeiro turno, muito próximo de José Ramos Horta, que no segundo turno conseguiu a vitória nas eleições presidenciais.

Alkatiri confident that Fretilin will form government in Timor

SBS Radio – 28 de Julho de 2007

Mari Alkatiri acredita que o presidente José Ramos-Horta não terá alternativa senão convidar a Fretilin, como o partido mais votado nas eleições federais, a formar o novo governo.

O partido terá 30 dias para cumprir a tarefa, segundo a constituição, adverte o Secretário-Geral da Fretilin.

Beatriz Wagner entrevista Mari Alkatiri dois dias antes da abertura do novo parlamento timorense, na segunda-feira, 30 de julho.

O ex-Primeiro-Ministro de Timor-Leste confirma que não é candidato ao cargo e que a Fretilin tem outro nome para avançar.

Quanto a uma aliança com o CNRT do ex-presidente Xanana Gusmão, Alkatiri diz que "em política nada é impossível".

Da visita de John Howard a Díli esta semana, Alkatiri diz ter ficado surpreso que nem o governo timorense nem a Embaixada de Timor-Leste em Camberra foram informados da visita.

Duração da entrevista: 9'47" – Entrevista na íntegra em:
http://203.15.102.143:8080/ramgen/radio/d64807aa-0b23-422e-a401-52e14dbaab76.rm

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.